Bruno Cava - Academia.edu (original) (raw)
Papers by Bruno Cava
Linhas de mundialização Este artigo traça algumas linhas de reflexão sobre a mundialização e, ao ... more Linhas de mundialização Este artigo traça algumas linhas de reflexão sobre a mundialização e, ao mesmo tempo, esboça um projeto mais ambicioso de pesquisa sobre o trabalho das linhas 16. Em sua antropologia comparada da linha, Tim Ingold nos lembra:-O que há de comum entre caminhar, costurar, cantar, contar uma história, desenhar e escrever? A resposta é que todas essas ações se desenrolam segundo diferentes tipos de linhas‖ 17. As linhas estão por toda parte, mas diferem umas das outras. Para Delanda, as civilizações se distinguem umas das outras pelo fato de serem ou não lineares 18. Ingold sugere outro caminho, outra linha de diferenciação. A questão não é de linearidade ou nãolinearidade, mas quem impõe essas linhas:-O colonialismo não consiste exatamente na imposição de uma linearidade sobre uma sociedade de outra forma não-linear, mas em impor a sua própria linha em detrimento de outro tipo de linha‖ 19. Então, não somente é preciso diferenciar os tipos de linhas e quem os produziu, como também como as linhas foram produzidas e reproduzidas. Isto significa que as linhas têm o poder de fabricar o mundo como também de mudá-lo. Essa a questão que nos interessa: o trabalho das linhas. Carl Schmitt nos deu as teorizações mais robustas sobre o trabalho jurídicopolítico das linhas 20. Já no livro Terra e mar 21 , um pequeno ensaio publicado em 1942, 13 Publicado Originalmente na Revista Multitude N o 70. Disponível também no site da Universidade Nômade Brasil: http://uninomade.net/tenda/o-trabalho-das-linhas/ 14 Giuseppe Cocco, pesquisador da UniNômade. Professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, editor das revistas Global Brasil, Lugar Comum e Multitudes e coordenador da coleção A Política no Império (Civilização Brasileira). 15 Blogueiro e professor de cursos livres fora da instituição universitária, é coeditor da revista Lugar Comum, autor com Alexandre F.
O que fazer depois do acontecimento? Como enxergá-lo? Como estar-lhe à altura, poder contar com e... more O que fazer depois do acontecimento? Como enxergá-lo? Como estar-lhe à altura, poder contar com ele? Este artigo aborda três linhas de subjetivação: a relação melancólica (o futuro repete o passado), a nostálgica (o passado é irrepetível) e o kairós (a abertura do passado e do futuro). Para isso, é feita uma análise do uso das intensidades e das capturas a partir do filme "No intenso agora" (2017), do diretor brasileiro João Moreira Salles. Ao longo do artigo, se faz um cotejamento entre as linhas que atravessam os acontecimentos de Maio de 1968 (global) e Junho de 2013 (no Brasil). Palavras-chave João Moreira Salles; Gilles Deleuze; Filosofia do acontecimento. Logo no início, a narração em off mostra uma filmagem caseira de uma família brasileira passeando na rua de uma cidade qualquer. Ao perceber que está sendo filmada, a empregada voluntariamente sai de primeiro plano para se postar ao fundo do quadro, de onde observa a cena agora protagonizada somente pelos patrões. O narrador informa que não há indicações sobre as circunstâncias da filmagem nem quem seriam aquelas pessoas, apenas que se trata de um material datado de 1968. Então nos explica que, embora prosaica, a imagem contrabandeou algo que escapa à consciência dos participantes da cena. A relação dos corpos e espaços expôs, inadvertidamente, a 1 O presente artigo é a versão escrita da aula realizada no âmbito do curso "Multitudoceno", organizado pela Universidade Nômade, e ministrada em dezembro de 2017 no Museu da República, Rio de Janeiro. Uma versão reduzida foi publicada anteriormente, no formato de resenha de filme, no blogue coletivo Kinodeleuze, em 7 de dezembro de 2017, disponível em https://medium.com/kinodeleuze/melancolia-e-furor-em-jo%C3%A3o-moreira-salles-e44b2180564a 2 Bruno Cava publica em vários sites e é autor e organizador de vários livros, sendo o último deles publicado com Giuseppe Cocco: "New neoliberalism and the other; biopower, anthropophagy and living money" (New York: Lexington Books, 2018). Coeditor da Revista Lugar Comum, participa da rede Universidade Nômade.
