Edgley Pereira de Paula | Universidade de Coimbra (original) (raw)
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Papers by Edgley Pereira de Paula
REVISTA PORTUGUESA DE HISTÓRIA MILITAR
Revista da Escola Superior de Guerra, 2017
Hoje em dia, não restam dúvidas de que o pensamento de curto-prazo (curtoprazismo) é desafiado pe... more Hoje em dia, não restam dúvidas de que o pensamento de curto-prazo (curtoprazismo) é desafiado pelo, cada vez maior, acesso à tecnologia de informação de nossa época: os big data. É justamente a capacidade de utilizar qualitativamente esses conjuntos de dados, organizados, seriados no tempo e espaço, que os pesquisadores podem apresentar novas análises e novos caminhos a seguir. Essa temporalidade da longa duração histórica, pode sugerir um ponto de vista diferenciado das antigas análises antropológicas, econômicas ou de outros árbitros de nossa sociedade. Não que os historiadores detenham a priori o monopólio da longa duração (longue durée), mas, sensíveis que são a essa análise, de antemão, serão necessariamente os mais preparados para contribuir e operar nessa perspectiva. Um novo pensar a guerra, o patrimônio cultural e a história militar inserem-se nesse momento histórico. Nesse sentido, este artigo se propõe, a partir do maior conflito bélico que já se registrou na América do Sul, ____________________ * O Autor é Oficial do Exército Brasileiro do Quadro Complementar (Historiador), possui Bacharelado e Licenciatura Plena em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Pós-graduação em História Militar Brasileira pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Mestrado em História Política pela UERJ (PPGH). Ex-professor do Colégio Militar de Brasília, serve na Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), é sócio titular da Academia Brasileira de História Militar Terrestre (ABHMT)-Seção Brasília, sócio honorário do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) e pesquisador associado do Centro de Estudos e Pesquisas em História Militar do Exército (CEPHIMEx). Atualmente é Doutorando em História Contemporânea na Universidade de Coimbra (UC), Portugal, investigando o tema "Guerra e Imprensa". Contato:
Revista de História Militar Portuguesa "Mama Sume"
Hoje em dia, não restam dúvidas de que o pensamento de curto-prazo (curtoprazismo) é desafiado pe... more Hoje em dia, não restam dúvidas de que o pensamento de curto-prazo (curtoprazismo) é desafiado pelo, cada vez maior, acesso à tecnologia de informação de nossa época: os big data. É justamente a capacidade de utilizar qualitativamente esses conjuntos de dados, organizados, seriados no tempo e espaço, que os pesquisadores podem apresentar novas análises e novos caminhos a seguir. Essa temporalidade da longa duração histórica, pode sugerir um ponto de vista diferenciado das antigas análises antropológicas, econômicas ou de outros árbitros de nossa sociedade. Não que os historiadores detenham a priori o monopólio da longa duração (longue durée), mas, sensíveis que são a essa análise, de antemão, serão necessariamente os mais preparados para contribuir e operar nessa perspectiva. Um novo pensar a guerra, o patrimônio cultural e a história militar inserem-se nesse momento histórico. Nesse sentido, este artigo se propõe, a partir do maior conflito bélico que já se registrou na América do Sul, ____________________ * O Autor é Oficial do Exército Brasileiro do Quadro Complementar (Historiador), possui Bacharelado e Licenciatura Plena em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Pós-graduação em História Militar Brasileira pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Mestrado em História Política pela UERJ (PPGH). Ex-professor do Colégio Militar de Brasília, serve na Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), é sócio titular da Academia Brasileira de História Militar Terrestre (ABHMT)-Seção Brasília, sócio honorário do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) e pesquisador associado do Centro de Estudos e Pesquisas em História Militar do Exército (CEPHIMEx). Atualmente é Doutorando em História Contemporânea na Universidade de Coimbra (UC), Portugal, investigando o tema "Guerra e Imprensa". Contato:
Revista Defesa Nacional, 2017
O século XIX e um interessante observatório para se pensar a “Arte da Guerra” nos países da Améri... more O século XIX e um interessante observatório para se pensar a “Arte da Guerra” nos países da América do Sul, pois será a partir do inicio desse século que os países, antigas colônias europeias, irão se desvencilhar das amarras metropolitanas e iniciar um processo de construção dos seus projetos de estados nacionais. Algumas das mais importantes questões que esses jovens estados terão que enfrentar são a busca por definições de fronteiras e a formação de um exercito e de uma armada nacionais capazes de garantir os interesses, muitas vezes conflitantes, dessas novas nações.
