Bárbara Piñeiro Pessôa | Universidad Nacional de Córdoba (original) (raw)

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Papers by Bárbara Piñeiro Pessôa

Research paper thumbnail of Sentido e enigma em Poliedro, de Murilo Mendes

Especulo Revista De Estudios Literarios, 2010

Este artigo pretende discutir o embate entre o enigma e o sentido no texto �Setor Texto Delfico�,... more Este artigo pretende discutir o embate entre o enigma e o sentido no texto �Setor Texto Delfico�, presente no livro Poliedro (1972), de Murilo Mendes

Research paper thumbnail of Diálogos da desintegração: a imaginação da morte e da inexistência na vanguarda brasileira e argentina

FronteiraZ. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária, 2018

Este trabalho pretende ler algumas produções artísticas que se relacionam a práticas de desinteg... more Este trabalho pretende ler algumas produções artísticas que se relacionam a práticas de desintegração estética vinculadas a estratégias de vanguarda no Brasil e na Argentina. Estes trabalhos põem em cena formas que apostam na destruição como via de exploração estética e convocam, assim, o imaginário da morte. Através da leitura de algumas telas de Ismael Nery, escritos de Aldo Pellegrini e Murilo Mendes, pretendemos analisar as consequências estéticas destes investimentos.

Research paper thumbnail of O armar do olho: colagem e surrealismo em Murilo Mendes

eLyra, 2016

Resumo: "Porque o ponto zero-é a colagem", eis a espantosa observação com que nos deparamos numa ... more Resumo: "Porque o ponto zero-é a colagem", eis a espantosa observação com que nos deparamos numa carta de Mário Cesariny a Alberto Lacerda. Ela servirá de mote para o conjunto de anotações que se apresentam aqui, situando-nos, desde logo, algures a meio de um infindável processo, cujo início irremediavelmente se perde nos confins do tempo (e do espaço, presume-se). Que podemos deduzir, conservando-a no horizonte? E quais as bases da afirmação peremptória que encerra? Daremos resposta a estas interrogações, sem perder de vista o que consideramos ser uma perspectiva, mais vasta, sobre o devir da arte a uma escala trans-histórica e planetária, que a ideia de colagem do autor parece pressupor.

Research paper thumbnail of A palavra de impossível repouso: Pasolini e o olho-câmara de Murilo Mendes

Anuário de Literatura, 2012

Resumo: Mais que uma teoria sobre o cinema, o cineasta Pier Paolo Pasolini nos deixou uma teoria ... more Resumo: Mais que uma teoria sobre o cinema, o cineasta Pier Paolo Pasolini nos deixou uma teoria sobre a linguagem e sua relação com o real. O cinema aparece como o disparador de uma pesquisa filosófica sobre as possibilidades da linguagem verbal em sua encruzilhada entre o conceitual e o material, entre sua historicidade e a utópica ânsia poética do alvorecer de um novo sentido ou, mais além, o trabalho com a impossibilidade do sentido. Ao estabelecer laços de diálogo entre a teoria do cinema de Pasolini e a poética de Murilo Mendes, pretendemos pensar aqui sobre a exigência poética do despojamento dos sentidos e o tratamento de corte e subtração conceitual dirigidos à palavra. A proposta de Pasolini teoriza sobre o cinema, mas é, sobretudo, uma teoria da linguagem, um confronto entre as possibilidades da literatura e do cinema. Nesta perspectiva, sua teoria nos ajuda a lançar um outro olhar ao trabalho poético de Murilo Mendes, interessado na palavra ativada por um olho-câmera, um olho capaz de descamar o real e a materialidade da palavra, num processo de subtração que ambiciona o permanente deslocamento de sentido, a palavra de impossível repouso. Palavras-chave: Murilo Mendes. Pier Paolo Pasolini. Cinema. Colagem. "O olho dispara a câmera lenta, a câmera veloz" Murilo Mendes, The Responsive eye

