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Papers by Ana Carolina Delmas
Topoi (Rio de Janeiro)
RESUMO As comemorações acerca dos 200 anos da Independência do Brasil nos dão a chance de revisit... more RESUMO As comemorações acerca dos 200 anos da Independência do Brasil nos dão a chance de revisitar esse momento histórico em todos os seus aspectos: acontecimentos, personagens envolvidos, reverberações. Se a dinâmica entre D. Pedro e D. João já começou a ser explorada por meio de documentos oficiais e de correspondências, ainda há muito a ser descortinado no próprio seio da Família Real. Aos poucos, com novos olhares e novas abordagens, abre-se espaço para conhecer o papel desempenhado pelas infantas filhas de D. João e D. Carlota Joaquina no contexto político do Brasil, de Portugal e da Espanha, especialmente D. Maria Teresa e D. Maria Francisca. Em cartas que amalgamavam o público e o privado, o familiar e o político, é possível observar a representação de diferentes pensamentos, tão característicos do fervilhante século XIX.
O presente trabalho busca analisar a prática do oferecimento de dedicatórias impressas em um Bras... more O presente trabalho busca analisar a prática do oferecimento de dedicatórias impressas em um Brasil que acabava de se tornar impressor. As dedicatórias, representativas das práticas de homenagem e das relações de mecenato, são símbolo das relações políticas apoiadas na hierarquia vigente, e das trocas efetuadas na busca por poder e influência. Em uma época onde viver da própria pena constituía um desafio, era necessário utilizar-se das convenções para adquirir patrocínio e proteção, e o oferecimento público de lealdade e submissão através das páginas dos livros abria possibilidades de inclusão na sociedade de corte e de aquisição das benesses reais. A abertura da Impressão Régia contribuiu como nenhuma outra medida para o despertar da vida cultural da nova corte, atuando na circulação de escritos, de idéias, e de relações de sociabilidade. Nesse ambiente, a necessidade de conquistar as boas graças do soberano para obter prestígio fez com que as primeiras publicações do início do oit...
The daughters of King John VI of Portugal and Queen Carlota Joaquina had their lives forgotten by... more The daughters of King John VI of Portugal and Queen Carlota Joaquina had their lives forgotten by historiography and have remained at the threshold of ostracism. Amongst the events of the political trajectories of the six infantas, the regency of Isabel Maria (1826 to 1828) can be considered the high point of the history of such princesses. Her role in the government of Portugal began with the death of her father and was marked by the disputes between D. Pedro and D. Miguel for the post. The fourth daughter of the Portuguese sovereigns assisted King John as secretary in his political functions and, as regent, sought to secure the throne for her brother D. Pedro, and later supposedly turned to the other brother. Chosen by her own father to take over the regency of Portugal, she reluctantly handed over the command of the country to D. Miguel. Unmarried to death, the infanta showed a political posture distinct of that of her mother and sisters, aligned with her father and older brother...
Presentation. Revista Maracanan n. 17 - dossier "Sources and Methods in the writing of Histo... more Presentation. Revista Maracanan n. 17 - dossier "Sources and Methods in the writing of History: New perspectives to Approaches".
Revista Maracanan, 2017
Os arquivos públicos e o acesso à informação: Entrevista com Jaime Antunes The Public Archives an... more Os arquivos públicos e o acesso à informação: Entrevista com Jaime Antunes The Public Archives and the Access to Information: Interview with Jaime Antunes
As infantas filhas de D. João VI e D. Carlota Joaquina tiveram suas vidas esquecidas pela histori... more As infantas filhas de D. João VI e D. Carlota Joaquina tiveram suas vidas esquecidas pela historiografia e têm permanecido no limiar do ostracismo. Dentre os acontecimentos das trajetórias políticas das seis infantas, a regência de D. Isabel Maria (1826 a 1828) pode ser considerada o ponto alto da história de tais princesas. Seu papel no governo de Portugal teve início com a morte do pai e foi marcado pelas disputas entre D. Pedro e D. Miguel pelo posto. A quarta filha do casal de soberanos auxiliou D. João como secretária em suas funções políticas e, enquanto regente, buscou assegurar o trono para o irmão D. Pedro, tendo, mais tarde, supostamente se voltado para o outro irmão. Escolhida pelo próprio pai para assumir a Regência de Portugal, entregou relutante o comando do país a D. Miguel. Solteira até a morte, a infanta mostrou uma postura política distinta da mãe e das irmãs, alinhando-se à do pai e à do irmão mais velho, e participou ativamente dos acontecimentos políticos do oit...
