CERES: Centro de Estudos das Relações Internacionais CERES/NEMRI (original) (raw)

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Anuário CERES, 2021

2021 tinha a esperança de ser o ano do recomeço, da superação da pandemia e recuperação das ativi... more 2021 tinha a esperança de ser o ano do recomeço, da superação da pandemia e
recuperação das atividades econômicas. Sem embargo, a campanha global de
vacinação, mesmo sendo a maior já registrada na história não foi capaz de conter o
avanço do vírus e a incertezafoi pouco a pouco se instaurando. Novas configurações
Internacionais porém velhos dilemas tais como a mudança climática, ou avanço do
conservadorismo e os impactos do negacionismo foram moldando o ano.
Talvez fosse cedo demais para falar em recomeço, talvez seja esta uma oportunidade
única de reflexão para de fato decidir por onde a humanidade deve recomeçar...
--- English

2021 had the hope of being the year of a new beginning, of overcoming the pandemic and
recovery of economic activities. However, the global vaccination
vaccination campaign, even though it was the largest ever recorded in history, was not able to contain the advance
the advance of the virus, and uncertainty gradually set in. New configurations
New international configurations but old dilemmas such as climate change, or the advance of
conservatism and the impacts of denialism were shaping the year.
Perhaps it was too early to talk about a new beginning, perhaps this is a unique opportunity for reflection
perhaps this is a unique opportunity for reflection to decide where humanity should start again...

Research paper thumbnail of ANUÁRIO 2020 CERES -CENTRO DE ESTUDOS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Anuário CERES , 2020

Anuário do Centro de Estudos das Relações Internacionais. Artigos e publicações nas áreas de Rela... more Anuário do Centro de Estudos das Relações Internacionais.
Artigos e publicações nas áreas de Relações Internacionais, Política Internacional, Sociologia, Política, Economia, Direito Internacional, etc. Relativos ao ano de 2020.
Yearbook of the Center for the Study of International Relations.
Articles and publications in the fields of International Relations, International Politics, Sociology, Politics, Economics, International Law, etc. For the year 2020.

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Boletim do Grupo de Econômia, Ciência e Tecnologia., 2020

Boletim do Grupo de Econômia, Ciência e Tecnologia. PEM

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Amazônia Ultimato!, 2020

Venho estrear minha participação no CERES com esse artigo que eu considero complexo, porém extrem... more Venho estrear minha participação no CERES com esse artigo que eu considero complexo, porém extremamente urgente. Meu receio era de "chover no molhado", já que o mundo todo vem acompanhando o que tem acontecido nos últimos meses com a Amazônia batendo recorde de queimadas e tendo maior número de focos desde 2007; territórios indígenas sendo invadidos e indivíduos sendo mortos... Tudo isso é muito conhecido (ou deveria ser) por boa parte das pessoas no mundo, especialmente do Brasil. Porém, pouco se fala sobre a razão do Brasil precisar melhorar a situação da Amazônia perante o cenário internacioal. Ouvimos falar em investidores estrangeiros assinando manifestos, ameaçando retirar investimentos milionários em programas do governo contra o desmatamento etc. Mas qual o verdadeiro interesse nisso tudo? Por que a Amazonia, e o que o governo do Brasil fazem em relação à ela e ao meio ambiente do próprio país interessam tanto a investidores, ainda mais à companhias internacionais? Antes que digam que o interesse seria uma disputa geopolítica para "tomarem" a Amazônia do Brasil, devo lembrar de que se fosse esse o caso, estaríamos então entregando a Amazônia em uma bandeja de nióbio (ainda que a maior reserva de Nióbio do mundo não esteja na Amazônia mas sim em Araxá-MG), já que estamos demonstrando uma péssima administração dos nossos recursos naturais. Isso ficou ainda mais evidente depois da divulgação do vídeo da reunião ministerial onde o próprio ministro do meio ambiente Ricardo Salles diz que "é preciso aproveitar que a mídia e os órgãos de comunicação estão todos voltados à divulgarem informações sobre a pandemia de Covid 19, e deixar a boiada passar"-se referindo aos projetos de lei que regularizam as ações sobre a Amazônia. Seriam então os investidores estrangeiros e nacionais preocupados excusivamente com a sustentabilidade e a administração dos recursos naturais do Brasil? A resposta é lógicamente "não". Acontece que o modo como administramos a Amazonia e o ambiente aqui no Brasil afeta diretamente os negócios desses investidores. Principalmente em tempos de discussões sobre mudanças climáticas, preservação de biodiversidade, aquecimento global, etc. Chegamos ao ponto em que esses temas estão sendo profundamente debatidos e em enorme evidência. E terem suas marcas ligadas à devastação da maior floresta tropical úmida do mundo é coisa que não pega nada bem!

