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Conference Presentations by Breno Ferreira
O Século das Luzes nas confrontações contemporâneas: reler Montesquieu na era imagética , 2017
O “fim de uma era”? Uma pergunta emblemática para se pensar se a era imagética representa na pers... more O “fim de uma era”? Uma pergunta emblemática para se pensar se a era imagética representa na perspectiva filosófica contemporânea uma interrogação que se define análoga ao um novo tempo. A era que se finda seria, talvez, a do Século das Luzes que não mais proporcionaria reflexões importantes ou fundamentais em relação a diversos temas dentre eles tecnociência, imagem virtual, a velocidade que se apresentam como novas configurações do mundo e distantes das Luzes.
Papers by Breno Ferreira
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
Resumo No vocabulário das Luzes, ‘economia da natureza’ se relacionava à ideia da existência de u... more Resumo No vocabulário das Luzes, ‘economia da natureza’ se relacionava à ideia da existência de um ‘equilíbrio’ entre as diversas partes que compõem o mundo natural. Por sua vez, ‘economia animal’ e ‘economia vegetal’ tinham seus significados ligados ao ‘organismo’ de animais e plantas, respectivamente. Este artigo tem como objetivo analisar como naturalistas luso-americanos (Alexandre Rodrigues Ferreira, José Bonifácio de Andrada e Silva, Manuel Galvão da Silva e João da Silva Feijó) mobilizaram esses conceitos no exame de aspectos relacionados a realidades locais de diferentes partes do Império português (Reino e colônias) de finais do século XVIII e início do XIX.
Revista Angelus Novus, Jul 24, 2011
Revista de História, 2018
O objetivo deste artigo é refletir como a história natural foi mobilizada para combater as doutri... more O objetivo deste artigo é refletir como a história natural foi mobilizada para combater as doutrinas materialistas ilustradas em Portugal na segunda metade do século XVIII. Propõe-se analisar o pensamento de três importantes homens de ciência portugueses que se valeram da teologia natural para defender, por diferentes meios, a validade da doutrina católica: o padre oratoriano Teodoro de Almeida e os frades franciscanos Manuel do Cenáculo e José Mayne. Argumentaremos que, naquele contexto da Ilustração, tais intelectuais enxergaram a necessidade de se opor publicamente às “novas filosofias do século”, sempre buscando fundamentar a legitimidade da doutrina católica por sua racionalidade.
Revista Brasileira de História da Ciência, 2019
Trata-se da transcrição do manuscrito “Memória sobre as Viagens Filosóficas”, de autoria do natur... more Trata-se da transcrição do manuscrito “Memória sobre as Viagens Filosóficas”, de autoria do naturalista luso-americano Manuel Galvão da Silva (Bahia, 1750-?). No texto introdutório, analisamos esse documento em conjunto com outros escritos de Galvão da Silva, bem como com as instruções de viagem que recebeu para ir à Bahia, Goa e Moçambique – este último, o local onde foi escrito. Discutimos também sobre a possível data e a finalidade para a qual foi redigido. Sua leitura permite concluir que uma das principais preocupações do naturalista era a questão da saúde. As enfermidades foram uma constante na sua trajetória como viajante e, com base na debilitação de seu estado de saúde, procura justificar os baixos resultados alcançados no exame da natureza local.
Revista de Indias, 2020
Este artículo trata de la forma en que el naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira utilizó la edi... more Este artículo trata de la forma en que el naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira utilizó la edición francesa de La Historia de América (1777), del historiador William Robertson, para comprender a los pueblos indígenas de la América portuguesa durante el Viaje filosófico (1783-1792). Procedemos comparando la edición francesa con dos de sus escritos, Participación General de Río Negro (1787) y Observaciones Generales y Particulares sobre la Clase de los Mamais (1790), destacando los usos y apropiaciones textuales que hizo el naturalista. Argumentamos que la comprensión de los pueblos indígenas de las regiones que visitó se basó en la identificación de su «modo de subsistencia» y la existencia de un «carácter general» amerindio, conceptos incorporados de su lectura de Robertson. [pt] Este artigo versa sobre a maneira como o naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira mobilizou uma edição francesa de The History of America (1777), do historiador William Robertson, para compreender os pov...