Indisciplinar, Oct 5, 2015
South Atlantic Quarterly, 2014
This article discusses the unfolding of protests in Brazil in 2013—between fear of the government... more This article discusses the unfolding of protests in Brazil in 2013—between fear of the government and the joy of the multitude—starting from the question of how they reached such a large scale. Using the autonomist concept of class composition, the essay analyzes the transition of the struggle from a social composition to a political composition. The argument hypothesizes that the recomposition occurred during the political and social phenomenon of Lulism (as theorized by André Singer, Jessé Souza, Guiseppe Cocco, and others) and has intensified the internal paradox of Lulist-Dilmist governance and its material bases. In this sense, recomposition occurred through the activation of political capacities and antagonisms that—having neither escaped nor been captured by the representative Left and any other electoral fronts—ultimately conferred a class character on the protests. The article concludes by discussing the centrality of direct action for sustaining and multiplying the protest...
Revista Direito e Práxis, 2013
O artigo aborda a luta pela extinção do direito pautada pela afirmação do comunismo. Com Pachukan... more O artigo aborda a luta pela extinção do direito pautada pela afirmação do comunismo. Com Pachukanis, analisa a posição antidireito como indissociável da superação das condições históricopolíticas do capital. Para o jurista russo, a luta pela abolição da forma jurídica não está subordinada a outras esferas de atuação (econômica, política ou cultural), assumindo uma autonomia própria no interior das formas de poder do capitalismo. A transição ao comunismo depende da extinção do conjunto de formas com que opera o capital. Com Negri, mais do que destruição da forma do capital, tem-se o antidireito como instância de contrapoder, como uma positividade que já é o comunismo. A luta contra a forma jurídica se dá "dentro e contra" o próprio direito, com a ativação e potenciação dos direitos vivos que habitam o interior do direito estatal. O comunismo confundese com a transição, como a construção aqui e agora de instituições do comum. O direito do comum se apresenta, assim, como a expressão afirmativa da extinção do direito aprisionado entre o público e o privado, o estado e o mercado capitalistas.
Brazilian Symposium of Computer Graphic and Image Processing, 2004
We present an algorithm for polygonizing closed implicit surfaces, which produces meshes adapted ... more We present an algorithm for polygonizing closed implicit surfaces, which produces meshes adapted to the local curvature of the surface. Our method is similar to, but NOT based on, Marching Triangles, in that we start from a point on the surface and develop a mesh from that point using a surface-tracking approach. In a marked departure from previous approaches, our meshes approximate the surface through heuristics relying on curvature. Furthermore, our method works completely on-the-fly, resolving cracks as it proceeds, without the need for any post-remeshing step to correct failures. We have tested the algorithm with three different representations of implicit surfaces, Variational, analythical and MPU, using non-trivial data sets, yielding results that illustrate the flexibility and scalability of our technique. Performance comparisons with variants of Marching Cubes show that our approach is capable of good accuracy and meshing quality without sacrificing computing resources.
