Angelica Varandas - Academia.edu (original) (raw)

Papers by Angelica Varandas

Research paper thumbnail of A Cabra e o Bode nos Bestiários Medievais Ingleses

Resumo No Bestiário medieval, as características literais das criaturas que nele são utilizadas c... more Resumo No Bestiário medieval, as características literais das criaturas que nele são utilizadas como exempla assumem uma significação simbólico-alegórica, que nem sempre se traduz de forma fixa e definida. De facto, muitos dos animais do Bestiário revelam uma ambivalência quanto ao seu sentido simbólico, podendo assumir dupla significação, isto é, podendo originar simultaneamente uma leitura positiva ("in bono") e uma leitura negativa ("in malo"). Procurámos, neste artigo, reflectir sobre essa ambivalência simbólica inerente ao Bestiário, recorrendo ao exemplo da cabra, por duas razões fundamentais: por ser uma das criaturas em que essa ambivalência se torna bem clara e por ser um dos animais que maior atenção recebe na obra ao originar cerca de três a quatro entradas diferentes e igual número de iluminuras. De facto, a cabra possui características positivas, quando se assume como animal selvagem, mas reveste-se de uma significação negativa quando é referida como animal doméstico. Para além disso, estabelece uma rede de significações simbólicas com outros animais que com ela se encontram relacionados, como o bode e os cabritos, ou ainda o sátiro, o veado ou o macaco. Palavras-chave: luxúria, judeus, memória.

Research paper thumbnail of Celtic Imaginary

Research paper thumbnail of O Rosto do Herói Medieval: Beowulf e Gawain

BRATHAIR - REVISTA DE ESTUDOS CELTAS E GERMÂNICOS, 2010

Resumo O herói é uma figura universal e intemporal, que desempenha sensivelmente a mesma aventura... more Resumo O herói é uma figura universal e intemporal, que desempenha sensivelmente a mesma aventura através dos séculos, tal como muitos autores têm evidenciado, em particular Joseph Campbell, no seu famoso livro The Hero with a Thousand Faces. Embora partindo desse pressuposto, neste trabalho, pretendemos demonstrar que o herói medieval possui características únicas que dependem do meio social, político, ideológico e religioso da Idade Média. Neste sentido, centraremos a nossa atenção nessas mesmas características e em dois dos mais importantes heróis da literatura medieval inglesa: Beowulf e Gawain.

Research paper thumbnail of Fantasy Literature and the Middle Ages

CRC Press eBooks, Jun 21, 2021

Research paper thumbnail of Healing through storytelling: Myth and fantasy in Tomm Moore’s Song of the Sea

Research paper thumbnail of The Tree and the Myth of Creation in J.R.R. Tolkien

Cambridge Scholars Publishing eBooks, 2015

This chapter refers to the function of trees in Tolkien’s work, bearing in mind their role in Wes... more This chapter refers to the function of trees in Tolkien’s work, bearing in mind their role in Western myth, especially in Celtic and Scandinavian cultures as well as in Christian myth.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

Research paper thumbnail of From Ambrosius Aurelianus to Arthur : the creation of a national hero in Historia Brittonum

Universidade de Lisboa, Centro de Estudos Anglísticos eBooks, 2013

The 5 th century witnessed the occupation of vast territories within Europe by barbarian invaders... more The 5 th century witnessed the occupation of vast territories within Europe by barbarian invaders who led to the collapse of the Roman Empire and to the emergence of a new period in western civilization known as the Middle Ages. In order to attend to the defense of Rome from the siege of the Goths, the Romans abandoned Britain in 410. As a result, it was soon occupied by the Anglo-Saxons, who first set foot on the island in 449, apparently invited by the Celtic king, Vortigern. Yet, this invitation was not regarded with sympathy by the British and, as an ever-growing number of Saxons began to reach the British shores, inlanders tried hard to maintain the unwelcome guests far from their country. Conflicts between the Celtic British and the English Saxons lasted for an extended period of time, and went on even after the occupation of what is now England by the Saxons. These reorganized the territory into a heptarquy of seven kingdoms which would last until the Norman Conquest in 1066. The Celts who did not accept the new Germanic government fled to areas such as Brittany or Little Britain in France, or were pushed away to Wales, Scotland and Cornwall. However, in spite of their final defeat, the Celts cherished a special moment of national pride, during which they were the victors and when everything seemed to herald their strength and superiority. We are referring to the Battle of Mount Badon, also known as the Battle of Badon Hill, allegedly fought between 482 and 516. This conflict culminated with the Celts' astounding triumph over the invaders, who suffered a crushing defeat and great humiliation. Badon was, therefore, viewed as a huge British success which halted the Anglo-Saxons for some time, thus fostering patriotic feelings. This battle is first mentioned by Gildas, a British cleric, who, in the 6 th century, wrote De Excidio et Conquestu Britanniae (On the Conquest and Ruin of Britain). In this work, he blames his compatriots for the countless battles, conflicts and disasters that overcame the British, claiming that their sins and corrupt behaviour, similar to those of the Children of Israel, had been the cause of the Germanic incursions and of the country's ruin. The invasion of the Saxons is, therefore, understood as a punishment sent from God to the British. These were doomed not to survive for long as a result of their cowardice and weak personality, which made them incapable of forming an organized army to fight back. By stating this idea, Gildas is, in fact, undermining British social and political structure.

