José Carlos Calazans | ULHT - Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias (original) (raw)
Papers by José Carlos Calazans
Os missionários portugueses foram os primeiros ocidentais a montarem uma rede de escolas na Índia... more Os missionários portugueses foram os primeiros ocidentais a montarem uma rede de escolas na Índia, onde se ensinou o Grego clássico, o Latim e o Português. Tendo em vista a evangelização, tornou-se importante a tradução de textos das línguas clássicas ocidentais para as vernáculas da região do Malabar. Neste sentido aprenderam as línguas vulgares como as clássicas nas quais os textos sagrados da Índia estavam escritos. O objectivo era conhecerem as fontes teológicas do hinduísmo para melhor refutarem e evangelizarem. Com este procedimento iniciaram as primeiras traduções de textos clássicos do hinduísmo para uma língua ocidental, o Português. Os missionários portugueses de setecentos foram os primeiros ocidentais a iniciarem traduções sistemáticas das línguas orientais vernaculares e clássicas, muito antes dos ingleses, dos alemães e dos franceses as terem feito.
Abstract:
The Portuguese missionaries were the first westerners to create a net of schools in India, where classic Greek, Latin and Portuguese were taught. In view to evangelise, the translation of western classic texts in to local language of Malabar became important. In this sense they learned the popular languages as well the classic in which the sacred texts of India were written. The aim was to know the theological sources of Hinduism to better refute and to evangelise. With this procedure they initiated the first classic texts translations of Hinduism in to a western language: Portuguese. The Portuguese missionaries from 16th till 18th centuries had been the first westerners beginning with systematic translations of eastern and classic anguages much before the English, the Germans and French have done.
Revista Lusófona de Ciência das Religiões, Ano IV, n.º 7/8, pp. 173-189., 2005
Este esboço geral que se tira da religião egípcia, e tudo o mais que já conhecemos sobre as suas ... more Este esboço geral que se tira da religião egípcia, e tudo o mais que já conhecemos sobre as suas inúmeras particularidades, tem servido de base comparativa e de estudo, para tentar entender outras sociedades do mundo antigo, que igualmente desenvolveram tipos de escrita e sistemas religiosos complexos. Desta forma, da estrutura religiosa do Egipto Antigo e do seu panteão, destacamos as iconografias dos deuses Khnum e Herichef para, de maneira aproximativa, tentar entender o fenómeno da hibridação e características iconográficas particulares, de uma das divindades da cultura de Harappa ̄/Mohenjo-Da ̄ro (Vale do Indo).
Revista Lusófona de Ciência das Religiões, Ano V, n.º 9, pp. 227-237, 2006
A crise científica está profundamente ligada ao mecanismo social, político e económico que tende ... more A crise científica está profundamente ligada ao mecanismo social, político e económico que tende a determinar o natural desenvolvimento das ciências e disciplinas correlativas. Ora, o conhecimento científico distingue-se da ideologia, que deforma o princípio e a realidade dos factos científicos; quando a ideologia se apropria da ciência, a ponto de a deformar, o movimento natural imanente do desenvolvimento da própria ciência, leva à consequente ruptura do paradigma. Os momentos de crise surgem, portanto, quando os métodos de trabalho ou as teorias, não satisfazem mais as exigências do próprio desenvolvimento.
Revista Lusófona de Ciência das Religiões, Ano XI, n.º 16/17, pp. 135-152., 2012
Só a partir de um determinado número de provas e de clara mestria, se podia considerar a passagem... more Só a partir de um determinado número de provas e de clara mestria, se podia considerar a passagem de iniciado a Mestre. Julgamos que foi o que aconteceu a Dürer quando chegou pela primeira vez a Veneza. É provável que nesta cidade existisse uma representação da Nova Academia ou confraria congénere, e que nela tenha sido aceite, mas só durante a sua segunda visita entre 1505-1507, é que lhe foi reconhecido o grau de Mestre.
