Valéria Peçanha - Profile on Academia.edu (original) (raw)
Papers by Valéria Peçanha
Cadernos de Pós-graduação
Na presente revisão bibliográfica, busca-se reconhecer a produção acadêmica acerca da temática da... more Na presente revisão bibliográfica, busca-se reconhecer a produção acadêmica acerca da temática da participação política da juventude no Brasil entre os anos de 2007 e 2017, tendo como base o levantamento de artigos publicados em 10 periódicos brasileiros da área da Educação com classificação A1 no sistema Qualis e chegando ao agrupamento de 20 artigos que problematizam a participação política juvenil. Tal agrupamento foi perspectivado segundo: i) as focalizações da participação política da juventude; ii) os aportes teóricos e metodológicos mobilizados pelas pesquisas; iii) a pertinência dos contextos escolares; e iv) a presença das questões de gênero e sexualidade. Verifica-se que o aumento da visibilidade da ação política da juventude pelas ocupações estudantis foi acompanhado do adensamento das publicações acadêmicas, destacando-se a relevância das questões de gênero e sexualidade e, por outro lado, a baixa incidência de mobilizações dos Estudos da Juventude nestes trabalhos.
Cadernos de pós-graduação, 2022
Na presente revisão bibliográfica, busca-se reconhecer a produção acadêmica acerca da temática da... more Na presente revisão bibliográfica, busca-se reconhecer a produção acadêmica acerca da temática da participação política da juventude no Brasil entre os anos de 2007 e 2017, tendo como base o levantamento de artigos publicados em 10 periódicos brasileiros da área da Educação com classificação A1 no sistema Qualis e chegando ao agrupamento de 20 artigos que problematizam a participação política juvenil. Tal agrupamento foi perspectivado segundo: i) as focalizações da participação política da juventude; ii) os aportes teóricos e metodológicos mobilizados pelas pesquisas; iii) a pertinência dos contextos escolares; e iv) a presença das questões de gênero e sexualidade. Verifica-se que o aumento da visibilidade da ação política da juventude pelas ocupações estudantis foi acompanhado do adensamento das publicações acadêmicas, destacando-se a relevância das questões de gênero e sexualidade e, por outro lado, a baixa incidência de mobilizações dos Estudos da Juventude nestes trabalhos.
Educação em Pauta - Revista da ADCPII, Ano IV, n.º 1, 2017
No presente texto, exporemos uma experiência pedagógica de ensino de Sociologia desenvolvida no L... more No presente texto, exporemos uma experiência pedagógica de ensino de Sociologia desenvolvida no Laboratório de Humanidades do Colégio Pedro II – Campus Niterói, refletindo a crítica feminista à “cultura do estupro” e à objetificação da mulher presentes nos discursos dos diferentes meios de comunicação. A ideia é realizar uma análise das representações simbólicas midiáticas sobre o lugar da mulher na sociedade, através do formato de oficina pedagógica com estudantes do ensino médio do campus.
CESPEB/Faculdade de Educação da UFRJ, 2013
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saberes e Práticas na Educação Básica da Fac... more Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saberes e Práticas na Educação Básica da Faculdade de Educação da UFRJ como requisito para conclusão do curso de Ensino de Sociologia.
