Roger Andrade | Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais ( CEFET-MG ) (original) (raw)
Papers by Roger Andrade
Cts Revista Iberoamericana De Ciencia Tecnologia Y Sociedad, 2011
We argue that Haraway's cyborg is a response to the context of American political activism, in wh... more We argue that Haraway's cyborg is a response to the context of American political activism, in which bipolarizations predominate and where a subject of multiple identities acquires a subversive character and a disruptive symbolic potential. On the contrary, Lem's cyborg is built as a real possibility, the result of an extrapolation of the underlying logic of the evolutionary process. It represents an uninflected moment since, still attached to the underlying logic, men would find themselves forced to reverse it through drastic somatic changes in human bodies. The contradictions between the two definitions open a list of philosophical, technical and moral problems that we want to discuss.
RESUMO: Neste trabalho, examinamos as ações empreendidas pelo Ministério da Cultura (MinC), entre... more RESUMO: Neste trabalho, examinamos as ações empreendidas pelo Ministério da Cultura (MinC), entre 2003 e 2010. Discutimos traços de continuidade identificáveis entre as gestões FHC e Lula. O modelo das Leis de Incentivo e a condução de programas através de editais, conformaram a opção por uma política de financiamento da cultura através de projetos, cabendo ao Estado apenas as funções de seleção de propostas e fiscalização da execução de planos de trabalho. Subjacente ao abandono da discussão conceitual sobre a cultura brasileira, consolidou-se gradativamente a adoção de políticas de cultura concebidas no âmbito de organismos transnacionais, tais como a UNESCO, reduzindo as políticas públicas de cultura às diretrizes do que vem sendo conhecido como "economia da cultura" e efetivando a ação pública no Brasil como simples instância indutora da produção de mercadorias culturais voltadas para o mercado globalizado. PALAVRAS-CHAVE: Política Cultural, Políticas Públicas, Cultura, Produção Cultural, Direito à Cultura Neste trabalho examinaremos as políticas públicas de cultura do governo Lula, no Brasil, entre 2003 e 2010. Mostraremos traços de continuidade e semelhança estrutural que podem ser identificados entre os mandatos de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Lula e, também, como cada um a seu modo, manteve a debilidade do Estado para formular políticas efetivamente públicas. De maneiras distintas, a inoperância estatal foi comum a ambos. No Brasil, a quase ausência do Estado caracterizou as políticas públicas de cultura no período da redemocratização. Deste, o governo FHC herdou, e deu continuidade, ao modelo das Leis de Incentivo (LI), em que as organizações privadas detêm o direito de decidir como serão utilizados os recursos públicos. Sustentando-se no argumento falaciosoporque trata como bem cultural só o que é mercadoria de consumo de massade que juízos sobre bens culturais são subjetivos, sujeitos a gostos pessoais e que, portanto, nenhum agente público 1 Doutora em História Social, UFMG regina.
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Nesta comunicação, examinamos as ações empreendidas pelo Ministério da Cultura (MinC), especialme... more Nesta comunicação, examinamos as ações empreendidas pelo Ministério da Cultura (MinC), especialmente entre 2003 e o final do segundo mandato de Lula, em 2010. Discutimos traços de continuidade identificáveis entre as gestões de FHC e Lula. O modelo das Leis de Incentivo e a condução de programas através de editais, conformaram a opção por uma política de financiamento da cultura através de projetos, cabendo ao Estado apenas as funções de seleção de propostas e fiscalização da execução de planos de trabalho. Subjacente ao abandono da discussão conceitual sobre a cultura brasileira, consolidou-se gradativamente a adoção de políticas de cultura concebidas no âmbito de organismos transnacionais, tais como a UNESCO, reduzindo as políticas públicas de cultura às diretrizes do que vem sendo conhecido como "economia da cultura" e efetivando a ação pública no Brasil como simples instância indutora da produção de mercadorias culturais voltadas para o mercado globalizado.
