Margarida Elias | Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - Universidade Nova de Lisboa (original) (raw)
Papers by Margarida Elias
British journal of arts and humanities, Jul 8, 2024
The present article is about the history of a house, more precisely the Mansion at no. 5, Mouzinh... more The present article is about the history of a house, more precisely the Mansion at no. 5, Mouzinho da Silveira Street, Lisbon (Portugal), which was once the residence of Amélia Leite Ferreira, a wealthy lady from the upper bourgeoisie. The house was constructed at the end of the nineteenth century, in the Barata Salgueiro Neighborhood, a place that was at that time being urbanized. It was designed in a late nineteenth century eclectic style, but was modified over time, mainly in the interior, to be repurposed as headquarters of the Portuguese Wine and Vineyard Institute. Besides trying to know who Amelia Leite Ferreira was, the questions that we wish to address in this article are precisely how is this building a significant example of the small palaces or mansions that were erected for the bourgeoisie in the newly urbanized areas of Lisbon? Being a house of a rich widow woman, does this have influence in the architecture of the house and its interior decoration? Is this mansion style typical of Portuguese and Lisbon architecture or does this typology can be found in other cities in the same period? Finally, how did the occupation by a public institution affected its architecture? As we will see, this house architecture is mainly typical of the Belle Époque, but the influence of the owner was important for its design, furniture, and decoration. We will also realize that, even though the house is still very similar to its original construction, the transformation from a residence to an institution had impact, especially in its internal structure.
British Journal of Arts and Humanities, 2024
The present article is about the history of a house, more precisely the Mansion at no. 5, Mouzinh... more The present article is about the history of a house, more precisely the Mansion at no. 5, Mouzinho da Silveira Street, Lisbon (Portugal), which was once the residence of Amélia Leite Ferreira, a wealthy lady from the upper bourgeoisie. The house was constructed at the end of the nineteenth century, in the Barata Salgueiro Neighborhood, a place that was at that time being urbanized. It was designed in a late nineteenth century eclectic style, but was modified over time, mainly in the interior, to be repurposed as headquarters of the Portuguese Wine and Vineyard Institute. Besides trying to know who Amelia Leite Ferreira was, the questions that we wish to address in this article are precisely how is this building a significant example of the small palaces or mansions that were erected for the bourgeoisie in the newly urbanized areas of Lisbon? Being a house of a rich widow woman, does this have influence in the architecture of the house and its interior decoration? Is this mansion style typical of Portuguese and Lisbon architecture or does this typology can be found in other cities in the same period? Finally, how did the occupation by a public institution affected its architecture? As we will see, this house architecture is mainly typical of the Belle Époque, but the influence of the owner was important for its design, furniture, and decoration. We will also realize that, even though the house is still very similar to its original construction, the transformation from a residence to an institution had impact, especially in its internal structure.
Romanthis, História, Arte, Cultura e Património do Romantismo, 2023
No presente artigo iremos abordar o Palacete do 4.º Duque de Lafões, mandado construirpor D. Caet... more No presente artigo iremos abordar o Palacete do 4.º Duque de Lafões, mandado construirpor D. Caetano Segismundo de Bragança (1856-1927), 4.º Duque de Lafões, em 1914, eque se localiza na Rua dos Anjos. Contudo, para melhor compreendermos o contexto his-tórico-artístico desta construção, iremos recuar até ao século XVIII, começando por abor-dar a genealogia dos Duques de Lafões e a história do Palácio do Grilo, no Beato, mandadoconstruir por D. Pedro de Bragança (1718-1761), 1.º Duque de Lafões, após o Terramoto de1755. Subsequentemente, iremos recordar a importante personalidade de D. João Carlosde Bragança, 2.º Duque de Lafões, bisavô de D. Caetano de Bragança. Só depois passare-mos para a antiga freguesia dos Anjos e a rua do mesmo nome, procurando compreendera razão pela qual foi escolhido este local para residência do 4.º Duque de Lafões. Por fim,iremos analisar a arquitectura e decoração deste edifício, terminado em 1921, mas aindamuito ligado quer em termos estilísticos, quer em termos sociológicos, à história do séculoXIX e à antiga nobreza.O Palacete foi edificado num mundo em mudança, onde, pouco antes da altura em que foiconstruído, a Avenida dos Anjos (inaugurada em 1903, com o nome de Avenida D. Amélia),cortava a Rua dos Anjos e passava a denominar-se, desde 1910, Avenida Almirante Reis.Deste modo, o Palacete do 4.º Duque de Lafões é testemunho de um tempo que tinhaterminado, com a característica significativa de ostentar uma fachada brasonada, dez anospassados após a instauração da República.
ARTis ON
No presente artigo pretendemos problematizar a designação palacete, tipologia de edifício geralme... more No presente artigo pretendemos problematizar a designação palacete, tipologia de edifício geralmente definido como palácio pequeno, associado à ascensão e nobilitação da burguesia no século XIX. Muito embora esta questão já tenha sido abordada por diversos historiadores de arte (França, 1990; Silva, 1997; Leal, 2005; Carita, 2017) constata-se que, ao desejarmos clarificar os parâmetros de identificação deste tipo de edifícios, quando aplicados à realidade do edificado, há diversas flutuações. Pretendemos, deste modo, historiar a evolução do uso da palavra palacete, associando-o a um trabalho sistemático sobre fontes epocais que até ao presente nunca foi realizado. No ponto subsequente, procuraremos identificar os edifícios que assim têm sido denominados, a cronologia da sua construção e caracterizar os seus proprietários. Depois da realização deste inventário alargado e crítico, voltaremos à designação de palacete que deverá albergar diversos subtipos.
Esta dissertação foi financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologi
Cadernos do Arquivo Municipal de Lisboa, Dec 1, 2019
Resumo O Grupo do Leão foi pintado em 1885, na altura em que se fez uma remodelação da Cervejaria... more Resumo O Grupo do Leão foi pintado em 1885, na altura em que se fez uma remodelação da Cervejaria Leão de Ouro, onde se costumavam reunir os pintores e intelectuais que aí trocavam ideias e planeavam exposições. Estes eram os representantes do Naturalismo português, liderados por Silva Porto. Para a génese desta pintura é importante a comparação com os retratos do século XVII, levando-nos a pensar que Columbano pensou nos exemplos da história da arte para os retratos de grupo e modernizou-os. Noutro ponto de vista, o Grupo do Leão está associado a uma temática do século XIX que separa os artistas do resto da sociedade e, nesse sentido, este quadro é uma homenagem aos artistas do Naturalismo, figurando o Grupo com ironia, um pouco ao estilo de Eça de Queirós nas suas descrições da sociedade portuguesa de oitocentos.
