Inês Vieira Gomes | Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - Universidade Nova de Lisboa (original) (raw)
Papers by Inês Vieira Gomes
Fotografia impressa e propaganda em Portugal no Estado Novo / Printed Photography and Propaganda in the Portuguese Estado Novo, 2021
Inês Vieira Gomes, "Carlos Estermann, Álbum de Penteados do Sudoeste de Angola (1960)", in Filome... more Inês Vieira Gomes, "Carlos Estermann, Álbum de Penteados do Sudoeste de Angola (1960)", in Filomena Serra (ed.), Fotografia impressa e propaganda em Portugal no Estado Novo / Printed Photography and Propaganda in the Portuguese Estado Novo, Gijón: Muga, 2021.
Outros Tempos – Pesquisa em Foco - História, 2016
Resumo: Pretende-se neste artigo analisar alguns álbuns fotográficos que integram uma genealogia ... more Resumo: Pretende-se neste artigo analisar alguns álbuns fotográficos que integram uma genealogia da imagem de Moçambique entre 1887 e 1929. A cronologia refere-se a um período de afirmação de Portugal em territórios africanos – especialmente em Angola e em Moçambique – disputados por outras potências europeias, nomeadamente Inglaterra e Alemanha. À medida que a corrida à África se intensificava, a fotografia manifestou-se como um poderoso aliado de uma política de fixação territorial e administrativa, no intuito de inventariar e registar os locais e os seus habitantes. Organizadas em álbuns fotográficos, as fotografias revelam um conjunto de vistas de Moçambique, nomeadamente de Lourenço Marques. Esse registo pretendia revelar uma África cosmopolita à luz de projetos " modernistas ". No fundo, uma África branca que se sobrepunha a uma África negra e primitiva. Palavras-chave: Moçambique. Fotografia. Álbuns Fotográficos. Abstract: The aim of this article is to analyze some photographic albums in Mozambique between 1887 and 1929. The chronology refers to a period during the affirmation of the Portuguese Colonial Empire in Africa – especially in Angola and in Mozambique – in order to protect some territories from British and German interests. As the scramble for Africa got intensified, photography was a powerful ally of a territorial and administrative policy of setting in order to record and register the places and their natives. Organized into photographic albums, photographs reveal a set of views of Mozambique, especially from Lourenço Marques, in order to reveal a cosmopolitan Africa in the light of " modernists " projects. In other words, the emerge of a " white Africa " .
Actas do Workshop Fotografia, Investigação, Arquivo, Jun 2015
O Arquivo Fotográfico do SNI possui cerca de 2000 fotografias das ex-colónias portuguesas. Preten... more O Arquivo Fotográfico do SNI possui cerca de 2000 fotografias das ex-colónias portuguesas. Pretende-se, a partir de uma visão de conjunto, abordar a autoria destas fotografias e questionar o papel que os fotógrafos tiveram na produção de uma propaganda colonial em imagens.
Cadernos de História da Arte, 2014
O presente trabalho pretende abordar o percurso artístico de Guilherme Parente na Slade School o... more O presente trabalho pretende abordar o percurso artístico de Guilherme Parente na Slade School of Fine Art, em Londres, entre 1968 e 1970. Propõe-se uma possível leitura de um conjunto de gravuras – cujas provas fotográficas integram os relatórios de Bolsa do Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian – analisando as técnicas e materiais que determinam uma abordagem de um percurso singular.
Idearte – Revista de Teorias e Ciências da Arte, 2011
Os caminhos desbravados por João Hogan como gravador: da construção de paisagens nocturnas à desc... more Os caminhos desbravados por João Hogan como gravador: da construção de paisagens nocturnas à desconstrução da figura no imaginário onírico The paths pioneered by João Hogan as an engraver: from the construction of night landscapes to the deconstruction of the figure in the dream imaginary
Talks by Inês Vieira Gomes
PROGRAMA Pedro Aires Oliveira – Instituto de História Contemporânea / NOVA FCSH “Portugal, o Es... more PROGRAMA
Pedro Aires Oliveira – Instituto de História Contemporânea / NOVA FCSH
“Portugal, o Estado Novo e o Império em finais dos anos 30”
Inês Vieira Gomes - Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
“A Fotografia em Contexto Colonial - Anos 30/40”
Susana S. Martins - Instituto de História da Arte / NOVA FCSH
“Ver de perto, sentir de longe.Olhares dos álbuns fotográficos das viagens presidenciais às colónias (1938 e 1939)”
IV Ciclo do Seminário Cultura, Ciência e Política em Portugal no Século XX, Faculdade de Ciências... more IV Ciclo do Seminário Cultura, Ciência e Política em Portugal no Século XX, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa
Organização: Joana Brites, Manuel Deniz Silva, Frederico Ágoas
Apresentação da dissertação de mestrado em História da Arte, especialização Arte Contemporânea. F... more Apresentação da dissertação de mestrado em História da Arte, especialização Arte Contemporânea. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa.
A Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses, vulgarmente conhecida por Cooperativa Gravura, foi fundada em Julho de 1956 por um grupo constituído por dezoito pessoas, incluindo os artistas Alice Jorge, Júlio Pomar, Cipriano Dourado, José Júlio Andrade dos Santos e Rogério Ribeiro.
Projecto inédito em Portugal, a Cooperativa Gravura reflecte um modelo importado e comum no estrangeiro e assume-se como o principal centro de formação e divulgação desta prática no seio artístico nacional. A Cooperativa Gravura tornou-se, rapidamente, um centro de convívio de diferentes gerações de artistas, através da edição de gravuras e promoção de cursos e exposições.
Pretende-se, com este trabalho, analisar a génese da Cooperativa Gravura e a sua importância não só na revitalização desta prática artística mas também o seu contributo para a pluralidade estética da Arte Portuguesa na segunda metade do século XX.
Book chapters by Inês Vieira Gomes
Photography in Portuguese Colonial Africa, 1860-1975, 2023
This chapter highlights the organisation of photographic exhibitions on African subjects as part ... more This chapter highlights the organisation of photographic exhibitions on African subjects as part of the colonial cultural events organised by Estado Novo (1933–1974), the right-wing dictatorship led by António de Oliveira Salazar. I intend to emphasise the importance of photography in the colonial propaganda. For this, I will analyse the aforementioned thematic exhibitions and the photographs that displayed a set of views of Angola and Mozambique to the metropolis inhabitants presented at Palácio Foz, the headquarters of the Portuguese SPN (Secretariado de Propaganda Nacional) [Secretariat of National Propaganda] (later the name changed to SNI, Secretariado Nacional de Informação [Secretariat of National Information]), created in 1933 and established as the centre of the cultural policy and propaganda of the regime.
in Darren Newbury, Lorena Rizzo, Kylie Thomas (ed. by), Women and Photography in Africa: Creative... more in Darren Newbury, Lorena Rizzo, Kylie Thomas (ed. by), Women and Photography in Africa: Creative Practices and Feminist Challenges, London: Routledge, 2020, pp. 62-80
Sussex Academic Press, 2018
Filipa Lowndes Vicente (ed.), O Império da Visão. Fotografia no Contexto Colonial Português (1860-1960), Lisboa: Edições 70, 2014, 2014
Master Thesis by Inês Vieira Gomes
Books by Inês Vieira Gomes
Imaginários Coloniais. Propaganda, Militância e 'Resistência' no Cinema/Colonial Imaginaries. Propaganda; Militancy and 'Resistance' in the Cinema
O aniversário dos quarenta anos das independências africanas é o pretexto para analisar como é qu... more O aniversário dos quarenta anos das independências africanas é o pretexto para analisar como é que o colonialismo português tem sido imaginado através da imagem em movimento. Nesta edição da revista Comunicação & Sociedade, a re exão proposta pelos ensaios reunidos sob o título Imaginários coloniais: propaganda, militância e “resistência” no cinema é um contributo para o conhecimento dos homens e mulheres imaginados através do cinema pelo (pós-)colonialismo durante e após o Estado Novo (1926-1974).
The fortieth anniversary of the independence of Portuguese-speaking African coun- tries is the pretext for analysing how Portuguese colonialism has been imagined by means of the moving image. In this issue of Comunicação & Sociedade, the re ection proposed by the articles compiled under the title Colonial imaginaries: propaganda, militancy and “resistance” in the cinema aims to expand our knowledge of the men and women imag- ined via the cinema under (post-)colonialism, during and after the Estado Novo regime (1926-1974).