Research paper thumbnail of Mito e História: ausências presentes em Beowulf

Este capítulo analisa presenças e ausências históricas e mitológicas na obra medieval anglo-saxón... more Este capítulo analisa presenças e ausências históricas e mitológicas na obra medieval anglo-saxónica Beowulf.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

Research paper thumbnail of O Bestiário: Um Género Medieval

Análise do Bestiário enquanto género medieval.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

Research paper thumbnail of The sacred space of gods and saints: Some considerations about the sea and exile in Irish mythology and tradition

CRC Press eBooks, Jul 1, 2022

This essay intends to reflect upon the Irish higher form of peregrinatio, the peregrinatio pro am... more This essay intends to reflect upon the Irish higher form of peregrinatio, the peregrinatio pro amore Christo, among the monks of Celtic or Insular Christianity between the 5 th and 10 th centuries to under stand its extreme significance in Irish culture. We will discuss: 1) its paramount role in the maintenance of Christian faith in Western civilization during the barbaric invasions of the 4 th century and the Viking attacks to the English territory between the 8 th and the 10 th centuries; 2) how it found a compelling evocation in the medieval Irish voyage tales known as immrama and echtrai; 3) the relationship between the Irish immrama, particularly Immram Brain, and the Nauigatio Brendani, one of the most one of the most influential narratives in medieval Europe; 4) its contribution to the understanding of the sea among the Irish in the Middle Ages as a path to repentance, a space of penitence and redemption, in consonance with its conception in the medieval Irish tales of Celtic mythology where it is depicted as the abode of the gods and the location of the Blessed Islands of the Otherworld; 5) its connotation as a voluntary form of exile from which derived a whole trad ition of exile both in Irish literature and in Ireland's cultural history.

Research paper thumbnail of The subversion of ‘cortaysye’ in Sir Gawain and the Green Knight

Dans les romans français, Gauvain est dépeint comme un chevalier perfide, mais en Angleterre il a... more Dans les romans français, Gauvain est dépeint comme un chevalier perfide, mais en Angleterre il a toujours été le modèle de la chevalerie et l'incarnation de la courtoisie. Dans Sir Gawain and the Green Knight la courtoisie est explorée dans ses diverses significations, notamment à travers son association avec l'amour courtois. En ce sens, le poème dénonce l'évolution de la notion de courtoisie, parodiant certaines des significations qu'elle a acquises dans le roman français, ce genre qu'il critique si subtilement.