Cadernos do Arquivo Municipal, Dec 1, 2019
Nova Augusta, 2022
Na correspondência para o filho, o pintor Carlos Reis dedica diversas cartas à questão da dificul... more Na correspondência para o filho, o pintor Carlos Reis dedica diversas cartas à questão da dificuldade que sentia em pintar oliveiras. O artista conta que a tomou como um desafio, representando as oliveiras em algumas das suas paisagens, nomeadamente da Lousã. Além do valor estético que certamente encontrava na observação destas árvores, elas tinham um valor simbólico ligado à paz, que também lhe interessou.
Artis.On, 2022
In this article we intend to analyse the definition of “palacete”, a typology of building general... more In this article we intend to analyse the definition of “palacete”, a typology of building generally defined as a small palace, associated with the rise and ennobling of the bourgeoisie in the 19th century. Although this issue has already been addressed by several art historians (França, 1990; Silva, 1997; Leal, 2005; Carita, 2017) it appears that, when we wish to clarify the identification parameters of this type of buildings, and when applied to the building reality, there are several fluctuations. This way, we propose to study the evolution of the word “palacete”, associating it with a systematic work on epochal sources that has never been carried out until today. Afterwards, we will try to identify the buildings that have been so called, the chronology of their construction and characterize their owners. After carrying out this extensive and critical inventory, we will return to the designation of “palacete” that should have several subtypes.
Conservar Património, 2021
Este artigo resulta de uma investigação efetuada sobre a Praça de Touros do Campo Pequeno, inaugu... more Este artigo resulta de uma investigação efetuada sobre a Praça de Touros do Campo Pequeno, inaugurada em 1892, e, desde logo, considerada um dos edifícios mais emblemáticos da cidade de Lisboa. Apesar da história desta praça já ter sido abordada por outros autores, este artigo aprofunda esses estudos, sob a perspectiva da história da arte do final do século XIX, quer sob o ponto de vista da análise da arquitectura revivalista do edifício, quer sob o ponto de vista da sua integração num bairro lisboeta que estava então a ser planeado, as Avenidas Novas. Como peça de arquitectura em si mesma, a Praça de Touros tem poucos paralelos contemporâneos, quer ao nível nacional, quer internacional, intercruzando, com originalidade um revivalismo estilístico de matriz romântica, com elementos de modernidade, expressos no tijolo e no ferro que materialmente lhe dão corpo.
Cadernos do Arquivo Municipal, Bairros de Lisboa, 2019
Bairro: reverberações de uma ideia numa Lisboa em movimento Neighbourhood: reverberations of an i... more Bairro: reverberações de uma ideia numa Lisboa em movimento Neighbourhood: reverberations of an idea in a moving Lisbon Marluci Menezes RESUMO O artigo aborda a noção de 'bairro' como um importante recurso simbólico da construção do imaginário de Lisboa na atualidade, não só confirmando a continuidade transformativa de que a cidade é "uma cidade de bairros", mas também influenciando a realidade quotidiana destes lugares-bairro. Para o efeito, realiza-se uma revisitação da noção de bairro na literatura. Seguidamente exemplifica-se, através de determinados casos, alguns recursos à noção de bairro e respetiva resignificação do conceito, procurando observar algumas das problemáticas contemporâneas da cidade e, como tal, dos seus bairros.
Revista de História da Arte, 2018
The Revive Program – Rehabilitation, Heritage and Tourism, defined and implemented by Turismo de ... more The Revive Program – Rehabilitation, Heritage and Tourism, defined and implemented by Turismo de Portugal and the Directorate-General for the Treasury and Finance, has as its main objective to launch on the market, through long-term concessions, a heterogeneous group of more than thirty properties in the State, currently unused. Visa thus the requalification and re-functionalization of each of the properties, respecting the essential of their architectural, cultural and landscape values, associating them with the dynamics of the economy and society, with a special focus on the tourism sector.
Revive, Reabilitação, Património e Turismo, 2018
Em 26 de setembro de 2018, foi lançado um concurso público para a concessão de exploração do Conv... more Em 26 de setembro de 2018, foi lançado um concurso público para a concessão de exploração do Convento de Santo António dos Capuchos, em Leiria, para a realização de obras de recuperação do edificado, incluindo de infraestruturas, e posterior exploração para fins turísticos como estabelecimento hoteleiro, alojamento local ou outro projeto de vocação turística.
in Revive, Reabilitação, Património e Turismo, 2018
Em 30 de novembro de 2018, foi lançado o concurso público para a concessão de exploração do Conve... more Em 30 de novembro de 2018, foi lançado o concurso público para a concessão de exploração do Convento de S. Francisco, em Portalegre, com vista à realizaçaõ de obras de recuperação do edificado, incluindo de infraestruturas, e posterior exploração para fins turísticos como estabelecimento hoteleiro, alojamento local ou outro projeto de vocação turística. - https://revive.turismodeportugal.pt/pt-pt/node/429
in Revive, Reabilitação, Património e Turismo, 2018
Em 23 de abril de 2018, foi lançado o concurso público para a concessão de um conjunto de equipam... more Em 23 de abril de 2018, foi lançado o concurso público para a concessão de um conjunto de equipamentos na Coudelaria de Alter, Tapada do Arneiro, em Alter do Chão, com vista à realização de obras de recuperação, incluindo de infraestrutura, e subsequente exploração para fins turísticos como estabelecimento hoteleiro ou alojamento local, nos termos da legislação em vigor. - https://revive.turismodeportugal.pt/pt-pt/node/396
in Revive, Reabilitação, Património e Turismo, 2017
Em 28 de maio de 2018, foi lançado o concurso público para concessão do Convento de Santa Clara, ... more Em 28 de maio de 2018, foi lançado o concurso público para concessão do Convento de Santa Clara, em Vila do Conde, com vista à realização de obras para a sua reabilitação e subsequente exploração como estabelecimento hoteleiro, alojamento local ou outro projeto de vocação turística. - https://revive.turismodeportugal.pt/pt-pt/node/405
Resumo Este artigo elege como objeto um trono da rainha D. Maria II, de Portugal, que se encontra... more Resumo Este artigo elege como objeto um trono da rainha D. Maria II, de Portugal, que se encontra sob a guarda do Museu da Assembleia da República (Palácio de São Bento, Lisboa, Portugal). De autor desconhecido, trata-se de uma interessante obra de mobiliário, quer pelo facto de possuir uma importante carga decorativa de valor simbólico, que se associa ao poder; quer também por ser um trabalho inspirado no trono de Napoleão I. Abstract This article is about a royal throne, used by the Portuguese Queen Maria II that is found in the Museum of Assembleia da República (São Bento Palace, Lisbon, Portugal). Although its author is not known, this is a very interesting piece of furniture, not only because it is decorated with symbols that connect to the royal power, but also because it follows the lines of the imperial throne of Napoleon.