Revista de História e Historiografia da Educação, 2019
O propósito deste artigo é analisar a crítica ilustrada do naturalista Alexandre Rodrigues Ferrei... more O propósito deste artigo é analisar a crítica ilustrada do naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira (1756-1815) às narrativas sobre a América – principalmente referentes ao Reino Animal – que, segundo ele, apresentavam caráter de “fábula”. Utilizaremos basicamente as memórias redigidas durante a viagem filosófica pelas capitanias do Grão-Pará, Rio Negro e Mato Grosso (1783-1792), em particular as “Observações gerais e particulares sobre a classe dos mamais” (1790) e outras referentes aos povos indígenas da América portuguesa. Inicialmente, descreveremos a formação do naturalista no curso filosófico da reformada Universidade de Coimbra após 1772 e as instruções de viagem que recebeu. Em seguida, discutiremos a análise que teceu dos corpos dos ameríndios, destacando particularmente sua concepção de “monstro”, e examinando a sua análise da suposta existência do Homo caudatus. Por fim, destacaremos outros casos em que utilizou a noção de “fábula”, isto é, para referir-se às crenças e pr...
Revista Tempo e Argumento, 2018
Em primeiro lugar, agradeço à professora Iris Kantor, minha orientadora e principal interlocutora... more Em primeiro lugar, agradeço à professora Iris Kantor, minha orientadora e principal interlocutora, que me conduziu sabiamente por esses mais de três anos. Agradeço também aos professores José Reinaldo de Lima Lopes e Sara Albieri, pelas valiosas sugestões feitas no exame de qualificação. Agradeço ao professor Fernando Antonio Novais, por tudo que me ensinou nos cursos de pós-graduação. Agradeço aos meus amigos e colegas de pós-graduação: Gustavo Tuna, Ágatha, Patrícia Valim, Leandro Calbente e Danielle Sanchez, pelas contribuições sempre relevantes, e de vários tipos; Daniel de Lara Oliveira, Letícia Raymundo, Newton Xavier, Nelson Campos e Bruno Franco, pela leitura do texto e pelas importantes observações e sugestões feitas; Nelson Cantarino, além da leitura, das observações e das sugestões, pelas conversas sempre muito profícuas que tivemos em todos esses tempos; e a todos os demais colegas, professores e funcionários da Cátedra Jaime Cortesão, um espaço de compartilhamento de experiências, livros, informações e conhecimento. Também agradeço aos funcionários da Biblioteca Central e do setor de pós-graduação, pelos serviços eficientes. Agradeço aos meus camaradas que me acompanham desde o início dessa trajetória: Adriano Marangoni, pelo apoio, incentivo, amizade, leitura parcial e sugestões; Yone de Carvalho, com quem aprendi muito mais do que sei dimensionar; e a todos os amigos que fiz desde os tempos de graduação. Agradeço a meus colegas e amigos do trabalho: ao pessoal do plantão e a todos do departamento de História, em especial ao professor Rogério Forastieri da Silva, pelo incentivo e sugestões de leitura. Agradeço à Camile Tesche, pela revisão do texto. Agradeço a todos os meus familiares e, em particular, aos meus pais, por tudo que fizeram e fazem por mim. Por fim, agradeço à Juliana, pela compreensão, apoio e carinho, que muito me estimularam. "Yo soy yo y mi circunstancia"
História da Historiografia, 2015
No presente artigo, pretende-se tratar da obra Verdadeiro método de estudar (1746), de Luís Antón... more No presente artigo, pretende-se tratar da obra Verdadeiro método de estudar (1746), de Luís António Verney (1713-1792), como uma proposta de renovação dos estudos católicos em Portugal baseada no método crítico. Após passarmos em revista o desenvolvimento do método crítico nos séculos XVII e XVIII, identificando alguns de seus desdobramentos na França, Itália e Portugal, inseriremos a obra de Verney no contexto intelectual italiano, onde o autor viveu desde 1736. Em seguida, mostraremos como a proposta do autor girava em torno da ideia de se conciliar a Filosofia moderna com a Teologia dogmática. Para ele, a Teologia escolástica adotada pela Companhia de Jesus nos colégios e universidades portugueses não servia para o que deveria ser o principal empenho de teólogos e filósofos: defender a religião católica satisfatoriamente contra a heterodoxia religiosa.
Topoi (Rio de Janeiro), 2014
Revista de História, 2018
O objetivo deste artigo é refletir como a história natural foi mobilizada para combater as doutri... more O objetivo deste artigo é refletir como a história natural foi mobilizada para combater as doutrinas materialistas ilustradas em Portugal na segunda metade do século XVIII. Propõe-se analisar o pensamento de três importantes homens de ciência portugueses que se valeram da teologia natural para defender, por diferentes meios, a validade da doutrina católica: o padre oratoriano Teodoro de Almeida e os frades franciscanos Manuel do Cenáculo e José Mayne. Argumentaremos que, naquele contexto da Ilustração, tais intelectuais enxergaram a necessidade de se opor publicamente às “novas filosofias do século”, sempre buscando fundamentar a legitimidade da doutrina católica por sua racionalidade.