Fotografia impressa e propaganda em Portugal no Estado Novo / Printed Photography and Propaganda in the Portuguese Estado Novo, 2021
Inês Vieira Gomes, "Carlos Estermann, Álbum de Penteados do Sudoeste de Angola (1960)", in Filome... more Inês Vieira Gomes, "Carlos Estermann, Álbum de Penteados do Sudoeste de Angola (1960)", in Filomena Serra (ed.), Fotografia impressa e propaganda em Portugal no Estado Novo / Printed Photography and Propaganda in the Portuguese Estado Novo, Gijón: Muga, 2021.
Outros Tempos – Pesquisa em Foco - História, 2016
Resumo: Pretende-se neste artigo analisar alguns álbuns fotográficos que integram uma genealogia ... more Resumo: Pretende-se neste artigo analisar alguns álbuns fotográficos que integram uma genealogia da imagem de Moçambique entre 1887 e 1929. A cronologia refere-se a um período de afirmação de Portugal em territórios africanos – especialmente em Angola e em Moçambique – disputados por outras potências europeias, nomeadamente Inglaterra e Alemanha. À medida que a corrida à África se intensificava, a fotografia manifestou-se como um poderoso aliado de uma política de fixação territorial e administrativa, no intuito de inventariar e registar os locais e os seus habitantes. Organizadas em álbuns fotográficos, as fotografias revelam um conjunto de vistas de Moçambique, nomeadamente de Lourenço Marques. Esse registo pretendia revelar uma África cosmopolita à luz de projetos " modernistas ". No fundo, uma África branca que se sobrepunha a uma África negra e primitiva. Palavras-chave: Moçambique. Fotografia. Álbuns Fotográficos. Abstract: The aim of this article is to analyze some photographic albums in Mozambique between 1887 and 1929. The chronology refers to a period during the affirmation of the Portuguese Colonial Empire in Africa – especially in Angola and in Mozambique – in order to protect some territories from British and German interests. As the scramble for Africa got intensified, photography was a powerful ally of a territorial and administrative policy of setting in order to record and register the places and their natives. Organized into photographic albums, photographs reveal a set of views of Mozambique, especially from Lourenço Marques, in order to reveal a cosmopolitan Africa in the light of " modernists " projects. In other words, the emerge of a " white Africa " .
Actas do Workshop Fotografia, Investigação, Arquivo, Jun 2015
O Arquivo Fotográfico do SNI possui cerca de 2000 fotografias das ex-colónias portuguesas. Preten... more O Arquivo Fotográfico do SNI possui cerca de 2000 fotografias das ex-colónias portuguesas. Pretende-se, a partir de uma visão de conjunto, abordar a autoria destas fotografias e questionar o papel que os fotógrafos tiveram na produção de uma propaganda colonial em imagens.
Cadernos de História da Arte, 2014
O presente trabalho pretende abordar o percurso artístico de Guilherme Parente na Slade School o... more O presente trabalho pretende abordar o percurso artístico de Guilherme Parente na Slade School of Fine Art, em Londres, entre 1968 e 1970. Propõe-se uma possível leitura de um conjunto de gravuras – cujas provas fotográficas integram os relatórios de Bolsa do Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian – analisando as técnicas e materiais que determinam uma abordagem de um percurso singular.
Idearte – Revista de Teorias e Ciências da Arte, 2011
Os caminhos desbravados por João Hogan como gravador: da construção de paisagens nocturnas à desc... more Os caminhos desbravados por João Hogan como gravador: da construção de paisagens nocturnas à desconstrução da figura no imaginário onírico The paths pioneered by João Hogan as an engraver: from the construction of night landscapes to the deconstruction of the figure in the dream imaginary
PROGRAMA Pedro Aires Oliveira – Instituto de História Contemporânea / NOVA FCSH “Portugal, o Es... more PROGRAMA
Pedro Aires Oliveira – Instituto de História Contemporânea / NOVA FCSH
“Portugal, o Estado Novo e o Império em finais dos anos 30”
Inês Vieira Gomes - Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
“A Fotografia em Contexto Colonial - Anos 30/40”
Susana S. Martins - Instituto de História da Arte / NOVA FCSH
“Ver de perto, sentir de longe.Olhares dos álbuns fotográficos das viagens presidenciais às colónias (1938 e 1939)”
IV Ciclo do Seminário Cultura, Ciência e Política em Portugal no Século XX, Faculdade de Ciências... more IV Ciclo do Seminário Cultura, Ciência e Política em Portugal no Século XX, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa
Organização: Joana Brites, Manuel Deniz Silva, Frederico Ágoas
Apresentação da dissertação de mestrado em História da Arte, especialização Arte Contemporânea. F... more Apresentação da dissertação de mestrado em História da Arte, especialização Arte Contemporânea. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa.
A Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses, vulgarmente conhecida por Cooperativa Gravura, foi fundada em Julho de 1956 por um grupo constituído por dezoito pessoas, incluindo os artistas Alice Jorge, Júlio Pomar, Cipriano Dourado, José Júlio Andrade dos Santos e Rogério Ribeiro.
Projecto inédito em Portugal, a Cooperativa Gravura reflecte um modelo importado e comum no estrangeiro e assume-se como o principal centro de formação e divulgação desta prática no seio artístico nacional. A Cooperativa Gravura tornou-se, rapidamente, um centro de convívio de diferentes gerações de artistas, através da edição de gravuras e promoção de cursos e exposições.
Pretende-se, com este trabalho, analisar a génese da Cooperativa Gravura e a sua importância não só na revitalização desta prática artística mas também o seu contributo para a pluralidade estética da Arte Portuguesa na segunda metade do século XX.
Photography in Portuguese Colonial Africa, 1860-1975, 2023
This chapter highlights the organisation of photographic exhibitions on African subjects as part ... more This chapter highlights the organisation of photographic exhibitions on African subjects as part of the colonial cultural events organised by Estado Novo (1933–1974), the right-wing dictatorship led by António de Oliveira Salazar. I intend to emphasise the importance of photography in the colonial propaganda. For this, I will analyse the aforementioned thematic exhibitions and the photographs that displayed a set of views of Angola and Mozambique to the metropolis inhabitants presented at Palácio Foz, the headquarters of the Portuguese SPN (Secretariado de Propaganda Nacional) [Secretariat of National Propaganda] (later the name changed to SNI, Secretariado Nacional de Informação [Secretariat of National Information]), created in 1933 and established as the centre of the cultural policy and propaganda of the regime.
in Darren Newbury, Lorena Rizzo, Kylie Thomas (ed. by), Women and Photography in Africa: Creative... more in Darren Newbury, Lorena Rizzo, Kylie Thomas (ed. by), Women and Photography in Africa: Creative Practices and Feminist Challenges, London: Routledge, 2020, pp. 62-80
Sussex Academic Press, 2018
Filipa Lowndes Vicente (ed.), O Império da Visão. Fotografia no Contexto Colonial Português (1860-1960), Lisboa: Edições 70, 2014, 2014
Imaginários Coloniais. Propaganda, Militância e 'Resistência' no Cinema/Colonial Imaginaries. Propaganda; Militancy and 'Resistance' in the Cinema
O aniversário dos quarenta anos das independências africanas é o pretexto para analisar como é qu... more O aniversário dos quarenta anos das independências africanas é o pretexto para analisar como é que o colonialismo português tem sido imaginado através da imagem em movimento. Nesta edição da revista Comunicação & Sociedade, a re exão proposta pelos ensaios reunidos sob o título Imaginários coloniais: propaganda, militância e “resistência” no cinema é um contributo para o conhecimento dos homens e mulheres imaginados através do cinema pelo (pós-)colonialismo durante e após o Estado Novo (1926-1974).
The fortieth anniversary of the independence of Portuguese-speaking African coun- tries is the pretext for analysing how Portuguese colonialism has been imagined by means of the moving image. In this issue of Comunicação & Sociedade, the re ection proposed by the articles compiled under the title Colonial imaginaries: propaganda, militancy and “resistance” in the cinema aims to expand our knowledge of the men and women imag- ined via the cinema under (post-)colonialism, during and after the Estado Novo regime (1926-1974).