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Thesis by Pedro Sebastião
The handgunners were a portuguese military squad whose emergence is noted during the second quart... more The handgunners were a portuguese military squad whose emergence is noted during the second quarter of the fifteenth century. They obtained a considerable representation in the king’s army becoming one of the military corps that composed it. This evolution was coinciding with the widespread use of firearms in Europe. The handgunners used portable firearms (like the colobreta or the matchlock) that were, unlike the artillery, loaded and fired by only one person.
The internal organization of the squad was very similar to the one that is observed in the besteiros do conto (crossbowmen), specially in aspects concerning the geographical origin, social group of recruitment and the chain of command. Nonetheless, there were substancial diferences in the recruitment, provided, that the king reinforced the local militias of handgunners with professionalized members that received a considerable anual payment (tença). As for the privileges to which these members were entitled, it is reinforced that they have the exemption of the jugada (an important tax over the agricultural production), except in the cereal production, a concession lost by the besteiros do conto, still in the reign of D. John I.
The reign of King John II (1482-1495) was an important moment for the definition of the legal components of the squad and for the increase of the number of hangunnners. We registered 416 letters of privilege, distributed by 64 centers of recruitment, in Portuguese territory. Nevertheless, more than the immediate substitution of the besteiros do conto for the handgunners, the royal administration sought throughout the fifteenth century to converge the contributions of the two squads. The military action of handgunners is reported for a considerable part of the Portuguese campaigns in this century (Tangier (1437), Alfarrobeira (1449), Alcácer-Ceguer (1458), Arzila (1471), Toro (1476) and Graciosa (1489)), being, however, only in the Battle of Toro that their participation proved decisive for the outcome of the conflict.
Papers by Pedro Sebastião
Das culturas da alimentação ao culto dos alimentos. Vol. I., 2022
As conquistas portuguesas no Norte de África, primeiro cenário da expansão, levantaram um problem... more As conquistas portuguesas no Norte de África, primeiro cenário da expansão, levantaram um problema de difícil resolução. Como abastecer eficazmente estes locais?
A resposta dada pelo poder régio consistiu na criação da Casa de Ceuta que realizava uma verdadeira ponte marítima entre o reino e o Algarve d’além mar e foi consubstanciada por mecanismos de produção local e operações militares que pilhavam recursos das comunidades vizinhas. Mas tal leva-nos a outras questões. De que forma os portugueses viam a alimentação das comunidades muçulmanas que combatiam? E será que, a par de outros espaços de expansão podemos observar alterações na alimentação devido a essas influências? É ainda objetivo deste artigo trabalhar os momentos de maior carência de provisões destes espaços que ocorriam durante os cercos e de perceber as estratégias gizadas pelos capitães das praças para fazer face ao inimigo.
Pluri. v. 5, n.1: Ensino de História: Percursos Temáticos de Aprendizagem, 2022
O presente artigo procura apresentar uma atividade didática para lecionar a Batalha de Aljubarrot... more O presente artigo procura apresentar uma atividade didática para
lecionar a Batalha de Aljubarrota ao 7º ano de escolaridade, num
contexto de aulas não presenciais. No primeiro ponto deste estudo,
apontam-se os elementos principais do contexto que levou à batalha
e uma descrição resumida da mesma. No segundo ponto, procuramos
apresentar uma definição de e-learning, o método de aprendizagem
usado devido à pandemia de Covid-19, procurando caracterizar as suas
principais vantagens e desvantagens. No terceiro ponto, apresentamos
a atividade “General por um dia”, uma experiência pedagógica que não
é nova, pois já foi utilizada no relatório de estágio curricular do ano
letivo de 2018-2019, mas que foi adaptada para a realidade de ensino
a distância. Procurámos também aplicar algumas das propostas de
melhoramento da atividade que notámos na primeira experiência.
Incipit 7. Workshop de Estudos Medievais da Universidade do Porto, 2018
Apoio:
Revista de História das Ideias. Vol. 35 (2017) , 2017
The Cistercian Order settled in the Iberian region in the middle of the twentieth century. Their ... more The Cistercian Order settled in the Iberian region in the middle
of the twentieth century. Their success is visible on the cases of
Moreruela, Castañeda (Kingdoms of Lion and Castile) and Fiães
(Portugal), which cases show the frontier did not condition Cistercian
land expansion, showing that the concept of frontier cannot be
understood in an absolute and linear approach. Therefore, the
Cistercian properties only was restrained with the beginning of the
territorialisation of the Iberian monarchs, more over the property
owned by foreign institutions.
The subject is particularly relevant due to the need of establishing
connection points, in the different Iberian kingdoms, of the evolution of
the assets held by the Cistercians. The article also seeks to establish the
relation between the Cistercian Abbeys and the monarchies.
