André Santos - Academia.edu (original) (raw)
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Papers by André Santos
O Chanceler Luiz Felipe Lampreia tem reiterado que a África é um objetivo insubstituível da polít... more O Chanceler Luiz Felipe Lampreia tem reiterado que a África é um objetivo insubstituível da política externa brasileira. Elemento essencial na formação econômica e na construção da identidade nacional, as relações com o continente africano são responsáveis por páginas expressivas da história de nossa diplomacia e configuram ponto de apoio estratégico da inserção internacional do Brasil. No entanto, quando conferimos o quadro do relacionamento atual, não escapamos da constatação de que dificuldades existem. Diagnosticar suas causas e definir meios e modos de superá-las é um exercício permanente da diplomacia. As conjunturas brasileira, africana e internacional criam continuamente novas oportunidades e desafios, que uma política externa conseqüente não pode ignorar. A rigor, dificuldades existirão sempre nas relações com qualquer país e qualquer região. Ao repercutirem internamente, geram, entre outras, reações de setores técnicos, que apresentam alternativas de ação, ou políticos, que cobram atitudes do Governo. Ocorre, contudo, que os temas africanos têm entre nós uma trajetória peculiar. Suas repercussões são episódicas e emocionais. Talvez por isso, as percepções mais difundidas sobre as relações do Brasil com o continente africano em geral oscilam entre dois pólos extremados, um decididamente nostálgico, outro catastrófico.
O Chanceler Luiz Felipe Lampreia tem reiterado que a África é um objetivo insubstituível da polít... more O Chanceler Luiz Felipe Lampreia tem reiterado que a África é um objetivo insubstituível da política externa brasileira. Elemento essencial na formação econômica e na construção da identidade nacional, as relações com o continente africano são responsáveis por páginas expressivas da história de nossa diplomacia e configuram ponto de apoio estratégico da inserção internacional do Brasil. No entanto, quando conferimos o quadro do relacionamento atual, não escapamos da constatação de que dificuldades existem. Diagnosticar suas causas e definir meios e modos de superá-las é um exercício permanente da diplomacia. As conjunturas brasileira, africana e internacional criam continuamente novas oportunidades e desafios, que uma política externa conseqüente não pode ignorar. A rigor, dificuldades existirão sempre nas relações com qualquer país e qualquer região. Ao repercutirem internamente, geram, entre outras, reações de setores técnicos, que apresentam alternativas de ação, ou políticos, que cobram atitudes do Governo. Ocorre, contudo, que os temas africanos têm entre nós uma trajetória peculiar. Suas repercussões são episódicas e emocionais. Talvez por isso, as percepções mais difundidas sobre as relações do Brasil com o continente africano em geral oscilam entre dois pólos extremados, um decididamente nostálgico, outro catastrófico.