British journal of arts and humanities, Jul 8, 2024
The present article is about the history of a house, more precisely the Mansion at no. 5, Mouzinh... more The present article is about the history of a house, more precisely the Mansion at no. 5, Mouzinho da Silveira Street, Lisbon (Portugal), which was once the residence of Amélia Leite Ferreira, a wealthy lady from the upper bourgeoisie. The house was constructed at the end of the nineteenth century, in the Barata Salgueiro Neighborhood, a place that was at that time being urbanized. It was designed in a late nineteenth century eclectic style, but was modified over time, mainly in the interior, to be repurposed as headquarters of the Portuguese Wine and Vineyard Institute. Besides trying to know who Amelia Leite Ferreira was, the questions that we wish to address in this article are precisely how is this building a significant example of the small palaces or mansions that were erected for the bourgeoisie in the newly urbanized areas of Lisbon? Being a house of a rich widow woman, does this have influence in the architecture of the house and its interior decoration? Is this mansion style typical of Portuguese and Lisbon architecture or does this typology can be found in other cities in the same period? Finally, how did the occupation by a public institution affected its architecture? As we will see, this house architecture is mainly typical of the Belle Époque, but the influence of the owner was important for its design, furniture, and decoration. We will also realize that, even though the house is still very similar to its original construction, the transformation from a residence to an institution had impact, especially in its internal structure.
British Journal of Arts and Humanities, 2024
The present article is about the history of a house, more precisely the Mansion at no. 5, Mouzinh... more The present article is about the history of a house, more precisely the Mansion at no. 5, Mouzinho da Silveira Street, Lisbon (Portugal), which was once the residence of Amélia Leite Ferreira, a wealthy lady from the upper bourgeoisie. The house was constructed at the end of the nineteenth century, in the Barata Salgueiro Neighborhood, a place that was at that time being urbanized. It was designed in a late nineteenth century eclectic style, but was modified over time, mainly in the interior, to be repurposed as headquarters of the Portuguese Wine and Vineyard Institute. Besides trying to know who Amelia Leite Ferreira was, the questions that we wish to address in this article are precisely how is this building a significant example of the small palaces or mansions that were erected for the bourgeoisie in the newly urbanized areas of Lisbon? Being a house of a rich widow woman, does this have influence in the architecture of the house and its interior decoration? Is this mansion style typical of Portuguese and Lisbon architecture or does this typology can be found in other cities in the same period? Finally, how did the occupation by a public institution affected its architecture? As we will see, this house architecture is mainly typical of the Belle Époque, but the influence of the owner was important for its design, furniture, and decoration. We will also realize that, even though the house is still very similar to its original construction, the transformation from a residence to an institution had impact, especially in its internal structure.
Romanthis, História, Arte, Cultura e Património do Romantismo, 2023
No presente artigo iremos abordar o Palacete do 4.º Duque de Lafões, mandado construirpor D. Caet... more No presente artigo iremos abordar o Palacete do 4.º Duque de Lafões, mandado construirpor D. Caetano Segismundo de Bragança (1856-1927), 4.º Duque de Lafões, em 1914, eque se localiza na Rua dos Anjos. Contudo, para melhor compreendermos o contexto his-tórico-artístico desta construção, iremos recuar até ao século XVIII, começando por abor-dar a genealogia dos Duques de Lafões e a história do Palácio do Grilo, no Beato, mandadoconstruir por D. Pedro de Bragança (1718-1761), 1.º Duque de Lafões, após o Terramoto de1755. Subsequentemente, iremos recordar a importante personalidade de D. João Carlosde Bragança, 2.º Duque de Lafões, bisavô de D. Caetano de Bragança. Só depois passare-mos para a antiga freguesia dos Anjos e a rua do mesmo nome, procurando compreendera razão pela qual foi escolhido este local para residência do 4.º Duque de Lafões. Por fim,iremos analisar a arquitectura e decoração deste edifício, terminado em 1921, mas aindamuito ligado quer em termos estilísticos, quer em termos sociológicos, à história do séculoXIX e à antiga nobreza.O Palacete foi edificado num mundo em mudança, onde, pouco antes da altura em que foiconstruído, a Avenida dos Anjos (inaugurada em 1903, com o nome de Avenida D. Amélia),cortava a Rua dos Anjos e passava a denominar-se, desde 1910, Avenida Almirante Reis.Deste modo, o Palacete do 4.º Duque de Lafões é testemunho de um tempo que tinhaterminado, com a característica significativa de ostentar uma fachada brasonada, dez anospassados após a instauração da República.
ARTis ON
No presente artigo pretendemos problematizar a designação palacete, tipologia de edifício geralme... more No presente artigo pretendemos problematizar a designação palacete, tipologia de edifício geralmente definido como palácio pequeno, associado à ascensão e nobilitação da burguesia no século XIX. Muito embora esta questão já tenha sido abordada por diversos historiadores de arte (França, 1990; Silva, 1997; Leal, 2005; Carita, 2017) constata-se que, ao desejarmos clarificar os parâmetros de identificação deste tipo de edifícios, quando aplicados à realidade do edificado, há diversas flutuações. Pretendemos, deste modo, historiar a evolução do uso da palavra palacete, associando-o a um trabalho sistemático sobre fontes epocais que até ao presente nunca foi realizado. No ponto subsequente, procuraremos identificar os edifícios que assim têm sido denominados, a cronologia da sua construção e caracterizar os seus proprietários. Depois da realização deste inventário alargado e crítico, voltaremos à designação de palacete que deverá albergar diversos subtipos.