Multitudes, 2015
El presente trabajo de investigación tiene por objeto el estudio del caso: "Artivismo plus Grassr... more El presente trabajo de investigación tiene por objeto el estudio del caso: "Artivismo plus Grassroots", llevado a cabo en la Campaña Electoral de Manuela Carmena en las Elecciones Municipales de Madrid en 2015, en las que se unieron estos dos términos, arte y participación ciudadana, innovando como nunca antes se había visto en España en comunicación política. Se profundizará también, dentro de este contexto, la campaña del partido "Ahora Madrid" al que pertenece la candidata citada. Resulta revelador dar cuenta del uso que los nuevos partidos, en este caso Ahora Madrid, han hecho de las plataformas digitales como herramientas de comunicación durante las elecciones con el objetivo de identificar la actividad generada en las mismas y su carácter y, de la misma forma, observar si fomentaron la comunicación horizontal y bidireccional característica de este entorno 2.0. Para Manuel Castells (2012), en las últimas dos décadas se ha producido una transformación revolucionaria en torno a la tecnología y la organización de la comunicación socializada. "Dicha transformación puede definirse como el paso de la comunicación de masas a la auto-comunicación de masas (p.23). Punto importante a desarrollar en este artículo. Y en todo este entorno de cambios en la comunicación hay que añadir que en el comportamiento político de los españoles hay un antes y un después desde el movimiento del 15M. Cabe destacar al
Multitudes, 2014
A partir d’auteurs comme Negri, Cocco, Viveiros de Castro et Fanon, cet article discute le deveni... more A partir d’auteurs comme Negri, Cocco, Viveiros de Castro et Fanon, cet article discute le devenir-indien comme un concept pour les forces expressives de luttes et de reinvention dans le Sud. A travers de formes concretes d’intervention, on analyse un mode de resistance a la fois creatif et alternatif, qui prend le contre-pied de l’actuel agenda capitaliste et neo-developpementiste.
New Neoliberalism and the Other. Biopower, Anthropophagy, and Living Money
Revista Brasileira de História da Ciência
Este artigo apresenta brevemente a copesquisa e os science studies, e faz uma análise inicial par... more Este artigo apresenta brevemente a copesquisa e os science studies, e faz uma análise inicial para uma possível parceria entre ambos, sobretudo no que diz respeito à circulação do conhecimento. Nosso objetivo é começar a esboçar um caminho conjunto para pensar a prática científica no Brasil; e sua justificativa é a relevância política de estreitar os laços entre ciência e sociedade no mundo contemporâneo.
Este artigo apresenta brevemente o ciclo de lutas globais marcado por tres eixos principais: as r... more Este artigo apresenta brevemente o ciclo de lutas globais marcado por tres eixos principais: as revolucoes arabes, o movimento europeu do 15-M e o movimento predominantemente norte-americano do Occupy. A seguir, esboca as ferramentas metodologicas e conceituais -- o comunismo como ontologia, a luta anticapitalista, o metodo da tendencia e da abstracao determinada, a copesquisa militante, o conceito de multidao -- para uma compreensao do ciclo segundo o ponto de vista revolucionario comunista. Os principais autores mobilizados sao Karl Marx e Antonio Negri.
"The Body of the Poor" (pdf) - Giuseppe Cocco and Bruno Cava (2018) This text is part of the con... more "The Body of the Poor" (pdf) - Giuseppe Cocco and Bruno Cava (2018)
This text is part of the conclusions of New Neoliberalism and the Other. Biopower, Anthropophagy, and Living Money (Lexington, 2018).
Giuseppe Cocco is professor at the Federal University of Rio de Janeiro and the Brazilian Institute of Information in Science and Technology. He published MundoBraz: el Devenir-Mundo de Brasil y el Devenir-Brasil del Mundo (Traficantes de Sueños, 2012).
Bruno Cava is an engineer and philosopher. He is associate researcher in the Universidade Nômade network. He published A Multidão Foi Ao Deserto (Anna Blume, 2013).