culturadigital.br
RESUMO: Neste trabalho, examinamos as ações empreendidas pelo Ministério da Cultura (MinC), entre... more RESUMO: Neste trabalho, examinamos as ações empreendidas pelo Ministério da Cultura (MinC), entre 2003 e 2010. Discutimos traços de continuidade identificáveis entre as gestões FHC e Lula. O modelo das Leis de Incentivo e a condução de programas através de editais, conformaram a opção por uma política de financiamento da cultura através de projetos, cabendo ao Estado apenas as funções de seleção de propostas e fiscalização da execução de planos de trabalho. Subjacente ao abandono da discussão conceitual sobre a cultura brasileira, consolidou-se gradativamente a adoção de políticas de cultura concebidas no âmbito de organismos transnacionais, tais como a UNESCO, reduzindo as políticas públicas de cultura às diretrizes do que vem sendo conhecido como "economia da cultura" e efetivando a ação pública no Brasil como simples instância indutora da produção de mercadorias culturais voltadas para o mercado globalizado. PALAVRAS-CHAVE: Política Cultural, Políticas Públicas, Cultura, Produção Cultural, Direito à Cultura Neste trabalho examinaremos as políticas públicas de cultura do governo Lula, no Brasil, entre 2003 e 2010. Mostraremos traços de continuidade e semelhança estrutural que podem ser identificados entre os mandatos de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Lula e, também, como cada um a seu modo, manteve a debilidade do Estado para formular políticas efetivamente públicas. De maneiras distintas, a inoperância estatal foi comum a ambos. No Brasil, a quase ausência do Estado caracterizou as políticas públicas de cultura no período da redemocratização. Deste, o governo FHC herdou, e deu continuidade, ao modelo das Leis de Incentivo (LI), em que as organizações privadas detêm o direito de decidir como serão utilizados os recursos públicos. Sustentando-se no argumento falaciosoporque trata como bem cultural só o que é mercadoria de consumo de massade que juízos sobre bens culturais são subjetivos, sujeitos a gostos pessoais e que, portanto, nenhum agente público 1 Doutora em História Social, UFMG regina.
revistacts.net
First we have to find out what we want (Stanislaw Lem) Esta conferência tem como objetivo estabel... more First we have to find out what we want (Stanislaw Lem) Esta conferência tem como objetivo estabelecer contrastes entre as concepções de ciborgues na Summa Technologiae, Stanislaw Lem (1960) e no A Cyborg Manifesto (1985), de Donna Haraway. Argumentamos que o ciborgue de Donna Haraway é uma resposta ao contexto do ativismo político norte-americano, em que predominam as bipolarizações e onde um sujeito de identidades múltiplas adquire um caráter subversivo e um potencial simbólico disruptivo. Já o ciborgue de Stanislaw Lem é construído como uma possibilidade real, resultado de uma extrapolação da lógica subjacente do processo evolutivo. Representaria um momento inflexivo já que, ainda inscritos à lógica subjacente, os homens ver-se-iam obrigados a invertê-la por meio de drásticas modificações somáticas nos corpos humanos. As contradições entre as duas definições abrem um rol de problemas filosóficos, técnicos e morais que pretendemos discutir. Palavras-chave: Ciborgue, Donna Haraway, Stanislaw Lem This conference aims to establish contrasts between the conceptions of cyborgs in Stanislaw Lem's Summa Technologiae (1960) and in Donna Haraway's A Cyborg Manifesto (1985). We argue that the Haraway's cyborg is a response to the context of American political activism, in which bipolarizations predominate and where a subject of multiple identities acquires a subversive character and a disruptive symbolic potential. On the contrary, Lem's cyborg is built as a real possibility, the result of an extrapolation of the underlying logic of the evolutionary process. It represents an uninflected moment since, still attached to the underlying logic, men would find themselves forced to reverse it through drastic somatic changes in human bodies. The contradictions between the two definitions open a list of philosophical, technical and moral problems that we want to discuss.
