Carmen G A Ferreira | Faculdade de Letras da Universidade do Porto (original) (raw)
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Papers by Carmen G A Ferreira
Coimbra 2014 Este trabalho é financiado por Fundos Nacionais através da FCT-Fundação para a Ciênc... more Coimbra 2014 Este trabalho é financiado por Fundos Nacionais através da FCT-Fundação para a Ciência e a Fot. 3-Painel informativo do mesmo tipo do da fotografia anterior (extraído de F. Rebelo, 2001). 9 A cidade de Coimbra, para além de elevados e dispersos riscos de incêndio urbano, também apresenta riscos de incêndio de interface urbano-florestal e mesmo de incêndio florestal. Não é de admirar que, por exemplo, este risco se coloque na Mata do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, onde, depois de um longo período de proibição de passagem ao público, se achou, e bem, que as pessoas deveriam ter a hipótese de usufruir do ambiente criado por uma floresta de grande beleza, que pode considerar-se urbana. Quando aconteceu poder visitá-la livremente, encontrei um pequeno painel alertando para "perigo de incêndio" (fot. 4). Perguntei a mim próprio qual seria o motivo para utilizar a palavra perigo ("danger", em francês ou em inglês) quando os serviços oficiais preferiam risco. também apresenta riscos de incêndio de interface urbano-florestal e mesmo florestal. Não é de admirar que, por exemplo, este risco se coloque na Mata Botânico da Universidade de Coimbra, onde, depois de um longo período d de passagem ao público, se achou, e bem, que as pessoas deveriam ter a usufruir do ambiente criado por uma floresta de grande beleza, que pode co urbana. Quando aconteceu poder visitá-la livremente, encontrei um pequ alertando para "perigo de incêndio" (fot. 4). Perguntei a mim próprio q motivo para utilizar a palavra perigo ("danger", em francês ou em inglês) serviços oficiais preferiam risco. Fot. 4-Painel intitulado "Perigo de incêndio", fotografado na Mata Botânico da Universidade de Coimbra em 2012. Haverá diferenças entre "hazard" (ou "aléa", seu equivalente em francês) e ri em inglês, ou "risque" em francês)? E entre "hazard" e perigo. Será tud coisa? Nos exemplos analisados, verifica-se que se trata do mesmo prob locais referidos há possibilidade de se desencadear um incêndio. Os estudos comparativos sobre a utilização de termos para significar esta po especialmente em França, mas também noutros países europeus, como por e Portugal, demonstraram que a palavra risco era quase sempre utilizada pa probabilidade de ocorrência de um acontecimento danoso, que a palavra Fot. 4-Painel intitulado "Perigo de incêndio", fotografado na Mata do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra em 2012. A representação gráfica, por classes e por cores, tenta amenizar, de certo modo, algumas barreiras de comunicação na análise quantitativa. Sem dúvida que, no contexto de um processo de decisão racionalizado, a análise e a avaliação quantitativa é útil, mas não é o único modo de caracterização de uma situação de risco. Existem mesmo perspetivas opostas: Mary Douglas insistiu que o risco não pode ser um conceito objetivo e mensurável mas sim um conceito construído social, cultural e politicamente: o risco não deveria ser reduzido a uma dimensão técnica (M. Douglas, 1985 e 1992; M. Douglas et al., 1982). Em contraponto à análise quantitativa do risco refere-se frequentemente a perceção (social) do risco e ao uso de probabilidades subjetivas que capturam outras dimensões do risco. Risco, perigo e crise. Trilogia de base na definição de um modelo conceptual-operacional Aos investigadores do projeto PREFER-Space-based Information Support for Prevention and REcovery of Forest Fires Emergency in the MediteRranean Area, em curso nas Universidades de Coimbra e do Minho, designadamente às Doutoras Sandra Oliveira e Adélia Nunes, bem como aos Professores Doutores António Bento Gonçalves e António Vieira e, ainda, ao Mestre Fernando Félix, pelas suas valiosas contribuições para o estudo da vulnerabilidade, uma das componentes do referido projeto. Por último, estamos gratos a todos aqueles que se disponibilizaram para participar neste "Diálogo" ou que de qualquer outra forma contribuíram para a sua realização. Bem-hajam!