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Anuário CERES, 2019

2019 O ano de 2019 chega ao seu fim marcado pelas convulsões sociais e disputa pelo poder, seja ... more 2019

O ano de 2019 chega ao seu fim marcado pelas convulsões sociais e disputa pelo poder, seja em âmbito interno ou externo.

Embora em termos de segurança internacional este seja um ano de relativa paz já que são poucos os conflitos armados oficiais, as cenas porém que marcaram o passar do ano estão repletas de imagens de manifestações, repressões e polêmicas.

Um ano no qual a guerra comercial sino-americana marcou a evolução do comércio internacional e o relevo de forças políticas de direita e extrema direita deram origem a “Primavera Latina”.

A União Europeia recuou em sua introspecção quanto bloco e a anomia social foi o grande protagonista.

A mudança climática e a revolução industrial, mesmo sendo uma realidade patente, responsável por desastres naturais, períodos de sequia e temperaturas extremas passou a segundo plano, onde as discussões ganharam um tom pessoal mais do que político e pragmático.

Entre os incêndios da Amazônia e o fogo que consumiu a Notre Dame, o mundo convulso expressa sua ira, em um sistema internacional onde a dúvida é a grande razão.

O CERES realizou diversos chamados a publicação de artigos ao longo de 2019, além de realizar cursos com o objetivo de democratizar o conhecimento das relações internacionais.

Este é um resumo das reflexões recolhidas ao longo de 2019.

Wesley S.T Guerra
Fundador.

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PERSPECTIVA DA RELAÇÃO SINO- BRASILEIRA SOB O PRISMA DA 4º REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, 2019

É ilusório pensar que a Quarta Revolução Industrial não é um fenômeno corrente. Esse processo, im... more É ilusório pensar que a Quarta Revolução Industrial não é um fenômeno corrente. Esse processo, impulsionado pela associação entre a tecnologia física e recursos digitais, já é capaz de permitir uma melhor análise de dados provenientes de mecanismos robotizados, aumento de performance dos parques industriais e otimização do tempo de desenvolvimento e resposta (VILJOEN, 2018). Em países com baixo nível de industrialização, como é o caso do Brasil, esse acontecimento ocorre de forma simples, com pequenas alterações nas estruturas tecnológicas. Por outro lado, nos países líderes dessa revolução, as modificações nos processos de produção, assimilação de conhecimento e comercialização podem ser observadas de forma mais enfática. Assim como o fenômeno da globalização, a Indústria 4.0 é capaz de promover significativas oportunidades econômicas e criar desafios sociais que requerem engajamento dos governos para adequação da própria sociedade às novas formas de consumo, inovação e de produção (BEM DHAOU, S.; ICKSON MANDA, M., 2019). Além da conversão tecnológica, esse novo panorama industrial modifica expressivamente as relações de trabalho. A mão humana já não é mais o centro do processo de construção, desde a Terceira Revolução Industrial. Em vista disso, no atual cenário, a inteligência artificial (que é o novo termo de troca), a biotecnologia e outras inovações dependem de recursos digitais e tecnológicos mais avançados, fazendo com que o vínculo homem máquina perca espaço para um relacionamento voltado para a busca de colaboração financeira e promoção de parcerias que promovam o desenvolvimento do conhecimento em tecnologia (VIAN, 2019)

