Felipe William dos Santos Silva | Universidade Federal do Pará (original) (raw)
Papers by Felipe William dos Santos Silva
Dossiê "Cidades, fronteiras e sertões: os territórios da América Portuguesa, séculos XVI a XIX, 2024
O artigo analisa a experiência da demarcação de distritos na capitania do Maranhão, ordenada por ... more O artigo analisa a experiência da demarcação de distritos na capitania do Maranhão, ordenada por Gonçalo Pereira Lobato e Sousa, entre os anos de 1759 e 1760, e as suas implicações para a reestruturação espacial do território. Tendo como vetor as povoações de Índios, tais delimitações consideraram, em grande medida, marcos geográficos como rios, baías e matas, de modo a torná-los uma via de conexão entre as Vilas e os Lugares. Assim, apresentando-se três regiões em que tais delineações ocorreram (Ilhas, Campos e Sertões), argumenta-se que tanto a inclusão de confrontantes naturais como as terras concedidas coletivamente aos moradores dos núcleos implementados pelo Diretório no Maranhão intentou reforçar as políticas de integração espacial entre as povoações, tanto a nível interno como a nível externo, por vezes até coincidindo com os limites físicos da capitania.
Discutindo os Sertões: Histórias Coloniais, 2024
Este é o ato final de uma pesquisa que não durou dois, mas quatro anos, desde a sua gestação até ... more Este é o ato final de uma pesquisa que não durou dois, mas quatro anos, desde a sua gestação até a sua finalização. Ao longo de todo esse tempo, não apenas relações humanas, como igualmente um misto de sorte, de persistência, bem como de condições históricas que permitiram a concretização das suas ideias, as quais, no início, encontravam-se bastante dispersas. Vale lembrar que esta pesquisa é fruto de um período de transição no período pandêmico, entre o regime remoto e a volta das atividades presenciais, ainda que de forma gradativa, o que permitiu ao trabalho a obtenção de avanços bastante significativos em suas questões e suas problemáticas.
I Encontro Internacional de Jovens Investigadores de História e Cultura Luso-Brasileira (Volume de Estudos), 2023
Registo CIP I Encontro internacional de jovens investigadores de história e cultura Luso-Brasilei... more Registo CIP I Encontro internacional de jovens investigadores de história e cultura Luso-Brasileira: volume de estudos [Recurso eletrónico].-Lisboa: Universidade Autónoma de Lisboa, 2023.-377 p.
Cartas a Clio: Experiências de Pesquisa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia, 2022
Revista Outros Tempos (Dossiê Povos indígenas no Brasil oitocentista), 2022
Resultado de pós-doutoramento do historiador Márcio Couto Henrique, realizado entre 2014 e 2015, ... more Resultado de pós-doutoramento do historiador Márcio Couto Henrique, realizado entre 2014 e 2015, Sem Vieira nem Pombal permite revelar aspectos da trajetória do próprio autor que irá se refletir na própria obra. No momento em que o autor agradece a Capes "[...] de antes do golpe" (HENRIQUE, 2018, p. 09), Henrique busca se situar como sujeito do seu próprio tempo (BLOCH, 2008, p. 55), como busca realizar o mesmo procedimento em relação à história de vida dos próprios sujeitos que analisa em seus trabalhos. Situando a sua história de vida pessoal, escrevendo que proveio de uma família muito pobre do interior da cidade de Americano, no estado do Pará, o autor dialoga com as questões de seu tempo, ao se referir à
O Maranhão aparece, na maioria das produções historiográficas que se debruçam sobre este período,... more O Maranhão aparece, na maioria das produções historiográficas que se debruçam sobre este período, como simples subalterno da Capitania do Grão-Pará, que pode residir, em parte, na propagação de uma interpretação equivocada a respeito do Maranhão pombalino, tendo como base principalmente uma visão triunfalista, assentada na criação da Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, a partir de 1755. Segundo Meirelles (2001, p. 152), a criação da Companhia alçou novamente o Maranhão ao seu status de preeminência, que havia sido perdido com a inversão administrativa de 1751, momento de transferência da sede do Estado do Maranhão e Grão-Pará para Belém.