senept.cefetmg.br
RESUMO: O artigo reflete sobre o conceito de tecnociência a partir de suas relações com a históri... more RESUMO: O artigo reflete sobre o conceito de tecnociência a partir de suas relações com a história da constituição da SBPC no Brasil e da formação de um Sistema Institucionalizado de Produção de Conhecimento (SIPC). Sustenta que essa noção permite entender os tipos de relações sociais constituídas para dar sustentação à produção do conhecimento científico, bem como entender a existência de produção de conhecimento tanto em países em desenvolvimento como também em áreas de conhecimento que não são tidas como eminentemente técnicas ou tecnológicas. PALAVRAS-CHAVE: Tecnociências, Sistema Institucionalizado de Produção de Conhecimento (SIPC) 1. Ciências, Técnicas e Tecnociências As estreitas relações entre ciências, técnicas e tecnologias sempre foram objeto de debates epistemológicos, freqüentemente centrados em estabelecer distinções adequadas que apontassem quais eram os sólidos limites que as separavam. Essa dificuldade para definir claramente o que são as ciências, as técnicas e as tecnologias sempre pôde ser percebida também na terminologia empregada pelos vários autores. Por isso, logo surgiram os compostos científico-técnico e técnico-científico. Estes, desde o fim da década de 1970, ganharam a companhia da forma fundida tecnociência -termo provavelmente cunhado por Gilbert Hottois (LELOUP, 2007) e cujo emprego generalizou-se muito rapidamente. Aqui, apontamos alguns temas que, a serem considerados em profundidade, podem contribuir precisar melhor o sentido de tecnociência, conferindo a ele um significado historicamente contextualizado ao momento no qual o seu emprego torna-se indiscriminadamente disseminado. Obviamente, dada a exiguidade do espaço e os objetivos de um Simpósio como este, nossa proposição não pretende chegar a nenhuma
Revista Iberoamericana de Ciencia, Tecnología y …, Jan 1, 2011
Diante de questões contemporâneas que colocam em xeque as fronteiras entre natureza e cultura, ho... more Diante de questões contemporâneas que colocam em xeque as fronteiras entre natureza e cultura, homem e máquina, sociedade e ambiente, o cinema é tomado aqui como fio condutor de uma reflexão sobre a ciência moderna a partir de textos de Bergson, Deleuze e outros autores. Operando a passagem da ciência à arte e da arte à ciência, o cinema é aqui assumido como objeto técnico e o objeto técnico como instrumento de ampliação da percepção. A lei da atração gravitacional de Newton, reconhecida como o coroamento da ciência moderna, é tratada no texto em suas implicações físicas e metafísicas a partir de escritos de Betty Dobbs e do próprio Newton para realçar a artificialidade das referidas fronteiras. Através das lentes do cinema, especialmente dos filmes 2001 Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick e Out of the present, de Andrei Ujica, o artigo procura demonstrar a potência do cinema para a percepção de que dimensões da ciência que vão além de suas alianças com o Estado e com o mercado são relevantes para os desafios que despontam no horizonte do século XXI. Palavras-chave: Cinema. Bergson. Ciência. Newton. Modernidade.
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RESUMO: No sociedade contemporânea, tanto o capitalismo quando o Sistema Institucionalizado de Pr... more RESUMO: No sociedade contemporânea, tanto o capitalismo quando o Sistema Institucionalizado de Produção de Conhecimento estruturam-se e beneficiam-se mutuamente de estruturas -discursos, modificações sociais, dispositivos legais etc. -que tendem a se estabelecer como "universais". Aqui enfocamos brevemente o que é ser universal no âmbito do capitalismo e da produção tecnocientífica e de quais maneiras estes dois elementos combinam-se sinergicamente. PALAVRAS-CHAVE: Tecnociências, Capitalismo
Uma pesquisadora, que conquistou meu profundo respeito por sua inteligência, perspicácia e sensib... more Uma pesquisadora, que conquistou meu profundo respeito por sua inteligência, perspicácia e sensibilidade, costuma dizer que o momento no qual finalizamos um trabalho de pesquisa é exatamente aquele em que finalmente estamos preparados para começar a fazê-lo. A todas as pessoas às quais ofereço meus sinceros agradecimentos pelo apoio e cooperação, diretos ou indiretos, que permitiram a realização desta Tese, sinto-me na obrigação de dizer que se tivesse de começar novamente, e encarando a hipótese de que talvez o resultado fosse substancialmente distinto, faria questão de tê-los todos mais uma vez ao meu lado.
