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Papers by Artur L S Maciel
esultado de uma pesquisa em arte de uma das linhas poéticas do trabalho do artista Artur Souza, q... more esultado de uma pesquisa em arte de uma das linhas poéticas do trabalho do artista Artur Souza, que vem sendo empreendida desde 2009. Neste período, etapas do trabalho foram expostas na Galeria Conviv´Art do Núcleo de Arte e Cultura da UFRN – na exposição coletiva da Vivência BRASIL-ALEMANHA, sob a curadoria de Elidete Alencar (fev-març. 2010), na exposição individual sob o título FARNEL (maio de 2013) – e foi premiado no XV Salão de Artes Visuais da Cidade do Natal (dezembro de 2013), na Capitania das Arte – na continuação do processo de trabalho, intitulado Cinzas do Farnel. A mostra a ser apresentada na Pinacoteca Potiguar é um relatório final do processo de pesquisa, com os restos do processo de produção, que tem o fogo como um dos meios de construção das imagens. Farnel tem como significado “matula, comida cozida e levada em um grande guardanapo branco, com porções de feijão, carne e afins”; se caracterizou como verbete/conceito aglutinante inicial das pesquisas e da mostra, que posteriormente sofreu a ação da queima na continuidade do processo de trabalho, para a feitura do trabalho Cinzas do Farnel.
O processo teve início no campo gráfico dos processos de impressão, pintura com aquarela e no desenho. O aspecto da mancha gráfica sempre se mostrou atraente ao processo de construção poética, por apresentar fases de cor e não cor, que são retomados no processo como investigação no/do campo expandido da arte em direção à ruptura com as categorias da arte e como metáfora a campos limítrofes como o imaterial/material, masculino/feminino, por exemplo. Os trabalhos partem da problemática da categorização da arte e da desconstrução da matéria para a construção de um trabalho artístico com sua, posterior, relação com o espaço e a possibilidade de deslocamentos, seja na logística das mostras ou na necessidade de transportar coisas do homem ambulante e de suas necessidades de cozer e comer.
A série de trabalhos apresentados estabelece uma relação entre a leitura do trabalho de José Mari... more A série de trabalhos apresentados estabelece uma relação entre a leitura do trabalho de José Maria de Souza (A Origem da Linguagem: conforme o pensamento de Johan Gottfried Herder, apresentada em 2000, no Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte) com uma série de imagens que apresentam dor/ruído em filmes efêmeros. O processo de leitura da monografia foi aceptor de uma série de imagens, das minhas referências com grito/dor, partindo de filmes efêmeros. Partindo destes filmes, foram retirados frames no momento onde uma das personagens sentia dor e produzia ruído (grito). Essas imagens foram retrabalhadas a fim de se criar uma série de hachuras sobre a matriz da gravura. Partindo da decomposição da imagem em canais, em CMYK, onde cada canal foi traduzido a uma mancha gráfica, que foi transferida ao suporte e que foi reordenada em linhas paralelas no processo de gravação, obedecendo a uma predeterminação formal no sentido, sendo: amarelo, horizontal; vermelho, vertical; e azul, diagonal (45 o.). O preto foi retirado do processo por estabelecer uma relação com a imagem final, na impressão, tinta preta. Estas imagens foram transferidas (canal a canal) e gravadas diretamente com ponta seca sobre a chapa de alumínio. É com o cruzamento destas linhas em hachura que surgem áreas mais densas ou menos densas na imagem final. Essas imagens foram trabalhadas, gravadas e impressas seguindo algo que se aproxima da tradição da gravura. Acima desta imagem inicial, uma série de círculos concêntricos foram impressos a fim de se estabelecer a propagação do ruído no espaço do papel, que transpassa a forma-quadro tencionando uma possível experiência de audição no espectador.
Portfólio de produções artísticas entre 2007 e 2012.
O artista é um criador de imagens em constante diálogo com o outro no mundo. Ao criar algo que é ... more O artista é um criador de imagens em constante diálogo com o outro no mundo. Ao criar algo que é retirado de suas experiências com o cotidiano, materializa a invisibilidade de suas percepções no mundo a um plano imagético e intencionalmente artístico. Assim, estabelece uma relação de intersecção de experiências entre o que produz (artista) a partir de imagens (obras) em direção ao outro (interlocutor). Desde diversos campos, um número expressivo de estudiosos, na contemporaneidade, vem se debruçando sobre uma miríade de questões que tratam da imagem. Uma boa parte desses estudiosos sublinha a transição do conceito de imagem a partir do eixo contemplação/experiência pela ruptura de paradigmas históricos. Nesse horizonte, esta pesquisa, norteada pelos pressupostos fenomenológicos de Merleau-Ponty (2006), se propõe a analisar o conceito de sujeito incorporado e a análise do corpo nas obras de alguns artistas. Entre eles: Yves Klein (Anthropometries-fase azul-1960 e Fire Painting Colors-1961), Jackson Pollock (documentação de perfomance-processo, Hans Namuth, 1951), Hélio Oiticica (Parangolés) e Lygia Clark (Objetos Relacionais). O objetivo é estabelecer interconexões entre a teoria fenomenológica merleau-pontyana e a produção artística que se desenvolve a partir da segunda metade do século XX.