Research paper thumbnail of O mar na mitologia celta

Research paper thumbnail of A Idade Média e o Bestiário

Medievalista online, 2006

(25 de Maio / 2006) O Bestiário ou Livro das Bestas assume-se como uma obra singular no âmbito da... more (25 de Maio / 2006) O Bestiário ou Livro das Bestas assume-se como uma obra singular no âmbito da literatura da Idade Média. Em primeiro lugar, por nele se descreverem várias espécies animais, sejam elas existentes ou não. Em segundo lugar, por subordinar essa descrição a uma interpretação de cariz simbólico e alegórico. Em terceiro lugar, ao integrar iluminuras que se cruzam com o texto escrito, estabelecendo com ele um diálogo permanente. Por fim, porque se constitui como uma obra literária que se circunscreveu à época medieval que o viu nascer e morrer. Todos estes aspectos se relacionam mutuamente como passaremos a demonstrar. O Bestiário organiza-se em torno de pequenas narrativas que descrevem várias espécies animais, com propósitos morais e didácticos. Neste sentido, cada uma dessas narrativas é composta por duas partes distintas: uma parte descritiva de sentido literal (a descrição, proprietas ou naturas) e a sua moralização e interpretação teológica de sentido simbólico-alegórico (também designada como moralização, moralitas ou figuras). Os termos que aqui adoptamos, naturas e figuras, são utilizados, por exemplo, no Bestiaire de Philippe de Thaon. Subordinando a naturas à figuras, na maioria das vezes por intermédio da citação bíblica que organiza as narrativas, o Bestiário remete para o modo de significação característico da Idade Média: nele os animais deixam de ser apenas animais para se assumirem como exempla, isto é, como simbolos de vícios ou virtudes e fonte de ensinamentos religiosos e morais. Por este motivo, embora muitos críticos tenham defendido o carácter científico do Bestiário, a descrição dos animais nele apresentada não pretende ser factual. Na verdade, ele afasta-se, em larga medida, dos Tratados de História Natural e até dos seus congéneres mais próximos: os herbários e os lapidários, estes últimos fornecendo, respectivamente, uma descrição detalhada de plantas e pedras, não com propósitos didácticos e moralistas, mas com o objectivo de veicular a sua utilidade prática para fins medicinais. O que nele se procura transmitir, pelo contrário, é uma verdade espiritual de ordem cristã, preocupação para a qual terá contribuído o facto de ter sido produzido nos mosteiros e destinado a um público religioso-noviços e conversos (sendo os últimos pessoas que se Medievalista on line ano 2 • número 2 • 2006 © IEM-Instituto de Estudos Medievais 1 www.fcsh.unl.pt/iem/medievalista A Idade Média e o Bestiário • Angélica Varandas haviam convertido à vida monástica numa fase mais tardia das suas vidas e que, por isso, não podiam celebrar o ritual religioso)-para o qual funcionava como manual de estudo. Para exemplificar estas afirmações, recorramos à narrativa do leão, o primeiro animal a ser habitualmente descrito nos manuscritos dos bestiários. De acordo com os bestiários, são três as características do leão: o animal apaga com a cauda o próprio rasto para não ser capturado por caçadores; dorme de olhos abertos; e a fêmea dá à luz as crias mortas. De acordo com a última característica, a leoa, durante três dias, vigia os corpos inanimados dos seus filhos e ao terceiro dia, diz o Fisiólogo, é o rugido do pai que os acorda para a vida: 1 After birth he does not wake up until the sun circles for the third time, but his father rouses him by giving a roar; then, so to speak, he comes alive, then he takes hold of his five senses and he never shuts his eyes however often he sleeps. 2 No Bestiário, o rugido é transformado em sopro: (...) on the third day the father comes, blows in their faces, and awakens them to life. 3 A alusão bíblica não poderia ser mais explícita: também o Senhor acordou o Seu Filho ao terceiro dia, ressucitando-O para a vida eterna. O leão é, assim, símbolo animal de Deus Pai e de Deus Filho ressuscitado, como se afirma no bestiário MS. Ashmole 1511: au troisième jour surgit leur père qui souffle sur leurs corps et leur insuffle la vie. Ainsi fit le Tout-Puissant pour Notre-Seigneur Jésus-Christ qu'il ressuscita des morts le troisième jour. 4 Aqui, a voz é o sopro da vida, o mesmo sopro com que Deus criou o primeiro homem-Adão-e ressuscitou também para a vida o seu anti-tipo-Cristo. 5 O sopro é, portanto, sinónimo da Palavra criadora, remetendo também para a respiração e, mais precisamente, para a expiração, outro símbolo de vida. * * * Medievalista on line ano 2 • número 2 • 2006 © IEM-Instituto de Estudos Medievais 37 www.fcsh.unl.pt/iem/medievalista

Research paper thumbnail of O "Conto de Perom

Research paper thumbnail of Performing British Identity: Arthur on Screen

Research paper thumbnail of So Long Lives This, and This Gives Life to Thee

webs.uvigo.es

Organização Comissão Executiva do Departamento de Estudos Anglísticos Alcinda Pinheiro de Sousa A... more Organização Comissão Executiva do Departamento de Estudos Anglísticos Alcinda Pinheiro de Sousa Angélica Varandas Isabel Fernandes John Elliott Maria Cecília Lopes da Costa Mário Vítor Bastos Teresa Cid Teresa Malafaia “So long lives this, and this gives life to thee” ...