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Topoi (Rio de Janeiro)
RESUMO As comemorações acerca dos 200 anos da Independência do Brasil nos dão a chance de revisit... more RESUMO As comemorações acerca dos 200 anos da Independência do Brasil nos dão a chance de revisitar esse momento histórico em todos os seus aspectos: acontecimentos, personagens envolvidos, reverberações. Se a dinâmica entre D. Pedro e D. João já começou a ser explorada por meio de documentos oficiais e de correspondências, ainda há muito a ser descortinado no próprio seio da Família Real. Aos poucos, com novos olhares e novas abordagens, abre-se espaço para conhecer o papel desempenhado pelas infantas filhas de D. João e D. Carlota Joaquina no contexto político do Brasil, de Portugal e da Espanha, especialmente D. Maria Teresa e D. Maria Francisca. Em cartas que amalgamavam o público e o privado, o familiar e o político, é possível observar a representação de diferentes pensamentos, tão característicos do fervilhante século XIX.
O presente trabalho busca analisar a prática do oferecimento de dedicatórias impressas em um Bras... more O presente trabalho busca analisar a prática do oferecimento de dedicatórias impressas em um Brasil que acabava de se tornar impressor. As dedicatórias, representativas das práticas de homenagem e das relações de mecenato, são símbolo das relações políticas apoiadas na hierarquia vigente, e das trocas efetuadas na busca por poder e influência. Em uma época onde viver da própria pena constituía um desafio, era necessário utilizar-se das convenções para adquirir patrocínio e proteção, e o oferecimento público de lealdade e submissão através das páginas dos livros abria possibilidades de inclusão na sociedade de corte e de aquisição das benesses reais. A abertura da Impressão Régia contribuiu como nenhuma outra medida para o despertar da vida cultural da nova corte, atuando na circulação de escritos, de idéias, e de relações de sociabilidade. Nesse ambiente, a necessidade de conquistar as boas graças do soberano para obter prestígio fez com que as primeiras publicações do início do oit...
The daughters of King John VI of Portugal and Queen Carlota Joaquina had their lives forgotten by... more The daughters of King John VI of Portugal and Queen Carlota Joaquina had their lives forgotten by historiography and have remained at the threshold of ostracism. Amongst the events of the political trajectories of the six infantas, the regency of Isabel Maria (1826 to 1828) can be considered the high point of the history of such princesses. Her role in the government of Portugal began with the death of her father and was marked by the disputes between D. Pedro and D. Miguel for the post. The fourth daughter of the Portuguese sovereigns assisted King John as secretary in his political functions and, as regent, sought to secure the throne for her brother D. Pedro, and later supposedly turned to the other brother. Chosen by her own father to take over the regency of Portugal, she reluctantly handed over the command of the country to D. Miguel. Unmarried to death, the infanta showed a political posture distinct of that of her mother and sisters, aligned with her father and older brother...
Presentation. Revista Maracanan n. 17 - dossier "Sources and Methods in the writing of Histo... more Presentation. Revista Maracanan n. 17 - dossier "Sources and Methods in the writing of History: New perspectives to Approaches".
Revista Maracanan, 2017
Os arquivos públicos e o acesso à informação: Entrevista com Jaime Antunes The Public Archives an... more Os arquivos públicos e o acesso à informação: Entrevista com Jaime Antunes The Public Archives and the Access to Information: Interview with Jaime Antunes
As infantas filhas de D. João VI e D. Carlota Joaquina tiveram suas vidas esquecidas pela histori... more As infantas filhas de D. João VI e D. Carlota Joaquina tiveram suas vidas esquecidas pela historiografia e têm permanecido no limiar do ostracismo. Dentre os acontecimentos das trajetórias políticas das seis infantas, a regência de D. Isabel Maria (1826 a 1828) pode ser considerada o ponto alto da história de tais princesas. Seu papel no governo de Portugal teve início com a morte do pai e foi marcado pelas disputas entre D. Pedro e D. Miguel pelo posto. A quarta filha do casal de soberanos auxiliou D. João como secretária em suas funções políticas e, enquanto regente, buscou assegurar o trono para o irmão D. Pedro, tendo, mais tarde, supostamente se voltado para o outro irmão. Escolhida pelo próprio pai para assumir a Regência de Portugal, entregou relutante o comando do país a D. Miguel. Solteira até a morte, a infanta mostrou uma postura política distinta da mãe e das irmãs, alinhando-se à do pai e à do irmão mais velho, e participou ativamente dos acontecimentos políticos do oit...
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro