Larissa Barcellos | Ecole Pratique des Hautes Etudes (original) (raw)

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Papers by Larissa Barcellos

Research paper thumbnail of De que falam os Índios

Cadernos de Campo (São Paulo, 1991), Oct 2, 2017

Ele [o deus Ñamandu] faz advir primeiro a Palavra, substância comum aos divinos e aos humanos. At... more Ele [o deus Ñamandu] faz advir primeiro a Palavra, substância comum aos divinos e aos humanos. Atribui à humanidade o destino de acolher a Palavra, de nela existir e de dar-lhe abrigo. Protetores da Palavra e protegidos por ela: tais são os humanos, todos igualmente eleitos dos divinos. A sociedade é o usufruto do bem comum que é a Palavra. Pierre Clastres, Arqueologia da violência 1 Eu gostaria apenas de lembrar um aspecto da obra de Pierre Clastres talvez um pouco esquecido, encoberto pela questão do poder e, contudo, tão importante quanto ela: sua reflexão sobre a linguagem. O que é falar para os índios? O que sua relação com a linguagem revela e permite pensar acerca de sua "natureza dupla e essencial": um questionamento que cada novo trabalho de campo o incitou a retomar? 2 A fala sagrada dos índios guarani, cantos de caçadores guayaki,

Research paper thumbnail of De que falam os Índios (Tradução de Hélène Clastres)

Cadernos de Campo, 2016

Tradução de CLASTRES, Hélène. De quoi parlent les Indiens. In: ABENSOUR, Miguel; KUPIEC, Anne. Ca... more Tradução de CLASTRES, Hélène. De quoi parlent les Indiens. In: ABENSOUR, Miguel; KUPIEC, Anne. Cahier Pierre Clastres. Paris: Sens & Tonka, 2011. p. 211-220

Introdução:
Pierre Clastres é um autor célebre por sua tese da “sociedade contra o Estado” e suas reflexões sobre o poder nas sociedades ameríndias. Contudo, há um aspecto de sua obra esquecido, mas tão importante quanto a questão do poder: trata-se de sua reflexão sobre a linguagem. Hélène Clastres mostra como esse antropólogo esteve atento à diversidade de usos, de ritos, de criações verbais indígenas, e ao lugar da linguagem e da fala no pensamento ameríndio.

Research paper thumbnail of Entrevista com Eduardo Viveiros de Castro

Primeiros Estudos, 2012

Esta entrevista foi realizada durante o 3o Forum International de Philosophie Politique et Social... more Esta entrevista foi realizada durante o 3o Forum International de Philosophie Politique et Sociale, que ocorreu entre os dias 8 e 16 de julho de 2011 na Université de Toulouse 2 Le Mirail (França).

Research paper thumbnail of Perspectivismo: "tipo" ou "bomba"? (Tradução de Bruno Latour)

Primeiros Estudos , 2011

Tradução de Latour, B. "Perspectivism: Type or Bomb?" in: Anthropology Today, guest editorial, Ap... more Tradução de Latour, B. "Perspectivism: Type or Bomb?" in: Anthropology Today, guest editorial, April 2009, vol. 25, n° 2, pp. 21-22.

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Cadernos de Campo (São Paulo, 1991), Oct 2, 2017

Ele [o deus Ñamandu] faz advir primeiro a Palavra, substância comum aos divinos e aos humanos. At... more Ele [o deus Ñamandu] faz advir primeiro a Palavra, substância comum aos divinos e aos humanos. Atribui à humanidade o destino de acolher a Palavra, de nela existir e de dar-lhe abrigo. Protetores da Palavra e protegidos por ela: tais são os humanos, todos igualmente eleitos dos divinos. A sociedade é o usufruto do bem comum que é a Palavra. Pierre Clastres, Arqueologia da violência 1 Eu gostaria apenas de lembrar um aspecto da obra de Pierre Clastres talvez um pouco esquecido, encoberto pela questão do poder e, contudo, tão importante quanto ela: sua reflexão sobre a linguagem. O que é falar para os índios? O que sua relação com a linguagem revela e permite pensar acerca de sua "natureza dupla e essencial": um questionamento que cada novo trabalho de campo o incitou a retomar? 2 A fala sagrada dos índios guarani, cantos de caçadores guayaki,

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Cadernos de Campo, 2016

Tradução de CLASTRES, Hélène. De quoi parlent les Indiens. In: ABENSOUR, Miguel; KUPIEC, Anne. Ca... more Tradução de CLASTRES, Hélène. De quoi parlent les Indiens. In: ABENSOUR, Miguel; KUPIEC, Anne. Cahier Pierre Clastres. Paris: Sens & Tonka, 2011. p. 211-220

Introdução:
Pierre Clastres é um autor célebre por sua tese da “sociedade contra o Estado” e suas reflexões sobre o poder nas sociedades ameríndias. Contudo, há um aspecto de sua obra esquecido, mas tão importante quanto a questão do poder: trata-se de sua reflexão sobre a linguagem. Hélène Clastres mostra como esse antropólogo esteve atento à diversidade de usos, de ritos, de criações verbais indígenas, e ao lugar da linguagem e da fala no pensamento ameríndio.

Research paper thumbnail of Entrevista com Eduardo Viveiros de Castro

Primeiros Estudos, 2012

Esta entrevista foi realizada durante o 3o Forum International de Philosophie Politique et Social... more Esta entrevista foi realizada durante o 3o Forum International de Philosophie Politique et Sociale, que ocorreu entre os dias 8 e 16 de julho de 2011 na Université de Toulouse 2 Le Mirail (França).

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Primeiros Estudos , 2011

Tradução de Latour, B. "Perspectivism: Type or Bomb?" in: Anthropology Today, guest editorial, Ap... more Tradução de Latour, B. "Perspectivism: Type or Bomb?" in: Anthropology Today, guest editorial, April 2009, vol. 25, n° 2, pp. 21-22.