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OS CEM DÍAS DE UM GOVERNO DE EXTREMA DIREITA, 2019

NOTA DO CERES: Este artigo expõe uma análise realizada por Marcelo Sebastião em base aos seus est... more NOTA DO CERES: Este artigo expõe uma análise realizada por Marcelo Sebastião em base aos seus estudos sobre totalitarismo e conservadorismo, não sendo o posicionamento oficial do CERES que mantém o principio de neutralidade partidária e ideológica e portas abertas para o diálogo acadêmico. Após termos passado por um governo de extrema direita na época da ditadura do Estado Novo, com Getúlio Vargas, podemos observar que estamos retornando, não obstante ao passado, onde há pontos cruciais que o Brasil está definitivamente iniciando um clima pré-nazista com autoridade de extrema direita, onde se encontra diversos equívocos feitos por líderes do governo atual da gestão do Bolsonaro. O totalitarismo dentém o controle absoluto, substitui a propaganda pela doutrinação e emprega a violencia não mais para assustar o povo, mas para dar realidade as suas doutrinas ideologicas e as suas mentiras utilitarias. (arendt; hannah, 2001) Ao governo de 100 dias de Jair Bolsonaro se houve uma serie de questionamento em suas decisões durante esse período no qual ele demonstrou injuria contra os cidadãos brasileiros, como podemos ver em uma de suas pronuncias, ele enfatiza a liberação do porte de arma, indaga também o sentido da diversidade ser inexistente aos olhos de um povo "raça ariana" (Brasileira), uma referência que ele faz em pró do nazismo de Adolf Hitler, onde havia um pensamento de aniquilar ao povo Judeu, Homossexual, Estrangeiros e Prostitutas deixando apenas as famílias, conservadoras alemãs para um Alemanha de uma sociedade limpa, conforme dito isso pelo próprio houve questionamento das pessoas de esquerda, porém os da extrema direita permaneceram a favor de seus preceitos a favor também de desiquilibrar acordos internacionais-onde houve preocupação sobre as declarações governamentais de que o Brasil sairia do Acordo de Paris, bem como a permissividade com relação ao aumento do desmatamento da Amazônia.Como

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A Revolução 4.0 no mundo e uma análise do cenário brasileiro, 2019

Diariamente somos tomados pelo fluxo de novas informações em uma velocidade jamais antes vista, o... more Diariamente somos tomados pelo fluxo de novas informações em uma velocidade jamais antes vista, o desenvolvimento tecnológico, como bem podemos dizer, no seu auge. E é nesse contexto que vem à tona a quarta Revolução Industrial, ou Revolução 4.0, que promete mudanças para a transformação de toda a sociedade. A primeira revolução industrial é marcada pela máquina à vapor, com a produção mecânica e a passagem do trabalho no campo para a cidade, o homem que antes possuía autonomia em seu trabalho, dominando todas as técnicas, se torna livre assalariado, realizando um trabalho específico e individualizado. A segunda revolução industrial apresenta, com o advento da energia elétrica, a produção em massa, com enormes linhas de produção e redução de custo, para que assim, quem produz fosse incorporado na dinâmica da economia, permitindo sua movimentação. Já terceira, introduz o conceito da automação, com a emergência dos computadores e da internet, com dispositivos capazes de gerenciar grandes produções, proporcionando o aumento de produtos e a substituição cada vez mais, da atuação homem. E agora a quarta, denominada como revolução digital, marca uma atuação e modificação mais ampla, com a era da inteligência artificial, da robótica, big data, nanotecnologia, internet das coisas, biologia sintética, sistemas ciber-físicos, impressoras 3D, entre outros. Para Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, também autor do livro A Quarta Revolução Industrial, as mudanças, no entanto giram em torno da velocidade, impacto sistêmico, amplitude e profundidade, levando em consideração a interdependência e conectividade da sociedade e a abertura para novos avanços, transformando não só a indústria, mas toda uma era, se inserindo no cenário dos tomadores de decisões, na fusão dos mundos físico, digital e biológico, ou seja, permitindo a mudança de toda a sociedade. É o momento em que mundo real e virtual vão se fundir nos setores de produção, será possível a fabricação de produtos de forma personalizada desde a indústria, entrelaçada com a dinâmica de produtividade. Abrindo portas para a reformulação de todos os sistemas a partir da incorporação tecnológica, que se mostra como o resultado de décadas de pesquisas e desenvolvimento na área. (Schwab, K. 2019) Revolução 4.0 no mundo O advento da Revolução 4.0 no mundo, promoveu uma "corrida" entre os países líderes, que movem bilhões e agita outros para que não fiquem atrás. Os Estados Unidos investem na promoção de um Manufatura avançada a partir da união de diversos institutos, iniciativas e da aliança pública e privada com ênfase no desenvolvimento de uma indústria mais sustentável, mais digital e mais automatizada, para diminuir entraves e acelerar o processo no mercado. A Alemanha com a enorme preocupação em não perder uma liderança do setor industrial, investe na Plattform Industria 4.0, como uma rede central com objetivo de impulsionar a digitalização na fabricação, partindo de uma ação defensiva, através da competitividade, e agressiva, com o desenvolvimento de novos mercados, promovendo um modelo que seja invejável à outros países e assim, sirva como molde para o mundo, levando em consideração a venda de

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Criptoativos no Mundo 4.0, 2019

