Iany Morais | Universidade de Pernambuco - UFPE (Brasil) (original) (raw)

Papers by Iany Morais

Research paper thumbnail of Artigo: "Um passeio pela história de Mamusebá"

A partir das discussões sobre cultura, políticas culturais e etc., este trabalho ressalta a histó... more A partir das discussões sobre cultura, políticas culturais e etc., este trabalho ressalta a história da companhia caruaruense de teatro de mamulengos Mamusebá, que há 32 anos tem contribuído para a perpetuação e valorização da cultura popular na região. Manifestação cultural que está presente no Brasil desde a época colonial, onde assumiu ao longo da história diversas denominações. O que é comum dessa época até os nossos dias é os enredos dos espetáculos que giram em torno do cotidiano e da realidade do povo carregados de clichês e chavões a partir de uma perspectiva cômica. Importante destacar que a cidade de Caruaru conhecida e reconhecida por suas manifestações culturais, possui uma companhia de Teatros de mamulengos, o “Mamusebá” que existe há 32 anos na cidade como símbolo representativo de uma cutura de resistência. E por esse motivo nos interessa conhecer a história desse grupo na medida que ele se apresenta como uma espaço de resistência frente as investidas de um modelo de globalização que atinge fortemente as manifestações culturais na tentativa de impor uma cultura massificante que muitas vezes descaraterizam as culturais locais esvaziando essas de suas identidades. Nesse sentido, este trabalho representa um esforço inicial de compreender essa manifestação cultural como um espaço de resistência e de fortalecimento da cultura local. Para tanto realizamos uma pesquisa de cunho bibliográfico e documental.

Drafts by Iany Morais

Research paper thumbnail of 99% festa e aquele 1% polêmica

A polêmica do maior São João cachê do mundo. Caruaru, conhecida mundialmente como a capital do fo... more A polêmica do maior São João cachê do mundo. Caruaru, conhecida mundialmente como a capital do forró, carrega esse título graças a sua tradicional festa de São João. Nessa época do ano a atmosfera da cidade muda completamente. Bandeirinhas e balões multicoloridos tomam conta do céu, o clima frio dá espaço para as fogueiras, bacamartes e quadrilhas se espalham, e o som do pífano é trilha sonora constante no cotidiano da cidade durante o mês da festa. No entanto nem tudo são flores no país de Caruaru: uma festa tradicional como essa, pode ser (e é) palco para grandes polêmicas. Todos os anos levanta-se o debate a respeito das atrações artísticas contratadas para o São João, se respeitam ou não a tradição, se tocam ou não o autêntico forró, se merecem ou não tamanho destaque. Tal debate toma conta da cidade e divide opinião entre as pessoas. Uns defendem que a festa seja a mais tradicional possível, adotando um parâmetro de comparação com os tempos passados, quando o São João era momento de valoração da cultura popular e tomava as ruas da cidade; outros acreditam que essa visão ficou no passado e é preciso se modernizar, adotar novos estilos de forró, para estes na programação não pode deixar de ter grandes nomes do forró e do sertanejo atual. Este ano, a corriqueira polêmica entre tradição e modernidade, desencadeou uma questão ainda maior. Logo após ser divulgado que seria pago ao cantor Wesley Safadão a bagatela de R$ 575 mil por seu show no São João de Caruaru – 85% a mais que o ano passado – acirrou o debate e repercutiu nas ruas e nas redes a discussão sobre os cachês. A disparidade é incrível, enquanto à um artista se paga meio milhão de reais, a outro se paga R$ 200. E assim a disputa entre tradição e modernidade no São João segue mais acirrada do que nunca. Além disso a diferença entre os valores pagos em Caruaru e em Campina Grade (também famosa pela festa junina) é gritante; Safadão por exemplo recebeu R$ 195 mil na cidade paraibana. Resultado da grande repercussão e pressão nas redes sociais, o ministério público federal abriu investigação sobre a contratação de artistas durante os festejos juninos e, logo em seguida, a justiça acatou a ação popular movida por advogados que solicitava o cancelamento do show de Wesley Safadão, alegando prejuízo aos cofres públicos. No entanto a decisão não durou mais de 24 horas, a liminar foi derrubada e o show de Safadão foi mantido. Vai, Safadão! A indignação com o possível superfaturamento do show de Wesley Safadão não durou muito. A noite em que o cantor se apresentou contou com o maior público do ano, mais de 120 mil pessoas segundo a organização do evento. Sem contar com o grande número de pessoas que não conseguiram entrar no pátio de eventos por consequência da superlotação do espaço.