Multidimensão e territórios de risco, 2014
A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitali... more A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. Medidas preventivas na gestão integrada do risco de inundação em Portugal: o planeamento participativo e o papel das comunidades locais Autor(es):
Physics and Chemistry of the Earth, Parts A/B/C
GOT - Journal of Geography and Spatial Planning
Territorium
Os elementos presentes na paisagem natural e antrópica podem ser indicativos de áreas sujeitas a ... more Os elementos presentes na paisagem natural e antrópica podem ser indicativos de áreas sujeitas a inundações no baixo curso da Bacia Hidrográfica do Rio Muriaé (RJ). Elaboramos o mapeamento temático que tornou possível identificar elementos naturais e sociais que evidenciam o risco à inundação e alagamentos, bem como suas amplitudes e intensidades. https://doi.org/10.14195/1647-7723_24_7
GOT - Geography and Spatial Planning Journal, 2016
Realidades e desafios na gestão dos riscos: diálogo entre ciência e utilizadores, 2014
Multidimensão e territórios de risco, 2014
Multidimensão e territórios de risco, 2014
Multidimensão e territórios de risco, 2014
Territorium
Os elementos presentes na paisagem natural e antrópica podem ser indicativos de áreas sujeitas a ... more Os elementos presentes na paisagem natural e antrópica podem ser indicativos de áreas sujeitas a inundações no baixo curso da Bacia Hidrográfica do Rio Muriaé (RJ). Elaboramos o mapeamento temático que tornou possível identificar elementos naturais e sociais que evidenciam o risco à inundação e alagamentos, bem como suas amplitudes e intensidades. https://doi.org/10.14195/1647-7723_24_7
Physics and Chemistry of the Earth, Parts A/B/C
It is known that the erosion process triggered by gullies contributes to significant soil loss an... more It is known that the erosion process triggered by gullies contributes to significant soil loss and land degradation, and this can limit the options for the occupation and development of a territory in terms of the suitability and quality of the farmland area. The variety of physical factors associated with gully formation hinders straightforward interpretations and requires well-grounded analysis based on local observation. This work presents an example of gullies formed in a colluvial hill-slope agricultural area in Seirós, North of Portugal. The gullies were formed by intense rainfall events in 2015 that led to a channel overflowing. The channel in question was 49 m long, 0.50 m wide and 0.50 m deep and had been built by the landowner to protect his farmland from hillslope drainage. The adequacy of the strategy implemented to prevent gully formation with a view to the rehabilitation of the area is validated.
Fire
Every year worldwide some extraordinary wildfires occur, overwhelming suppression capabilities, c... more Every year worldwide some extraordinary wildfires occur, overwhelming suppression capabilities, causing substantial damages, and often resulting in fatalities. Given their increasing frequency, there is a debate about how to address these wildfires with significant social impacts, but there is no agreement upon terminology to describe them. The concept of extreme wildfire event (EWE) has emerged to bring some coherence on this kind of events. It is increasingly used, often as a synonym of other terms related to wildfires of high intensity and size, but its definition remains elusive. The goal of this paper is to go beyond drawing on distinct disciplinary perspectives to develop a holistic view of EWE as a social-ecological phenomenon. Based on literature review and using a transdisciplinary approach, this paper proposes a definition of EWE as a process and an outcome. Considering the lack of a consistent "scale of gravity" to leverage extreme wildfire events such as in natural hazards (e.g., tornados, hurricanes and earthquakes) we present a proposal of wildfire classification with seven categories based on measurable fire spread and behavior parameters and suppression difficulty. The categories 5 to 7 are labeled as EWE.