Book Reviews by Pedro Sebastião
Revista de História das Ideias, 2016
História: Revista da FLUP, 2019
um autor que tem vindo a desenvolver um notável trabalho de investigação e divulgação da história... more um autor que tem vindo a desenvolver um notável trabalho de investigação e divulgação da história militar medieval portuguesa. Doutorado pela Universidade de Coimbra, a sua mais recente obra, 1147, A conquista de Lisboa na rota da Segunda Cruzada não é estranha à sua área de estudos. Segundo o autor, este livro surge com o objetivo de fornecer uma visão de "âmbito panorâmico" da conquista de Lisboa de 1147, ao integrar esta operação, num contexto mais vasto tanto do ponto de vista cronológico como geográfico (Martins 2017: 17). Não sendo um tema novo, Miguel Gomes Martins justifica o surgimento desta obra com a descoberta de novas fontes, nomeadamente vestígios arqueológicos na cidade de Lisboa, e com a reinterpretação de fontes já conhecidas, algo possibilitado graças ao desenvolvimento dos estudos sobre poliorcética medieval. A obra tem 386 páginas divididas por 14 capítulos e consideramos que estes podem ser divididos em 3 partes principais; em primeiro lugar, os capítulos 1 a 6, em segundo lugar, os capítulos 7 a 11 e, finalmente, os capítulos 12 a 14. É na primeira parte que iremos elencar as principais críticas, assinalando que consideramos ser nestes primeiros seis capítulos que o autor pretende marcar o seu contributo historiográfico, tendo em conta os objetivos a que se propõe. Aqui, é fornecido o contexto social, económico e político da Europa e do Médio Oriente, na Baixa Idade Média, e é analisado o contexto político-militar ibérico desde 711 até à chegada ao poder de Afonso Henriques. O autor aborda também o contexto da queda de Edessa e o lançamento da cruzada por Inocêncio II. É também nesta parte que está uma das principais teses defendida na obra, segundo a qual, a conquista de Lisboa fazia parte dos planos de Bernardo de Claraval para a Segunda Cruzada e o rei português, sabendo desta eventualidade, condicionou as suas estratégias militares de 1147 para esse efeito. Temos a destacar alguns pontos positivos nestes primeiros capítulos. Referimos a capacidade do autor ter uma perspetiva integrada da evolução das diferentes entidades atividades político-militares da Segunda Cruzada.
The handgunners were a portuguese military squad whose emergence is noted during the second quart... more The handgunners were a portuguese military squad whose emergence is noted during the second quarter of the fifteenth century. They obtained a considerable representation in the king’s army becoming one of the military corps that composed it. This evolution was coinciding with the widespread use of firearms in Europe. The handgunners used portable firearms (like the colobreta or the matchlock) that were, unlike the artillery, loaded and fired by only one person.
The internal organization of the squad was very similar to the one that is observed in the besteiros do conto (crossbowmen), specially in aspects concerning the geographical origin, social group of recruitment and the chain of command. Nonetheless, there were substancial diferences in the recruitment, provided, that the king reinforced the local militias of handgunners with professionalized members that received a considerable anual payment (tença). As for the privileges to which these members were entitled, it is reinforced that they have the exemption of the jugada (an important tax over the agricultural production), except in the cereal production, a concession lost by the besteiros do conto, still in the reign of D. John I.
The reign of King John II (1482-1495) was an important moment for the definition of the legal components of the squad and for the increase of the number of hangunnners. We registered 416 letters of privilege, distributed by 64 centers of recruitment, in Portuguese territory. Nevertheless, more than the immediate substitution of the besteiros do conto for the handgunners, the royal administration sought throughout the fifteenth century to converge the contributions of the two squads. The military action of handgunners is reported for a considerable part of the Portuguese campaigns in this century (Tangier (1437), Alfarrobeira (1449), Alcácer-Ceguer (1458), Arzila (1471), Toro (1476) and Graciosa (1489)), being, however, only in the Battle of Toro that their participation proved decisive for the outcome of the conflict.
Das culturas da alimentação ao culto dos alimentos. Vol. I., 2022
As conquistas portuguesas no Norte de África, primeiro cenário da expansão, levantaram um problem... more As conquistas portuguesas no Norte de África, primeiro cenário da expansão, levantaram um problema de difícil resolução. Como abastecer eficazmente estes locais?
A resposta dada pelo poder régio consistiu na criação da Casa de Ceuta que realizava uma verdadeira ponte marítima entre o reino e o Algarve d’além mar e foi consubstanciada por mecanismos de produção local e operações militares que pilhavam recursos das comunidades vizinhas. Mas tal leva-nos a outras questões. De que forma os portugueses viam a alimentação das comunidades muçulmanas que combatiam? E será que, a par de outros espaços de expansão podemos observar alterações na alimentação devido a essas influências? É ainda objetivo deste artigo trabalhar os momentos de maior carência de provisões destes espaços que ocorriam durante os cercos e de perceber as estratégias gizadas pelos capitães das praças para fazer face ao inimigo.
Pluri. v. 5, n.1: Ensino de História: Percursos Temáticos de Aprendizagem, 2022
O presente artigo procura apresentar uma atividade didática para lecionar a Batalha de Aljubarrot... more O presente artigo procura apresentar uma atividade didática para
lecionar a Batalha de Aljubarrota ao 7º ano de escolaridade, num
contexto de aulas não presenciais. No primeiro ponto deste estudo,
apontam-se os elementos principais do contexto que levou à batalha
e uma descrição resumida da mesma. No segundo ponto, procuramos
apresentar uma definição de e-learning, o método de aprendizagem
usado devido à pandemia de Covid-19, procurando caracterizar as suas
principais vantagens e desvantagens. No terceiro ponto, apresentamos
a atividade “General por um dia”, uma experiência pedagógica que não
é nova, pois já foi utilizada no relatório de estágio curricular do ano
letivo de 2018-2019, mas que foi adaptada para a realidade de ensino
a distância. Procurámos também aplicar algumas das propostas de
melhoramento da atividade que notámos na primeira experiência.
Incipit 7. Workshop de Estudos Medievais da Universidade do Porto, 2018
Apoio:
Revista de História das Ideias. Vol. 35 (2017) , 2017
The Cistercian Order settled in the Iberian region in the middle of the twentieth century. Their ... more The Cistercian Order settled in the Iberian region in the middle
of the twentieth century. Their success is visible on the cases of
Moreruela, Castañeda (Kingdoms of Lion and Castile) and Fiães
(Portugal), which cases show the frontier did not condition Cistercian
land expansion, showing that the concept of frontier cannot be
understood in an absolute and linear approach. Therefore, the
Cistercian properties only was restrained with the beginning of the
territorialisation of the Iberian monarchs, more over the property
owned by foreign institutions.
The subject is particularly relevant due to the need of establishing
connection points, in the different Iberian kingdoms, of the evolution of
the assets held by the Cistercians. The article also seeks to establish the
relation between the Cistercian Abbeys and the monarchies.
Revista de História das Ideias, 2016
História: Revista da FLUP, 2019
um autor que tem vindo a desenvolver um notável trabalho de investigação e divulgação da história... more um autor que tem vindo a desenvolver um notável trabalho de investigação e divulgação da história militar medieval portuguesa. Doutorado pela Universidade de Coimbra, a sua mais recente obra, 1147, A conquista de Lisboa na rota da Segunda Cruzada não é estranha à sua área de estudos. Segundo o autor, este livro surge com o objetivo de fornecer uma visão de "âmbito panorâmico" da conquista de Lisboa de 1147, ao integrar esta operação, num contexto mais vasto tanto do ponto de vista cronológico como geográfico (Martins 2017: 17). Não sendo um tema novo, Miguel Gomes Martins justifica o surgimento desta obra com a descoberta de novas fontes, nomeadamente vestígios arqueológicos na cidade de Lisboa, e com a reinterpretação de fontes já conhecidas, algo possibilitado graças ao desenvolvimento dos estudos sobre poliorcética medieval. A obra tem 386 páginas divididas por 14 capítulos e consideramos que estes podem ser divididos em 3 partes principais; em primeiro lugar, os capítulos 1 a 6, em segundo lugar, os capítulos 7 a 11 e, finalmente, os capítulos 12 a 14. É na primeira parte que iremos elencar as principais críticas, assinalando que consideramos ser nestes primeiros seis capítulos que o autor pretende marcar o seu contributo historiográfico, tendo em conta os objetivos a que se propõe. Aqui, é fornecido o contexto social, económico e político da Europa e do Médio Oriente, na Baixa Idade Média, e é analisado o contexto político-militar ibérico desde 711 até à chegada ao poder de Afonso Henriques. O autor aborda também o contexto da queda de Edessa e o lançamento da cruzada por Inocêncio II. É também nesta parte que está uma das principais teses defendida na obra, segundo a qual, a conquista de Lisboa fazia parte dos planos de Bernardo de Claraval para a Segunda Cruzada e o rei português, sabendo desta eventualidade, condicionou as suas estratégias militares de 1147 para esse efeito. Temos a destacar alguns pontos positivos nestes primeiros capítulos. Referimos a capacidade do autor ter uma perspetiva integrada da evolução das diferentes entidades atividades político-militares da Segunda Cruzada.