Elizabeth Serra Oliveira Serra - Academia.edu (original) (raw)

Papers by Elizabeth Serra Oliveira Serra

Research paper thumbnail of Diferentes Sujeitos e novas abordagens da educação popular urbana.

Situada no contexto brasileiro, a presente dissertação procura, em primeiro lugar, identificar os... more Situada no contexto brasileiro, a presente dissertação procura, em primeiro lugar, identificar os pressupostos objetivos e subjetivos que contribuíram para consolidar as experiências dos pré-vestibulares populares urbano no Brasil dos anos 90 do século XX. Outra empreitada consiste em conhecer o projeto político pedagógico do Movimento de Pré-Vestibulares para Negros e Carentes (PVNC), expressão concreta dessas experiências de educação popular. Inicia-se pela atualização do debate acerca das concepções de Movimento Social e de Educação Popular, e o modo como essas concepções vêm se construindo no Brasil urbano-industrial. Em seguida, destaca-se, igualmente, os principais pressupostos objetivos e subjetivos da ideologia e da prática neoliberal que contribuíram para aflorar, na cena brasileira os diferentes sujeitos e as novas abordagens da Educação Popular Urbana na década de 90. Partindo-se dessas análises identifica-se uma nova abordagem no interior do Movimento de Educação Popular nessa década. Trata-se das experiências de núcleos de pré-vestibulares populares urbanos que abordam, dentre outras, a questão da democratização do acesso ao ensino superior. Por fim, utiliza como referência dessas experiências o Movimento de Pré-Vestibulares para Negros e Carentes (PVNC), desenvolvido no estado do Rio de Janeiro, buscando identificar seu projeto político pedagógico

Research paper thumbnail of Exploração do Trabalho Precoce: sequestro da infância

OLIVEIRA, Elizabeth Serra. Exploração do Trabalho Precoce: sequestro da Infância. 2013. 198 f. Te... more OLIVEIRA, Elizabeth Serra. Exploração do Trabalho Precoce: sequestro da Infância. 2013. 198 f. Tese (Doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

Esta tese afirma o trabalho como categoria fundante da ontologia do ser social, por ser uma realização essencialmente humana, cuja centralidade determina a vida e, por isso, deve ser um eixo mobilizador dos processos educativos. No entanto, a natureza do trabalho, tal como se apresenta, evidencia uma contradição: se por um lado podemos afirmar o trabalho como fundante da vida humana, por outro, no capitalismo, torna-se mercadoria, produto da acumulação de capitais e de mercadorias, transformando-se em trabalho assalariado, alienado, fetichizado. Desse modo, identificamos, nas relações do modo de produção capitalista, o trabalho na infância como trabalho alienado e como forma de exploração, analisando, entre os pressupostos objetivos e subjetivos, como o trabalho foi sendo utilizado como “salvação” da infância “moralmente abandonada”, a partir do processo de industrialização brasileira, no período compreendido entre o final do século XIX e século XX, marcos históricos da formação econômica, política e cultural brasileira da inserção da criança e do adolescente das classes populares urbanas no trabalho precoce. O estudo desses pressupostos objetivos e subjetivos, que definem a criança e o adolescente em seu processo político e cultural no Brasil, a negação da infância como direito social e os diferentes tipos de infância, constituídas social e culturalmente, são aqui analisados, procurando entender como se estabelece as redes de significados e a percepção dos padrões culturais, e como são tecidas as relações sociais e seus enfrentamentos na formação de uma nova relação da criança e do adolescente com o trabalho em seu princípio educativo, e não na condição produtiva de valor de troca. Também buscamos identificar e analisar as mediações possíveis da democracia, na sociedade capitalista, em garantir Políticas Públicas Sociais de combate ao trabalho infantil, analisando os desafios teóricos e práticos dos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, na elaboração, implementação e no controle social dessas políticas, e afirmamos a não centralidade dessa temática nos Conselhos de Direitos. Bem como, a incompatibilidade entre a focalização e a universalização das políticas públicas. Com isso, afirmamos que a inserção precoce da criança e a inserção desprotegida do adolescente no mercado de trabalho não os dignificam, nem contribui para a sua emancipação como sujeito social, mas sim, fortalece seu futuro como sobrante nas relações capitalistas de produção.

Palavras Chaves: Trabalho Infantil. Trabalho Precoce. Estado. Políticas Públicas. Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente.

Capítulos de livro by Elizabeth Serra Oliveira Serra

Research paper thumbnail of Crítica à Cultura do Controle em PMA e processo colaborativo como ato educativo transformador

Desafios educativos do fazer cotidiano, diferentes olhares, 2012

O Capítulo do livro coloca elementos para uma crítica à cultura do controle que permeia os proces... more O Capítulo do livro coloca elementos para uma crítica à cultura do controle que permeia os processos de Planejamento, monitoramento e avaliação de projetos de intervenção social (PMA) e propõe uma reorganização teórico prática entendendo os processos colaborativos em PMA com ato educativo transformador

Research paper thumbnail of Diferentes Sujeitos e novas abordagens da educação popular urbana.