Escola de Serviço Social da UFRJ, 2013
Nas experiências históricas do movimento operário no decurso dos séculos XIX e XX é possível obse... more Nas experiências históricas do movimento operário no decurso dos séculos XIX e XX é possível observar as transformações do sindicalismo em face da relação capital e trabalho com que se defrontou, bem como sua estreita relação com as ideologias revolucionárias. Constituído como organização da classe trabalhadora em face da necessidade de autodefesa do trabalho na ordem capitalista, o sindicalismo pela natureza de sua intervenção na relação entre capital e trabalho, possui uma função econômica em última instância útil ao sistema capitalista. Isto porque, se por um lado, a luta sindical travada por salário, condições de trabalho e sobrevivência, se faz necessária, ela imediatamente está limitada à perpetuação da exploração capitalista. Entendendo tais limites e obstinando-se a ir além deles, tanto Marx quanto Lênin apontaram um elevado potencial revolucionário do movimento sindical. Outrossim, à medida em que a assimetria de forças com que se defrontam capital e trabalho na luta de classes se agrava, surgem novos obstáculos à luta sindical em defesa do trabalho, bem como intensificam-se as disputas em torno do sentido do sindicalismo. Na institucionalização do sindicalismo, através da estrutura estatal, o capital logra êxito na imposição de limites sobre a atuação das lutas em defesa do trabalho. O sindicalismo, circunscrito à legalidade burguesa, assume predominantemente um caráter defensivo que o afasta de suas potencialidades emancipatórias revolucionárias e o limita às perspectivas reformistas e conciliatórias. Tal cooptação do movimento sindical abre caminho à uma progressiva deterioração do trabalho que envolve a intensificação da exploração, a fragmentação da classe trabalhadora, o aumento do desemprego estrutural e a corrosão dos níveis dos salários, que conformam o novo padrão de acumulação capitalista. Na medida em que a crise estrutural do capital, evidente no esgotamento da ordem neoliberal e no vazio histórico da perspectiva burguesa de gestão do capital sobre a crise da produção do valor, implica na diminuição dos limites de barganha dos trabalhadores, são destruídas as bases sobre as quais se ergueram as estratégias de luta que caracterizaram o movimento sindical ao longo do século XX, tornando-as cada vez mais inviáveis e infrutíferas. Diante deste esgotamento, que constitui o cerne da crise sindical, abre-se a necessidade do redirecionamento político revolucionário e emancipatório da ação do sindicalismo.
In.: Além da sala de aula: reflexões e práticas pedagógicas na Educação Básica. 1ª Ed. Edição do Autor/ Gulliver, Divinópolis., 2017
No presente texto pretendo estabelecer um diálogo teórico da Sociologia da Juventude com a Educaç... more No presente texto pretendo estabelecer um diálogo teórico da Sociologia da Juventude com a Educação e com o Ensino de Sociologia, partindo de reflexões sobre a juventude como sujeito na/da educação. Trata-se de algo que venho gestando a partir das práticas pedagógicas desenvolvidas no Colégio Pedro II, dos estudos e pesquisas sobre participação política da juventude. A expectativa é de ampliar o intercâmbio entre a Sociologia da Juventude e a Educação, tendo o Ensino de Sociologia como ponto de partida para reflexões relevantes para estes campos.
Editora Café com Sociologia, 2021
A abordagem de gênero e de sexualidade dentro dos espaços escolares têm se destacado no cenário p... more A abordagem de gênero e de sexualidade dentro dos espaços escolares têm se destacado no cenário político atual como um dos alvos preferenciais de disputas políticas. Por um lado, o reconhecimento de direitos, dado os avanços constitucionais relacionados às políticas públicas, articula presenças até então excluídas dos espaços de poder. De outro, articula-se a reação neoconservadora alimentada por assimetrias de poder profundamente naturalizadas, que convertida em aversão à democracia se lança contra a educação e os direitos humanos. Nos marcos da democracia representativa contemporânea, a Constituição brasileira de 1988 estabelece não a plena realização da democracia, mas o pilar fundante do estado de direitos, conquista e desafio de democratização da sociedade brasileira, na medida em que confere sustentação às disputas pela superação das desigualdades estruturais e pelo reconhecimento de sujeitos historicamente subalternizados em função de hierarquizações étnicas, raciais, de gênero e etária, que caracterizam esta ex-colônia ocidental.
PEÇANHA, V. L.; TOMASS, L. M. Ensino de Sociologia e as questões de gênero e sexualidade na Educação Básica: contribuições do VI ENESEB. In.: OLIVEIRA, A. (org.) et al. Conquistas e resistências do Ensino de Sociologia: ENESEB 2019. 1ª Ed. Maceió/AL: Editora Café com Sociologia, 2021, p. 157-167.