Research paper thumbnail of A Idade M�dia e o Besti�rio

Research paper thumbnail of A Cabra e o Bode nos Bestiários Medievais Ingleses

Resumo No Bestiário medieval, as características literais das criaturas que nele são utilizadas c... more Resumo No Bestiário medieval, as características literais das criaturas que nele são utilizadas como exempla assumem uma significação simbólico-alegórica, que nem sempre se traduz de forma fixa e definida. De facto, muitos dos animais do Bestiário revelam uma ambivalência quanto ao seu sentido simbólico, podendo assumir dupla significação, isto é, podendo originar simultaneamente uma leitura positiva ("in bono") e uma leitura negativa ("in malo"). Procurámos, neste artigo, reflectir sobre essa ambivalência simbólica inerente ao Bestiário, recorrendo ao exemplo da cabra, por duas razões fundamentais: por ser uma das criaturas em que essa ambivalência se torna bem clara e por ser um dos animais que maior atenção recebe na obra ao originar cerca de três a quatro entradas diferentes e igual número de iluminuras. De facto, a cabra possui características positivas, quando se assume como animal selvagem, mas reveste-se de uma significação negativa quando é referida como animal doméstico. Para além disso, estabelece uma rede de significações simbólicas com outros animais que com ela se encontram relacionados, como o bode e os cabritos, ou ainda o sátiro, o veado ou o macaco. Palavras-chave: luxúria, judeus, memória.

Research paper thumbnail of Celtic Imaginary

Research paper thumbnail of O Rosto do Herói Medieval: Beowulf e Gawain

BRATHAIR - REVISTA DE ESTUDOS CELTAS E GERMÂNICOS, 2010

Resumo O herói é uma figura universal e intemporal, que desempenha sensivelmente a mesma aventura... more Resumo O herói é uma figura universal e intemporal, que desempenha sensivelmente a mesma aventura através dos séculos, tal como muitos autores têm evidenciado, em particular Joseph Campbell, no seu famoso livro The Hero with a Thousand Faces. Embora partindo desse pressuposto, neste trabalho, pretendemos demonstrar que o herói medieval possui características únicas que dependem do meio social, político, ideológico e religioso da Idade Média. Neste sentido, centraremos a nossa atenção nessas mesmas características e em dois dos mais importantes heróis da literatura medieval inglesa: Beowulf e Gawain.

Research paper thumbnail of Fantasy Literature and the Middle Ages

CRC Press eBooks, Jun 21, 2021

Research paper thumbnail of Healing through storytelling: Myth and fantasy in Tomm Moore’s Song of the Sea

Research paper thumbnail of The Tree and the Myth of Creation in J.R.R. Tolkien

Cambridge Scholars Publishing eBooks, 2015

This chapter refers to the function of trees in Tolkien’s work, bearing in mind their role in Wes... more This chapter refers to the function of trees in Tolkien’s work, bearing in mind their role in Western myth, especially in Celtic and Scandinavian cultures as well as in Christian myth.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

Research paper thumbnail of From Ambrosius Aurelianus to Arthur : the creation of a national hero in Historia Brittonum