esultado de uma pesquisa em arte de uma das linhas poéticas do trabalho do artista Artur Souza, q... more esultado de uma pesquisa em arte de uma das linhas poéticas do trabalho do artista Artur Souza, que vem sendo empreendida desde 2009. Neste período, etapas do trabalho foram expostas na Galeria Conviv´Art do Núcleo de Arte e Cultura da UFRN – na exposição coletiva da Vivência BRASIL-ALEMANHA, sob a curadoria de Elidete Alencar (fev-març. 2010), na exposição individual sob o título FARNEL (maio de 2013) – e foi premiado no XV Salão de Artes Visuais da Cidade do Natal (dezembro de 2013), na Capitania das Arte – na continuação do processo de trabalho, intitulado Cinzas do Farnel. A mostra a ser apresentada na Pinacoteca Potiguar é um relatório final do processo de pesquisa, com os restos do processo de produção, que tem o fogo como um dos meios de construção das imagens. Farnel tem como significado “matula, comida cozida e levada em um grande guardanapo branco, com porções de feijão, carne e afins”; se caracterizou como verbete/conceito aglutinante inicial das pesquisas e da mostra, que posteriormente sofreu a ação da queima na continuidade do processo de trabalho, para a feitura do trabalho Cinzas do Farnel.
O processo teve início no campo gráfico dos processos de impressão, pintura com aquarela e no desenho. O aspecto da mancha gráfica sempre se mostrou atraente ao processo de construção poética, por apresentar fases de cor e não cor, que são retomados no processo como investigação no/do campo expandido da arte em direção à ruptura com as categorias da arte e como metáfora a campos limítrofes como o imaterial/material, masculino/feminino, por exemplo. Os trabalhos partem da problemática da categorização da arte e da desconstrução da matéria para a construção de um trabalho artístico com sua, posterior, relação com o espaço e a possibilidade de deslocamentos, seja na logística das mostras ou na necessidade de transportar coisas do homem ambulante e de suas necessidades de cozer e comer.
A série de trabalhos apresentados estabelece uma relação entre a leitura do trabalho de José Mari... more A série de trabalhos apresentados estabelece uma relação entre a leitura do trabalho de José Maria de Souza (A Origem da Linguagem: conforme o pensamento de Johan Gottfried Herder, apresentada em 2000, no Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte) com uma série de imagens que apresentam dor/ruído em filmes efêmeros. O processo de leitura da monografia foi aceptor de uma série de imagens, das minhas referências com grito/dor, partindo de filmes efêmeros. Partindo destes filmes, foram retirados frames no momento onde uma das personagens sentia dor e produzia ruído (grito). Essas imagens foram retrabalhadas a fim de se criar uma série de hachuras sobre a matriz da gravura. Partindo da decomposição da imagem em canais, em CMYK, onde cada canal foi traduzido a uma mancha gráfica, que foi transferida ao suporte e que foi reordenada em linhas paralelas no processo de gravação, obedecendo a uma predeterminação formal no sentido, sendo: amarelo, horizontal; vermelho, vertical; e azul, diagonal (45 o.). O preto foi retirado do processo por estabelecer uma relação com a imagem final, na impressão, tinta preta. Estas imagens foram transferidas (canal a canal) e gravadas diretamente com ponta seca sobre a chapa de alumínio. É com o cruzamento destas linhas em hachura que surgem áreas mais densas ou menos densas na imagem final. Essas imagens foram trabalhadas, gravadas e impressas seguindo algo que se aproxima da tradição da gravura. Acima desta imagem inicial, uma série de círculos concêntricos foram impressos a fim de se estabelecer a propagação do ruído no espaço do papel, que transpassa a forma-quadro tencionando uma possível experiência de audição no espectador.
Portfólio de produções artísticas entre 2007 e 2012.
O artista é um criador de imagens em constante diálogo com o outro no mundo. Ao criar algo que é ... more O artista é um criador de imagens em constante diálogo com o outro no mundo. Ao criar algo que é retirado de suas experiências com o cotidiano, materializa a invisibilidade de suas percepções no mundo a um plano imagético e intencionalmente artístico. Assim, estabelece uma relação de intersecção de experiências entre o que produz (artista) a partir de imagens (obras) em direção ao outro (interlocutor). Desde diversos campos, um número expressivo de estudiosos, na contemporaneidade, vem se debruçando sobre uma miríade de questões que tratam da imagem. Uma boa parte desses estudiosos sublinha a transição do conceito de imagem a partir do eixo contemplação/experiência pela ruptura de paradigmas históricos. Nesse horizonte, esta pesquisa, norteada pelos pressupostos fenomenológicos de Merleau-Ponty (2006), se propõe a analisar o conceito de sujeito incorporado e a análise do corpo nas obras de alguns artistas. Entre eles: Yves Klein (Anthropometries-fase azul-1960 e Fire Painting Colors-1961), Jackson Pollock (documentação de perfomance-processo, Hans Namuth, 1951), Hélio Oiticica (Parangolés) e Lygia Clark (Objetos Relacionais). O objetivo é estabelecer interconexões entre a teoria fenomenológica merleau-pontyana e a produção artística que se desenvolve a partir da segunda metade do século XX.