Giuseppe Cocco et Bruno Cava Cet article est à la fois l'aboutissement de quelques réflexions sur... more Giuseppe Cocco et Bruno Cava Cet article est à la fois l'aboutissement de quelques réflexions sur la mondialisation et l'ébauche d'une recherche sur le travail des lignes 1. Dans son anthropologie comparée de la ligne, Tim Ingold nous rappelle que les lignes sont partout : « Qu'y a-‐t-‐il de commun entre marcher, tisser, chanter, raconter une histoire, dessiner et écrire ? La réponse, nous dit-‐il, est que toutes ces actions suivent différents types de lignes » 2. Mais si les lignes sont bien partout, elles sont aussi fort différentes. De la même manière, les civilisations se distingueraient, dit-‐on, par le fait d'être ou de ne pas être linéaires 3. Ingold suggère un autre chemin, une autre ligne. 4. Mais il déplace totalement l'approche : la question n'est pas de lignes ou non-‐lignes, de linéarité et non-‐linéarité, mais de qui impose quelles lignes : « Le colonialisme ne consiste pas tant à imposer une linéarité à un monde qui ne serait pas linéaire, mais à imposer sa ligne au détriment d'un autre type de ligne » 5. Non seulement il faut différentier les types de lignes et ceux qui les font, mais aussi comment les lignes sont produites et reproduites. Cela signifie que les lignes ont le pouvoir de fabriquer le monde et aussi de le changer. Ainsi, les cartographes ne se limitent pas à représenter le monde mais ils le produisent, nous rappelle Jerry Brotton 6. Voilà la question centrale qui nous intéresse : le travail des lignes. C'est à Carl Schmitt – dans Le nomos de la terre 7-‐ que l'on doit les théorisations le plus puissantes des dimensions politico-‐juridiques des lignes. Son adhésion tardive mais réelle au régime nazi (même si ce n'était pas au nazisme) et son antisémitisme déclaré n'éliminent pas l'importance de son travail même s'ils en rendent plus inquiétantes les implications. Déjà dans Terre et Mer 8 , un petit essai publié en 1942, Schmitt décrit la domination terrestre d'une Angleterre si proche de la mer qu'elle se compare à un poisson monstrueux, le Léviathan. C'est une lecture puissante qui rappelle le rapport direct de la révolution industrielle à la mer. Il cite Hegel : « De même que le principe de la vie de famille est la terre et une solide propriété foncière, l'élément naturel qui vivifie l'industrie et la dynamise ver l'extérieur est la mer. ». Jusqu'au milieu du XVème siècle, les civilisations étaient essentiellement terrestres et leurs captures végétales. La domination des mers intérieures-‐ la Méditerranée des Phéniciens, des Grecs, des Romains et des Sarrasins, la Baltique des villes hanséatiques, la Mer du Nord des Vikings – continuait d'être subordonnée à la mère-‐patrie: mare nostrum. La déterritorialisation n'était que sporadique, lorsque des baleiniers étaient happés en haute mer par les grands
Bruno Cava e Giuseppe Cocco (artigo inicialmente publicado na revista Multitudes, n. 70, primaver... more Bruno Cava e Giuseppe Cocco (artigo inicialmente publicado na revista Multitudes, n. 70, primavera 2018) Linhas de mundialização
Linhas de mundialização Este artigo traça algumas linhas de reflexão sobre a mundialização e, ao ... more Linhas de mundialização Este artigo traça algumas linhas de reflexão sobre a mundialização e, ao mesmo tempo, esboça um projeto mais ambicioso de pesquisa sobre o trabalho das linhas 16. Em sua antropologia comparada da linha, Tim Ingold nos lembra:-O que há de comum entre caminhar, costurar, cantar, contar uma história, desenhar e escrever? A resposta é que todas essas ações se desenrolam segundo diferentes tipos de linhas‖ 17. As linhas estão por toda parte, mas diferem umas das outras. Para Delanda, as civilizações se distinguem umas das outras pelo fato de serem ou não lineares 18. Ingold sugere outro caminho, outra linha de diferenciação. A questão não é de linearidade ou nãolinearidade, mas quem impõe essas linhas:-O colonialismo não consiste exatamente na imposição de uma linearidade sobre uma sociedade de outra forma não-linear, mas em impor a sua própria linha em detrimento de outro tipo de linha‖ 19. Então, não somente é preciso diferenciar os tipos de linhas e quem os produziu, como também como as linhas foram produzidas e reproduzidas. Isto significa que as linhas têm o poder de fabricar o mundo como também de mudá-lo. Essa a questão que nos interessa: o trabalho das linhas. Carl Schmitt nos deu as teorizações mais robustas sobre o trabalho jurídicopolítico das linhas 20. Já no livro Terra e mar 21 , um pequeno ensaio publicado em 1942, 13 Publicado Originalmente na Revista Multitude N o 70. Disponível também no site da Universidade Nômade Brasil: http://uninomade.net/tenda/o-trabalho-das-linhas/ 14 Giuseppe Cocco, pesquisador da UniNômade. Professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, editor das revistas Global Brasil, Lugar Comum e Multitudes e coordenador da coleção A Política no Império (Civilização Brasileira). 15 Blogueiro e professor de cursos livres fora da instituição universitária, é coeditor da revista Lugar Comum, autor com Alexandre F.