Anais do XII Jornada do HistedBR/ Dermeval Saviani [et al.] - Caxias, MA: HISTDEBR-MA / CESC, 2014., 2014
Sob o marco da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9394/96 dá-se a introdução da p... more Sob o marco da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9394/96 dá-se a introdução da pedagogia das competências no Brasil em face das transformações do mundo produtivo sob a égide do neoliberalismo no Brasil e do capitalismo mundializado. Posta como uma ramificação das teorias do capital humano na esfera educacional, a pedagogia das competências constitui um novo paradigma educacional que compromete a construção histórica dos sentidos críticos da educação, impulsionando o redimensionamento da formação escolar no sentido da difusão das competências. Neste modelo, a formação humana se orienta para a difusão da aquisição contínua e indefinida de habilidades prescritas pelo capital aos trabalhadores, na corrida pela valorização da força de trabalho individual, mediante acirrada competição por postos no mercado de trabalho. Deste modo, o modelo escolar por competências assume novos contornos funcionais junto à subsunção real do trabalhador ao capital. A concreticidade com que a pedagogia das competências se impõe sobre a Educação pode ser apreendida em seus efeitos epistemológicos exercidos no currículo escolar em geral. Faz-se necessário apreender as condições em que se desenvolvem na atualidade as relações sociais entre as classes fundamentais do capitalismo no plano da educação, tendo a pedagogia das competências como elemento mediador da acumulação flexível do capital.
Palavras-chave: Pedagogia das Competências, Educação, Pensamento Crítico
FAZENDO PEDAGOGIA DA AUTONOMIA COM A OCUPA IEPIC, 2018
Artigo Publicado na Revista" Perspectiva Sociológica: A Revista de Professores de Sociologia" N.... more Artigo Publicado na Revista" Perspectiva Sociológica: A Revista de Professores de Sociologia" N.21, 2018
Neste breve relato de experiência pedagógica, buscaremos resgatar nossa participação de apoio e colaboração com as ocupações estudantis com a atividade Pedagogia da Autonomia em construção, que construímos em conjunto num momento em que havíamos oncluído o projeto de Iniciação Científica Jr. Novas formas de participação política do movimento estudantil no CPII (desenvolvido no LabHum entre 2014 e 2015) e observávamos a riqueza da participação política estudantil naquele momento.
Como citar: Peçanha, Valéria Lopes; ALMEIDA, Mateus. "FAZENDO PEDAGOGIA DA AUTONOMIA COM A OCUPA IEPIC." Perspectiva Sociológica: A Revista de Professores de Sociologia 1.21 (2018): 69-80
O diálogo como método de resistência política fundamental
Perspectiva Sociológica: A Revista de Professores de Sociologia
Perspectiva Sociológica, n.º 11, p. 51-66, 2016
Revista Em Aberto/INEP, Brasília , 2018
Resenha da obra: VIÑAO FRAGO, Antonio; ESCOLANO, Agustín. Currículo, espaço e subjetividade: a ar... more Resenha da obra: VIÑAO FRAGO, Antonio; ESCOLANO, Agustín. Currículo, espaço e subjetividade: a arquitetura como programa . Tradução: Alfredo Veiga-Neto. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. 152 p.
Revista Em Pauta, Feb 23, 2016
Da representação ao controle: transformações do sindicalismo no decurso do desenvolvimento capita... more Da representação ao controle: transformações do sindicalismo no decurso do desenvolvimento capitalista From representation to control: transformations of trade unionism within capitalist development Resumo-Este artigo busca explicitar as transformações do sindicalismo no desenvolvimento histórico do capitalismo. Constituído como organização da classe trabalhadora para autodefesa do trabalho na ordem capitalista, o sindicalismo possui uma função econômica, em última instância, útil ao sistema capitalista. Se, por um lado, a luta sindical travada por salário, condições de trabalho e sobrevivência se faz necessária, ela imediatamente está limitada à perpetuação da exploração capitalista. Tais limites são abordados pela obra marxiana que, transcendendo-os, apontou o potencial revolucionário do sindicalismo. Na atual etapa histórica do capitalismo, presenciamos a redefinição da relação entre capital e trabalho: a ordem neoliberal implica na diminuição dos limites de barganha dos trabalhadores e na destruição das bases sobre as quais se ergueram as estratégias de luta que caracterizaram o movimento sindical ao longo do século XX. Diante deste ciclo descendente, cerne da crise sindical, reafirmase a necessidade do redirecionamento revolucionário e emancipatório do sindicalismo. Palavras-chave: sindicalismo; capitalismo; capital; trabalho.