Em discussões internacionais como o G20 e o FMI, as critpmoedas (Bitcoin e mais de 2.000 alcoins)... more Em discussões internacionais como o G20 e o FMI, as critpmoedas (Bitcoin e mais de 2.000 alcoins) são chamadas de criptoativos devido ao fato de haver uma incerteza dessa ferramenta no que tange aos três princípios básicos de moeda: reserva de valor, unidade de conta e meio de troca. Em outubro de 2008, um desenvolvedor que se denominou como Satoshi Nakamoto, lançou um artigo chamado Bitcoin: a Peer-to-Peer Electronic Cash System. Esse artigo propunha um sistema de transações eletrônicas confiáveis sem a mediação de um terceiro (bancos). A proposta tinha como base o sistema blockchain, onde, teoricamente, as transações poderiam ser feitas e verificadas de forma descentralizada e por meio de prova criptográfica, e assim nasce o Bitcoin. O Bitcoin foi o primeiro criptoativo, a Etherum, a Ripple e todos os outros são chamados de Alcoins. O funcionamento depende de uma tecnologia chamada Distributed Ledger Technology (DLT), uma rede descentralizada peer-to-peer por meio da qual é possível registrar e validar transações sem o intermédio de uma autoridade central. O Blockchain é uma espécie de Distributed Ledger Technology (DLT). Frequentemente, os termos Blockchain e Distributed Ledger Technolgy (DLT) são usados como sinônimos. O Blockchain possui a função de um livro-razão de contabilidade pública, onde são registradas as transações feitas em Bitcoin. Sendo assim, o Blockchain não precisa de confiança em uma entidade central para que seus dados de contabilidade estejam corretos e não sejam fraudados. A validação das transações no Blockchain é o que permite que se saiba, com prova criptográfica, o que pertence a quem. Vale ressaltar que o Blockchain é um livro público de transações, apesar de ter algumas informações anônimas e está associado a um número que somente seu proprietário conhece. O economista Fernando Ulrich argumenta que o uso do Bitcoin como meio de troca é indiferente à oscilação, já que ainda se basearia na sua cotação em tempo real de

Research paper thumbnail of Integração na América do Sul: o caso estrutural da UNASUL e PROSUL

Integração na América do Sul: o caso estrutural da UNASUL e PROSUL, 2019

Tratando-se de integração regional, um fenômeno não inédito, porém visto com maior importância em... more Tratando-se de integração regional, um fenômeno não inédito, porém visto com maior importância em todo o globo com o fim da Guerra Fria e o ordenamento internacional de então, percebemos algumas descontinuidades idiossincráticas da região sul-americana que explicam bem o processo em que vivemos nos dias correntes com relação às instituições intragovernamentais. Para entendermos melhor, portanto, seria necessário o levantamento do percurso histórico mais recente da região em termos político-econômicos, que se reflete em grande parte na busca de integração dos países do subcontinente tanto como forma de desenvolver-se ou inserir-se no cenário internacional-o que percorre desde modelos de substituição de importações até "giros" ideológicos de esquerda e direita nas políticas domésticas dos países dessa localidade (URRUCHURTU, 2014). Marcados pelo término da Guerra Fria e pelo desmanche da bipolaridade dos EE.UU contra a URSS, além da ascensão desse primeiro como país hegemônico do bloco ocidental, os anos 90 proporcionaram ao sistema internacional uma globalização econômica refletida na transnacionalização e liberalização do fluxo de capital, além da formação de novos espaços geoeconômicos regidos pelo processo de regionalização, que embora não fossem fenômenos desconhecidos para a comunidade internacional, repercutiam sob novo fôlego (CARVALHO, 2013). É preconizado então o que conhecemos como consenso de Washington, que representava a "abertura, a desregularização da economia e os processos de privatização da máquina pública" (CARLAVLHO, 2013, p. 17), retratando a deliberação do neoliberalismo como pauta da potência hegemônica para a região latino-americana. Como conhecemos, esses fenômenos geraram resultados nefastos nas décadas subsequentes, especialmente no tocante à questão social e econômica dos países periféricos na América latina. Testemunhamos a assimetria entre os países elevar-se e a concentração de poder tornar-se determinante pelos países do norte, o que acarretou em uma maior vulnerabilidade da periferia global. Esse processo, como veremos mais a frente, impulsionou o surgimento de ideologias que buscaram superar as tendências

Research paper thumbnail of AS RAÍZES DA DESIGUALDADE DE GÊNERO NA ÁFRICA DO SUL

Artigo sobre a desigualdade de Gênero na África do Sul e suas causas.

Research paper thumbnail of Questões de gênero nas Relações Internacionais Contemporâneas

As questões de gênero são primordiais na busca pela igualdade nas Relações Internacionais, como e... more As questões de gênero são primordiais na busca pela igualdade nas Relações Internacionais, como em todos os setores. De acordo com a área da psicologia e da neurologia, as mulheres têm habilidades verbais e os homens possuem habilidades espaciais e aritméticas. Já na comunicação, a linguagem masculina é objetiva, concisa e instrumentalizada. Enquanto a feminina é elaborada, indireta e afetiva.