Anais UERJ Semana de História Política, 2022
Desdobramento dos resultados iniciais da pesquisa de Mestrado em desenvolvimento, o presente trab... more Desdobramento dos resultados iniciais da pesquisa de Mestrado em
desenvolvimento, o presente trabalho analisa a experiência do Diretório dos Índios na América portuguesa, tendo como ênfase a Capitania do Maranhão nos primeiros anos da experiência pombalina (1757-1761). Este primeiro momento traduz-se nas primeiras políticas de revitalização do Estado do Grão-Pará e Maranhão, que se desdobra na implementação de vilas e lugares. Por muito tempo, as produções historiográficas alijaram a compreensão da experiência pombalina na Capitania do Maranhão a um plano secundário em suas interpretações. Buscando desconstruir esta perspectiva, um conjunto documental permite refletir sobre a conformação do Diretório em terras maranhenses por meio da transformação dos incultos sertões em povoações civis.
Revista Aedos, 2022
Desdobramento da pesquisa de Mestrado que estou realizando atualmente, constitui-se no eixo centr... more Desdobramento da pesquisa de Mestrado que estou realizando atualmente, constitui-se no eixo central deste trabalho mostrar de que maneira o Diretório na Capitania do Maranhão, no tocante à fundação de vilas e lugares, consubstanciou não apenas a simples aplicação das legislações pombalinas na América portuguesa, mas também como esse processo engendrou inúmeros sujeitos, que acabaram por obrigar Portugal a rever seus direcionamentos políticos para o Norte luso-americano. O Maranhão colonial têm chamado a atenção da historiografia, no que diz respeito à forma pela qual a colonização do sertão das capitanias do Norte foi pensada, num movimento de tentar desconstruir a ideia de um sertão inóspito, vazio, pouco ocupado, imagem que foi largamente propalada pela historiografia mais tradicional durante muitas décadas. Sendo assim, o trabalho insere-se na perspectiva de se enxergar o Diretório como resultado, conforme Coelho em sua tese “Do sertão para o mar”, do conflito entre colonos e religiosos pelo controle da mão de obra indígena no Estado do Grão-Pará, no contexto do governo de Mendonça Furtado. Embora o autor centre sua análise sobre as povoações do Grão-Pará, entendo que tais questões que Coelho apresenta em seu trabalho sejam de fundamental importância para se analisar o mesmo processo para as povoações de índios no Maranhão, já que o Estado do Grão-Pará e Maranhão conformaram-se num laboratório de testes para as políticas pombalinas.
Este trabalho de monografia tem como objeto o modo de vida dos habitantes, discutindo acerca do p... more Este trabalho de monografia tem como objeto o modo de vida dos habitantes, discutindo acerca do processo colonizatório e civilizador na Amazônia do século XVIII, penetrando nos fragmentos da vida material dos indivíduos.
Entre Paredes e Bacamartes: História da Família no Sertão (1780-1850) - Parte II.pdf, 2004
Books by Felipe William dos Santos Silva
Conectando as áreas de História Indígena e História Administrativa, a obra visa contribuir com um... more Conectando as áreas de História Indígena e História Administrativa, a obra visa contribuir com um outro olhar acerca da capitania do Maranhão, tendo como foco o Diretório dos Índios. Valendo-se de aportes documentais diversos, o livro discute não apenas as experiências relativas ao período pombalino na Capitania, como também destaca a atuação dos indígenas frente ao processo de colonização, por meio da territorialização das populações nativas em núcleos portugueses. Numa trama permeada por acordos e conflitos entre o poder colonial e os sujeitos locais, o (a) leitor (a) é convidado (a) a percorrer as páginas de uma história ainda pouco contada a respeito do passado do Brasil.