Universidade de Lisboa, Centro de Estudos Anglísticos eBooks, 2013

The 5 th century witnessed the occupation of vast territories within Europe by barbarian invaders... more The 5 th century witnessed the occupation of vast territories within Europe by barbarian invaders who led to the collapse of the Roman Empire and to the emergence of a new period in western civilization known as the Middle Ages. In order to attend to the defense of Rome from the siege of the Goths, the Romans abandoned Britain in 410. As a result, it was soon occupied by the Anglo-Saxons, who first set foot on the island in 449, apparently invited by the Celtic king, Vortigern. Yet, this invitation was not regarded with sympathy by the British and, as an ever-growing number of Saxons began to reach the British shores, inlanders tried hard to maintain the unwelcome guests far from their country. Conflicts between the Celtic British and the English Saxons lasted for an extended period of time, and went on even after the occupation of what is now England by the Saxons. These reorganized the territory into a heptarquy of seven kingdoms which would last until the Norman Conquest in 1066. The Celts who did not accept the new Germanic government fled to areas such as Brittany or Little Britain in France, or were pushed away to Wales, Scotland and Cornwall. However, in spite of their final defeat, the Celts cherished a special moment of national pride, during which they were the victors and when everything seemed to herald their strength and superiority. We are referring to the Battle of Mount Badon, also known as the Battle of Badon Hill, allegedly fought between 482 and 516. This conflict culminated with the Celts' astounding triumph over the invaders, who suffered a crushing defeat and great humiliation. Badon was, therefore, viewed as a huge British success which halted the Anglo-Saxons for some time, thus fostering patriotic feelings. This battle is first mentioned by Gildas, a British cleric, who, in the 6 th century, wrote De Excidio et Conquestu Britanniae (On the Conquest and Ruin of Britain). In this work, he blames his compatriots for the countless battles, conflicts and disasters that overcame the British, claiming that their sins and corrupt behaviour, similar to those of the Children of Israel, had been the cause of the Germanic incursions and of the country's ruin. The invasion of the Saxons is, therefore, understood as a punishment sent from God to the British. These were doomed not to survive for long as a result of their cowardice and weak personality, which made them incapable of forming an organized army to fight back. By stating this idea, Gildas is, in fact, undermining British social and political structure.

Research paper thumbnail of Mito e História: ausências presentes em Beowulf

Este capítulo analisa presenças e ausências históricas e mitológicas na obra medieval anglo-saxón... more Este capítulo analisa presenças e ausências históricas e mitológicas na obra medieval anglo-saxónica Beowulf.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

Research paper thumbnail of O Bestiário: Um Género Medieval

Análise do Bestiário enquanto género medieval.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

Research paper thumbnail of The sacred space of gods and saints: Some considerations about the sea and exile in Irish mythology and tradition

CRC Press eBooks, Jul 1, 2022

This essay intends to reflect upon the Irish higher form of peregrinatio, the peregrinatio pro am... more This essay intends to reflect upon the Irish higher form of peregrinatio, the peregrinatio pro amore Christo, among the monks of Celtic or Insular Christianity between the 5 th and 10 th centuries to under stand its extreme significance in Irish culture. We will discuss: 1) its paramount role in the maintenance of Christian faith in Western civilization during the barbaric invasions of the 4 th century and the Viking attacks to the English territory between the 8 th and the 10 th centuries; 2) how it found a compelling evocation in the medieval Irish voyage tales known as immrama and echtrai; 3) the relationship between the Irish immrama, particularly Immram Brain, and the Nauigatio Brendani, one of the most one of the most influential narratives in medieval Europe; 4) its contribution to the understanding of the sea among the Irish in the Middle Ages as a path to repentance, a space of penitence and redemption, in consonance with its conception in the medieval Irish tales of Celtic mythology where it is depicted as the abode of the gods and the location of the Blessed Islands of the Otherworld; 5) its connotation as a voluntary form of exile from which derived a whole trad ition of exile both in Irish literature and in Ireland's cultural history.

Research paper thumbnail of The subversion of ‘cortaysye’ in Sir Gawain and the Green Knight

Dans les romans français, Gauvain est dépeint comme un chevalier perfide, mais en Angleterre il a... more Dans les romans français, Gauvain est dépeint comme un chevalier perfide, mais en Angleterre il a toujours été le modèle de la chevalerie et l'incarnation de la courtoisie. Dans Sir Gawain and the Green Knight la courtoisie est explorée dans ses diverses significations, notamment à travers son association avec l'amour courtois. En ce sens, le poème dénonce l'évolution de la notion de courtoisie, parodiant certaines des significations qu'elle a acquises dans le roman français, ce genre qu'il critique si subtilement.

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Research paper thumbnail of A Idade Média e o Bestiário

