Júlia Morim | Universidade de Pernambuco - UFPE (Brasil) (original) (raw)
Papers by Júlia Morim
Proa: Revista de Antropologia e Arte, 2023
Para as mulheres do povo Pankararu, no sertão de Pernambuco, ser parteira e trazer no-vas vidas a... more Para as mulheres do povo Pankararu, no sertão de Pernambuco, ser parteira e trazer no-vas vidas ao mundo por suas mãos envolve dom, coragem, respeito, conhecimento, an-cestralidade. A parteira, cujo saber é transmitido por meio da oralidade, entre gerações, é responsável por ajudar outras mulheres a trazerem novos membros de seu povo para a vida, colaborando com a manutenção das tradições e modos de ser e estar no mundo. Em setembro de 2019, na casa de Mãe Dôra, parteiras e aprendizes se encontraram para a elaboração de um mural. “Nossas mãos são sagradas” acompanha esse encontro, no qual os sentidos, os significados, as relações estabelecidas e os elementos que constituem esse ofício são revelados.
Descolonizando a Museologia. 1. Museus, Ação Comunitária e Descolonização, 2020
AntHropológicas Visual, 2021
Uma conversa com Dona Prazeres, parteira tradicional, cuja trajetória de saberes é uma “simbiose ... more Uma conversa com Dona Prazeres, parteira tradicional, cuja trajetória de saberes é uma “simbiose entre o tradicional e o contemporâneo, entre o popular e o biomédico. D. Prazeres transita entre mundos e realidades contrastantes e assim mantém uma constante incorporação e construção de saberes.
ACADEMIC ARTICLES by Júlia Morim
O museu SUAPE: re exões sobre a contramusealização dos acervos visuais Resumo A descoberta de um ... more O museu SUAPE: re exões sobre a contramusealização dos acervos visuais Resumo A descoberta de um acervo de filmes em Super 8, gravados na década de 1970, que registram a construção do Porto de Suape, em Pernambuco, é o foco deste artigo. Esses filmes foram acidentalmente encontrados durante projetos de extensão direcionados à comunidade local, que havia sido afetada por um vazamento de óleo. Inicialmente destinado ao esquecimento, o acervo despertou a necessidade de preservação e divulgação de seu conteúdo. A digitalização das imagens e a criação de um museu experimental foi o caminho para torná-las acessíveis ao público. O Museu Suape emerge como uma contranarrativa, buscando resgatar e reinterpretar essas imagens em um contexto de reflexão sobre o presente e o futuro da região. Para a comunidade afetada pelas transformações e impactos da construção do Porto, o acervo representa memórias traumáticas. Por meio de uma abordagem colaborativa de musealização, busca-se construir novos significados a partir dessas imagens.
Proa: Revista de Antropologia e Arte, 2023
Para as mulheres do povo Pankararu, no sertão de Pernambuco, ser parteira e trazer no-vas vidas a... more Para as mulheres do povo Pankararu, no sertão de Pernambuco, ser parteira e trazer no-vas vidas ao mundo por suas mãos envolve dom, coragem, respeito, conhecimento, an-cestralidade. A parteira, cujo saber é transmitido por meio da oralidade, entre gerações, é responsável por ajudar outras mulheres a trazerem novos membros de seu povo para a vida, colaborando com a manutenção das tradições e modos de ser e estar no mundo. Em setembro de 2019, na casa de Mãe Dôra, parteiras e aprendizes se encontraram para a elaboração de um mural. “Nossas mãos são sagradas” acompanha esse encontro, no qual os sentidos, os significados, as relações estabelecidas e os elementos que constituem esse ofício são revelados.
Descolonizando a Museologia. 1. Museus, Ação Comunitária e Descolonização, 2020
AntHropológicas Visual, 2021
Uma conversa com Dona Prazeres, parteira tradicional, cuja trajetória de saberes é uma “simbiose ... more Uma conversa com Dona Prazeres, parteira tradicional, cuja trajetória de saberes é uma “simbiose entre o tradicional e o contemporâneo, entre o popular e o biomédico. D. Prazeres transita entre mundos e realidades contrastantes e assim mantém uma constante incorporação e construção de saberes.
O museu SUAPE: re exões sobre a contramusealização dos acervos visuais Resumo A descoberta de um ... more O museu SUAPE: re exões sobre a contramusealização dos acervos visuais Resumo A descoberta de um acervo de filmes em Super 8, gravados na década de 1970, que registram a construção do Porto de Suape, em Pernambuco, é o foco deste artigo. Esses filmes foram acidentalmente encontrados durante projetos de extensão direcionados à comunidade local, que havia sido afetada por um vazamento de óleo. Inicialmente destinado ao esquecimento, o acervo despertou a necessidade de preservação e divulgação de seu conteúdo. A digitalização das imagens e a criação de um museu experimental foi o caminho para torná-las acessíveis ao público. O Museu Suape emerge como uma contranarrativa, buscando resgatar e reinterpretar essas imagens em um contexto de reflexão sobre o presente e o futuro da região. Para a comunidade afetada pelas transformações e impactos da construção do Porto, o acervo representa memórias traumáticas. Por meio de uma abordagem colaborativa de musealização, busca-se construir novos significados a partir dessas imagens.