Research paper thumbnail of Os Direitos LGBT A historia entre o preconceito e os espacos de poder v2

Os Direitos LGBT: A história entre o preconceito e os espaços de poder. A história da humanidade ... more Os Direitos LGBT: A história entre o preconceito e os espaços de poder. A história da humanidade é permeada por ciclos de transformações profundas nas estruturas sociais, em que são formados os conjuntos de ideias e valores que fundam as bases de civilizações. Essas grandes transformações são medidas não apenas em termos de mudanças nos regimes políticos, mas também nos costumes, nas interações humanas e na própria sexualidade, em suas mais diversas expressões, sobretudo a LGBT. A sexualidade, devido sua relação com o poder e com os valores morais e religiosos, desde os remotos tempos da antiguidade até os tempos modernos, é um tema central para compreendermos como grandes parcelas da população são empurradas paras as margens da sociedade devido à expressão de seus desejos sexuais, de sua identidade de gênero e dos seus afetos. Para a população LGBT, seja no Brasil, Europa, Oriente Médio, ser membro desta comunidade é lidar diariamente com uma luta para assegurar seus direitos em todos os aspectos, desde o direito a demonstrar sem medo sua identidade, seja organizar-se politicamente, seja o simples ato de viver. A comunidade LGBT ao redor do mundo, é uma comunidade cuja existência se fez às margens do que é socialmente aceito. Do que é religiosamente adequado. Do que é moralmente correto. Esta característica única, de ser uma comunidade em que as pessoas são definidas não pela inclusão às normas socialmente definidas, mas pela exclusão destas por um " desvio " , não é uma característica meramente ocasional ou acidental. Ela é de fato produto de uma construção histórica e cujos impactos devem ser compreendidos. Diferentes civilizações, povos e nações entenderam e trataram as questões ligadas à expressão da sexualidade de modos diversos, sobretudo no que diz respeito à homossexualidade. As sociedades ocidentais são intrinsicamente ligadas aos valores culturais e sociais do judaísmo e do cristianismo, que em seus livros sagrados fazem condenações a todas as práticas sociais tidas como " desviantes " , seja a prática da homossexualidade ou o sexo pelo prazer entre casais heterossexuais. Estas duas religiões compreendem a sexualidade como algo a ser restringido e praticado apenas em momentos específicos na vida de um indivíduo e que todos aqueles que fossem " desviantes " de sua natureza sexual não deveriam ser parte ativa da sociedade. Entretanto, outras culturas e povos entendiam a homossexualidade de modos completamente diversos daqueles das sociedades contemporâneas. Pela história, a homossexualidade e a expressão dos desejos e afetos foram entendidas sob uma infinidade de visões, posturas e papeis. Na antiguidade, sobretudo na Grécia Antiga, a homossexualidade e a homoafetividade eram entendidas como algo socialmente aceito e inclusive eram pilares das sociedades ateniense e espartana, compreendendo que as relações sexuais e afetivas entre iguais era algo a ser estimulado e que seria socialmente aceito. Outras sociedades como as da mesopotâmia ou do oriente médio também entendiam a homossexualidade de um modo mais liberal, especialmente por conta de suas religiões, como por exemplo, no Egito Antigo ou na Babilônia, que viam a expressão da sexualidade humana como algo a ser demonstrado e vivenciado como uma celebração da fertilidade e da vida. Para

Research paper thumbnail of Religião e poder: A fé como ferramenta de dominação

RELIGIÃO E PODER: A fé como ferramenta de dominação. Por Alex Carvalho, teólogo e bacharel em R.I... more RELIGIÃO E PODER: A fé como ferramenta de dominação.
Por Alex Carvalho, teólogo e bacharel em R.I
...É comum que instituições políticas utilizem um discurso religioso para legitimar suas ações. Quando, a utilização de uma retórica religiosa não é suficiente, é possível que se busque apoio de um líder religioso que utilize sua influência e carisma junto a população...

