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DOMINGOS DA GUIA

Domingos Ant�nio da Guia - Zagueiro - Rio de Janeiro (RJ) - 24.07.1912

Domingos da Guia representa uma das maiores unanimidades do futebol brasileiro. � considerado por jornalistas, colegas, t�cnicos e torcedores que o viram jogar como o melhor zagueiro que o Brasil j� revelou. Possu�a um estilo incomum aos defensores. Raramente fazia faltas ou dava chut�es. Preferia o passe curto ou longo, com seguran�a. Fazia a torcida delirar ao driblar os atacantes dentro de sua pr�pria �rea.

Era um dos poucos zagueiros que davam espet�culo. Come�ou a carreira no Bangu, no final dos anos 20. Jogo depois no Uruguai, em 1933, quando foi Campe�o Uruguaio defendendo as cores do Nacional. Nessa �poca ganhou o apelido de "El Divino Mestre", com apenas 20 anos de idade.

Voltou ao Brasil em 34 para ser Campe�o Carioca com o Vasco e em 35 foi Campe�o Argentino pelo Boca Juniors. Estabeleceu-se por um tempo no Flamengo, clube pelo qual ganhou os t�tulos cariocas de 39, 42 e 43. Depois ainda jogou 4 anos pelo Corinthians, antes de encerrar sua carreira em seu primeiro clube, o Bangu, com 36 anos. Com 19 anos j� era titular da Sele��o. Naquela �poca, entretanto, era apenas o irm�o de Ladislau.

Depois de sua partida de estr�ia na Sele��o, Ladislau passou a ser seu irm�o. Por estar sempre driblando o atacante em sua �rea, foi chamado de "Hitchcock do futebol" por M�rio Filho. Ali�s, esse seu costume deu origem at� a uma nova jogada do futebol: a "domingada". Frio e habilidoso, Domingos driblava o atacante dentro de sua pr�pria �rea, levando a torcida ao del�rio. Disputou 30 jogos pela Sele��o Brasileira (25 oficiais), incluindo quatro partidas da Copa de 1938. Nessa Copa, foi eleito o melhor zagueiro da competi��o. Comprovando que a fam�lia Da Guia tinha realmente um dom para o futebol, seu filho Ademir foi um dos maiores craques do futebol brasileiro. Ademir da Guia comandou o meio-campo do Palmeiras por v�rios anos e � considerado o maior jogador da hist�ria do clube paulista.

Domingos faleceu em maio de 2000, em virtude de um derrame cerebral.

"O jogo estava paralisado. Piola vinha na corrida e me atingiu com um pontap�, que eu revidei. Admitiria que o juiz fosse rigoroso comigo. Mas ele n�o podia prejudicar todo o time com a partida paralisada." (Domingos da Guia, sobre o p�nalti que cometeu na semifinal de 38 contra a It�lia)

"Domingos da Guia pisava a grama de leve, pra n�o magoar a semente de sua arte." (Armando Nogueira, jornalista e escritor)

"Ele era um verdadeiro �dolo da torcida do Boca. Quando fui jogar l�, anos depois, todos falavam dele." (Orlando, zagueiro da Sele��o na Copa de 58, sobre Domingos da Guia)

"Al�m de craque, ele foi um �timo pai. Ficar� a saudade, que � normal." (Ademir da Guia, maior craque da hist�ria do Palmeiras e filho de Domingos da Guia)