Coimbra 2014 Este trabalho é financiado por Fundos Nacionais através da FCT-Fundação para a Ciênc... more Coimbra 2014 Este trabalho é financiado por Fundos Nacionais através da FCT-Fundação para a Ciência e a Fot. 3-Painel informativo do mesmo tipo do da fotografia anterior (extraído de F. Rebelo, 2001). 9 A cidade de Coimbra, para além de elevados e dispersos riscos de incêndio urbano, também apresenta riscos de incêndio de interface urbano-florestal e mesmo de incêndio florestal. Não é de admirar que, por exemplo, este risco se coloque na Mata do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, onde, depois de um longo período de proibição de passagem ao público, se achou, e bem, que as pessoas deveriam ter a hipótese de usufruir do ambiente criado por uma floresta de grande beleza, que pode considerar-se urbana. Quando aconteceu poder visitá-la livremente, encontrei um pequeno painel alertando para "perigo de incêndio" (fot. 4). Perguntei a mim próprio qual seria o motivo para utilizar a palavra perigo ("danger", em francês ou em inglês) quando os serviços oficiais preferiam risco. também apresenta riscos de incêndio de interface urbano-florestal e mesmo florestal. Não é de admirar que, por exemplo, este risco se coloque na Mata Botânico da Universidade de Coimbra, onde, depois de um longo período d de passagem ao público, se achou, e bem, que as pessoas deveriam ter a usufruir do ambiente criado por uma floresta de grande beleza, que pode co urbana. Quando aconteceu poder visitá-la livremente, encontrei um pequ alertando para "perigo de incêndio" (fot. 4). Perguntei a mim próprio q motivo para utilizar a palavra perigo ("danger", em francês ou em inglês) serviços oficiais preferiam risco. Fot. 4-Painel intitulado "Perigo de incêndio", fotografado na Mata Botânico da Universidade de Coimbra em 2012. Haverá diferenças entre "hazard" (ou "aléa", seu equivalente em francês) e ri em inglês, ou "risque" em francês)? E entre "hazard" e perigo. Será tud coisa? Nos exemplos analisados, verifica-se que se trata do mesmo prob locais referidos há possibilidade de se desencadear um incêndio. Os estudos comparativos sobre a utilização de termos para significar esta po especialmente em França, mas também noutros países europeus, como por e Portugal, demonstraram que a palavra risco era quase sempre utilizada pa probabilidade de ocorrência de um acontecimento danoso, que a palavra Fot. 4-Painel intitulado "Perigo de incêndio", fotografado na Mata do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra em 2012. A representação gráfica, por classes e por cores, tenta amenizar, de certo modo, algumas barreiras de comunicação na análise quantitativa. Sem dúvida que, no contexto de um processo de decisão racionalizado, a análise e a avaliação quantitativa é útil, mas não é o único modo de caracterização de uma situação de risco. Existem mesmo perspetivas opostas: Mary Douglas insistiu que o risco não pode ser um conceito objetivo e mensurável mas sim um conceito construído social, cultural e politicamente: o risco não deveria ser reduzido a uma dimensão técnica (M. Douglas, 1985 e 1992; M. Douglas et al., 1982). Em contraponto à análise quantitativa do risco refere-se frequentemente a perceção (social) do risco e ao uso de probabilidades subjetivas que capturam outras dimensões do risco. Risco, perigo e crise. Trilogia de base na definição de um modelo conceptual-operacional Aos investigadores do projeto PREFER-Space-based Information Support for Prevention and REcovery of Forest Fires Emergency in the MediteRranean Area, em curso nas Universidades de Coimbra e do Minho, designadamente às Doutoras Sandra Oliveira e Adélia Nunes, bem como aos Professores Doutores António Bento Gonçalves e António Vieira e, ainda, ao Mestre Fernando Félix, pelas suas valiosas contribuições para o estudo da vulnerabilidade, uma das componentes do referido projeto. Por último, estamos gratos a todos aqueles que se disponibilizaram para participar neste "Diálogo" ou que de qualquer outra forma contribuíram para a sua realização. Bem-hajam!
Multidimensão e territórios de risco, 2014
A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitali... more A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. Medidas preventivas na gestão integrada do risco de inundação em Portugal: o planeamento participativo e o papel das comunidades locais Autor(es):
Physics and Chemistry of the Earth, Parts A/B/C
GOT - Journal of Geography and Spatial Planning
Territorium
Os elementos presentes na paisagem natural e antrópica podem ser indicativos de áreas sujeitas a ... more Os elementos presentes na paisagem natural e antrópica podem ser indicativos de áreas sujeitas a inundações no baixo curso da Bacia Hidrográfica do Rio Muriaé (RJ). Elaboramos o mapeamento temático que tornou possível identificar elementos naturais e sociais que evidenciam o risco à inundação e alagamentos, bem como suas amplitudes e intensidades. https://doi.org/10.14195/1647-7723_24_7
GOT - Geography and Spatial Planning Journal, 2016
Realidades e desafios na gestão dos riscos: diálogo entre ciência e utilizadores, 2014
Multidimensão e territórios de risco, 2014
Multidimensão e territórios de risco, 2014
Multidimensão e territórios de risco, 2014
Territorium
Os elementos presentes na paisagem natural e antrópica podem ser indicativos de áreas sujeitas a ... more Os elementos presentes na paisagem natural e antrópica podem ser indicativos de áreas sujeitas a inundações no baixo curso da Bacia Hidrográfica do Rio Muriaé (RJ). Elaboramos o mapeamento temático que tornou possível identificar elementos naturais e sociais que evidenciam o risco à inundação e alagamentos, bem como suas amplitudes e intensidades. https://doi.org/10.14195/1647-7723_24_7
Physics and Chemistry of the Earth, Parts A/B/C
It is known that the erosion process triggered by gullies contributes to significant soil loss an... more It is known that the erosion process triggered by gullies contributes to significant soil loss and land degradation, and this can limit the options for the occupation and development of a territory in terms of the suitability and quality of the farmland area. The variety of physical factors associated with gully formation hinders straightforward interpretations and requires well-grounded analysis based on local observation. This work presents an example of gullies formed in a colluvial hill-slope agricultural area in Seirós, North of Portugal. The gullies were formed by intense rainfall events in 2015 that led to a channel overflowing. The channel in question was 49 m long, 0.50 m wide and 0.50 m deep and had been built by the landowner to protect his farmland from hillslope drainage. The adequacy of the strategy implemented to prevent gully formation with a view to the rehabilitation of the area is validated.
Fire
Every year worldwide some extraordinary wildfires occur, overwhelming suppression capabilities, c... more Every year worldwide some extraordinary wildfires occur, overwhelming suppression capabilities, causing substantial damages, and often resulting in fatalities. Given their increasing frequency, there is a debate about how to address these wildfires with significant social impacts, but there is no agreement upon terminology to describe them. The concept of extreme wildfire event (EWE) has emerged to bring some coherence on this kind of events. It is increasingly used, often as a synonym of other terms related to wildfires of high intensity and size, but its definition remains elusive. The goal of this paper is to go beyond drawing on distinct disciplinary perspectives to develop a holistic view of EWE as a social-ecological phenomenon. Based on literature review and using a transdisciplinary approach, this paper proposes a definition of EWE as a process and an outcome. Considering the lack of a consistent "scale of gravity" to leverage extreme wildfire events such as in natural hazards (e.g., tornados, hurricanes and earthquakes) we present a proposal of wildfire classification with seven categories based on measurable fire spread and behavior parameters and suppression difficulty. The categories 5 to 7 are labeled as EWE.