Projeto História. Revista do Programa de Estudos de …, Jan 1, 2000
Cts Revista Iberoamericana De Ciencia Tecnologia Y Sociedad, 2011
We argue that Haraway's cyborg is a response to the context of American political activism, in wh... more We argue that Haraway's cyborg is a response to the context of American political activism, in which bipolarizations predominate and where a subject of multiple identities acquires a subversive character and a disruptive symbolic potential. On the contrary, Lem's cyborg is built as a real possibility, the result of an extrapolation of the underlying logic of the evolutionary process. It represents an uninflected moment since, still attached to the underlying logic, men would find themselves forced to reverse it through drastic somatic changes in human bodies. The contradictions between the two definitions open a list of philosophical, technical and moral problems that we want to discuss.
RESUMO: Neste trabalho, examinamos as ações empreendidas pelo Ministério da Cultura (MinC), entre... more RESUMO: Neste trabalho, examinamos as ações empreendidas pelo Ministério da Cultura (MinC), entre 2003 e 2010. Discutimos traços de continuidade identificáveis entre as gestões FHC e Lula. O modelo das Leis de Incentivo e a condução de programas através de editais, conformaram a opção por uma política de financiamento da cultura através de projetos, cabendo ao Estado apenas as funções de seleção de propostas e fiscalização da execução de planos de trabalho. Subjacente ao abandono da discussão conceitual sobre a cultura brasileira, consolidou-se gradativamente a adoção de políticas de cultura concebidas no âmbito de organismos transnacionais, tais como a UNESCO, reduzindo as políticas públicas de cultura às diretrizes do que vem sendo conhecido como "economia da cultura" e efetivando a ação pública no Brasil como simples instância indutora da produção de mercadorias culturais voltadas para o mercado globalizado. PALAVRAS-CHAVE: Política Cultural, Políticas Públicas, Cultura, Produção Cultural, Direito à Cultura Neste trabalho examinaremos as políticas públicas de cultura do governo Lula, no Brasil, entre 2003 e 2010. Mostraremos traços de continuidade e semelhança estrutural que podem ser identificados entre os mandatos de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Lula e, também, como cada um a seu modo, manteve a debilidade do Estado para formular políticas efetivamente públicas. De maneiras distintas, a inoperância estatal foi comum a ambos. No Brasil, a quase ausência do Estado caracterizou as políticas públicas de cultura no período da redemocratização. Deste, o governo FHC herdou, e deu continuidade, ao modelo das Leis de Incentivo (LI), em que as organizações privadas detêm o direito de decidir como serão utilizados os recursos públicos. Sustentando-se no argumento falaciosoporque trata como bem cultural só o que é mercadoria de consumo de massade que juízos sobre bens culturais são subjetivos, sujeitos a gostos pessoais e que, portanto, nenhum agente público 1 Doutora em História Social, UFMG regina.
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Nesta comunicação, examinamos as ações empreendidas pelo Ministério da Cultura (MinC), especialme... more Nesta comunicação, examinamos as ações empreendidas pelo Ministério da Cultura (MinC), especialmente entre 2003 e o final do segundo mandato de Lula, em 2010. Discutimos traços de continuidade identificáveis entre as gestões de FHC e Lula. O modelo das Leis de Incentivo e a condução de programas através de editais, conformaram a opção por uma política de financiamento da cultura através de projetos, cabendo ao Estado apenas as funções de seleção de propostas e fiscalização da execução de planos de trabalho. Subjacente ao abandono da discussão conceitual sobre a cultura brasileira, consolidou-se gradativamente a adoção de políticas de cultura concebidas no âmbito de organismos transnacionais, tais como a UNESCO, reduzindo as políticas públicas de cultura às diretrizes do que vem sendo conhecido como "economia da cultura" e efetivando a ação pública no Brasil como simples instância indutora da produção de mercadorias culturais voltadas para o mercado globalizado.
