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Papers by Wagner Oda
Cadernos de Saúde Pública, 2016
O termo território e seus derivados se tornaram correntes no campo da Saúde Mental desde a reform... more O termo território e seus derivados se tornaram correntes no campo da
Saúde Mental desde a reforma psiquiátrica, marco de ideário não hospitalocêntrico e potencialmente emancipatório. No entanto, constatamos
em pesquisa empírica anterior que a essa incorporação terminológica não
corresponderam concepções e práticas coerentes de reinserção territorial
de pessoas com sofrimento mental. Para esclarecer os diversos usos do termo e suas possíveis correlações na prática, realizamos um levantamento
sistemático de artigos científicos e documentos oficiais, confrontando-os
entre si e com o conceito de território da Geografia Crítica. Concluímos
que no campo da Saúde Mental brasileira, à revelia de muitos e sempre
renovados esforços críticos, tem prevalecido uma noção funcional de território, que omite relações de poder e apropriações simbólicas, aumentando
a tendência de a reinserção de pessoas com sofrimento mental desembocar na sua sujeição ao território dado, em vez de favorecer transformações
socioespaciais para o convívio com as diferenças.
Territorialidade; Desinstitucionalização; Saúde Mental
O termo território e seus derivados se tornaram correntes no campo da Saúde Mental desde a reform... more O termo território e seus derivados se tornaram correntes no campo da Saúde Mental desde a reforma psiquiátrica, marco de ideário não hospitalocêntrico e potencialmente emancipatório. No entanto, constatamos em pesquisa empírica anterior que a essa incorporação terminológica não corresponderam concepções e práticas coerentes de reinserção territorial de pessoas com sofrimento mental. Para esclarecer os diversos usos do termo e suas possíveis correlações na prática, realizamos um levantamento sistemático de artigos científicos e documentos oficiais, confrontando-os entre si e com o conceito de território da Geografia Crítica. Concluímos que no campo da Saúde Mental brasileira, à revelia de muitos e sempre renovados esforços críticos, tem prevalecido uma noção funcional de território, que omite relações de poder e apropriações simbólicas, aumentando a tendência de a reinserção de pessoas com sofrimento mental desembocar na sua sujeição ao território dado, em vez
Cadernos de Saúde Pública, 2016
O termo território e seus derivados se tornaram correntes no campo da Saúde Mental desde a reform... more O termo território e seus derivados se tornaram correntes no campo da
Saúde Mental desde a reforma psiquiátrica, marco de ideário não hospitalocêntrico e potencialmente emancipatório. No entanto, constatamos
em pesquisa empírica anterior que a essa incorporação terminológica não
corresponderam concepções e práticas coerentes de reinserção territorial
de pessoas com sofrimento mental. Para esclarecer os diversos usos do termo e suas possíveis correlações na prática, realizamos um levantamento
sistemático de artigos científicos e documentos oficiais, confrontando-os
entre si e com o conceito de território da Geografia Crítica. Concluímos
que no campo da Saúde Mental brasileira, à revelia de muitos e sempre
renovados esforços críticos, tem prevalecido uma noção funcional de território, que omite relações de poder e apropriações simbólicas, aumentando
a tendência de a reinserção de pessoas com sofrimento mental desembocar na sua sujeição ao território dado, em vez de favorecer transformações
socioespaciais para o convívio com as diferenças.
Territorialidade; Desinstitucionalização; Saúde Mental
O termo território e seus derivados se tornaram correntes no campo da Saúde Mental desde a reform... more O termo território e seus derivados se tornaram correntes no campo da Saúde Mental desde a reforma psiquiátrica, marco de ideário não hospitalocêntrico e potencialmente emancipatório. No entanto, constatamos em pesquisa empírica anterior que a essa incorporação terminológica não corresponderam concepções e práticas coerentes de reinserção territorial de pessoas com sofrimento mental. Para esclarecer os diversos usos do termo e suas possíveis correlações na prática, realizamos um levantamento sistemático de artigos científicos e documentos oficiais, confrontando-os entre si e com o conceito de território da Geografia Crítica. Concluímos que no campo da Saúde Mental brasileira, à revelia de muitos e sempre renovados esforços críticos, tem prevalecido uma noção funcional de território, que omite relações de poder e apropriações simbólicas, aumentando a tendência de a reinserção de pessoas com sofrimento mental desembocar na sua sujeição ao território dado, em vez