O Século das Luzes nas confrontações contemporâneas: reler Montesquieu na era imagética , 2017
O “fim de uma era”? Uma pergunta emblemática para se pensar se a era imagética representa na pers... more O “fim de uma era”? Uma pergunta emblemática para se pensar se a era imagética representa na perspectiva filosófica contemporânea uma interrogação que se define análoga ao um novo tempo. A era que se finda seria, talvez, a do Século das Luzes que não mais proporcionaria reflexões importantes ou fundamentais em relação a diversos temas dentre eles tecnociência, imagem virtual, a velocidade que se apresentam como novas configurações do mundo e distantes das Luzes.
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
Resumo No vocabulário das Luzes, ‘economia da natureza’ se relacionava à ideia da existência de u... more Resumo No vocabulário das Luzes, ‘economia da natureza’ se relacionava à ideia da existência de um ‘equilíbrio’ entre as diversas partes que compõem o mundo natural. Por sua vez, ‘economia animal’ e ‘economia vegetal’ tinham seus significados ligados ao ‘organismo’ de animais e plantas, respectivamente. Este artigo tem como objetivo analisar como naturalistas luso-americanos (Alexandre Rodrigues Ferreira, José Bonifácio de Andrada e Silva, Manuel Galvão da Silva e João da Silva Feijó) mobilizaram esses conceitos no exame de aspectos relacionados a realidades locais de diferentes partes do Império português (Reino e colônias) de finais do século XVIII e início do XIX.
Revista Angelus Novus, Jul 24, 2011
Revista de História, 2018
O objetivo deste artigo é refletir como a história natural foi mobilizada para combater as doutri... more O objetivo deste artigo é refletir como a história natural foi mobilizada para combater as doutrinas materialistas ilustradas em Portugal na segunda metade do século XVIII. Propõe-se analisar o pensamento de três importantes homens de ciência portugueses que se valeram da teologia natural para defender, por diferentes meios, a validade da doutrina católica: o padre oratoriano Teodoro de Almeida e os frades franciscanos Manuel do Cenáculo e José Mayne. Argumentaremos que, naquele contexto da Ilustração, tais intelectuais enxergaram a necessidade de se opor publicamente às “novas filosofias do século”, sempre buscando fundamentar a legitimidade da doutrina católica por sua racionalidade.
Revista Brasileira de História da Ciência, 2019
Trata-se da transcrição do manuscrito “Memória sobre as Viagens Filosóficas”, de autoria do natur... more Trata-se da transcrição do manuscrito “Memória sobre as Viagens Filosóficas”, de autoria do naturalista luso-americano Manuel Galvão da Silva (Bahia, 1750-?). No texto introdutório, analisamos esse documento em conjunto com outros escritos de Galvão da Silva, bem como com as instruções de viagem que recebeu para ir à Bahia, Goa e Moçambique – este último, o local onde foi escrito. Discutimos também sobre a possível data e a finalidade para a qual foi redigido. Sua leitura permite concluir que uma das principais preocupações do naturalista era a questão da saúde. As enfermidades foram uma constante na sua trajetória como viajante e, com base na debilitação de seu estado de saúde, procura justificar os baixos resultados alcançados no exame da natureza local.
Revista de Indias, 2020
Este artículo trata de la forma en que el naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira utilizó la edi... more Este artículo trata de la forma en que el naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira utilizó la edición francesa de La Historia de América (1777), del historiador William Robertson, para comprender a los pueblos indígenas de la América portuguesa durante el Viaje filosófico (1783-1792). Procedemos comparando la edición francesa con dos de sus escritos, Participación General de Río Negro (1787) y Observaciones Generales y Particulares sobre la Clase de los Mamais (1790), destacando los usos y apropiaciones textuales que hizo el naturalista. Argumentamos que la comprensión de los pueblos indígenas de las regiones que visitó se basó en la identificación de su «modo de subsistencia» y la existencia de un «carácter general» amerindio, conceptos incorporados de su lectura de Robertson. [pt] Este artigo versa sobre a maneira como o naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira mobilizou uma edição francesa de The History of America (1777), do historiador William Robertson, para compreender os pov...