Research paper thumbnail of Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária da PUC-SP nº 21 -dezembro de 2018

Diálogos da desintegração: a imaginação da morte e da inexistência na vanguarda brasileira e arge... more Diálogos da desintegração: a imaginação da morte e da inexistência na vanguarda brasileira e argentina Dialogues of disintegration: the imagination of the death and the non-existence in the Brazilian and Argentine avant-garde Bárbara Nayla Piñeiro de Castro Pessôa* 1 RESUMO Este trabalho pretende ler algumas produções artísticas que se relacionam a práticas de desintegração estética vinculadas a estratégias de vanguarda no Brasil e na Argentina. Esses trabalhos põem em cena formas que apostam na destruição como via de exploração estética e convocam, assim, o imaginário da morte. Por meio da leitura de algumas telas de Ismael Nery, escritos de Aldo Pellegrini e Murilo Mendes, pretendemos analisar as consequências estéticas desses investimentos. ABSTRACT This paper aims at reading some artistic productions related to practices of aesthetic disintegration associated with to avant-guarde strategies in both Brazil and Argentina. Such productions present destruction as a means of aesthetic exploration and summon the imaginary of death. These art works present destruction as a way of aesthetic exploration and summon the imaginary of death. Through the critical readings of Ismael Nery, the writings of Aldo Pellegrini and Murilo Mendes, we seek to analyse the aesthetics consequences of these investments.

Research paper thumbnail of La máquina en Julio Cortázar y Raymond Roussel

Este trabajo pretende discutir el concepto de máquina a partir del texto “De otra máquina célibe”... more Este trabajo pretende discutir el concepto de máquina a partir del texto “De otra máquina célibe”, de Júlio Cortázar. A través de la lectura que Cortázar hace del escritor francés Raymond Roussel, nos interesa observar cómo tal concepto atraviesa el proyecto estético del autor en cuestión y cómo este despliega una mirada crítica del lenguaje en la cual su doble carácter de lengua de comunicación e instrumento verbal juega productivamente en la creación artística.

Research paper thumbnail of A PALAVRA DE IMPOSSÍVEL REPOUSO: PASOLINI E O OLHO-CÂMARA DE MURILO MENDES

Resumo: Mais que uma teoria sobre o cinema, o cineasta Pier Paolo Pasolini nos deixou uma teoria ... more Resumo: Mais que uma teoria sobre o cinema, o cineasta Pier Paolo Pasolini nos deixou uma teoria sobre a linguagem e sua relação com o real. O cinema aparece como o disparador de uma pesquisa filosófica sobre as possibilidades da linguagem verbal em sua encruzilhada entre o conceitual e o material, entre sua historicidade e a utópica ânsia poética do alvorecer de um novo sentido ou, mais além, o trabalho com a impossibilidade do sentido. Ao estabelecer laços de diálogo entre a teoria do cinema de Pasolini e a poética de Murilo Mendes, pretendemos pensar aqui sobre a exigência poética do despojamento dos sentidos e o tratamento de corte e subtração conceitual dirigidos à palavra. A proposta de Pasolini teoriza sobre o cinema, mas é, sobretudo, uma teoria da linguagem, um confronto entre as possibilidades da literatura e do cinema. Nesta perspectiva, sua teoria nos ajuda a lançar um outro olhar ao trabalho poético de Murilo Mendes, interessado na palavra ativada por um olho-câmera, um olho capaz de descamar o real e a materialidade da palavra, num processo de subtração que ambiciona o permanente deslocamento de sentido, a palavra de impossível repouso. Palavras-chave: Murilo Mendes. Pier Paolo Pasolini. Cinema. Colagem. "O olho dispara a câmera lenta, a câmera veloz" Murilo Mendes, The Responsive eye Subtrair da linguagem verbal o que faz dela ela mesma, num ato de visão e som. As imagens de Murilo acumulam-se e não cansam de proliferar-se. Outras vezes, as palavras se contaminam, num puxa-puxa fonético, que as autonomiza do sentido. O que faz de um olho um olho câmera? O que faz de uma escritura pura revelia musical? Para Pasolini o próprio da linguagem do cinema é lançar mão de imagens, que ao contrário da linguagem verbal, não figurariam em um dicionário, ainda que sejam patrimônio comum. Tal a-gramaticalidade lhe daria ao cinema seu "tipo irracionalista: eis o que explica a qualidade onírica profunda do cinema e também a sua absoluta e imprescindível concreção, Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