Esta dissertação foi financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologi
Cadernos do Arquivo Municipal de Lisboa, Dec 1, 2019
Resumo O Grupo do Leão foi pintado em 1885, na altura em que se fez uma remodelação da Cervejaria... more Resumo O Grupo do Leão foi pintado em 1885, na altura em que se fez uma remodelação da Cervejaria Leão de Ouro, onde se costumavam reunir os pintores e intelectuais que aí trocavam ideias e planeavam exposições. Estes eram os representantes do Naturalismo português, liderados por Silva Porto. Para a génese desta pintura é importante a comparação com os retratos do século XVII, levando-nos a pensar que Columbano pensou nos exemplos da história da arte para os retratos de grupo e modernizou-os. Noutro ponto de vista, o Grupo do Leão está associado a uma temática do século XIX que separa os artistas do resto da sociedade e, nesse sentido, este quadro é uma homenagem aos artistas do Naturalismo, figurando o Grupo com ironia, um pouco ao estilo de Eça de Queirós nas suas descrições da sociedade portuguesa de oitocentos.
Cadernos do Arquivo Municipal, Dec 1, 2019
Nova Augusta, 2022
Na correspondência para o filho, o pintor Carlos Reis dedica diversas cartas à questão da dificul... more Na correspondência para o filho, o pintor Carlos Reis dedica diversas cartas à questão da dificuldade que sentia em pintar oliveiras. O artista conta que a tomou como um desafio, representando as oliveiras em algumas das suas paisagens, nomeadamente da Lousã. Além do valor estético que certamente encontrava na observação destas árvores, elas tinham um valor simbólico ligado à paz, que também lhe interessou.
Artis.On, 2022
In this article we intend to analyse the definition of “palacete”, a typology of building general... more In this article we intend to analyse the definition of “palacete”, a typology of building generally defined as a small palace, associated with the rise and ennobling of the bourgeoisie in the 19th century. Although this issue has already been addressed by several art historians (França, 1990; Silva, 1997; Leal, 2005; Carita, 2017) it appears that, when we wish to clarify the identification parameters of this type of buildings, and when applied to the building reality, there are several fluctuations. This way, we propose to study the evolution of the word “palacete”, associating it with a systematic work on epochal sources that has never been carried out until today. Afterwards, we will try to identify the buildings that have been so called, the chronology of their construction and characterize their owners. After carrying out this extensive and critical inventory, we will return to the designation of “palacete” that should have several subtypes.
Conservar Património, 2021
Este artigo resulta de uma investigação efetuada sobre a Praça de Touros do Campo Pequeno, inaugu... more Este artigo resulta de uma investigação efetuada sobre a Praça de Touros do Campo Pequeno, inaugurada em 1892, e, desde logo, considerada um dos edifícios mais emblemáticos da cidade de Lisboa. Apesar da história desta praça já ter sido abordada por outros autores, este artigo aprofunda esses estudos, sob a perspectiva da história da arte do final do século XIX, quer sob o ponto de vista da análise da arquitectura revivalista do edifício, quer sob o ponto de vista da sua integração num bairro lisboeta que estava então a ser planeado, as Avenidas Novas. Como peça de arquitectura em si mesma, a Praça de Touros tem poucos paralelos contemporâneos, quer ao nível nacional, quer internacional, intercruzando, com originalidade um revivalismo estilístico de matriz romântica, com elementos de modernidade, expressos no tijolo e no ferro que materialmente lhe dão corpo.
Cadernos do Arquivo Municipal, Bairros de Lisboa, 2019
Bairro: reverberações de uma ideia numa Lisboa em movimento Neighbourhood: reverberations of an i... more Bairro: reverberações de uma ideia numa Lisboa em movimento Neighbourhood: reverberations of an idea in a moving Lisbon Marluci Menezes RESUMO O artigo aborda a noção de 'bairro' como um importante recurso simbólico da construção do imaginário de Lisboa na atualidade, não só confirmando a continuidade transformativa de que a cidade é "uma cidade de bairros", mas também influenciando a realidade quotidiana destes lugares-bairro. Para o efeito, realiza-se uma revisitação da noção de bairro na literatura. Seguidamente exemplifica-se, através de determinados casos, alguns recursos à noção de bairro e respetiva resignificação do conceito, procurando observar algumas das problemáticas contemporâneas da cidade e, como tal, dos seus bairros.
Revista de História da Arte, 2018
The Revive Program – Rehabilitation, Heritage and Tourism, defined and implemented by Turismo de ... more The Revive Program – Rehabilitation, Heritage and Tourism, defined and implemented by Turismo de Portugal and the Directorate-General for the Treasury and Finance, has as its main objective to launch on the market, through long-term concessions, a heterogeneous group of more than thirty properties in the State, currently unused. Visa thus the requalification and re-functionalization of each of the properties, respecting the essential of their architectural, cultural and landscape values, associating them with the dynamics of the economy and society, with a special focus on the tourism sector.
Revive, Reabilitação, Património e Turismo, 2018
Em 26 de setembro de 2018, foi lançado um concurso público para a concessão de exploração do Conv... more Em 26 de setembro de 2018, foi lançado um concurso público para a concessão de exploração do Convento de Santo António dos Capuchos, em Leiria, para a realização de obras de recuperação do edificado, incluindo de infraestruturas, e posterior exploração para fins turísticos como estabelecimento hoteleiro, alojamento local ou outro projeto de vocação turística.
in Revive, Reabilitação, Património e Turismo, 2018
Em 30 de novembro de 2018, foi lançado o concurso público para a concessão de exploração do Conve... more Em 30 de novembro de 2018, foi lançado o concurso público para a concessão de exploração do Convento de S. Francisco, em Portalegre, com vista à realizaçaõ de obras de recuperação do edificado, incluindo de infraestruturas, e posterior exploração para fins turísticos como estabelecimento hoteleiro, alojamento local ou outro projeto de vocação turística. - https://revive.turismodeportugal.pt/pt-pt/node/429
in Revive, Reabilitação, Património e Turismo, 2018
Em 23 de abril de 2018, foi lançado o concurso público para a concessão de um conjunto de equipam... more Em 23 de abril de 2018, foi lançado o concurso público para a concessão de um conjunto de equipamentos na Coudelaria de Alter, Tapada do Arneiro, em Alter do Chão, com vista à realização de obras de recuperação, incluindo de infraestrutura, e subsequente exploração para fins turísticos como estabelecimento hoteleiro ou alojamento local, nos termos da legislação em vigor. - https://revive.turismodeportugal.pt/pt-pt/node/396
in Revive, Reabilitação, Património e Turismo, 2017
Em 28 de maio de 2018, foi lançado o concurso público para concessão do Convento de Santa Clara, ... more Em 28 de maio de 2018, foi lançado o concurso público para concessão do Convento de Santa Clara, em Vila do Conde, com vista à realização de obras para a sua reabilitação e subsequente exploração como estabelecimento hoteleiro, alojamento local ou outro projeto de vocação turística. - https://revive.turismodeportugal.pt/pt-pt/node/405
Resumo Este artigo elege como objeto um trono da rainha D. Maria II, de Portugal, que se encontra... more Resumo Este artigo elege como objeto um trono da rainha D. Maria II, de Portugal, que se encontra sob a guarda do Museu da Assembleia da República (Palácio de São Bento, Lisboa, Portugal). De autor desconhecido, trata-se de uma interessante obra de mobiliário, quer pelo facto de possuir uma importante carga decorativa de valor simbólico, que se associa ao poder; quer também por ser um trabalho inspirado no trono de Napoleão I. Abstract This article is about a royal throne, used by the Portuguese Queen Maria II that is found in the Museum of Assembleia da República (São Bento Palace, Lisbon, Portugal). Although its author is not known, this is a very interesting piece of furniture, not only because it is decorated with symbols that connect to the royal power, but also because it follows the lines of the imperial throne of Napoleon.