Dossiê "Cidades, fronteiras e sertões: os territórios da América Portuguesa, séculos XVI a XIX, 2024
O artigo analisa a experiência da demarcação de distritos na capitania do Maranhão, ordenada por ... more O artigo analisa a experiência da demarcação de distritos na capitania do Maranhão, ordenada por Gonçalo Pereira Lobato e Sousa, entre os anos de 1759 e 1760, e as suas implicações para a reestruturação espacial do território. Tendo como vetor as povoações de Índios, tais delimitações consideraram, em grande medida, marcos geográficos como rios, baías e matas, de modo a torná-los uma via de conexão entre as Vilas e os Lugares. Assim, apresentando-se três regiões em que tais delineações ocorreram (Ilhas, Campos e Sertões), argumenta-se que tanto a inclusão de confrontantes naturais como as terras concedidas coletivamente aos moradores dos núcleos implementados pelo Diretório no Maranhão intentou reforçar as políticas de integração espacial entre as povoações, tanto a nível interno como a nível externo, por vezes até coincidindo com os limites físicos da capitania.
Discutindo os Sertões: Histórias Coloniais, 2024
Este é o ato final de uma pesquisa que não durou dois, mas quatro anos, desde a sua gestação até ... more Este é o ato final de uma pesquisa que não durou dois, mas quatro anos, desde a sua gestação até a sua finalização. Ao longo de todo esse tempo, não apenas relações humanas, como igualmente um misto de sorte, de persistência, bem como de condições históricas que permitiram a concretização das suas ideias, as quais, no início, encontravam-se bastante dispersas. Vale lembrar que esta pesquisa é fruto de um período de transição no período pandêmico, entre o regime remoto e a volta das atividades presenciais, ainda que de forma gradativa, o que permitiu ao trabalho a obtenção de avanços bastante significativos em suas questões e suas problemáticas.
I Encontro Internacional de Jovens Investigadores de História e Cultura Luso-Brasileira (Volume de Estudos), 2023
Registo CIP I Encontro internacional de jovens investigadores de história e cultura Luso-Brasilei... more Registo CIP I Encontro internacional de jovens investigadores de história e cultura Luso-Brasileira: volume de estudos [Recurso eletrónico].-Lisboa: Universidade Autónoma de Lisboa, 2023.-377 p.
Cartas a Clio: Experiências de Pesquisa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia, 2022
Revista Outros Tempos (Dossiê Povos indígenas no Brasil oitocentista), 2022
Resultado de pós-doutoramento do historiador Márcio Couto Henrique, realizado entre 2014 e 2015, ... more Resultado de pós-doutoramento do historiador Márcio Couto Henrique, realizado entre 2014 e 2015, Sem Vieira nem Pombal permite revelar aspectos da trajetória do próprio autor que irá se refletir na própria obra. No momento em que o autor agradece a Capes "[...] de antes do golpe" (HENRIQUE, 2018, p. 09), Henrique busca se situar como sujeito do seu próprio tempo (BLOCH, 2008, p. 55), como busca realizar o mesmo procedimento em relação à história de vida dos próprios sujeitos que analisa em seus trabalhos. Situando a sua história de vida pessoal, escrevendo que proveio de uma família muito pobre do interior da cidade de Americano, no estado do Pará, o autor dialoga com as questões de seu tempo, ao se referir à
O Maranhão aparece, na maioria das produções historiográficas que se debruçam sobre este período,... more O Maranhão aparece, na maioria das produções historiográficas que se debruçam sobre este período, como simples subalterno da Capitania do Grão-Pará, que pode residir, em parte, na propagação de uma interpretação equivocada a respeito do Maranhão pombalino, tendo como base principalmente uma visão triunfalista, assentada na criação da Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, a partir de 1755. Segundo Meirelles (2001, p. 152), a criação da Companhia alçou novamente o Maranhão ao seu status de preeminência, que havia sido perdido com a inversão administrativa de 1751, momento de transferência da sede do Estado do Maranhão e Grão-Pará para Belém.