Research paper thumbnail of Crise internacional de 2008, recuperação e desafios: mudança de paradigma e reflexos junto às economias emergentes

A crise econômica que rompeu no mercado imobiliário norte-americano, relacionado ao mercado de hi... more A crise econômica que rompeu no mercado imobiliário norte-americano, relacionado ao mercado de hipotecas de alto risco ainda em meados de 2007, alcançou o mundo em 2008 e converteu-se em uma crise financeira internacional, que de maneira inédita transformou-se em um mal-estar financeiro um mal-estar econômico nos países de alta renda, trouxe uma crise na zona do euro e inseriu o mundo em uma crise caracterizada pela incerteza, a retração da atividade econômica em economias centrais (ou desenvolvidas), a aversão ao risco e a preferência pela liquidez , menor dinamismo no comercio internacional, interrupção das linhas de crédito comercial e desvalorização das moedas de diversos países. Em seu mais recente livro As Transições e os Choques: o que aprendemos e o que ainda temos que aprender com a crise financeira, o professor honorário da Universidade de Nottingham e editor e colunista chefe do jornal Financial Times, Martin Wolf (2015) desenvolve um raciocínio mais abrangente sobre a mais recente crise financeira e o que ela tem a ensinar sobre a economia em si, sobretudo ao analisar com minúcia a crise, as formas desenvolvidas pelos países para tentar lidar com os seus efeitos negativos e discutir a eficácia do que vem sendo feito ao longo dos últimos anos, bem quais seriam outras possibilidades de ação. Desta maneira, o autor busca (ao longo de sua análise desenvolvida em nove capítulos e três partes centrais) identificar a origem da recente crise, que segundo sua argumentação esteve relacionada a uma espécie de interação entre desequilíbrios mundiais, o processo de globalização e a existência de um sistema financeiro frágil. Tendo em vista a argumentação e as percepções de Martin Wolf acerca dos efeitos da crise financeira mais recente junto às economias emergentes, presente texto possui como objetivo central apresentar e discutir aspectos da crise financeira de 2008, sobretudo a crise e recuperação dos países emergentes, bem como os principais desafios apresentados a estas economias na sequência da dita recuperação, apresentando alguns exemplos das economias brasileira e chinesa.

Research paper thumbnail of A guerra pela sobrevivência do Leviata

A guerra pela sobrevivência do Leviatã. Brasil, Estados Unidos, Itália, Espanha, Áustria, Colômbi... more A guerra pela sobrevivência do Leviatã. Brasil, Estados Unidos, Itália, Espanha, Áustria, Colômbia, entre outros país... são casos sintomáticos de uma tensão existente entre o sistema político e seus representantes com o povo e com o processo de formulação e tomada de decisões políticas; sendo está uma realidade crescente em diversos país. Em cada caso um ponto ou mais de tensão, ficou evidenciado refletindo as mudanças de paradigma que já ocorrem no mundo inteiro. Seja os resultados das eleições americanas; a dificuldade de empossar o presidente eleito em duas eleições na Espanha; a negativa da população ao Acordo de Paz da Colômbia; a resposta negativa a reforma constitucional da Itália; o cancelamento e reviravolta nas eleições da Áustria e as tensões entre o executivo e o judiciário do Brasil. São casos que colocam em evidencia a dificuldade de equilibrar os interesses da sociedade com os interesses políticos de uma nação, além de levantar questões sobre a capacidade dos sistemas ditos democráticos de espelhar a vontade maioritária da população principalmente quando a mesma está cada vez mais polarizada. O Leviatã evoluiu de tal forma que possui interesses e ações próprias que já não são limitadas pelo pacto social e pela representação dos interesses nacionais. Essa mudança no caráter representativo e político do Leviatã, não somente se espalha numa maior polarização e tensão social como também numa modificação nas correntes ideológica e de como está chega até a população, havendo uma mudança perceptível nos discursos e o surgimento de novos víeis ideológicos. Modificações nas ações dos regimes socialistas que são cada vez mais liberais em sua ação econômica internacional, como pode ser o caso da China ou a flexibilização que já ocorre na Cuba. E a mudança no discurso de direita que ressurge com força em quase todos os continentes. Mesmo em países mais liberais, existe uma cobrança crescente da ação do estado, transformando o discurso de direita em uma apologia ao neonacionalismo onde o Estado atua como modelador e transformador tanto social como econômico priorizando uma parcela da população. Políticas anti-imigração ou reformas tributárias e laborais, impactam na sociedade transformando não somente a economia como até mesmo a disposição da pirâmide demográfica e social. Da mesma forma, políticas intervencionistas que buscam estimular a produção interna de uma nação – como as prometidas por Donald Trump – São uma forma de intervenção do estado na economia; não atuando como um agente regulatório ou fiscalizador, mas como agente transformador, sendo este reflexo das mudanças no discurso e na ação do Estado, que já não se apoia nos ideais neoliberais e sim em uma recuperação de conceitos mais conservadores. Por outro lado, o discurso socialista perdeu representação em diversos países e ganha reformulações em algumas nações tais como o partido Podemos da Espanha, cujo discurso se intensifica e se radicaliza. O Leviatã se fortalece em setores fortes da população, com maior poder de movimentação, articulação e representação de seus interesses, sacrificando ao seu passo outras parcelas dessa