Livros by Valéria Peçanha
Gulliver Editorial, 2017
Agradecemos ao valioso financiamento da Pró-Reitoria de Pós Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultu... more Agradecemos ao valioso financiamento da Pró-Reitoria de Pós Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura do Colégio Pedro II, que viabilizou a produção e divulgação das nossas questões educacionais, assim como ficamos especialmente gratos com a cessão dos direitos da imagem de capa por Fellipe Franco Couto, ex-aluno do Colégio Pedro II-Campus Niterói. Esperamos que estes escritos consigam, de alguma forma, contribuir na manutenção e crescimento da esperança em uma educação como projeto coletivo e com valores muito mais amplos do que simplesmente um produtivismo limitador. Por isso mesmo, o nome do livro-Além da Sala de Aula: reflexões e práticas pedagógicas na Educação Básica-busca agregar estas características. O foco é exatamente a diversidade de questões, reflexivas e práticas, existentes em nosso cotidiano e abraçadas por grande parte da Comunidade Escolar, principalmente pelos seus maiores interessados: os estudantes.
Adelante/Gulliver Editorial, 2019
Apresentação 5 Reflexões sobre letramento informacional a partir de práticas em Biblioteca Escola... more Apresentação 5 Reflexões sobre letramento informacional a partir de práticas em Biblioteca Escolar do Colégio Pedro II-Campus Realengo I
O livro “Sociologia escolar: ensino, discussões e experiências” traz reflexões colaborativas ao d... more O livro “Sociologia escolar: ensino, discussões e experiências” traz reflexões colaborativas ao desenvolvimento do subcampo de pesquisa “Ensino de Sociologia”, bem como para a prática docente dessa disciplina. Trata-se de um esforço coletivo de professores-pesquisadores que vivenciam as práticas cotidianas escolares.
Os esforços aqui empreendidos estão inseridos em um contexto marcado, de um lado, por desafios e, de outro, por importantes avanços para a Sociologia do Ensino Médio.
Anais de Congressos by Valéria Peçanha
X Seminário Internacional As Redes Educativas e as Tecnologias, 2019
Neste estudo, realizamos revisão da produção acadêmica em formato de artigos sobre os temas juven... more Neste estudo, realizamos revisão da produção acadêmica em formato de artigos sobre os temas juventude, gênero e sexualidade em periódicos classificados pelos sistema Qualis/Capes em A1 na área de Educação, no período de 2007-2017. Buscamos problematizar como o/a jovem estudante é significado/a nas publicações que trazem a articulação entre as categorias juventude, gênero e sexualidade. Entre os 22 artigos selecionados, reconhecemos que as publicações que articulam as categorias gênero, sexualidade e juventude não tem apresentado focalização específica nos estudos sobre a juventude, existindo uma ausência em seu enquadramento teórico como campo de estudos
Fazendo Gênero 12, 2021
Este trabalho é produto parcial de uma pesquisa realizada com estudantes, professores/as e gestor... more Este trabalho é produto parcial de uma pesquisa realizada com estudantes, professores/as e gestores/as do Colégio Pedro II, instituição de ensino pública do Rio de Janeiro com forte tradição de ativismo discente. Buscamos problematizar a formação e participação política destes/as estudantes com focalização nas questões de gênero e sexualidade que, nos últimos anos, vêm ocupando lugar de destaque nas demandas do movimento estudantil na instituição. Em diálogo com teorizações de Jacques Derrida e Judith Butler, discutiremos resultados de narrativas coletivas produzidas em grupos de discussão mobilizados com base nos princípios de Leonor Arfuch. As enunciações das/dos estudantes ativistas do Colégio Pedro II apontaram para a constituição de demandas de igualdade de gênero em contestação às discriminações e opressões no contexto escolar, social e político, num processo em que se destaca o protagonismo de jovens mulheres estudantes.