O que fazer depois do acontecimento? Como enxergá-lo? Como estar-lhe à altura, poder contar com e... more O que fazer depois do acontecimento? Como enxergá-lo? Como estar-lhe à altura, poder contar com ele? Este artigo aborda três linhas de subjetivação: a relação melancólica (o futuro repete o passado), a nostálgica (o passado é irrepetível) e o kairós (a abertura do passado e do futuro). Para isso, é feita uma análise do uso das intensidades e das capturas a partir do filme "No intenso agora" (2017), do diretor brasileiro João Moreira Salles. Ao longo do artigo, se faz um cotejamento entre as linhas que atravessam os acontecimentos de Maio de 1968 (global) e Junho de 2013 (no Brasil). Palavras-chave João Moreira Salles; Gilles Deleuze; Filosofia do acontecimento. Logo no início, a narração em off mostra uma filmagem caseira de uma família brasileira passeando na rua de uma cidade qualquer. Ao perceber que está sendo filmada, a empregada voluntariamente sai de primeiro plano para se postar ao fundo do quadro, de onde observa a cena agora protagonizada somente pelos patrões. O narrador informa que não há indicações sobre as circunstâncias da filmagem nem quem seriam aquelas pessoas, apenas que se trata de um material datado de 1968. Então nos explica que, embora prosaica, a imagem contrabandeou algo que escapa à consciência dos participantes da cena. A relação dos corpos e espaços expôs, inadvertidamente, a 1 O presente artigo é a versão escrita da aula realizada no âmbito do curso "Multitudoceno", organizado pela Universidade Nômade, e ministrada em dezembro de 2017 no Museu da República, Rio de Janeiro. Uma versão reduzida foi publicada anteriormente, no formato de resenha de filme, no blogue coletivo Kinodeleuze, em 7 de dezembro de 2017, disponível em https://medium.com/kinodeleuze/melancolia-e-furor-em-jo%C3%A3o-moreira-salles-e44b2180564a 2 Bruno Cava publica em vários sites e é autor e organizador de vários livros, sendo o último deles publicado com Giuseppe Cocco: "New neoliberalism and the other; biopower, anthropophagy and living money" (New York: Lexington Books, 2018). Coeditor da Revista Lugar Comum, participa da rede Universidade Nômade.
Indisciplinar, Oct 5, 2015
South Atlantic Quarterly, 2014
This article discusses the unfolding of protests in Brazil in 2013—between fear of the government... more This article discusses the unfolding of protests in Brazil in 2013—between fear of the government and the joy of the multitude—starting from the question of how they reached such a large scale. Using the autonomist concept of class composition, the essay analyzes the transition of the struggle from a social composition to a political composition. The argument hypothesizes that the recomposition occurred during the political and social phenomenon of Lulism (as theorized by André Singer, Jessé Souza, Guiseppe Cocco, and others) and has intensified the internal paradox of Lulist-Dilmist governance and its material bases. In this sense, recomposition occurred through the activation of political capacities and antagonisms that—having neither escaped nor been captured by the representative Left and any other electoral fronts—ultimately conferred a class character on the protests. The article concludes by discussing the centrality of direct action for sustaining and multiplying the protest...
Revista Direito e Práxis, 2013
O artigo aborda a luta pela extinção do direito pautada pela afirmação do comunismo. Com Pachukan... more O artigo aborda a luta pela extinção do direito pautada pela afirmação do comunismo. Com Pachukanis, analisa a posição antidireito como indissociável da superação das condições históricopolíticas do capital. Para o jurista russo, a luta pela abolição da forma jurídica não está subordinada a outras esferas de atuação (econômica, política ou cultural), assumindo uma autonomia própria no interior das formas de poder do capitalismo. A transição ao comunismo depende da extinção do conjunto de formas com que opera o capital. Com Negri, mais do que destruição da forma do capital, tem-se o antidireito como instância de contrapoder, como uma positividade que já é o comunismo. A luta contra a forma jurídica se dá "dentro e contra" o próprio direito, com a ativação e potenciação dos direitos vivos que habitam o interior do direito estatal. O comunismo confundese com a transição, como a construção aqui e agora de instituições do comum. O direito do comum se apresenta, assim, como a expressão afirmativa da extinção do direito aprisionado entre o público e o privado, o estado e o mercado capitalistas.