Situada no contexto brasileiro, a presente dissertação procura, em primeiro lugar, identificar os... more Situada no contexto brasileiro, a presente dissertação procura, em primeiro lugar, identificar os pressupostos objetivos e subjetivos que contribuíram para consolidar as experiências dos pré-vestibulares populares urbano no Brasil dos anos 90 do século XX. Outra empreitada consiste em conhecer o projeto político pedagógico do Movimento de Pré-Vestibulares para Negros e Carentes (PVNC), expressão concreta dessas experiências de educação popular. Inicia-se pela atualização do debate acerca das concepções de Movimento Social e de Educação Popular, e o modo como essas concepções vêm se construindo no Brasil urbano-industrial. Em seguida, destaca-se, igualmente, os principais pressupostos objetivos e subjetivos da ideologia e da prática neoliberal que contribuíram para aflorar, na cena brasileira os diferentes sujeitos e as novas abordagens da Educação Popular Urbana na década de 90. Partindo-se dessas análises identifica-se uma nova abordagem no interior do Movimento de Educação Popular nessa década. Trata-se das experiências de núcleos de pré-vestibulares populares urbanos que abordam, dentre outras, a questão da democratização do acesso ao ensino superior. Por fim, utiliza como referência dessas experiências o Movimento de Pré-Vestibulares para Negros e Carentes (PVNC), desenvolvido no estado do Rio de Janeiro, buscando identificar seu projeto político pedagógico

Research paper thumbnail of Exploração do Trabalho Precoce: sequestro da infância

OLIVEIRA, Elizabeth Serra. Exploração do Trabalho Precoce: sequestro da Infância. 2013. 198 f. Te... more OLIVEIRA, Elizabeth Serra. Exploração do Trabalho Precoce: sequestro da Infância. 2013. 198 f. Tese (Doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

Esta tese afirma o trabalho como categoria fundante da ontologia do ser social, por ser uma realização essencialmente humana, cuja centralidade determina a vida e, por isso, deve ser um eixo mobilizador dos processos educativos. No entanto, a natureza do trabalho, tal como se apresenta, evidencia uma contradição: se por um lado podemos afirmar o trabalho como fundante da vida humana, por outro, no capitalismo, torna-se mercadoria, produto da acumulação de capitais e de mercadorias, transformando-se em trabalho assalariado, alienado, fetichizado. Desse modo, identificamos, nas relações do modo de produção capitalista, o trabalho na infância como trabalho alienado e como forma de exploração, analisando, entre os pressupostos objetivos e subjetivos, como o trabalho foi sendo utilizado como “salvação” da infância “moralmente abandonada”, a partir do processo de industrialização brasileira, no período compreendido entre o final do século XIX e século XX, marcos históricos da formação econômica, política e cultural brasileira da inserção da criança e do adolescente das classes populares urbanas no trabalho precoce. O estudo desses pressupostos objetivos e subjetivos, que definem a criança e o adolescente em seu processo político e cultural no Brasil, a negação da infância como direito social e os diferentes tipos de infância, constituídas social e culturalmente, são aqui analisados, procurando entender como se estabelece as redes de significados e a percepção dos padrões culturais, e como são tecidas as relações sociais e seus enfrentamentos na formação de uma nova relação da criança e do adolescente com o trabalho em seu princípio educativo, e não na condição produtiva de valor de troca. Também buscamos identificar e analisar as mediações possíveis da democracia, na sociedade capitalista, em garantir Políticas Públicas Sociais de combate ao trabalho infantil, analisando os desafios teóricos e práticos dos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, na elaboração, implementação e no controle social dessas políticas, e afirmamos a não centralidade dessa temática nos Conselhos de Direitos. Bem como, a incompatibilidade entre a focalização e a universalização das políticas públicas. Com isso, afirmamos que a inserção precoce da criança e a inserção desprotegida do adolescente no mercado de trabalho não os dignificam, nem contribui para a sua emancipação como sujeito social, mas sim, fortalece seu futuro como sobrante nas relações capitalistas de produção.

Palavras Chaves: Trabalho Infantil. Trabalho Precoce. Estado. Políticas Públicas. Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente.

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Desafios educativos do fazer cotidiano, diferentes olhares, 2012

O Capítulo do livro coloca elementos para uma crítica à cultura do controle que permeia os proces... more O Capítulo do livro coloca elementos para uma crítica à cultura do controle que permeia os processos de Planejamento, monitoramento e avaliação de projetos de intervenção social (PMA) e propõe uma reorganização teórico prática entendendo os processos colaborativos em PMA com ato educativo transformador