Cadernos de Pós-graduação
Na presente revisão bibliográfica, busca-se reconhecer a produção acadêmica acerca da temática da... more Na presente revisão bibliográfica, busca-se reconhecer a produção acadêmica acerca da temática da participação política da juventude no Brasil entre os anos de 2007 e 2017, tendo como base o levantamento de artigos publicados em 10 periódicos brasileiros da área da Educação com classificação A1 no sistema Qualis e chegando ao agrupamento de 20 artigos que problematizam a participação política juvenil. Tal agrupamento foi perspectivado segundo: i) as focalizações da participação política da juventude; ii) os aportes teóricos e metodológicos mobilizados pelas pesquisas; iii) a pertinência dos contextos escolares; e iv) a presença das questões de gênero e sexualidade. Verifica-se que o aumento da visibilidade da ação política da juventude pelas ocupações estudantis foi acompanhado do adensamento das publicações acadêmicas, destacando-se a relevância das questões de gênero e sexualidade e, por outro lado, a baixa incidência de mobilizações dos Estudos da Juventude nestes trabalhos.
Cadernos de pós-graduação, 2022
Na presente revisão bibliográfica, busca-se reconhecer a produção acadêmica acerca da temática da... more Na presente revisão bibliográfica, busca-se reconhecer a produção acadêmica acerca da temática da participação política da juventude no Brasil entre os anos de 2007 e 2017, tendo como base o levantamento de artigos publicados em 10 periódicos brasileiros da área da Educação com classificação A1 no sistema Qualis e chegando ao agrupamento de 20 artigos que problematizam a participação política juvenil. Tal agrupamento foi perspectivado segundo: i) as focalizações da participação política da juventude; ii) os aportes teóricos e metodológicos mobilizados pelas pesquisas; iii) a pertinência dos contextos escolares; e iv) a presença das questões de gênero e sexualidade. Verifica-se que o aumento da visibilidade da ação política da juventude pelas ocupações estudantis foi acompanhado do adensamento das publicações acadêmicas, destacando-se a relevância das questões de gênero e sexualidade e, por outro lado, a baixa incidência de mobilizações dos Estudos da Juventude nestes trabalhos.
Educação em Pauta - Revista da ADCPII, Ano IV, n.º 1, 2017
No presente texto, exporemos uma experiência pedagógica de ensino de Sociologia desenvolvida no L... more No presente texto, exporemos uma experiência pedagógica de ensino de Sociologia desenvolvida no Laboratório de Humanidades do Colégio Pedro II – Campus Niterói, refletindo a crítica feminista à “cultura do estupro” e à objetificação da mulher presentes nos discursos dos diferentes meios de comunicação. A ideia é realizar uma análise das representações simbólicas midiáticas sobre o lugar da mulher na sociedade, através do formato de oficina pedagógica com estudantes do ensino médio do campus.
CESPEB/Faculdade de Educação da UFRJ, 2013
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saberes e Práticas na Educação Básica da Fac... more Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saberes e Práticas na Educação Básica da Faculdade de Educação da UFRJ como requisito para conclusão do curso de Ensino de Sociologia.