O Teatro das Laranjeiras foi o mais relevante dos teatros particulares em Portugal do século XIX ... more O Teatro das Laranjeiras foi o mais relevante dos teatros particulares em Portugal do século XIX e merece destaque pelas múltiplas razões que este volume expõe e explica. Do mesmo modo, também os Jardins das Laranjeiras se evidenciam e singularizam no panorama português. Ambos fizeram parte – assim como fora o Palácio –, de um processo de afirmação de poder ou, como diríamos hoje, instrumentos de uma construção de “capital cultural”, espoletada por um expoente da elite da sociedade oitocentista. A verdade é que mudaram física e simbolicamente uma parte da vida, da forma e da cultura da cidade de Lisboa, tornando-se, se não representativos, pelo menos simbólicos de uma época. Mais ainda, ao fazê-lo moldaram o futuro daquele lugar. É por essa razão que também este volume se estende tanto no território como no tempo, vindo até às transformações da cidade no século XX e suas consequências no presente. The Teatro das Laranjeiras was the most important of the private theatres in Portugal in the nineteenth century and deserves to be highlighted for the multiple reasons that this volume exposes and explains. In the same way, the Orange Tree Gardens also stand out and stand out in the Portuguese panorama. Both were part – as had been the Palace – of a process of assertion of power or, as we would say today, instruments of a construction of "cultural capital", triggered by an exponent of the elite of nineteenth-century society. The truth is that they have physically and symbolically changed a part of the life, form and culture of the city of Lisbon, becoming, if not representative, at least symbolic of an era. More so, in doing so, they shaped the future of that place. It is for this reason that this volume also extends both in territory and in time, going back to the transformations of the city in the twentieth century and their consequences in the present.
Uma obra realizada por uma equipa de investigadores pluridisciplinar que, na quase totalidade dos... more Uma obra realizada por uma equipa de investigadores pluridisciplinar que, na quase totalidade dos seus membros, há muito estudam a arquitetura palaciana e as suas diversas componentes que incluem, além do urbanismo, as artes decorativas e a arquitetura de jardins, alargando-se, neste caso, ao teatro e às práticas culturais relacionadas. O projeto pôde ainda abranger as outras “casas” da mesma família, nomeadamente o Palácio Quintela-Farrobo na Rua do Alecrim, em Lisboa, e o Palácio Farrobo em Vila Franca de Xira, com o objetivo de detetar uma circulação produtiva entre estas diversas realizações que se estendem desde os anos de 1780 a 1850, atravessando a mudança do absolutismo para o liberalismo que, como se sabe, só pôde ser consolidada à custa de uma cruel guerra civil (1832-1834). A work carried out by a multidisciplinary team of researchers who, in almost all of its members, have long studied palace architecture and its various components that include, in addition to urbanism, decorative arts and garden architecture, extending, in this case, to theatre and related cultural practices. The project was also able to encompass the other "houses" of the same family, namely the Quintela-Farrobo Palace in Rua do Alecrim, in Lisbon, and the Farrobo Palace in Vila Franca de Xira, with the aim of detecting a productive circulation between these various achievements that extend from the 1780s to the 1850s, going through the change from absolutism to liberalism that, as is well known, it could only be consolidated at the cost of a cruel civil war (1832-1834).
RomantHis - História, Arte, Cultura e Património do Romantismo; Director: Francisco Queiroz; Directora adjunta: Cristina Moscatel, 2023
Índice * António Francisco Arruda Cota - O decorador de porcelana Joseph Klotz, de Paris, e os ... more Índice
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António Francisco Arruda Cota - O decorador de porcelana Joseph Klotz, de Paris, e os serviços encomendados por Eduardo da Silva Machado, do Porto: história e enquadramento
*
Nuno Borges de Araújo - Fotografia e património: Eugène Lefèvre e «O Álbum de Portugal» (1857-1858)
*
Gisela Monteiro - «Casa de Autópsias»: do modelo parisiense ao cemitério enquanto substituto da Morgue na Lisboa de Oitocentos
*
José Pedro de Galhano Tenreiro - O Bairro das Carmelitas, no Porto: notas sobre o seu processo de loteamento
*
Francisco Queiroz e Jorge Amado Rodrigues - A Padaria Popular, em Coimbra, e a sua fachada azulejada
*
Miguel Montez Leal - Uma encomenda invulgar: o Conde de Azarujinha e a decoração azulejar de Pereira Cão para o Palácio Azarujinha, antigo Palácio Pombeiro-Belas, à Bemposta
*
Margarida Elias - Entre o Beato e os Anjos: do Palácio do Grilo ao Palacete do 4.º Duque de Lafões
*
Paulo Duarte de Almeida - A viagem de Dora Wordsworth pelo Portugal Romântico, em 1845
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Gabriel Marques - Alegoria ao casamento de D. Pedro V e D. Estefânia: notas sobre um desenho inédito do pintor António Manuel da Fonseca
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Cristina Moscatel - Maria Hortense de Sequeira Morais (1858-1941): notas biográficas
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Femke van Zeijl e Francisco Queiroz - O «anjo» de Lagos, na Nigéria: uma figura alegórica em faiança de proveniência portuguesa
Col. Estudos e Documentos, Município de Torres Novas, 2022
José Vassalo Pereira (1944-2016) was a physicist, mathematician, university professor and busines... more José Vassalo Pereira (1944-2016) was a physicist, mathematician, university professor and business manager, who, at the same time, was also a painter. A man of vast culture, also a great connoisseur of music, his pictorial work reflects his vast knowledge in the most diverse areas. However, living in an increasingly isolated way, in his «Ivory Tower», at Quinta de Santo António (in Rio de Mouro), we can say that he never exhibited his work during is life and only after his death its paintings could be known by the general public.