Albuquerque: Revista de História (UFMS)
Revista de História das Ideias
Entre think thanks, fábricas de trolls e fake news, qual é o papel social da produção historiográ... more Entre think thanks, fábricas de trolls e fake news, qual é o papel social da produção historiográfica? Que vestígios ficarão do nosso passado para um uso público no futuro? Quem poderá melhor qualificar essas multiplicidades de informações e dados, os big data de hoje em dia? Eis a proposta desafiadora e incómoda que Jo Guldi e David Armitage nos impõem em The History Manifesto, ao conclamar uma atitude política (um retorno?) do ofício do historiador. Uma atitude política e um método para essa produção: a perspectiva da longa duração. Um dos aspetos interessantes do livro é que os autores não só propõem a análise da longa duração, eles a utilizam como método central na exposição dos seus argumentos, ao colocar em perspetiva a atual historiografia mundial, apontando nesse sentido, a análise de curto-prazo «curtoprazismo» como um sintoma de nossos dias e a indicação do retorno da longa duração (longue durée), esquecida desde Fernand Braudel. Porém, essa nova longa duração, como propõem os autores, possui um dinamismo e uma flexibilidade inexistentes em sua versão anterior, uma maior potência crítica, tanto para historiadores quanto para outros estudiosos do campo das Ciências Sociais, das Humanidades e do público em geral que a utiliza, ocasionado, entre outras caraterísticas de nossa época, pelo melhor acesso à grande quantidade de dados organizados em bons arquivos digitais institucionais e na web. O papel das Universidades, nesse contexto de se pensar a longa duração, é fundamental pois, junto com as instituições religiosas, seriam as portadoras
REVISTA PORTUGUESA DE HISTÓRIA MILITAR
Revista da Escola Superior de Guerra, 2017
Hoje em dia, não restam dúvidas de que o pensamento de curto-prazo (curtoprazismo) é desafiado pe... more Hoje em dia, não restam dúvidas de que o pensamento de curto-prazo (curtoprazismo) é desafiado pelo, cada vez maior, acesso à tecnologia de informação de nossa época: os big data. É justamente a capacidade de utilizar qualitativamente esses conjuntos de dados, organizados, seriados no tempo e espaço, que os pesquisadores podem apresentar novas análises e novos caminhos a seguir. Essa temporalidade da longa duração histórica, pode sugerir um ponto de vista diferenciado das antigas análises antropológicas, econômicas ou de outros árbitros de nossa sociedade. Não que os historiadores detenham a priori o monopólio da longa duração (longue durée), mas, sensíveis que são a essa análise, de antemão, serão necessariamente os mais preparados para contribuir e operar nessa perspectiva. Um novo pensar a guerra, o patrimônio cultural e a história militar inserem-se nesse momento histórico. Nesse sentido, este artigo se propõe, a partir do maior conflito bélico que já se registrou na América do Sul, ____________________ * O Autor é Oficial do Exército Brasileiro do Quadro Complementar (Historiador), possui Bacharelado e Licenciatura Plena em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Pós-graduação em História Militar Brasileira pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Mestrado em História Política pela UERJ (PPGH). Ex-professor do Colégio Militar de Brasília, serve na Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), é sócio titular da Academia Brasileira de História Militar Terrestre (ABHMT)-Seção Brasília, sócio honorário do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) e pesquisador associado do Centro de Estudos e Pesquisas em História Militar do Exército (CEPHIMEx). Atualmente é Doutorando em História Contemporânea na Universidade de Coimbra (UC), Portugal, investigando o tema "Guerra e Imprensa". Contato:
Revista de História Militar Portuguesa "Mama Sume"