In the catalog exebition "Spellbound by the shaman - shamanism in Tuva", in the Ethnographic Museum, Antwerp, pp. 93-113., Nov 1997
This article intends to show the links between shamanism, Vedic rituals and Harappa's ideography.... more This article intends to show the links between shamanism, Vedic rituals and Harappa's ideography. The relation between the Tungusic etymon Saman and the Vedic Sramana and Samman is far too close to be just a similarity; more than mere reference, it reveals further shamanistic characters. The Harappa ideography provides visual and symbolic detailed information on the shaman tradition as it originated in the Vedic literature.
art.º pub. Diário Insular Ilha Maior, Açores., Mar 16, 2007
O vinho é talvez o único produto que tem partilhado as mesmas rotas da guerra, do comércio e da r... more O vinho é talvez o único produto que tem partilhado as mesmas rotas da guerra, do comércio e da religião durante séculos sem se alterar. E tal como a dilatação dos
Anais do Clube Militar Naval, VOL. CXXXVI, pp. 351-369., Apr 2006
Desmitificados os "sábios" henriquinos e a "escola de Sagres", fica o conhecimento geográfico dos... more Desmitificados os "sábios" henriquinos e a "escola de Sagres", fica o conhecimento geográfico dos portugueses fundado em três fontes de saber, a de origem greco-latina, a árabe e a directa, acrescentando-se à prateleira da livraria da câmara do rei os "Livros del Saber de Astronomia" de Afonso X de Castela.
Anais do Clube Militar Naval, Vol. CXXXVI, pp. 51-73., Jan 2006
Nas notas e observações de Armando Cortesão ao Livro de Francisco Rodrigues, e nas de A. Fontoura... more Nas notas e observações de Armando Cortesão ao Livro de Francisco Rodrigues, e nas de A. Fontoura da Costa que ele também fornece para completar a sua exposição, há contradições que em vez de clarificarem a origem dos conhecimentos de Francisco Rodrigues, só mistificam e confundem o leitor.
Centre Culturel Calouste Gulbenkian – Paris, 2001
Si “l’étymologie des toponymes constitue probablement l’un des domaines les plus complexes de la ... more Si “l’étymologie des toponymes constitue probablement l’un des domaines les plus complexes de la Linguistique”, la toponymie est certainement l’un des plus importants outils de l’Histoire, de la Préhistoire à la "Reconquista" Chrétienne (désertification/ peuplement), en passant par l’époque des Grandes Découvertes avec le peuplement des territoires conquis, jusqu’à nos mouvements migratoires contemporains. “L’étymologie des toponymes” se trouve donc à la base de toute la recherche de l’histoire linguistique du Portugal continental et d’outremer, à l’époque de son Expansion Maritime et des Grandes Découvertes.
In Separata do Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, Série 110a, n.º 1-12, pp. 93-111., Jan 1994
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Num formato de "caderno", serão publicados textos inéditos, com pila ções de textos vários, relat... more Num formato de "caderno", serão publicados textos inéditos, com pila ções de textos vários, relatórios, subsídios para a investigação ou ponto de situação de investigações realizadas ou ainda a decorrer, no âmbito da área da Ciência das Religiões, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
Os missionários portugueses foram os primeiros ocidentais a montarem uma rede de escolas na Índia... more Os missionários portugueses foram os primeiros ocidentais a montarem uma rede de escolas na Índia, onde se ensinou o Grego clássico, o Latim e o Português. Tendo em vista a evangelização, tornou-se importante a tradução de textos das línguas clássicas ocidentais para as vernáculas da região do Malabar. Neste sentido aprenderam as línguas vulgares como as clássicas nas quais os textos sagrados da Índia estavam escritos. O objectivo era conhecerem as fontes teológicas do hinduísmo para melhor refutarem e evangelizarem. Com este procedimento iniciaram as primeiras traduções de textos clássicos do hinduísmo para uma língua ocidental, o Português. Os missionários portugueses de setecentos foram os primeiros ocidentais a iniciarem traduções sistemáticas das línguas orientais vernaculares e clássicas, muito antes dos ingleses, dos alemães e dos franceses as terem feito.