Research paper thumbnail of A textura da desanatomia: o mal e o corpo em Ùltimo round, de Julio Cortázar

18 a 22 de julho de 2011 UFPR -Curitiba, Brasil A textura da desanatomia: o mal e o corpo em Últi... more 18 a 22 de julho de 2011 UFPR -Curitiba, Brasil A textura da desanatomia: o mal e o corpo em Último Round, de Júlio Cortázar Bárbara Nayla Piñeiro de Castro Pessôa i (UFF/Cnpq) Resumo: O gesto vanguardista de ruptura com os limites da obra de arte enquanto instituição desligada da práxis vital engendra uma estética do corte e do radical que linda com o excesso. Situando-se no marco da recuperação dos princípios da arte de vanguarda, "Último Round" (1969), de Júlio Cortázar, se arma como livro colagem no qual tanto as cenas de eroticidade e crime como as práticas de esquartejamento textual provocam nossa reflexão sobre a transgressão do corpo erótico na fronteira do desumano e a simultânea transgressão do Livro em sua unicidade e caráter de obra de arte. Nosso olhar quer se deter no mal como impulso desestabilizador e de desejo que, através do princípio do informe, mina a arquitetura do texto, dando-lhe uma configuração acéfala. Nossa leitura pretende vincular as práticas de desanatomização e, até, aniquilamento do corpo, humano e textual, com o horizonte utópico da literatura como lugar de desvio do logos e felicidade. 1 La muñeca rota Fonte: CORTÁZAR, Júlio. Último Round (2010, p.109).

Research paper thumbnail of Sentido e enigma em Poliedro, de Murilo Mendes

Especulo Revista De Estudios Literarios, 2010

Este artigo pretende discutir o embate entre o enigma e o sentido no texto �Setor Texto Delfico�,... more Este artigo pretende discutir o embate entre o enigma e o sentido no texto �Setor Texto Delfico�, presente no livro Poliedro (1972), de Murilo Mendes

Research paper thumbnail of Diálogos da desintegração: a imaginação da morte e da inexistência na vanguarda brasileira e argentina

FronteiraZ. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária, 2018

Este trabalho pretende ler algumas produções artísticas que se relacionam a práticas de desinteg... more Este trabalho pretende ler algumas produções artísticas que se relacionam a práticas de desintegração estética vinculadas a estratégias de vanguarda no Brasil e na Argentina. Estes trabalhos põem em cena formas que apostam na destruição como via de exploração estética e convocam, assim, o imaginário da morte. Através da leitura de algumas telas de Ismael Nery, escritos de Aldo Pellegrini e Murilo Mendes, pretendemos analisar as consequências estéticas destes investimentos.

Research paper thumbnail of O armar do olho: colagem e surrealismo em Murilo Mendes

eLyra, 2016

Resumo: "Porque o ponto zero-é a colagem", eis a espantosa observação com que nos deparamos numa ... more Resumo: "Porque o ponto zero-é a colagem", eis a espantosa observação com que nos deparamos numa carta de Mário Cesariny a Alberto Lacerda. Ela servirá de mote para o conjunto de anotações que se apresentam aqui, situando-nos, desde logo, algures a meio de um infindável processo, cujo início irremediavelmente se perde nos confins do tempo (e do espaço, presume-se). Que podemos deduzir, conservando-a no horizonte? E quais as bases da afirmação peremptória que encerra? Daremos resposta a estas interrogações, sem perder de vista o que consideramos ser uma perspectiva, mais vasta, sobre o devir da arte a uma escala trans-histórica e planetária, que a ideia de colagem do autor parece pressupor.