Brazilian Symposium of Computer Graphic and Image Processing, 2004
We present an algorithm for polygonizing closed implicit surfaces, which produces meshes adapted ... more We present an algorithm for polygonizing closed implicit surfaces, which produces meshes adapted to the local curvature of the surface. Our method is similar to, but NOT based on, Marching Triangles, in that we start from a point on the surface and develop a mesh from that point using a surface-tracking approach. In a marked departure from previous approaches, our meshes approximate the surface through heuristics relying on curvature. Furthermore, our method works completely on-the-fly, resolving cracks as it proceeds, without the need for any post-remeshing step to correct failures. We have tested the algorithm with three different representations of implicit surfaces, Variational, analythical and MPU, using non-trivial data sets, yielding results that illustrate the flexibility and scalability of our technique. Performance comparisons with variants of Marching Cubes show that our approach is capable of good accuracy and meshing quality without sacrificing computing resources.
Multitudes, 2015
El presente trabajo de investigación tiene por objeto el estudio del caso: "Artivismo plus Grassr... more El presente trabajo de investigación tiene por objeto el estudio del caso: "Artivismo plus Grassroots", llevado a cabo en la Campaña Electoral de Manuela Carmena en las Elecciones Municipales de Madrid en 2015, en las que se unieron estos dos términos, arte y participación ciudadana, innovando como nunca antes se había visto en España en comunicación política. Se profundizará también, dentro de este contexto, la campaña del partido "Ahora Madrid" al que pertenece la candidata citada. Resulta revelador dar cuenta del uso que los nuevos partidos, en este caso Ahora Madrid, han hecho de las plataformas digitales como herramientas de comunicación durante las elecciones con el objetivo de identificar la actividad generada en las mismas y su carácter y, de la misma forma, observar si fomentaron la comunicación horizontal y bidireccional característica de este entorno 2.0. Para Manuel Castells (2012), en las últimas dos décadas se ha producido una transformación revolucionaria en torno a la tecnología y la organización de la comunicación socializada. "Dicha transformación puede definirse como el paso de la comunicación de masas a la auto-comunicación de masas (p.23). Punto importante a desarrollar en este artículo. Y en todo este entorno de cambios en la comunicación hay que añadir que en el comportamiento político de los españoles hay un antes y un después desde el movimiento del 15M. Cabe destacar al
Multitudes, 2014
A partir d’auteurs comme Negri, Cocco, Viveiros de Castro et Fanon, cet article discute le deveni... more A partir d’auteurs comme Negri, Cocco, Viveiros de Castro et Fanon, cet article discute le devenir-indien comme un concept pour les forces expressives de luttes et de reinvention dans le Sud. A travers de formes concretes d’intervention, on analyse un mode de resistance a la fois creatif et alternatif, qui prend le contre-pied de l’actuel agenda capitaliste et neo-developpementiste.
New Neoliberalism and the Other. Biopower, Anthropophagy, and Living Money
Revista Brasileira de História da Ciência
Este artigo apresenta brevemente a copesquisa e os science studies, e faz uma análise inicial par... more Este artigo apresenta brevemente a copesquisa e os science studies, e faz uma análise inicial para uma possível parceria entre ambos, sobretudo no que diz respeito à circulação do conhecimento. Nosso objetivo é começar a esboçar um caminho conjunto para pensar a prática científica no Brasil; e sua justificativa é a relevância política de estreitar os laços entre ciência e sociedade no mundo contemporâneo.
Este artigo apresenta brevemente o ciclo de lutas globais marcado por tres eixos principais: as r... more Este artigo apresenta brevemente o ciclo de lutas globais marcado por tres eixos principais: as revolucoes arabes, o movimento europeu do 15-M e o movimento predominantemente norte-americano do Occupy. A seguir, esboca as ferramentas metodologicas e conceituais -- o comunismo como ontologia, a luta anticapitalista, o metodo da tendencia e da abstracao determinada, a copesquisa militante, o conceito de multidao -- para uma compreensao do ciclo segundo o ponto de vista revolucionario comunista. Os principais autores mobilizados sao Karl Marx e Antonio Negri.