rev. Luís Ferreira. - Matosinhos : QuidNovi, cop. 2010. - 95 p. : il. ; 23 cm. - (Pintores portugueses ; 6). - ISBN 978-989-554-689-3, 2010
Palácio dos Condes de Redondo, 2022
in FIDALGO, Pedro (dir.), in Campo Pequeno, A Monumental de Lisboa, Lisboa, HTC – CEF Nova FCSH, pp. 223-240., 2022
A Praça do Campo Pequeno faz parte das minhas primeiras memórias. Lembro-me do fascínio que aquel... more A Praça do Campo Pequeno faz parte das minhas primeiras memórias. Lembro-me do fascínio que aquele edifício estranho tinha, prendendo a minha atenção, a meio do percurso que fazia todos os domingos, quando passava por ele de carro, para ir almoçar a casa dos meus avós. Perguntando aos meus pais que "casa" era aquela, eles terão respondido que era a Praça do Campo Pequeno, onde se faziam as touradas. A função não me dizia nada, até ter visto uma tourada na televisão. Percebi então o que era uma tourada. No entanto, o fascínio pela Praça manteve-se, sempre que passava por ela, a caminho da casa dos meus avós. Um domingo, surpreendentemente, o meu pai parou e estacionou o carro junto à Praça, levou-me com ele até às bilheteiras, e percebi que íamos ver uma tourada na noite da 5ª feira seguinte. Fiquei contente por ir conhecer aquele edifício por dentro, e ansioso quando chegou o dia do espetáculo e me relembraram onde ia. A meio dessa tarde começou a cair uma chuva miudinha, e à noite, quando íamos a caminho do espetáculo, ouvi o meu pai questionar se por causa da chuva o espetáculo seria cancelado. Lembro-me de ter temido que tal acontecesse e de ter desejado que a chuva parasse. Foi com tristeza que percebi que, por causa da chuva, não ia haver tourada e que assim já não ia conhecer aquela "casa" por dentro. Percebi também, mais tarde, que esta história da minha infância ilustrava bem o problema que mais afetava a conservação do edifício. Depois, ao longo dos anos, fui passando periodicamente pelo local, prendendo a minha atenção na silhueta recortada da Praça, onde sobressaiam as paredes de tijolo, com arcos recortados e cúpulas de forma estranha, em tons de vermelho e ferrugem.
in QUARESMA, José (coord.), Chiado, Carmo, Paris. Soirée chez lui. Desassossego e apropriação, Lisboa, Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Museu Nacional de Arte Contemporânea, Akademii Sztuk Pięknych im. Władysława Strzemińskiego w Łodzi, pp. 75-98, 2022
in FERREIRA, Emília, MONTEIRO, Joana d’Oliva, SILVA, Raquel Henriques da (coord.), Dicionário Quem é Quem na Museologia Portuguesa, Lisboa, Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/NOVA, 2019
in FERREIRA, Emília, MONTEIRO, Joana d’Oliva, SILVA, Raquel Henriques da (coord.), Dicionário Quem é Quem na Museologia Portuguesa, Lisboa, Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/NOVA, 2019
in FERREIRA, Emília, MONTEIRO, Joana d’Oliva, SILVA, Raquel Henriques da (coord.), Dicionário Quem é Quem na Museologia Portuguesa, Lisboa, Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/NOVA, 2019
in Dicionário de História da I República e do Republicanismo, Vol. III: N-Z, coord. Maria Fernanda Rollo, Lisboa, Assembleia da República, pp. 271-272., 2014
in Dicionário de História da I República e do Republicanismo, Vol. III: N-Z, coord. Maria Fernand... more in Dicionário de História da I República e do Republicanismo, Vol. III: N-Z, coord. Maria Fernanda Rollo, Lisboa, Assembleia da República, pp. 899-900.
One of Lisbon’s Last Palaces: The “Palacete” of the 4th Duke of Lafões at Anjos Street (Rua dos Anjos), Lisbon (1914-1921), 2022
The project for the palace that the 4th Duke of Lafões, D. Caetano de Bragança (1856-1927), built... more The project for the palace that the 4th Duke of Lafões, D. Caetano de Bragança (1856-1927), built in the vicinity of Anjos, in Lisbon, dates back to 1914. The listing of this house in the typology of a noble mansion is due to its characterization as a large single-family house, with a façade ennobled by the coat of arms of the House of Lafões. It is a building aligned with the Beaux-Arts style, with the main façade facing the Anjos Street. The location of the building is one of the most interesting aspects, since, at this time, this area was outside the noble city center. The Dukes of Lafões were part of the former Titular Portuguese nobility, descendants from the kings of Portugal, with a family palace in Beato, where the 4th Duke was born. The reasons for building the house in Anjos, far from the city center, may relate to his family history, since, in 1904, D. Caetano married a Spanish lady, Leonor de Osete y del Alamo (1871-1921), who was already the mother of their seven children, the first of whom was born in 1893. Anyway, D. Caetano was certainly a curious figure of the traditional nobility, because, in addition to being a great estate owner, he was also known as a bullfighter, hunter and bohemian, and was very fond of fado.
18 de Novembro de 2021 - Participação no encontro online A Casa Senhorial em Portugal, Brasil & G... more 18 de Novembro de 2021 - Participação no encontro online A Casa Senhorial em Portugal, Brasil & Goa 2021. Estudos Recentes em Debate, organizado pelo Instituto de História de Arte da Universidade Nova de Lisboa e a Fundação Casa de Rui Barbosa.
23 de Janeiro de 2019 - Aula do Curso Presenças Estrangeiras em Lisboa (séculos XVI-XIX), organiz... more 23 de Janeiro de 2019 - Aula do Curso Presenças Estrangeiras em Lisboa (séculos XVI-XIX), organizado pelo Professor Doutor Pedro Flor (FCSH-UNL).
25 de Dezembro de 2017 - Conferência realizada no âmbito da Exposição Mão Inteligente: Raquel Ro... more 25 de Dezembro de 2017 - Conferência realizada no âmbito da Exposição Mão Inteligente: Raquel Roque Gameiro (1889-1970) - Ilustração e Aguarela, comissariada pela Professora Doutora Sandra Leandro, realizada na Casa Roque Gameiro, Amadora.
2015 – 19 de Março - Universidade Lusófona, no âmbito do congresso Matrices: Second International... more 2015 – 19 de Março - Universidade Lusófona, no âmbito do congresso Matrices: Second International Conference on Architecture and Gender.
in Animais na Cerâmica Caldense. Colecção de João Maria Ferreira, Caldas da Rainha, Molda 2016, Caldas da Rainha Cidade Cerâmica, pp. 38-43, 2016
João Maria Ferreira was born in Caldas da Rainha on June 24, 1932. His father was an employee of ... more João Maria Ferreira was born in Caldas da Rainha on June 24, 1932. His father was an employee of a jewelry shop in Caldas and, in the 1940s, he decided to found a jewelry shop on his own, taking advantage of the trade generated by the movement of people. who traveled between Porto and Lisbon, at a time when Caldas was an almost mandatory stopover area. In the summer there were also many tourists who went to the hot springs. João Maria Ferreira's father realized that there was an interest in acquiring antique pieces and first devoted himself to the silver business. In 1941, with the arrival of war refugees, many jewels also began to appear on the market. At this juncture, interest in antiques began to grow.
in Animais na Cerâmica Caldense. Colecção de João Maria Ferreira, Caldas da Rainha, Molda 2016, Caldas da Rainha Cidade Cerâmica, pp. 38-43., 2016
In terms of art history, the representation of animals can be found since prehistory. As noted by... more In terms of art history, the representation of animals can be found since prehistory. As noted by Raul Correia: «(...) in the most natural and simplest way, Art was installed forever among human creatures; and animals, friends or enemies, servants and companions or simple hunting pieces, have always been installed in the Art, and practically in all the Arts» . However, it was mainly from the 15th century that animalism began to gain greater thematic consistency. One of the first artists to dedicate himself to the painting of animals was the Dutch Paulus Potter (1625-1654), who influenced the realist and naturalist art of the 19th century, namely in the work of the French artist Constant Troyon (1810-1865). As animalist painters, in France, Charles Jacque (1813-1894) and especially Rosa Bonheur (1822-1899) stood out. In England, there are mainly George Stubbs (1724-1806) and Edward Landseer (1802-1873) – author of the canine portrait of Eos, A Favorite Greyhound of Prince Albert (1841) .
Caldas da Rainha, Molda 2016, Caldas da Rainha Cidade Cerâmica, 2016
In Alfredo Roque Gameiro, Retorno à Casa da Venteira, Casa Roque Gameiro – Câmara Municipal da Am... more In Alfredo Roque Gameiro, Retorno à Casa da Venteira, Casa Roque Gameiro – Câmara Municipal da Amadora – Canto Redondo, Outubro de 2014, pp. 6-17.
Jaime Batalha Reis (1847-1935) foi um dos mais esclarecidos críticos de arte portugueses do fina... more Jaime Batalha Reis (1847-1935) foi um dos mais esclarecidos críticos de arte portugueses do final do século XIX. Sendo diplomata, estabelecido em Inglaterra, era conhecedor do mundo artístico europeu. Admirador de Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929), tornou-se o seu principal defensor, desde 1884, tendo contribuído para que a obra desse artista fosse divulgada em Inglaterra e em França.
in Columbano, MNAC-Leya, Dezembro, pp. 231-244., 2010
Diogo de Macedo escreveu que Columbano era «um republicano idealista, com heranças do liberalismo... more Diogo de Macedo escreveu que Columbano era «um republicano idealista, com heranças do liberalismo do pai, fruto de uma época de propagandas» 1. De facto, pouco se sabe sobre as posições políticas do artista, sendo possível que estivesse entre aqueles de quem João de Barros (1881-1960) dizia serem «indiferentes em política», mas que «vibraram» perante a Revolução de 5 de Outubro de 1910. Segundo o seu testemunho: «nunca me hei-de esquecer do quanto me foi consolador ouvir de Columbano, num dia em que o regímen perigava, as mais ardentes expressões de fé e de certeza no futuro da República!» 2. O artista recebeu importantes cargos oficiais desde Outubro de 1910, sendo que o mais relevante, em termos políticos, foi a escolha do seu nome para fazer parte de uma comissão que apresentou ao governo o projecto da bandeira nacional, comissão
Manuel Cipriano Gomes (1829-1905), dito «o Mafra», trabalhou inicialmente como operário servente ... more Manuel Cipriano Gomes (1829-1905), dito «o Mafra», trabalhou inicialmente como operário servente na fábrica de Maria dos «Cacos», a qual tomou de trespasse em 1853, passando a empregar na marca da louça as iniciais do seu nome. De acordo com Julieta Ferrão, a louça destinava-se à venda ambulante em feiras e mercados, locais onde adquiria «tudo o que era susceptível de ser reproduzido ou imitado na sua fábrica». Com o tempo, a louça adquiriu grandes qualidades técnicas e industriais, antecedendo o trabalho de Rafael Bordalo Pinheiro.
Rafael Bordalo Pinheiro e a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884-1885), Museu de Cerâmica, Caldas da Rainha., 2005
Rafael Bordalo Pinheiro was already famous as an illustrator and caricaturist when he started his... more Rafael Bordalo Pinheiro was already famous as an illustrator and caricaturist when he started his activity as a ceramist at the Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha. This factory not only had an industrial function but also sought to give new impetus and modernization to the ceramics of Caldas, creating a space where the teaching of this activity was administered. Thus, insofar as there was an «articulation between the industry and the teaching of arts and crafts», the project can refer, as Cristina Horta wrote, «to the ideology of Arts and Crafts». This was also the opinion expressed by João B. Serra, who considered that it was «not difficult to recognize the influence of «Arts and Crafts (...). The articulation of the industry with the teaching of «arts and crafts» (...) and the creation of a position of technical director, filled by an artist, are clear signs of this affiliation».