Medievalista online, 2006

(25 de Maio / 2006) O Bestiário ou Livro das Bestas assume-se como uma obra singular no âmbito da... more (25 de Maio / 2006) O Bestiário ou Livro das Bestas assume-se como uma obra singular no âmbito da literatura da Idade Média. Em primeiro lugar, por nele se descreverem várias espécies animais, sejam elas existentes ou não. Em segundo lugar, por subordinar essa descrição a uma interpretação de cariz simbólico e alegórico. Em terceiro lugar, ao integrar iluminuras que se cruzam com o texto escrito, estabelecendo com ele um diálogo permanente. Por fim, porque se constitui como uma obra literária que se circunscreveu à época medieval que o viu nascer e morrer. Todos estes aspectos se relacionam mutuamente como passaremos a demonstrar. O Bestiário organiza-se em torno de pequenas narrativas que descrevem várias espécies animais, com propósitos morais e didácticos. Neste sentido, cada uma dessas narrativas é composta por duas partes distintas: uma parte descritiva de sentido literal (a descrição, proprietas ou naturas) e a sua moralização e interpretação teológica de sentido simbólico-alegórico (também designada como moralização, moralitas ou figuras). Os termos que aqui adoptamos, naturas e figuras, são utilizados, por exemplo, no Bestiaire de Philippe de Thaon. Subordinando a naturas à figuras, na maioria das vezes por intermédio da citação bíblica que organiza as narrativas, o Bestiário remete para o modo de significação característico da Idade Média: nele os animais deixam de ser apenas animais para se assumirem como exempla, isto é, como simbolos de vícios ou virtudes e fonte de ensinamentos religiosos e morais. Por este motivo, embora muitos críticos tenham defendido o carácter científico do Bestiário, a descrição dos animais nele apresentada não pretende ser factual. Na verdade, ele afasta-se, em larga medida, dos Tratados de História Natural e até dos seus congéneres mais próximos: os herbários e os lapidários, estes últimos fornecendo, respectivamente, uma descrição detalhada de plantas e pedras, não com propósitos didácticos e moralistas, mas com o objectivo de veicular a sua utilidade prática para fins medicinais. O que nele se procura transmitir, pelo contrário, é uma verdade espiritual de ordem cristã, preocupação para a qual terá contribuído o facto de ter sido produzido nos mosteiros e destinado a um público religioso-noviços e conversos (sendo os últimos pessoas que se Medievalista on line ano 2 • número 2 • 2006 © IEM-Instituto de Estudos Medievais 1 www.fcsh.unl.pt/iem/medievalista A Idade Média e o Bestiário • Angélica Varandas haviam convertido à vida monástica numa fase mais tardia das suas vidas e que, por isso, não podiam celebrar o ritual religioso)-para o qual funcionava como manual de estudo. Para exemplificar estas afirmações, recorramos à narrativa do leão, o primeiro animal a ser habitualmente descrito nos manuscritos dos bestiários. De acordo com os bestiários, são três as características do leão: o animal apaga com a cauda o próprio rasto para não ser capturado por caçadores; dorme de olhos abertos; e a fêmea dá à luz as crias mortas. De acordo com a última característica, a leoa, durante três dias, vigia os corpos inanimados dos seus filhos e ao terceiro dia, diz o Fisiólogo, é o rugido do pai que os acorda para a vida: 1 After birth he does not wake up until the sun circles for the third time, but his father rouses him by giving a roar; then, so to speak, he comes alive, then he takes hold of his five senses and he never shuts his eyes however often he sleeps. 2 No Bestiário, o rugido é transformado em sopro: (...) on the third day the father comes, blows in their faces, and awakens them to life. 3 A alusão bíblica não poderia ser mais explícita: também o Senhor acordou o Seu Filho ao terceiro dia, ressucitando-O para a vida eterna. O leão é, assim, símbolo animal de Deus Pai e de Deus Filho ressuscitado, como se afirma no bestiário MS. Ashmole 1511: au troisième jour surgit leur père qui souffle sur leurs corps et leur insuffle la vie. Ainsi fit le Tout-Puissant pour Notre-Seigneur Jésus-Christ qu'il ressuscita des morts le troisième jour. 4 Aqui, a voz é o sopro da vida, o mesmo sopro com que Deus criou o primeiro homem-Adão-e ressuscitou também para a vida o seu anti-tipo-Cristo. 5 O sopro é, portanto, sinónimo da Palavra criadora, remetendo também para a respiração e, mais precisamente, para a expiração, outro símbolo de vida. * * * Medievalista on line ano 2 • número 2 • 2006 © IEM-Instituto de Estudos Medievais 37 www.fcsh.unl.pt/iem/medievalista

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webs.uvigo.es

Organização Comissão Executiva do Departamento de Estudos Anglísticos Alcinda Pinheiro de Sousa A... more Organização Comissão Executiva do Departamento de Estudos Anglísticos Alcinda Pinheiro de Sousa Angélica Varandas Isabel Fernandes John Elliott Maria Cecília Lopes da Costa Mário Vítor Bastos Teresa Cid Teresa Malafaia “So long lives this, and this gives life to thee” ...

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