Paulo Viegas | Universidade de Coimbra (original) (raw)

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Conference Presentations by Paulo Viegas

Research paper thumbnail of A Existência em Kierkegaard

Resumo: Com este trabalho pretendo focar-me nos estádios da existência de Kierkegaard e a sua rel... more Resumo: Com este trabalho pretendo focar-me nos estádios da existência de Kierkegaard e a sua relação com a leitura que este faz de Génesis 22 em Temor e Tremor. Irei partir desta obra para analisar mais especificamente o estádio religioso, isto é, o estádio que Kierkegaard atribui a Abraão, em confronto com o estádio ético, o estádio que Kierkegaard associa ao universal. Vou apoiar-me na análise que Jacques Derrida faz na obra Dar a Morte para efetuar o que acima disse, tendo em conta toda a análise que este faz da aporia da responsabilidade, tentando uma interpretação crítica de ambas as obras. Apesar de não serem as únicas obras consultadas para a realização deste trabalho, são aquelas que mais influência têm na essência do mesmo. I Em Temor e Tremor, ao Problema I, Kierkegaard dá o título: " Haverá uma suspensão teleológica do ético? ". A partir daqui, a pergunta que logo nos assalta é: o que é o ético? É uma pergunta da qual Kierkegaard tomou imediatamente consciência, pelo que ele responde logo: " O ético enquanto tal é o universal e, à semelhança do universal, é aquilo que se aplica a qualquer um ". Este é o estádio ético, o segundo estádio da existência. É a partir daqui que Kierkegaard vai dar o salto para o último estádio, o religioso. Antes de passar a esse estádio, temos de olhar para os estádios anteriores. O estádio estético: Esta divisão de Kierkegaard da existência em três estados é uma óbvia crítica a Hegel, que acreditava que a vida se podia resumir a um único sistema filosófico. O primeiro estádio é o estádio estético, caracterizado pela vida imediata e não reflexiva, isto é, uma vida não pensada. O esteta procura viver fora da vida quotidiana, procura estar para além do bem e do mal, não aceitando quaisquer convenções morais ou sociais. Este homem é personificado pelo poeta, pelo Don Juan. É o homem que ama e que quer deixar transparecer os seus sentimentos, a sua interioridade, para a exterioridade.

Drafts by Paulo Viegas

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Era uma vez um homem. Um homem. Era um homem uma vez. Várias vezes são um homem. Vários homens um... more Era uma vez um homem. Um homem. Era um homem uma vez. Várias vezes são um homem. Vários homens uma vez eram. Era a vez de um homem. Vês? Era uma, vês? Homem? Era uma vez um homem e uma mulher. Uma mulher? Era uma vez, talvez? Talvez um homem. Uma mulher, uma vez, talvez... E viveram na felicidade de uma casa feliz, com filhos felizes e um cão, um gato, quatro cadeiras uma mesa redonda e um pequeno carro que os levava onde eram várias vezes. Não se vê: o fogo que arde? Não se vê, Mas cheira a queimado. Lá se vai a receita.

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Resumo: Com este trabalho pretendo focar-me nos estádios da existência de Kierkegaard e a sua rel... more Resumo: Com este trabalho pretendo focar-me nos estádios da existência de Kierkegaard e a sua relação com a leitura que este faz de Génesis 22 em Temor e Tremor. Irei partir desta obra para analisar mais especificamente o estádio religioso, isto é, o estádio que Kierkegaard atribui a Abraão, em confronto com o estádio ético, o estádio que Kierkegaard associa ao universal. Vou apoiar-me na análise que Jacques Derrida faz na obra Dar a Morte para efetuar o que acima disse, tendo em conta toda a análise que este faz da aporia da responsabilidade, tentando uma interpretação crítica de ambas as obras. Apesar de não serem as únicas obras consultadas para a realização deste trabalho, são aquelas que mais influência têm na essência do mesmo. I Em Temor e Tremor, ao Problema I, Kierkegaard dá o título: " Haverá uma suspensão teleológica do ético? ". A partir daqui, a pergunta que logo nos assalta é: o que é o ético? É uma pergunta da qual Kierkegaard tomou imediatamente consciência, pelo que ele responde logo: " O ético enquanto tal é o universal e, à semelhança do universal, é aquilo que se aplica a qualquer um ". Este é o estádio ético, o segundo estádio da existência. É a partir daqui que Kierkegaard vai dar o salto para o último estádio, o religioso. Antes de passar a esse estádio, temos de olhar para os estádios anteriores. O estádio estético: Esta divisão de Kierkegaard da existência em três estados é uma óbvia crítica a Hegel, que acreditava que a vida se podia resumir a um único sistema filosófico. O primeiro estádio é o estádio estético, caracterizado pela vida imediata e não reflexiva, isto é, uma vida não pensada. O esteta procura viver fora da vida quotidiana, procura estar para além do bem e do mal, não aceitando quaisquer convenções morais ou sociais. Este homem é personificado pelo poeta, pelo Don Juan. É o homem que ama e que quer deixar transparecer os seus sentimentos, a sua interioridade, para a exterioridade.

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Era uma vez um homem. Um homem. Era um homem uma vez. Várias vezes são um homem. Vários homens um... more Era uma vez um homem. Um homem. Era um homem uma vez. Várias vezes são um homem. Vários homens uma vez eram. Era a vez de um homem. Vês? Era uma, vês? Homem? Era uma vez um homem e uma mulher. Uma mulher? Era uma vez, talvez? Talvez um homem. Uma mulher, uma vez, talvez... E viveram na felicidade de uma casa feliz, com filhos felizes e um cão, um gato, quatro cadeiras uma mesa redonda e um pequeno carro que os levava onde eram várias vezes. Não se vê: o fogo que arde? Não se vê, Mas cheira a queimado. Lá se vai a receita.