Os missionários portugueses foram os primeiros ocidentais a montarem uma rede de escolas na Índia... more Os missionários portugueses foram os primeiros ocidentais a montarem uma rede de escolas na Índia, onde se ensinou o Grego clássico, o Latim e o Português. Tendo em vista a evangelização, tornou-se importante a tradução de textos das línguas clássicas ocidentais para as vernáculas da região do Malabar. Neste sentido aprenderam as línguas vulgares como as clássicas nas quais os textos sagrados da Índia estavam escritos. O objectivo era conhecerem as fontes teológicas do hinduísmo para melhor refutarem e evangelizarem. Com este procedimento iniciaram as primeiras traduções de textos clássicos do hinduísmo para uma língua ocidental, o Português. Os missionários portugueses de setecentos foram os primeiros ocidentais a iniciarem traduções sistemáticas das línguas orientais vernaculares e clássicas, muito antes dos ingleses, dos alemães e dos franceses as terem feito.
Abstract:
The Portuguese missionaries were the first westerners to create a net of schools in India, where classic Greek, Latin and Portuguese were taught. In view to evangelise, the translation of western classic texts in to local language of Malabar became important. In this sense they learned the popular languages as well the classic in which the sacred texts of India were written. The aim was to know the theological sources of Hinduism to better refute and to evangelise. With this procedure they initiated the first classic texts translations of Hinduism in to a western language: Portuguese. The Portuguese missionaries from 16th till 18th centuries had been the first westerners beginning with systematic translations of eastern and classic anguages much before the English, the Germans and French have done.
Revista Lusófona de Ciência das Religiões, Ano IV, n.º 7/8, pp. 173-189., 2005
Este esboço geral que se tira da religião egípcia, e tudo o mais que já conhecemos sobre as suas ... more Este esboço geral que se tira da religião egípcia, e tudo o mais que já conhecemos sobre as suas inúmeras particularidades, tem servido de base comparativa e de estudo, para tentar entender outras sociedades do mundo antigo, que igualmente desenvolveram tipos de escrita e sistemas religiosos complexos. Desta forma, da estrutura religiosa do Egipto Antigo e do seu panteão, destacamos as iconografias dos deuses Khnum e Herichef para, de maneira aproximativa, tentar entender o fenómeno da hibridação e características iconográficas particulares, de uma das divindades da cultura de Harappa ̄/Mohenjo-Da ̄ro (Vale do Indo).
Revista Lusófona de Ciência das Religiões, Ano V, n.º 9, pp. 227-237, 2006
A crise científica está profundamente ligada ao mecanismo social, político e económico que tende ... more A crise científica está profundamente ligada ao mecanismo social, político e económico que tende a determinar o natural desenvolvimento das ciências e disciplinas correlativas. Ora, o conhecimento científico distingue-se da ideologia, que deforma o princípio e a realidade dos factos científicos; quando a ideologia se apropria da ciência, a ponto de a deformar, o movimento natural imanente do desenvolvimento da própria ciência, leva à consequente ruptura do paradigma. Os momentos de crise surgem, portanto, quando os métodos de trabalho ou as teorias, não satisfazem mais as exigências do próprio desenvolvimento.
Revista Lusófona de Ciência das Religiões, Ano XI, n.º 16/17, pp. 135-152., 2012
Só a partir de um determinado número de provas e de clara mestria, se podia considerar a passagem... more Só a partir de um determinado número de provas e de clara mestria, se podia considerar a passagem de iniciado a Mestre. Julgamos que foi o que aconteceu a Dürer quando chegou pela primeira vez a Veneza. É provável que nesta cidade existisse uma representação da Nova Academia ou confraria congénere, e que nela tenha sido aceite, mas só durante a sua segunda visita entre 1505-1507, é que lhe foi reconhecido o grau de Mestre.