Escola de Serviço Social da UFRJ, 2013
Nas experiências históricas do movimento operário no decurso dos séculos XIX e XX é possível obse... more Nas experiências históricas do movimento operário no decurso dos séculos XIX e XX é possível observar as transformações do sindicalismo em face da relação capital e trabalho com que se defrontou, bem como sua estreita relação com as ideologias revolucionárias. Constituído como organização da classe trabalhadora em face da necessidade de autodefesa do trabalho na ordem capitalista, o sindicalismo pela natureza de sua intervenção na relação entre capital e trabalho, possui uma função econômica em última instância útil ao sistema capitalista. Isto porque, se por um lado, a luta sindical travada por salário, condições de trabalho e sobrevivência, se faz necessária, ela imediatamente está limitada à perpetuação da exploração capitalista. Entendendo tais limites e obstinando-se a ir além deles, tanto Marx quanto Lênin apontaram um elevado potencial revolucionário do movimento sindical. Outrossim, à medida em que a assimetria de forças com que se defrontam capital e trabalho na luta de classes se agrava, surgem novos obstáculos à luta sindical em defesa do trabalho, bem como intensificam-se as disputas em torno do sentido do sindicalismo. Na institucionalização do sindicalismo, através da estrutura estatal, o capital logra êxito na imposição de limites sobre a atuação das lutas em defesa do trabalho. O sindicalismo, circunscrito à legalidade burguesa, assume predominantemente um caráter defensivo que o afasta de suas potencialidades emancipatórias revolucionárias e o limita às perspectivas reformistas e conciliatórias. Tal cooptação do movimento sindical abre caminho à uma progressiva deterioração do trabalho que envolve a intensificação da exploração, a fragmentação da classe trabalhadora, o aumento do desemprego estrutural e a corrosão dos níveis dos salários, que conformam o novo padrão de acumulação capitalista. Na medida em que a crise estrutural do capital, evidente no esgotamento da ordem neoliberal e no vazio histórico da perspectiva burguesa de gestão do capital sobre a crise da produção do valor, implica na diminuição dos limites de barganha dos trabalhadores, são destruídas as bases sobre as quais se ergueram as estratégias de luta que caracterizaram o movimento sindical ao longo do século XX, tornando-as cada vez mais inviáveis e infrutíferas. Diante deste esgotamento, que constitui o cerne da crise sindical, abre-se a necessidade do redirecionamento político revolucionário e emancipatório da ação do sindicalismo.
In.: Além da sala de aula: reflexões e práticas pedagógicas na Educação Básica. 1ª Ed. Edição do Autor/ Gulliver, Divinópolis., 2017
No presente texto pretendo estabelecer um diálogo teórico da Sociologia da Juventude com a Educaç... more No presente texto pretendo estabelecer um diálogo teórico da Sociologia da Juventude com a Educação e com o Ensino de Sociologia, partindo de reflexões sobre a juventude como sujeito na/da educação. Trata-se de algo que venho gestando a partir das práticas pedagógicas desenvolvidas no Colégio Pedro II, dos estudos e pesquisas sobre participação política da juventude. A expectativa é de ampliar o intercâmbio entre a Sociologia da Juventude e a Educação, tendo o Ensino de Sociologia como ponto de partida para reflexões relevantes para estes campos.
Editora Café com Sociologia, 2021
A abordagem de gênero e de sexualidade dentro dos espaços escolares têm se destacado no cenário p... more A abordagem de gênero e de sexualidade dentro dos espaços escolares têm se destacado no cenário político atual como um dos alvos preferenciais de disputas políticas. Por um lado, o reconhecimento de direitos, dado os avanços constitucionais relacionados às políticas públicas, articula presenças até então excluídas dos espaços de poder. De outro, articula-se a reação neoconservadora alimentada por assimetrias de poder profundamente naturalizadas, que convertida em aversão à democracia se lança contra a educação e os direitos humanos. Nos marcos da democracia representativa contemporânea, a Constituição brasileira de 1988 estabelece não a plena realização da democracia, mas o pilar fundante do estado de direitos, conquista e desafio de democratização da sociedade brasileira, na medida em que confere sustentação às disputas pela superação das desigualdades estruturais e pelo reconhecimento de sujeitos historicamente subalternizados em função de hierarquizações étnicas, raciais, de gênero e etária, que caracterizam esta ex-colônia ocidental.
PEÇANHA, V. L.; TOMASS, L. M. Ensino de Sociologia e as questões de gênero e sexualidade na Educação Básica: contribuições do VI ENESEB. In.: OLIVEIRA, A. (org.) et al. Conquistas e resistências do Ensino de Sociologia: ENESEB 2019. 1ª Ed. Maceió/AL: Editora Café com Sociologia, 2021, p. 157-167.