Research paper thumbnail of Artigo: "Um passeio pela história de Mamusebá"

A partir das discussões sobre cultura, políticas culturais e etc., este trabalho ressalta a histó... more A partir das discussões sobre cultura, políticas culturais e etc., este trabalho ressalta a história da companhia caruaruense de teatro de mamulengos Mamusebá, que há 32 anos tem contribuído para a perpetuação e valorização da cultura popular na região. Manifestação cultural que está presente no Brasil desde a época colonial, onde assumiu ao longo da história diversas denominações. O que é comum dessa época até os nossos dias é os enredos dos espetáculos que giram em torno do cotidiano e da realidade do povo carregados de clichês e chavões a partir de uma perspectiva cômica. Importante destacar que a cidade de Caruaru conhecida e reconhecida por suas manifestações culturais, possui uma companhia de Teatros de mamulengos, o “Mamusebá” que existe há 32 anos na cidade como símbolo representativo de uma cutura de resistência. E por esse motivo nos interessa conhecer a história desse grupo na medida que ele se apresenta como uma espaço de resistência frente as investidas de um modelo de globalização que atinge fortemente as manifestações culturais na tentativa de impor uma cultura massificante que muitas vezes descaraterizam as culturais locais esvaziando essas de suas identidades. Nesse sentido, este trabalho representa um esforço inicial de compreender essa manifestação cultural como um espaço de resistência e de fortalecimento da cultura local. Para tanto realizamos uma pesquisa de cunho bibliográfico e documental.

Research paper thumbnail of 99% festa e aquele 1% polêmica

A polêmica do maior São João cachê do mundo. Caruaru, conhecida mundialmente como a capital do fo... more A polêmica do maior São João cachê do mundo. Caruaru, conhecida mundialmente como a capital do forró, carrega esse título graças a sua tradicional festa de São João. Nessa época do ano a atmosfera da cidade muda completamente. Bandeirinhas e balões multicoloridos tomam conta do céu, o clima frio dá espaço para as fogueiras, bacamartes e quadrilhas se espalham, e o som do pífano é trilha sonora constante no cotidiano da cidade durante o mês da festa. No entanto nem tudo são flores no país de Caruaru: uma festa tradicional como essa, pode ser (e é) palco para grandes polêmicas. Todos os anos levanta-se o debate a respeito das atrações artísticas contratadas para o São João, se respeitam ou não a tradição, se tocam ou não o autêntico forró, se merecem ou não tamanho destaque. Tal debate toma conta da cidade e divide opinião entre as pessoas. Uns defendem que a festa seja a mais tradicional possível, adotando um parâmetro de comparação com os tempos passados, quando o São João era momento de valoração da cultura popular e tomava as ruas da cidade; outros acreditam que essa visão ficou no passado e é preciso se modernizar, adotar novos estilos de forró, para estes na programação não pode deixar de ter grandes nomes do forró e do sertanejo atual. Este ano, a corriqueira polêmica entre tradição e modernidade, desencadeou uma questão ainda maior. Logo após ser divulgado que seria pago ao cantor Wesley Safadão a bagatela de R$ 575 mil por seu show no São João de Caruaru – 85% a mais que o ano passado – acirrou o debate e repercutiu nas ruas e nas redes a discussão sobre os cachês. A disparidade é incrível, enquanto à um artista se paga meio milhão de reais, a outro se paga R$ 200. E assim a disputa entre tradição e modernidade no São João segue mais acirrada do que nunca. Além disso a diferença entre os valores pagos em Caruaru e em Campina Grade (também famosa pela festa junina) é gritante; Safadão por exemplo recebeu R$ 195 mil na cidade paraibana. Resultado da grande repercussão e pressão nas redes sociais, o ministério público federal abriu investigação sobre a contratação de artistas durante os festejos juninos e, logo em seguida, a justiça acatou a ação popular movida por advogados que solicitava o cancelamento do show de Wesley Safadão, alegando prejuízo aos cofres públicos. No entanto a decisão não durou mais de 24 horas, a liminar foi derrubada e o show de Safadão foi mantido. Vai, Safadão! A indignação com o possível superfaturamento do show de Wesley Safadão não durou muito. A noite em que o cantor se apresentou contou com o maior público do ano, mais de 120 mil pessoas segundo a organização do evento. Sem contar com o grande número de pessoas que não conseguiram entrar no pátio de eventos por consequência da superlotação do espaço.