Research paper thumbnail of Anuário - NEMRI 2015

O NEMRI - Núcleo de Estudos Multidisciplinar de Relações Internacionais surgiu com o intuito de c... more O NEMRI - Núcleo de Estudos Multidisciplinar de Relações Internacionais surgiu com o intuito de criar um canal de diálogo e debate aberto a toda comunidade acadêmica, pesquisadores, profissionais e pessoas interessadas nas relações internacionais e nos temas que envolve o cenário internacional.

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Research paper thumbnail of TFM Wesley S.T Guerra Versión Final

Brasil, la evolución de los flujos migratorios sur-sur en São Paulo., 2018

São Paulo concentra más del 80% de todos los extranjeros que viven en Brasil, según datos del Ins... more São Paulo concentra más del 80% de todos los extranjeros que viven en Brasil, según datos del Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE, 2010), la ciudad es la mayor metrópolis del hemisferio sur y se caracteriza por su formación multicultural y por un largo proceso histórico referente a las migraciones que fueron cambiando en origen y condiciones, conforme la evolución económica y situación política de Brasil y el mundo.
Brasil llegó a ser el cuarto mayor destino para los inmigrantes de Europa y Asia hasta mediados del siglo XX, el flujo fue disminuyendo tras la dictadura en los años 1960, hasta que hubo una reversión de este y Brasil se convirtió en emisor de emigrantes, a partir de los años 70, cuyos principales destinos eran los Estados Unidos, Europa y Japón.
Esa dinámica se refleja en la historia de la ciudad de São Paulo, en su demografía y formación sociocultural y por otro lado en la propia evolución de la ley de extranjería de Brasil y de cómo el país se comporta frente a los procesos migratorios.
Con el crecimiento de la economía de Brasil, desde los años de 1990, el flujo de inmigrantes que llegaban desde países vecinos y países africanos fue en aumento, aun así, los extranjeros no superan el 1% de la población total del país, según datos del Ministerio de Trabajo y del Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE, 2010).
El aumento de la participación de Brasil en el escenario internacional además de los procesos políticos en países vecinos o con los que el país mantiene relaciones diplomáticas, promovió un incremento en los flujos migratorios Sur-Sur. Gracias a la apertura comercial en 1991, la consolidación del Mercosur en 1994 con el Protocolo de Ouro Preto, la participación en la Misión de las Naciones Unidas para la Estabilidad de Haití en 2004, el aumento de la participación de Brasil a partir del 2008 en la Comunidad de Países de Lengua Portuguesa y finalmente el acuerdo entre las principales potencias del sur global (Brasil, Rusia, India, China y Sudáfrica) en el 2014.
Sin embargo, el perfil de los inmigrantes es muy diferente entre ellos, habiendo una dificultad por parte de las autoridades de controlar el impacto de esos flujos debido a su legislación de migración que no había sufrido ningún tipo de alteraciones desde 1985.
Nuevos procesos tales como los refugiados de Haití y más recientemente Venezuela, produjeron la necesidad de que el gobierno hiciera una reflexión sobre la legislación del país, tanto para inmigrantes como para refugiados, promoviendo una reforma en el llamado “Estatuto del Inmigrante”, aprobado a finales del año 2017. Aun así, el país posee diversos desafíos con relación a la integración de los extranjeros y su clasificación, según los acuerdos en los que están contemplados y en las condiciones en las que se produjo su entrada en el país. Los miembros del Mercosur, por ejemplo, poseen una serie de beneficios que otras nacionalidades no posee; los ciudadanos que llegan desde Haití tienen una condición especial debido a la participación de Brasil en el proceso de pacificación en su país de origen. Y a pesar de que el número sea muy pequeño comparado al flujo de extranjeros que reciben otras naciones, el tema de las migraciones entró en la pauta política debido sobre todo a una divulgación irresponsable de los
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medios de comunicación y a la creciente polarización política que sufre el país tras el proceso de Impeachment de la expresidenta Dilma Rousseff.
También ha sido un creciente tema de discusión la clasificación de los extranjeros debido a los nuevos procesos de movilidad tales como los refugiados climáticos o aquellos movilizados por procesos humanitarios que, aunque no se clasifique por una situación de guerra, se considera que las condiciones que forman ese flujo son diferentes de las definiciones clásicas.
El objetivo de este análisis es clasificar el perfil de los principales flujos migratorios con origen en el sur global en la ciudad de São Paulo, mediante el levantamiento de informaciones oficiales y extraoficiales obtenidas tras un análisis de las informaciones de las diferentes bases de datos disponibles y una investigación realizada con las diferentes organizaciones que trabajan directamente con los inmigrantes y refugiados que llegan a Brasil.
Identificar y conocer el perfil de los integrantes de los diferentes flujos migratorios permitirá que el país tenga un mayor conocimiento para desarrollar estrategias de integración.
Bolivianos, venezolanos, sirios, haitianos, congoleños, son los principales grupos, pero con perfiles muy diferentes entre ellos, siendo importante no tan sólo conocer el número, sino también los factores que condicionan esos flujos y el perfil de los participantes.