Revista de História e Historiografia da Educação, 2019
O propósito deste artigo é analisar a crítica ilustrada do naturalista Alexandre Rodrigues Ferrei... more O propósito deste artigo é analisar a crítica ilustrada do naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira (1756-1815) às narrativas sobre a América – principalmente referentes ao Reino Animal – que, segundo ele, apresentavam caráter de “fábula”. Utilizaremos basicamente as memórias redigidas durante a viagem filosófica pelas capitanias do Grão-Pará, Rio Negro e Mato Grosso (1783-1792), em particular as “Observações gerais e particulares sobre a classe dos mamais” (1790) e outras referentes aos povos indígenas da América portuguesa. Inicialmente, descreveremos a formação do naturalista no curso filosófico da reformada Universidade de Coimbra após 1772 e as instruções de viagem que recebeu. Em seguida, discutiremos a análise que teceu dos corpos dos ameríndios, destacando particularmente sua concepção de “monstro”, e examinando a sua análise da suposta existência do Homo caudatus. Por fim, destacaremos outros casos em que utilizou a noção de “fábula”, isto é, para referir-se às crenças e pr...
Revista Tempo e Argumento, 2018
Em primeiro lugar, agradeço à professora Iris Kantor, minha orientadora e principal interlocutora... more Em primeiro lugar, agradeço à professora Iris Kantor, minha orientadora e principal interlocutora, que me conduziu sabiamente por esses mais de três anos. Agradeço também aos professores José Reinaldo de Lima Lopes e Sara Albieri, pelas valiosas sugestões feitas no exame de qualificação. Agradeço ao professor Fernando Antonio Novais, por tudo que me ensinou nos cursos de pós-graduação. Agradeço aos meus amigos e colegas de pós-graduação: Gustavo Tuna, Ágatha, Patrícia Valim, Leandro Calbente e Danielle Sanchez, pelas contribuições sempre relevantes, e de vários tipos; Daniel de Lara Oliveira, Letícia Raymundo, Newton Xavier, Nelson Campos e Bruno Franco, pela leitura do texto e pelas importantes observações e sugestões feitas; Nelson Cantarino, além da leitura, das observações e das sugestões, pelas conversas sempre muito profícuas que tivemos em todos esses tempos; e a todos os demais colegas, professores e funcionários da Cátedra Jaime Cortesão, um espaço de compartilhamento de experiências, livros, informações e conhecimento. Também agradeço aos funcionários da Biblioteca Central e do setor de pós-graduação, pelos serviços eficientes. Agradeço aos meus camaradas que me acompanham desde o início dessa trajetória: Adriano Marangoni, pelo apoio, incentivo, amizade, leitura parcial e sugestões; Yone de Carvalho, com quem aprendi muito mais do que sei dimensionar; e a todos os amigos que fiz desde os tempos de graduação. Agradeço a meus colegas e amigos do trabalho: ao pessoal do plantão e a todos do departamento de História, em especial ao professor Rogério Forastieri da Silva, pelo incentivo e sugestões de leitura. Agradeço à Camile Tesche, pela revisão do texto. Agradeço a todos os meus familiares e, em particular, aos meus pais, por tudo que fizeram e fazem por mim. Por fim, agradeço à Juliana, pela compreensão, apoio e carinho, que muito me estimularam. "Yo soy yo y mi circunstancia"
História da Historiografia, 2015
No presente artigo, pretende-se tratar da obra Verdadeiro método de estudar (1746), de Luís Antón... more No presente artigo, pretende-se tratar da obra Verdadeiro método de estudar (1746), de Luís António Verney (1713-1792), como uma proposta de renovação dos estudos católicos em Portugal baseada no método crítico. Após passarmos em revista o desenvolvimento do método crítico nos séculos XVII e XVIII, identificando alguns de seus desdobramentos na França, Itália e Portugal, inseriremos a obra de Verney no contexto intelectual italiano, onde o autor viveu desde 1736. Em seguida, mostraremos como a proposta do autor girava em torno da ideia de se conciliar a Filosofia moderna com a Teologia dogmática. Para ele, a Teologia escolástica adotada pela Companhia de Jesus nos colégios e universidades portugueses não servia para o que deveria ser o principal empenho de teólogos e filósofos: defender a religião católica satisfatoriamente contra a heterodoxia religiosa.
Topoi (Rio de Janeiro), 2014
Revista de História, 2018
O objetivo deste artigo é refletir como a história natural foi mobilizada para combater as doutri... more O objetivo deste artigo é refletir como a história natural foi mobilizada para combater as doutrinas materialistas ilustradas em Portugal na segunda metade do século XVIII. Propõe-se analisar o pensamento de três importantes homens de ciência portugueses que se valeram da teologia natural para defender, por diferentes meios, a validade da doutrina católica: o padre oratoriano Teodoro de Almeida e os frades franciscanos Manuel do Cenáculo e José Mayne. Argumentaremos que, naquele contexto da Ilustração, tais intelectuais enxergaram a necessidade de se opor publicamente às “novas filosofias do século”, sempre buscando fundamentar a legitimidade da doutrina católica por sua racionalidade.