"The Body of the Poor" (pdf) - Giuseppe Cocco and Bruno Cava (2018) This text is part of the con... more "The Body of the Poor" (pdf) - Giuseppe Cocco and Bruno Cava (2018)
This text is part of the conclusions of New Neoliberalism and the Other. Biopower, Anthropophagy, and Living Money (Lexington, 2018).
Giuseppe Cocco is professor at the Federal University of Rio de Janeiro and the Brazilian Institute of Information in Science and Technology. He published MundoBraz: el Devenir-Mundo de Brasil y el Devenir-Brasil del Mundo (Traficantes de Sueños, 2012).
Bruno Cava is an engineer and philosopher. He is associate researcher in the Universidade Nômade network. He published A Multidão Foi Ao Deserto (Anna Blume, 2013).
Giuseppe Cocco et Bruno Cava Cet article est à la fois l'aboutissement de quelques réflexions sur... more Giuseppe Cocco et Bruno Cava Cet article est à la fois l'aboutissement de quelques réflexions sur la mondialisation et l'ébauche d'une recherche sur le travail des lignes 1. Dans son anthropologie comparée de la ligne, Tim Ingold nous rappelle que les lignes sont partout : « Qu'y a-‐t-‐il de commun entre marcher, tisser, chanter, raconter une histoire, dessiner et écrire ? La réponse, nous dit-‐il, est que toutes ces actions suivent différents types de lignes » 2. Mais si les lignes sont bien partout, elles sont aussi fort différentes. De la même manière, les civilisations se distingueraient, dit-‐on, par le fait d'être ou de ne pas être linéaires 3. Ingold suggère un autre chemin, une autre ligne. 4. Mais il déplace totalement l'approche : la question n'est pas de lignes ou non-‐lignes, de linéarité et non-‐linéarité, mais de qui impose quelles lignes : « Le colonialisme ne consiste pas tant à imposer une linéarité à un monde qui ne serait pas linéaire, mais à imposer sa ligne au détriment d'un autre type de ligne » 5. Non seulement il faut différentier les types de lignes et ceux qui les font, mais aussi comment les lignes sont produites et reproduites. Cela signifie que les lignes ont le pouvoir de fabriquer le monde et aussi de le changer. Ainsi, les cartographes ne se limitent pas à représenter le monde mais ils le produisent, nous rappelle Jerry Brotton 6. Voilà la question centrale qui nous intéresse : le travail des lignes. C'est à Carl Schmitt – dans Le nomos de la terre 7-‐ que l'on doit les théorisations le plus puissantes des dimensions politico-‐juridiques des lignes. Son adhésion tardive mais réelle au régime nazi (même si ce n'était pas au nazisme) et son antisémitisme déclaré n'éliminent pas l'importance de son travail même s'ils en rendent plus inquiétantes les implications. Déjà dans Terre et Mer 8 , un petit essai publié en 1942, Schmitt décrit la domination terrestre d'une Angleterre si proche de la mer qu'elle se compare à un poisson monstrueux, le Léviathan. C'est une lecture puissante qui rappelle le rapport direct de la révolution industrielle à la mer. Il cite Hegel : « De même que le principe de la vie de famille est la terre et une solide propriété foncière, l'élément naturel qui vivifie l'industrie et la dynamise ver l'extérieur est la mer. ». Jusqu'au milieu du XVème siècle, les civilisations étaient essentiellement terrestres et leurs captures végétales. La domination des mers intérieures-‐ la Méditerranée des Phéniciens, des Grecs, des Romains et des Sarrasins, la Baltique des villes hanséatiques, la Mer du Nord des Vikings – continuait d'être subordonnée à la mère-‐patrie: mare nostrum. La déterritorialisation n'était que sporadique, lorsque des baleiniers étaient happés en haute mer par les grands
Bruno Cava e Giuseppe Cocco (artigo inicialmente publicado na revista Multitudes, n. 70, primaver... more Bruno Cava e Giuseppe Cocco (artigo inicialmente publicado na revista Multitudes, n. 70, primavera 2018) Linhas de mundialização