A Colecção Ferreira de Almeida (Museu Municipal de Faro) resulta de uma doação de Amadeu Ferreira... more A Colecção Ferreira de Almeida (Museu Municipal de Faro) resulta de uma doação de Amadeu Ferreira de Almeida (1876-1966), diplomata natural de Faro, ao Museu Municipal, em 1944. Esta Colecção compreende obras de pintura, gravura e desenho, que foram tratadas no presente estudo, mas também inclui outros objectos e peças de carácter artístico. Acerca da Colecção estudada, é de assinalar a grande preponderância de trabalhos de artistas do Norte da Europa, sobretudo dinamarqueses, facto resultante da estada do Coleccionador na
Dinamarca. Pelo mesmo motivo, há também muitas obras de artistas sul-americanos, nomeadamente do Chile. Julgamos que esta especificidade é rara nas Colecções de Arte Portuguesas. Entre as várias peças, destaca-se um desenho de Gauguin.
A Recepção Crítica de Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1987), 2002
Tese de Mestrado orientada pela Professora Doutora Margarida Acciaiuoli de Brito.
foi um dos mais destacados pintores de paisagem da sua geração. Estudou na Academia de Belas-Arte... more foi um dos mais destacados pintores de paisagem da sua geração. Estudou na Academia de Belas-Artes e fez parte do grupo de artistas liderado por Tomás da Anunciação que se insurgiu contra o ensino académico, defendendo um maior contacto com a Natureza. Não terminou o curso, mas continuou a pintar, participando em numerosas exposições, sobretudo com pinturas de paisagem e de costumes.
Columbano no seu Tempo (1857-1929), 2011
Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929) foi um pintor que viveu e trabalhou numa das épocas mais r... more Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929) foi um pintor que viveu e trabalhou numa das épocas mais ricas da história da cultura portuguesa. Filho de um artista do Romantismo, de seu nome Manuel Maria Bordalo Pinheiro, teve como irmão o famoso caricaturista e ceramista Rafael Bordalo Pinheiro. Columbano frequentou a Academia de Belas-Artes de Lisboa (1872-1876) e passou por Paris (1881-1883), com uma Bolsa de Estudo. Em Lisboa, fez parte do Grupo do Leão, um grupo de artistas que esteve ligado à introdução do Naturalismo na pintura portuguesa, mas destacou-se por preferir dedicar-se ao retrato e a cenas de interior. Em vez da paisagem e do sol, optou por um mundo íntimo e sombrio - pelo que a sua pintura era mais bem aceite nos meios intelectuais, e era destes meios que saíam os modelos dos seus retratos. Deste modo, compôs uma importante galeria de retratos das mais eminentes figuras da cultura portuguesa, mas também se destacou na realização de numerosas pinturas intimistas e naturezas mortas, que espelhavam o seu apreço pelos espaços fechados e silenciosos. Apaixonado por Camões, a maioria das suas pinturas históricas foram dedicadas a temas camonianos, o que liga a sua pintura ao patriotismo que dominava a cultura nacional. Columbano foi um homem que expressou a cultura do seu tempo, que passou pelo fim da Monarquia e trabalhou durante a Primeira República, tendo sido escolhido para alguns cargos oficiais, nomeadamente como um dos membros da Comissão que desenhou a nova bandeira nacional, e também como Director do Museu Nacional de Arte Contemporânea, ao qual se entregou devotamente.
Falar sobre a finalidade da arte é, como referia René Huyghe, uma questão difícil, que «já é auda... more Falar sobre a finalidade da arte é, como referia René Huyghe, uma questão difícil, que «já é audacioso colocar, quanto mais satisfazer» 1 . É uma aporia da estética, uma expressão de uma incerteza, o embaraço daquele que não vê nenhum caminho diante dele e se pergunta por onde passar. Ao procurarmos dar uma resposta deparamos com uma primeira dificuldade: qual o conceito de arte que está em causa. Em termos gerais a arte pressupõe o emprego de certas qualidades de pensamento ou de destreza manual na realização de uma obra. A arte pode ser entendida como uma técnica (tékné), mas em termos de estética as definições de arte que mais interessam são a das artes liberais (sobretudo no que diz respeito á retórica) e a das belas-artes. A nossa resposta irá limitar-se às duas últimas categorias, o que nos permite dar já uma finalidade para a arte: as suas qualidades estéticas. A arte é uma transfiguração da existência, uma figuração que vai além da realidade perceptiva, é aquilo que fica como testemunho de um encontro entre o imaginário e as condições reais do mundo. Ela dá acesso imediato ao excedente, mas põe sempre em movimento a intuição. É uma experiência de reestruturação do mundo, uma estrutura dinâmica que nos faz ambicionar e desacomoda. A arte transforma o modo como olhamos o real, porque ela cria a inquietação de exigir mais do real. Seja qual for a sua utilidade extrínseca a arte surge como absolutamente essencial, sem ter havido uma única sociedade humana que tenha podido passar sem ela e que não lhe tenha encontrado uma forma à sua medida. A arte está entre o homem (o eu) e o Outro, o Universo. É uma terceira realidade que liga as outras duas, mantendo simultaneamente a sua autonomia. Ela é «complexa, como o universo; e, ao mesmo tempo, é una, como o homem, já que exige, tão rigorosamente como o eu, ser levada a uma unidade definitiva para ter uma existência válida (...)» 2 . A obra de arte é um reflexo do homem e é humana, porque foi inventada pelo homem e porque existe pela marca do homem. A finalidade da arte poderá ser a manifestação de um ser (o artista ou uma comunidade), a exploração do mundo exterior, o embrenhar-se no encontro do Outro, do fantástico e do sobrenatural, poderá ser de elo entre o ser de cada um (finito) e o ser infinito (Infinito, Deus).
International Conference, 2022
ZRC SAZU, Atrij and Prešeren Hall, June 22–24, 2022 Starting, June 22, 2022, at 15.30, in Atri... more ZRC SAZU, Atrij and Prešeren Hall, June 22–24, 2022
Starting, June 22, 2022, at 15.30, in Atrij ZRC SAZU, Novi trg 2
The conference was funded by the Slovenian Research Agency within research project Art and Nobility in Times of Decline: Transformations, translocations and Reinterpretations and research programme Art in Slovenia at a Cultural Crossroads.
The Conference is dedicated to the 50th anniversary of the independent institute now called the France Stele Institute of Art History of the Research Centre of the Slovenian Academy of Sciences and Arts.
Organization: Tina Košak, Helena Seražin, Renata Komić Marn
24 de Fevereiro de 2018 - Visita guiada ao núcleo de Carlos Reis no Museu Municipal Carlos Reis,... more 24 de Fevereiro de 2018 - Visita guiada ao núcleo de Carlos Reis no Museu Municipal Carlos Reis, realizada no âmbito das comemorações do 155.º aniversário do nascimento do pintor.