Research paper thumbnail of A palavra de impossível repouso: Pasolini e o olho-câmara de Murilo Mendes

Anuário de Literatura, 2012

Resumo: Mais que uma teoria sobre o cinema, o cineasta Pier Paolo Pasolini nos deixou uma teoria ... more Resumo: Mais que uma teoria sobre o cinema, o cineasta Pier Paolo Pasolini nos deixou uma teoria sobre a linguagem e sua relação com o real. O cinema aparece como o disparador de uma pesquisa filosófica sobre as possibilidades da linguagem verbal em sua encruzilhada entre o conceitual e o material, entre sua historicidade e a utópica ânsia poética do alvorecer de um novo sentido ou, mais além, o trabalho com a impossibilidade do sentido. Ao estabelecer laços de diálogo entre a teoria do cinema de Pasolini e a poética de Murilo Mendes, pretendemos pensar aqui sobre a exigência poética do despojamento dos sentidos e o tratamento de corte e subtração conceitual dirigidos à palavra. A proposta de Pasolini teoriza sobre o cinema, mas é, sobretudo, uma teoria da linguagem, um confronto entre as possibilidades da literatura e do cinema. Nesta perspectiva, sua teoria nos ajuda a lançar um outro olhar ao trabalho poético de Murilo Mendes, interessado na palavra ativada por um olho-câmera, um olho capaz de descamar o real e a materialidade da palavra, num processo de subtração que ambiciona o permanente deslocamento de sentido, a palavra de impossível repouso. Palavras-chave: Murilo Mendes. Pier Paolo Pasolini. Cinema. Colagem. "O olho dispara a câmera lenta, a câmera veloz" Murilo Mendes, The Responsive eye

Research paper thumbnail of Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária da PUC-SP nº 21 -dezembro de 2018

Diálogos da desintegração: a imaginação da morte e da inexistência na vanguarda brasileira e arge... more Diálogos da desintegração: a imaginação da morte e da inexistência na vanguarda brasileira e argentina Dialogues of disintegration: the imagination of the death and the non-existence in the Brazilian and Argentine avant-garde Bárbara Nayla Piñeiro de Castro Pessôa* 1 RESUMO Este trabalho pretende ler algumas produções artísticas que se relacionam a práticas de desintegração estética vinculadas a estratégias de vanguarda no Brasil e na Argentina. Esses trabalhos põem em cena formas que apostam na destruição como via de exploração estética e convocam, assim, o imaginário da morte. Por meio da leitura de algumas telas de Ismael Nery, escritos de Aldo Pellegrini e Murilo Mendes, pretendemos analisar as consequências estéticas desses investimentos. ABSTRACT This paper aims at reading some artistic productions related to practices of aesthetic disintegration associated with to avant-guarde strategies in both Brazil and Argentina. Such productions present destruction as a means of aesthetic exploration and summon the imaginary of death. These art works present destruction as a way of aesthetic exploration and summon the imaginary of death. Through the critical readings of Ismael Nery, the writings of Aldo Pellegrini and Murilo Mendes, we seek to analyse the aesthetics consequences of these investments.

Research paper thumbnail of La máquina en Julio Cortázar y Raymond Roussel

Este trabajo pretende discutir el concepto de máquina a partir del texto “De otra máquina célibe”... more Este trabajo pretende discutir el concepto de máquina a partir del texto “De otra máquina célibe”, de Júlio Cortázar. A través de la lectura que Cortázar hace del escritor francés Raymond Roussel, nos interesa observar cómo tal concepto atraviesa el proyecto estético del autor en cuestión y cómo este despliega una mirada crítica del lenguaje en la cual su doble carácter de lengua de comunicación e instrumento verbal juega productivamente en la creación artística.