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RESUMO: Neste trabalho, examinamos as ações empreendidas pelo Ministério da Cultura (MinC), entre... more RESUMO: Neste trabalho, examinamos as ações empreendidas pelo Ministério da Cultura (MinC), entre 2003 e 2010. Discutimos traços de continuidade identificáveis entre as gestões FHC e Lula. O modelo das Leis de Incentivo e a condução de programas através de editais, conformaram a opção por uma política de financiamento da cultura através de projetos, cabendo ao Estado apenas as funções de seleção de propostas e fiscalização da execução de planos de trabalho. Subjacente ao abandono da discussão conceitual sobre a cultura brasileira, consolidou-se gradativamente a adoção de políticas de cultura concebidas no âmbito de organismos transnacionais, tais como a UNESCO, reduzindo as políticas públicas de cultura às diretrizes do que vem sendo conhecido como "economia da cultura" e efetivando a ação pública no Brasil como simples instância indutora da produção de mercadorias culturais voltadas para o mercado globalizado. PALAVRAS-CHAVE: Política Cultural, Políticas Públicas, Cultura, Produção Cultural, Direito à Cultura Neste trabalho examinaremos as políticas públicas de cultura do governo Lula, no Brasil, entre 2003 e 2010. Mostraremos traços de continuidade e semelhança estrutural que podem ser identificados entre os mandatos de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Lula e, também, como cada um a seu modo, manteve a debilidade do Estado para formular políticas efetivamente públicas. De maneiras distintas, a inoperância estatal foi comum a ambos. No Brasil, a quase ausência do Estado caracterizou as políticas públicas de cultura no período da redemocratização. Deste, o governo FHC herdou, e deu continuidade, ao modelo das Leis de Incentivo (LI), em que as organizações privadas detêm o direito de decidir como serão utilizados os recursos públicos. Sustentando-se no argumento falaciosoporque trata como bem cultural só o que é mercadoria de consumo de massade que juízos sobre bens culturais são subjetivos, sujeitos a gostos pessoais e que, portanto, nenhum agente público 1 Doutora em História Social, UFMG regina.
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First we have to find out what we want (Stanislaw Lem) Esta conferência tem como objetivo estabel... more First we have to find out what we want (Stanislaw Lem) Esta conferência tem como objetivo estabelecer contrastes entre as concepções de ciborgues na Summa Technologiae, Stanislaw Lem (1960) e no A Cyborg Manifesto (1985), de Donna Haraway. Argumentamos que o ciborgue de Donna Haraway é uma resposta ao contexto do ativismo político norte-americano, em que predominam as bipolarizações e onde um sujeito de identidades múltiplas adquire um caráter subversivo e um potencial simbólico disruptivo. Já o ciborgue de Stanislaw Lem é construído como uma possibilidade real, resultado de uma extrapolação da lógica subjacente do processo evolutivo. Representaria um momento inflexivo já que, ainda inscritos à lógica subjacente, os homens ver-se-iam obrigados a invertê-la por meio de drásticas modificações somáticas nos corpos humanos. As contradições entre as duas definições abrem um rol de problemas filosóficos, técnicos e morais que pretendemos discutir. Palavras-chave: Ciborgue, Donna Haraway, Stanislaw Lem This conference aims to establish contrasts between the conceptions of cyborgs in Stanislaw Lem's Summa Technologiae (1960) and in Donna Haraway's A Cyborg Manifesto (1985). We argue that the Haraway's cyborg is a response to the context of American political activism, in which bipolarizations predominate and where a subject of multiple identities acquires a subversive character and a disruptive symbolic potential. On the contrary, Lem's cyborg is built as a real possibility, the result of an extrapolation of the underlying logic of the evolutionary process. It represents an uninflected moment since, still attached to the underlying logic, men would find themselves forced to reverse it through drastic somatic changes in human bodies. The contradictions between the two definitions open a list of philosophical, technical and moral problems that we want to discuss.