Anais do XII Jornada do HistedBR/ Dermeval Saviani [et al.] - Caxias, MA: HISTDEBR-MA / CESC, 2014., 2014
Sob o marco da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9394/96 dá-se a introdução da p... more Sob o marco da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9394/96 dá-se a introdução da pedagogia das competências no Brasil em face das transformações do mundo produtivo sob a égide do neoliberalismo no Brasil e do capitalismo mundializado. Posta como uma ramificação das teorias do capital humano na esfera educacional, a pedagogia das competências constitui um novo paradigma educacional que compromete a construção histórica dos sentidos críticos da educação, impulsionando o redimensionamento da formação escolar no sentido da difusão das competências. Neste modelo, a formação humana se orienta para a difusão da aquisição contínua e indefinida de habilidades prescritas pelo capital aos trabalhadores, na corrida pela valorização da força de trabalho individual, mediante acirrada competição por postos no mercado de trabalho. Deste modo, o modelo escolar por competências assume novos contornos funcionais junto à subsunção real do trabalhador ao capital. A concreticidade com que a pedagogia das competências se impõe sobre a Educação pode ser apreendida em seus efeitos epistemológicos exercidos no currículo escolar em geral. Faz-se necessário apreender as condições em que se desenvolvem na atualidade as relações sociais entre as classes fundamentais do capitalismo no plano da educação, tendo a pedagogia das competências como elemento mediador da acumulação flexível do capital.
Palavras-chave: Pedagogia das Competências, Educação, Pensamento Crítico
FAZENDO PEDAGOGIA DA AUTONOMIA COM A OCUPA IEPIC, 2018
Artigo Publicado na Revista" Perspectiva Sociológica: A Revista de Professores de Sociologia" N.... more Artigo Publicado na Revista" Perspectiva Sociológica: A Revista de Professores de Sociologia" N.21, 2018
Neste breve relato de experiência pedagógica, buscaremos resgatar nossa participação de apoio e colaboração com as ocupações estudantis com a atividade Pedagogia da Autonomia em construção, que construímos em conjunto num momento em que havíamos oncluído o projeto de Iniciação Científica Jr. Novas formas de participação política do movimento estudantil no CPII (desenvolvido no LabHum entre 2014 e 2015) e observávamos a riqueza da participação política estudantil naquele momento.
Como citar: Peçanha, Valéria Lopes; ALMEIDA, Mateus. "FAZENDO PEDAGOGIA DA AUTONOMIA COM A OCUPA IEPIC." Perspectiva Sociológica: A Revista de Professores de Sociologia 1.21 (2018): 69-80
O diálogo como método de resistência política fundamental
Perspectiva Sociológica: A Revista de Professores de Sociologia
Perspectiva Sociológica, n.º 11, p. 51-66, 2016
Revista Em Aberto/INEP, Brasília , 2018
Resenha da obra: VIÑAO FRAGO, Antonio; ESCOLANO, Agustín. Currículo, espaço e subjetividade: a ar... more Resenha da obra: VIÑAO FRAGO, Antonio; ESCOLANO, Agustín. Currículo, espaço e subjetividade: a arquitetura como programa . Tradução: Alfredo Veiga-Neto. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. 152 p.
Revista Em Pauta, Feb 23, 2016
Da representação ao controle: transformações do sindicalismo no decurso do desenvolvimento capita... more Da representação ao controle: transformações do sindicalismo no decurso do desenvolvimento capitalista From representation to control: transformations of trade unionism within capitalist development Resumo-Este artigo busca explicitar as transformações do sindicalismo no desenvolvimento histórico do capitalismo. Constituído como organização da classe trabalhadora para autodefesa do trabalho na ordem capitalista, o sindicalismo possui uma função econômica, em última instância, útil ao sistema capitalista. Se, por um lado, a luta sindical travada por salário, condições de trabalho e sobrevivência se faz necessária, ela imediatamente está limitada à perpetuação da exploração capitalista. Tais limites são abordados pela obra marxiana que, transcendendo-os, apontou o potencial revolucionário do sindicalismo. Na atual etapa histórica do capitalismo, presenciamos a redefinição da relação entre capital e trabalho: a ordem neoliberal implica na diminuição dos limites de barganha dos trabalhadores e na destruição das bases sobre as quais se ergueram as estratégias de luta que caracterizaram o movimento sindical ao longo do século XX. Diante deste ciclo descendente, cerne da crise sindical, reafirmase a necessidade do redirecionamento revolucionário e emancipatório do sindicalismo. Palavras-chave: sindicalismo; capitalismo; capital; trabalho.