Research paper thumbnail of A PALAVRA DE IMPOSSÍVEL REPOUSO: PASOLINI E O OLHO-CÂMARA DE MURILO MENDES

Resumo: Mais que uma teoria sobre o cinema, o cineasta Pier Paolo Pasolini nos deixou uma teoria ... more Resumo: Mais que uma teoria sobre o cinema, o cineasta Pier Paolo Pasolini nos deixou uma teoria sobre a linguagem e sua relação com o real. O cinema aparece como o disparador de uma pesquisa filosófica sobre as possibilidades da linguagem verbal em sua encruzilhada entre o conceitual e o material, entre sua historicidade e a utópica ânsia poética do alvorecer de um novo sentido ou, mais além, o trabalho com a impossibilidade do sentido. Ao estabelecer laços de diálogo entre a teoria do cinema de Pasolini e a poética de Murilo Mendes, pretendemos pensar aqui sobre a exigência poética do despojamento dos sentidos e o tratamento de corte e subtração conceitual dirigidos à palavra. A proposta de Pasolini teoriza sobre o cinema, mas é, sobretudo, uma teoria da linguagem, um confronto entre as possibilidades da literatura e do cinema. Nesta perspectiva, sua teoria nos ajuda a lançar um outro olhar ao trabalho poético de Murilo Mendes, interessado na palavra ativada por um olho-câmera, um olho capaz de descamar o real e a materialidade da palavra, num processo de subtração que ambiciona o permanente deslocamento de sentido, a palavra de impossível repouso. Palavras-chave: Murilo Mendes. Pier Paolo Pasolini. Cinema. Colagem. "O olho dispara a câmera lenta, a câmera veloz" Murilo Mendes, The Responsive eye Subtrair da linguagem verbal o que faz dela ela mesma, num ato de visão e som. As imagens de Murilo acumulam-se e não cansam de proliferar-se. Outras vezes, as palavras se contaminam, num puxa-puxa fonético, que as autonomiza do sentido. O que faz de um olho um olho câmera? O que faz de uma escritura pura revelia musical? Para Pasolini o próprio da linguagem do cinema é lançar mão de imagens, que ao contrário da linguagem verbal, não figurariam em um dicionário, ainda que sejam patrimônio comum. Tal a-gramaticalidade lhe daria ao cinema seu "tipo irracionalista: eis o que explica a qualidade onírica profunda do cinema e também a sua absoluta e imprescindível concreção, Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

Research paper thumbnail of A textura da desanatomia: o mal e o corpo em Ùltimo round, de Julio Cortázar

18 a 22 de julho de 2011 UFPR -Curitiba, Brasil A textura da desanatomia: o mal e o corpo em Últi... more 18 a 22 de julho de 2011 UFPR -Curitiba, Brasil A textura da desanatomia: o mal e o corpo em Último Round, de Júlio Cortázar Bárbara Nayla Piñeiro de Castro Pessôa i (UFF/Cnpq) Resumo: O gesto vanguardista de ruptura com os limites da obra de arte enquanto instituição desligada da práxis vital engendra uma estética do corte e do radical que linda com o excesso. Situando-se no marco da recuperação dos princípios da arte de vanguarda, "Último Round" (1969), de Júlio Cortázar, se arma como livro colagem no qual tanto as cenas de eroticidade e crime como as práticas de esquartejamento textual provocam nossa reflexão sobre a transgressão do corpo erótico na fronteira do desumano e a simultânea transgressão do Livro em sua unicidade e caráter de obra de arte. Nosso olhar quer se deter no mal como impulso desestabilizador e de desejo que, através do princípio do informe, mina a arquitetura do texto, dando-lhe uma configuração acéfala. Nossa leitura pretende vincular as práticas de desanatomização e, até, aniquilamento do corpo, humano e textual, com o horizonte utópico da literatura como lugar de desvio do logos e felicidade. 1 La muñeca rota Fonte: CORTÁZAR, Júlio. Último Round (2010, p.109).