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RESUMO: O artigo reflete sobre o conceito de tecnociência a partir de suas relações com a históri... more RESUMO: O artigo reflete sobre o conceito de tecnociência a partir de suas relações com a história da constituição da SBPC no Brasil e da formação de um Sistema Institucionalizado de Produção de Conhecimento (SIPC). Sustenta que essa noção permite entender os tipos de relações sociais constituídas para dar sustentação à produção do conhecimento científico, bem como entender a existência de produção de conhecimento tanto em países em desenvolvimento como também em áreas de conhecimento que não são tidas como eminentemente técnicas ou tecnológicas. PALAVRAS-CHAVE: Tecnociências, Sistema Institucionalizado de Produção de Conhecimento (SIPC) 1. Ciências, Técnicas e Tecnociências As estreitas relações entre ciências, técnicas e tecnologias sempre foram objeto de debates epistemológicos, freqüentemente centrados em estabelecer distinções adequadas que apontassem quais eram os sólidos limites que as separavam. Essa dificuldade para definir claramente o que são as ciências, as técnicas e as tecnologias sempre pôde ser percebida também na terminologia empregada pelos vários autores. Por isso, logo surgiram os compostos científico-técnico e técnico-científico. Estes, desde o fim da década de 1970, ganharam a companhia da forma fundida tecnociência -termo provavelmente cunhado por Gilbert Hottois (LELOUP, 2007) e cujo emprego generalizou-se muito rapidamente. Aqui, apontamos alguns temas que, a serem considerados em profundidade, podem contribuir precisar melhor o sentido de tecnociência, conferindo a ele um significado historicamente contextualizado ao momento no qual o seu emprego torna-se indiscriminadamente disseminado. Obviamente, dada a exiguidade do espaço e os objetivos de um Simpósio como este, nossa proposição não pretende chegar a nenhuma
Revista Iberoamericana de Ciencia, Tecnología y …, Jan 1, 2011
Diante de questões contemporâneas que colocam em xeque as fronteiras entre natureza e cultura, ho... more Diante de questões contemporâneas que colocam em xeque as fronteiras entre natureza e cultura, homem e máquina, sociedade e ambiente, o cinema é tomado aqui como fio condutor de uma reflexão sobre a ciência moderna a partir de textos de Bergson, Deleuze e outros autores. Operando a passagem da ciência à arte e da arte à ciência, o cinema é aqui assumido como objeto técnico e o objeto técnico como instrumento de ampliação da percepção. A lei da atração gravitacional de Newton, reconhecida como o coroamento da ciência moderna, é tratada no texto em suas implicações físicas e metafísicas a partir de escritos de Betty Dobbs e do próprio Newton para realçar a artificialidade das referidas fronteiras. Através das lentes do cinema, especialmente dos filmes 2001 Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick e Out of the present, de Andrei Ujica, o artigo procura demonstrar a potência do cinema para a percepção de que dimensões da ciência que vão além de suas alianças com o Estado e com o mercado são relevantes para os desafios que despontam no horizonte do século XXI. Palavras-chave: Cinema. Bergson. Ciência. Newton. Modernidade.
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RESUMO: No sociedade contemporânea, tanto o capitalismo quando o Sistema Institucionalizado de Pr... more RESUMO: No sociedade contemporânea, tanto o capitalismo quando o Sistema Institucionalizado de Produção de Conhecimento estruturam-se e beneficiam-se mutuamente de estruturas -discursos, modificações sociais, dispositivos legais etc. -que tendem a se estabelecer como "universais". Aqui enfocamos brevemente o que é ser universal no âmbito do capitalismo e da produção tecnocientífica e de quais maneiras estes dois elementos combinam-se sinergicamente. PALAVRAS-CHAVE: Tecnociências, Capitalismo
Uma pesquisadora, que conquistou meu profundo respeito por sua inteligência, perspicácia e sensib... more Uma pesquisadora, que conquistou meu profundo respeito por sua inteligência, perspicácia e sensibilidade, costuma dizer que o momento no qual finalizamos um trabalho de pesquisa é exatamente aquele em que finalmente estamos preparados para começar a fazê-lo. A todas as pessoas às quais ofereço meus sinceros agradecimentos pelo apoio e cooperação, diretos ou indiretos, que permitiram a realização desta Tese, sinto-me na obrigação de dizer que se tivesse de começar novamente, e encarando a hipótese de que talvez o resultado fosse substancialmente distinto, faria questão de tê-los todos mais uma vez ao meu lado.
Projeto História. Revista do Programa de Estudos de …, Jan 1, 2000