In the catalog exebition "Spellbound by the shaman - shamanism in Tuva", in the Ethnographic Museum, Antwerp, pp. 93-113., Nov 1997
This article intends to show the links between shamanism, Vedic rituals and Harappa's ideography.... more This article intends to show the links between shamanism, Vedic rituals and Harappa's ideography. The relation between the Tungusic etymon Saman and the Vedic Sramana and Samman is far too close to be just a similarity; more than mere reference, it reveals further shamanistic characters. The Harappa ideography provides visual and symbolic detailed information on the shaman tradition as it originated in the Vedic literature.
art.º pub. Diário Insular Ilha Maior, Açores., Mar 16, 2007
O vinho é talvez o único produto que tem partilhado as mesmas rotas da guerra, do comércio e da r... more O vinho é talvez o único produto que tem partilhado as mesmas rotas da guerra, do comércio e da religião durante séculos sem se alterar. E tal como a dilatação dos
Anais do Clube Militar Naval, VOL. CXXXVI, pp. 351-369., Apr 2006
Desmitificados os "sábios" henriquinos e a "escola de Sagres", fica o conhecimento geográfico dos... more Desmitificados os "sábios" henriquinos e a "escola de Sagres", fica o conhecimento geográfico dos portugueses fundado em três fontes de saber, a de origem greco-latina, a árabe e a directa, acrescentando-se à prateleira da livraria da câmara do rei os "Livros del Saber de Astronomia" de Afonso X de Castela.
Anais do Clube Militar Naval, Vol. CXXXVI, pp. 51-73., Jan 2006
Nas notas e observações de Armando Cortesão ao Livro de Francisco Rodrigues, e nas de A. Fontoura... more Nas notas e observações de Armando Cortesão ao Livro de Francisco Rodrigues, e nas de A. Fontoura da Costa que ele também fornece para completar a sua exposição, há contradições que em vez de clarificarem a origem dos conhecimentos de Francisco Rodrigues, só mistificam e confundem o leitor.
Centre Culturel Calouste Gulbenkian – Paris, 2001
Si “l’étymologie des toponymes constitue probablement l’un des domaines les plus complexes de la ... more Si “l’étymologie des toponymes constitue probablement l’un des domaines les plus complexes de la Linguistique”, la toponymie est certainement l’un des plus importants outils de l’Histoire, de la Préhistoire à la "Reconquista" Chrétienne (désertification/ peuplement), en passant par l’époque des Grandes Découvertes avec le peuplement des territoires conquis, jusqu’à nos mouvements migratoires contemporains. “L’étymologie des toponymes” se trouve donc à la base de toute la recherche de l’histoire linguistique du Portugal continental et d’outremer, à l’époque de son Expansion Maritime et des Grandes Découvertes.
In Separata do Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, Série 110a, n.º 1-12, pp. 93-111., Jan 1994
Num formato de "caderno", serão publicados textos inéditos, com pila ções de textos vários, relat... more Num formato de "caderno", serão publicados textos inéditos, com pila ções de textos vários, relatórios, subsídios para a investigação ou ponto de situação de investigações realizadas ou ainda a decorrer, no âmbito da área da Ciência das Religiões, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
Os missionários portugueses foram os primeiros ocidentais a montarem uma rede de escolas na Índia... more Os missionários portugueses foram os primeiros ocidentais a montarem uma rede de escolas na Índia, onde se ensinou o Grego clássico, o Latim e o Português. Tendo em vista a evangelização, tornou-se importante a tradução de textos das línguas clássicas ocidentais para as vernáculas da região do Malabar. Neste sentido aprenderam as línguas vulgares como as clássicas nas quais os textos sagrados da Índia estavam escritos. O objectivo era conhecerem as fontes teológicas do hinduísmo para melhor refutarem e evangelizarem. Com este procedimento iniciaram as primeiras traduções de textos clássicos do hinduísmo para uma língua ocidental, o Português. Os missionários portugueses de setecentos foram os primeiros ocidentais a iniciarem traduções sistemáticas das línguas orientais vernaculares e clássicas, muito antes dos ingleses, dos alemães e dos franceses as terem feito.