Gulliver Editorial, 2017
Agradecemos ao valioso financiamento da Pró-Reitoria de Pós Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultu... more Agradecemos ao valioso financiamento da Pró-Reitoria de Pós Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura do Colégio Pedro II, que viabilizou a produção e divulgação das nossas questões educacionais, assim como ficamos especialmente gratos com a cessão dos direitos da imagem de capa por Fellipe Franco Couto, ex-aluno do Colégio Pedro II-Campus Niterói. Esperamos que estes escritos consigam, de alguma forma, contribuir na manutenção e crescimento da esperança em uma educação como projeto coletivo e com valores muito mais amplos do que simplesmente um produtivismo limitador. Por isso mesmo, o nome do livro-Além da Sala de Aula: reflexões e práticas pedagógicas na Educação Básica-busca agregar estas características. O foco é exatamente a diversidade de questões, reflexivas e práticas, existentes em nosso cotidiano e abraçadas por grande parte da Comunidade Escolar, principalmente pelos seus maiores interessados: os estudantes.
Adelante/Gulliver Editorial, 2019
Apresentação 5 Reflexões sobre letramento informacional a partir de práticas em Biblioteca Escola... more Apresentação 5 Reflexões sobre letramento informacional a partir de práticas em Biblioteca Escolar do Colégio Pedro II-Campus Realengo I
O livro “Sociologia escolar: ensino, discussões e experiências” traz reflexões colaborativas ao d... more O livro “Sociologia escolar: ensino, discussões e experiências” traz reflexões colaborativas ao desenvolvimento do subcampo de pesquisa “Ensino de Sociologia”, bem como para a prática docente dessa disciplina. Trata-se de um esforço coletivo de professores-pesquisadores que vivenciam as práticas cotidianas escolares.
Os esforços aqui empreendidos estão inseridos em um contexto marcado, de um lado, por desafios e, de outro, por importantes avanços para a Sociologia do Ensino Médio.
X Seminário Internacional As Redes Educativas e as Tecnologias, 2019
Neste estudo, realizamos revisão da produção acadêmica em formato de artigos sobre os temas juven... more Neste estudo, realizamos revisão da produção acadêmica em formato de artigos sobre os temas juventude, gênero e sexualidade em periódicos classificados pelos sistema Qualis/Capes em A1 na área de Educação, no período de 2007-2017. Buscamos problematizar como o/a jovem estudante é significado/a nas publicações que trazem a articulação entre as categorias juventude, gênero e sexualidade. Entre os 22 artigos selecionados, reconhecemos que as publicações que articulam as categorias gênero, sexualidade e juventude não tem apresentado focalização específica nos estudos sobre a juventude, existindo uma ausência em seu enquadramento teórico como campo de estudos
Fazendo Gênero 12, 2021
Este trabalho é produto parcial de uma pesquisa realizada com estudantes, professores/as e gestor... more Este trabalho é produto parcial de uma pesquisa realizada com estudantes, professores/as e gestores/as do Colégio Pedro II, instituição de ensino pública do Rio de Janeiro com forte tradição de ativismo discente. Buscamos problematizar a formação e participação política destes/as estudantes com focalização nas questões de gênero e sexualidade que, nos últimos anos, vêm ocupando lugar de destaque nas demandas do movimento estudantil na instituição. Em diálogo com teorizações de Jacques Derrida e Judith Butler, discutiremos resultados de narrativas coletivas produzidas em grupos de discussão mobilizados com base nos princípios de Leonor Arfuch. As enunciações das/dos estudantes ativistas do Colégio Pedro II apontaram para a constituição de demandas de igualdade de gênero em contestação às discriminações e opressões no contexto escolar, social e político, num processo em que se destaca o protagonismo de jovens mulheres estudantes.