Anais UERJ Semana de História Política, 2022
Desdobramento dos resultados iniciais da pesquisa de Mestrado em desenvolvimento, o presente trab... more Desdobramento dos resultados iniciais da pesquisa de Mestrado em
desenvolvimento, o presente trabalho analisa a experiência do Diretório dos Índios na América portuguesa, tendo como ênfase a Capitania do Maranhão nos primeiros anos da experiência pombalina (1757-1761). Este primeiro momento traduz-se nas primeiras políticas de revitalização do Estado do Grão-Pará e Maranhão, que se desdobra na implementação de vilas e lugares. Por muito tempo, as produções historiográficas alijaram a compreensão da experiência pombalina na Capitania do Maranhão a um plano secundário em suas interpretações. Buscando desconstruir esta perspectiva, um conjunto documental permite refletir sobre a conformação do Diretório em terras maranhenses por meio da transformação dos incultos sertões em povoações civis.
Revista Aedos, 2022
Desdobramento da pesquisa de Mestrado que estou realizando atualmente, constitui-se no eixo centr... more Desdobramento da pesquisa de Mestrado que estou realizando atualmente, constitui-se no eixo central deste trabalho mostrar de que maneira o Diretório na Capitania do Maranhão, no tocante à fundação de vilas e lugares, consubstanciou não apenas a simples aplicação das legislações pombalinas na América portuguesa, mas também como esse processo engendrou inúmeros sujeitos, que acabaram por obrigar Portugal a rever seus direcionamentos políticos para o Norte luso-americano. O Maranhão colonial têm chamado a atenção da historiografia, no que diz respeito à forma pela qual a colonização do sertão das capitanias do Norte foi pensada, num movimento de tentar desconstruir a ideia de um sertão inóspito, vazio, pouco ocupado, imagem que foi largamente propalada pela historiografia mais tradicional durante muitas décadas. Sendo assim, o trabalho insere-se na perspectiva de se enxergar o Diretório como resultado, conforme Coelho em sua tese “Do sertão para o mar”, do conflito entre colonos e religiosos pelo controle da mão de obra indígena no Estado do Grão-Pará, no contexto do governo de Mendonça Furtado. Embora o autor centre sua análise sobre as povoações do Grão-Pará, entendo que tais questões que Coelho apresenta em seu trabalho sejam de fundamental importância para se analisar o mesmo processo para as povoações de índios no Maranhão, já que o Estado do Grão-Pará e Maranhão conformaram-se num laboratório de testes para as políticas pombalinas.
Este trabalho de monografia tem como objeto o modo de vida dos habitantes, discutindo acerca do p... more Este trabalho de monografia tem como objeto o modo de vida dos habitantes, discutindo acerca do processo colonizatório e civilizador na Amazônia do século XVIII, penetrando nos fragmentos da vida material dos indivíduos.
Entre Paredes e Bacamartes: História da Família no Sertão (1780-1850) - Parte II.pdf, 2004
Conectando as áreas de História Indígena e História Administrativa, a obra visa contribuir com um... more Conectando as áreas de História Indígena e História Administrativa, a obra visa contribuir com um outro olhar acerca da capitania do Maranhão, tendo como foco o Diretório dos Índios. Valendo-se de aportes documentais diversos, o livro discute não apenas as experiências relativas ao período pombalino na Capitania, como também destaca a atuação dos indígenas frente ao processo de colonização, por meio da territorialização das populações nativas em núcleos portugueses. Numa trama permeada por acordos e conflitos entre o poder colonial e os sujeitos locais, o (a) leitor (a) é convidado (a) a percorrer as páginas de uma história ainda pouco contada a respeito do passado do Brasil.