Hoje em dia, não restam dúvidas de que o pensamento de curto-prazo (curtoprazismo) é desafiado pe... more Hoje em dia, não restam dúvidas de que o pensamento de curto-prazo (curtoprazismo) é desafiado pelo, cada vez maior, acesso à tecnologia de informação de nossa época: os big data. É justamente a capacidade de utilizar qualitativamente esses conjuntos de dados, organizados, seriados no tempo e espaço, que os pesquisadores podem apresentar novas análises e novos caminhos a seguir. Essa temporalidade da longa duração histórica, pode sugerir um ponto de vista diferenciado das antigas análises antropológicas, econômicas ou de outros árbitros de nossa sociedade. Não que os historiadores detenham a priori o monopólio da longa duração (longue durée), mas, sensíveis que são a essa análise, de antemão, serão necessariamente os mais preparados para contribuir e operar nessa perspectiva. Um novo pensar a guerra, o patrimônio cultural e a história militar inserem-se nesse momento histórico. Nesse sentido, este artigo se propõe, a partir do maior conflito bélico que já se registrou na América do Sul, ____________________ * O Autor é Oficial do Exército Brasileiro do Quadro Complementar (Historiador), possui Bacharelado e Licenciatura Plena em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Pós-graduação em História Militar Brasileira pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Mestrado em História Política pela UERJ (PPGH). Ex-professor do Colégio Militar de Brasília, serve na Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), é sócio titular da Academia Brasileira de História Militar Terrestre (ABHMT)-Seção Brasília, sócio honorário do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) e pesquisador associado do Centro de Estudos e Pesquisas em História Militar do Exército (CEPHIMEx). Atualmente é Doutorando em História Contemporânea na Universidade de Coimbra (UC), Portugal, investigando o tema "Guerra e Imprensa". Contato:
Revista Defesa Nacional, 2017
O século XIX e um interessante observatório para se pensar a “Arte da Guerra” nos países da Améri... more O século XIX e um interessante observatório para se pensar a “Arte da Guerra” nos países da América do Sul, pois será a partir do inicio desse século que os países, antigas colônias europeias, irão se desvencilhar das amarras metropolitanas e iniciar um processo de construção dos seus projetos de estados nacionais. Algumas das mais importantes questões que esses jovens estados terão que enfrentar são a busca por definições de fronteiras e a formação de um exercito e de uma armada nacionais capazes de garantir os interesses, muitas vezes conflitantes, dessas novas nações.
Albuquerque: Revista de História (UFMS)
Revista de História das Ideias
Entre think thanks, fábricas de trolls e fake news, qual é o papel social da produção historiográ... more Entre think thanks, fábricas de trolls e fake news, qual é o papel social da produção historiográfica? Que vestígios ficarão do nosso passado para um uso público no futuro? Quem poderá melhor qualificar essas multiplicidades de informações e dados, os big data de hoje em dia? Eis a proposta desafiadora e incómoda que Jo Guldi e David Armitage nos impõem em The History Manifesto, ao conclamar uma atitude política (um retorno?) do ofício do historiador. Uma atitude política e um método para essa produção: a perspectiva da longa duração. Um dos aspetos interessantes do livro é que os autores não só propõem a análise da longa duração, eles a utilizam como método central na exposição dos seus argumentos, ao colocar em perspetiva a atual historiografia mundial, apontando nesse sentido, a análise de curto-prazo «curtoprazismo» como um sintoma de nossos dias e a indicação do retorno da longa duração (longue durée), esquecida desde Fernand Braudel. Porém, essa nova longa duração, como propõem os autores, possui um dinamismo e uma flexibilidade inexistentes em sua versão anterior, uma maior potência crítica, tanto para historiadores quanto para outros estudiosos do campo das Ciências Sociais, das Humanidades e do público em geral que a utiliza, ocasionado, entre outras caraterísticas de nossa época, pelo melhor acesso à grande quantidade de dados organizados em bons arquivos digitais institucionais e na web. O papel das Universidades, nesse contexto de se pensar a longa duração, é fundamental pois, junto com as instituições religiosas, seriam as portadoras