Marcio Abreu de França | IFAL (original) (raw)
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Papers by Marcio Abreu de França
![Research paper thumbnail of FRANÇA [2019] - Sociabilidade violenta como modo de orientação da conduta.pdf](https://attachments.academia-assets.com/58561152/thumbnails/1.jpg)
](DILEMAS: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, 2019
Este artigo tem por objetivo apresentar uma proposta de análise da especificidade da violência ur... more Este artigo tem por objetivo apresentar uma proposta de análise da especificidade da violência urbana brasileira contemporânea a partir da noção de sociabilidade violenta. Para isso, toma-se esse conceito como forma desregulada de uso da força física para fins criminais, impactando nas possibilidades de legitimação requerida às ações sociais. Duas possibilidades analíticas resultam dessa operação: avança-se na própria compreensão da sociabilidade violenta como elemento explicativo; e se permite a análise da criminalidade brasileira a
partir da consideração de distintos modos de orientação da conduta, expondo uma sociedade normativamente fragmentada.
![Research paper thumbnail of FRANÇA [2016] - Violência, ordens sociais e justificação moral.pdf](https://attachments.academia-assets.com/58561145/thumbnails/1.jpg)
](40º Encontro Anual da ANPOCS, 2016
Tomando como ponto de partida a noção de sociabilidade violenta, o texto discute teoricamente sob... more Tomando como ponto de partida a noção de sociabilidade violenta, o texto discute teoricamente sobre as distintas formas de legitimação do uso da força física no contexto brasileiro contemporâneo. Metodologicamente, aplica os pressupostos da teoria da ação weberiana para (re)construir modelos típico-ideais de regulação do uso da força atuantes na sociedade brasileira. Colocadas em contraste entre si, essas diferentes formas de legitimação do uso da força são associadas às noções complementares de regulação da violência e ordens sociais. Ao fim, conclui-se pelo estado fragmentado e ambíguo das ordens de legitimação do uso da força física no Brasil atual, que levam a efeitos de composição ambivalentes e algumas vezes contraditórios (pacificação ou não-pacificação social), o que poderia explicar o sentimento de mal-estar e tensionamento provocado pela representação social da violência urbana.
![Research paper thumbnail of FRANÇA [2018] - Violência e sociabilidade no Território Estratégico de Suape-PE.pdf](https://attachments.academia-assets.com/58561148/thumbnails/1.jpg)
](Suape: desenvolvimento em questão. Impactos do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS): migração, trabalho, condições de moradia, identidade e novas territorialidades., 2018
Capítulo de minha autoria publicado no livro Suape: Desenvolvimento em Questão... (2018). Trata-s... more Capítulo de minha autoria publicado no livro Suape: Desenvolvimento em Questão... (2018). Trata-se de um perfil da criminalidade violenta no Território Estratégico de Suape - um conjunto de 8 municípios do Litoral e da Zona da Mata Sul de Pernambuco (Brasil), que abriga o Complexo Industrial e Portuário de Suape. Esse complexo industrial representa um agregado de dezenas de indústrias e empreendimentos diversos (imobiliários, petroquímicos, etc.) que gravitam em torno do Porto de Suape, um dos mais importantes do país e que passou por investimentos maciços entre 2007-2013, tanto do poder público (governos federal, estadual e municipais) como de empresas públicas (Petrobrás, etc.) e privadas (Estaleiro Atlântico Sul, etc.). A análise toma forma ao apoiar-se em dados sobre a criminalidade violenta e em dados sobre percepção produzidos pela pesquisa de campo Impactos do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS): migração, condições de moradia, identidade e novas territorialidades (2013-2015). As reflexões daí decorrentes conduzem a uma compreensão abrangente da violência urbana: não apenas enquanto conjunto de crimes violentos, mas também como fenômeno social complexo, que supõe tanto a ocorrência de atos criminosos como a repercussão desses na sociabilidade cotidiana.
![Research paper thumbnail of FRANÇA [2007] - Democratização e movimentos sociais- a questão da legitimidade da representação política (CISO 2007).pdf](https://attachments.academia-assets.com/58561136/thumbnails/1.jpg)
](XIII CISO - Encontro de Ciências Sociais Norte e Nordeste, 2007
O texto discute teoricamente eventuais processos sociais de legitimação da representação política... more O texto discute teoricamente eventuais processos sociais de legitimação da representação política operada pelos movimentos sociais na contemporaneidade. Apoiado na teoria habermasiana, parte do pressuposto de que a noção de democracia participativa, ao romper com as configurações democráticas associadas a uma visão "elitista" de democracia, desloca as demandas de legitimação política das arenas institucionalizadas (como o parlamento) para espaços púbicos informais preenchidos pela assim chamada sociedade civil (que, em tese, abrigaria os movimentos sociais). Considerada como ideal normativo contemporâneo de democracia, a ideia de democracia participativa não resolve a questão da separação entre representantes e representados, mas exige novas configurações políticas no processo de legitimação da representação.
XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais (CONLAB), 2011
O paper discute as implicações não-materiais da violência urbana a partir da conexão, operada no ... more O paper discute as implicações não-materiais da violência urbana a partir da conexão, operada no plano das representações sociais de classe média, entre pobreza e criminalidade. Metodologicamente, ampara-se em uma pesquisa qualitativa baseada em entrevistas realizadas entre pessoas de classe média na cidade do Recife. O argumento central enfatiza que a consideração dos efeitos práticos da violência urbana a partir da mobilização do aparato conceitual da teoria do reconhecimento significa uma ampliação conceitual sobre a compreensão da violência urbana enquanto fenômeno social. Como conclusão, o trabalho busca endossar dois pressupostos analíticos relevantes: 1) a violência urbana torna visível as estratificações de classe que operam praticamente no senso comum; 2) o medo da violência tem efeito catalisador sobre as distinções de classe da sociedade brasileira contemporânea.
DILEMAS: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, 2019
Este artigo tem por objetivo apresentar uma proposta de análise da especificidade da violência ur... more Este artigo tem por objetivo apresentar uma proposta de análise da especificidade da violência urbana brasileira contemporânea a partir da noção de sociabilidade violenta. Para isso, toma-se esse conceito como forma desregulada de uso da força física para fins criminais, impactando nas possibilidades de legitimação requerida às ações sociais. Duas possibilidades analíticas resultam dessa operação: avança-se na própria compreensão da sociabilidade violenta como elemento explicativo; e se permite a análise da criminalidade brasileira a
partir da consideração de distintos modos de orientação da conduta, expondo uma sociedade normativamente fragmentada.
40º Encontro Anual da ANPOCS, 2016
Tomando como ponto de partida a noção de sociabilidade violenta, o texto discute teoricamente sob... more Tomando como ponto de partida a noção de sociabilidade violenta, o texto discute teoricamente sobre as distintas formas de legitimação do uso da força física no contexto brasileiro contemporâneo. Metodologicamente, aplica os pressupostos da teoria da ação weberiana para (re)construir modelos típico-ideais de regulação do uso da força atuantes na sociedade brasileira. Colocadas em contraste entre si, essas diferentes formas de legitimação do uso da força são associadas às noções complementares de regulação da violência e ordens sociais. Ao fim, conclui-se pelo estado fragmentado e ambíguo das ordens de legitimação do uso da força física no Brasil atual, que levam a efeitos de composição ambivalentes e algumas vezes contraditórios (pacificação ou não-pacificação social), o que poderia explicar o sentimento de mal-estar e tensionamento provocado pela representação social da violência urbana.
Suape: desenvolvimento em questão. Impactos do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS): migração, trabalho, condições de moradia, identidade e novas territorialidades., 2018
Capítulo de minha autoria publicado no livro Suape: Desenvolvimento em Questão... (2018). Trata-s... more Capítulo de minha autoria publicado no livro Suape: Desenvolvimento em Questão... (2018). Trata-se de um perfil da criminalidade violenta no Território Estratégico de Suape - um conjunto de 8 municípios do Litoral e da Zona da Mata Sul de Pernambuco (Brasil), que abriga o Complexo Industrial e Portuário de Suape. Esse complexo industrial representa um agregado de dezenas de indústrias e empreendimentos diversos (imobiliários, petroquímicos, etc.) que gravitam em torno do Porto de Suape, um dos mais importantes do país e que passou por investimentos maciços entre 2007-2013, tanto do poder público (governos federal, estadual e municipais) como de empresas públicas (Petrobrás, etc.) e privadas (Estaleiro Atlântico Sul, etc.). A análise toma forma ao apoiar-se em dados sobre a criminalidade violenta e em dados sobre percepção produzidos pela pesquisa de campo Impactos do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS): migração, condições de moradia, identidade e novas territorialidades (2013-2015). As reflexões daí decorrentes conduzem a uma compreensão abrangente da violência urbana: não apenas enquanto conjunto de crimes violentos, mas também como fenômeno social complexo, que supõe tanto a ocorrência de atos criminosos como a repercussão desses na sociabilidade cotidiana.
XIII CISO - Encontro de Ciências Sociais Norte e Nordeste, 2007
O texto discute teoricamente eventuais processos sociais de legitimação da representação política... more O texto discute teoricamente eventuais processos sociais de legitimação da representação política operada pelos movimentos sociais na contemporaneidade. Apoiado na teoria habermasiana, parte do pressuposto de que a noção de democracia participativa, ao romper com as configurações democráticas associadas a uma visão "elitista" de democracia, desloca as demandas de legitimação política das arenas institucionalizadas (como o parlamento) para espaços púbicos informais preenchidos pela assim chamada sociedade civil (que, em tese, abrigaria os movimentos sociais). Considerada como ideal normativo contemporâneo de democracia, a ideia de democracia participativa não resolve a questão da separação entre representantes e representados, mas exige novas configurações políticas no processo de legitimação da representação.
XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais (CONLAB), 2011
O paper discute as implicações não-materiais da violência urbana a partir da conexão, operada no ... more O paper discute as implicações não-materiais da violência urbana a partir da conexão, operada no plano das representações sociais de classe média, entre pobreza e criminalidade. Metodologicamente, ampara-se em uma pesquisa qualitativa baseada em entrevistas realizadas entre pessoas de classe média na cidade do Recife. O argumento central enfatiza que a consideração dos efeitos práticos da violência urbana a partir da mobilização do aparato conceitual da teoria do reconhecimento significa uma ampliação conceitual sobre a compreensão da violência urbana enquanto fenômeno social. Como conclusão, o trabalho busca endossar dois pressupostos analíticos relevantes: 1) a violência urbana torna visível as estratificações de classe que operam praticamente no senso comum; 2) o medo da violência tem efeito catalisador sobre as distinções de classe da sociedade brasileira contemporânea.