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Research paper thumbnail of Anuário Ceres 2024 - Centro de Estudos das Relações Internacionais

Anuário CERES, 2024

Neste ano de 2024, ao celebrarmos mais um ciclo de contribuições significativas do Centro de Estu... more Neste ano de 2024, ao celebrarmos mais um ciclo de contribuições significativas do Centro de Estudos das Relações Internacionais (CERES), renovamos o compromisso com uma missão que transcende fronteiras: democratizar e popularizar o acesso ao conhecimento em Relações Internacionais, Política Internacional e dinâmicas da Comunidade Internacional.

Fundado há nove anos, o CERES nasceu como um núcleo de estudos e pesquisa, crescendo para se tornar uma das principais referências em pensamento crítico e estratégico na América Latina. Hoje, enquanto think tank independente, o CERES mantém a integridade de suas análises, mesmo diante de um cenário global cada vez mais polarizado. Ele se posiciona como um espaço vital para a disseminação de ideias que não apenas interpretam o mundo, mas também inspiram mudanças significativas.

O anuário que você tem em mãos representa mais do que um compilado de artigos publicados ao longo do ano; é um testemunho da dedicação de pesquisadores, estudantes e profissionais comprometidos com o rigor acadêmico e a acessibilidade do conhecimento. Em tempos em que as relações internacionais parecem distantes do cotidiano da maioria, o CERES luta para aproximar esses temas da sociedade, promovendo debates inclusivos e gerando oportunidades para novas vozes.

O CERES não apenas reporta os grandes acontecimentos, mas busca interpretá-los sob uma lente que valoriza a conexão entre os interesses locais e os desafios globais. Esta publicação é um tributo aos esforços colaborativos de todos os que, de alguma forma, contribuíram para tornar possível a concretização de um projeto que une qualidade, pluralidade e relevância. E por este motivo agradecemos desde já aos nossos pesquisadores e voluntários: Aline Batista dos Santos, Bernardo Monteiro, Flávia Abud, Genildo Pereira Galvão, Jaime Antonio Saia, Luis Augusto Rutledge, Marco Alves, Anaclara Gutierrez, Diego Garcia, Gomes Miguel Dias, Vasco Novela e Omar Seide... e demais convidados pelo seu continuo esforço.

Que este anuário sirva como uma bússola para todos que navegam pelas complexidades do mundo contemporâneo e como uma prova viva de que o conhecimento pode e deve ser compartilhado. Sigamos juntos, de forma resiliente, até o marco histórico de uma década em 2025, fortalecendo os alicerces de um futuro mais colaborativo e inclusivo.

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Especial África - Brasil, 2024

O CERES Centro de Estudo das Relações Internacionais foi fundado em 2015 como um think tank forma... more O CERES Centro de Estudo das Relações Internacionais foi fundado em 2015 como um think tank formado por uma equipe multidisciplinar com a missão de democratizar a RI e ampliar a visão de mundo.

A frase “Semear conhecimento, colher sabedoria” reflete o que é o CERES, um espaço onde nos reunimos para intercambiar saberes, provocar reflexões e debater sobre temas que possam gerar uma sólida base de conhecimentos.

Além das reuniões periódicas, nossas atividades englobam a publicação de artigos acadêmicos, serviços de consultoria em RI e estudos de mercado, notícias do cenário mundial.

Este especial África - Brasil, tem por intuito ampliar a visão que temos do continente africano e seu papel no cenário internacional, um território muitas vezes negligenciado porém que reúne fatores estratégicos para o futuro da humanidade e que pouco a pouco vai encontrando seu próprio caminho.

Agradecer a toda a equipe do CERES e aos autores desta obra assim como o apoio incondicional da JUPLP Juventude Unida de Países de Lingua Portuguesa.

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Anuário CERES, 2021

2021 tinha a esperança de ser o ano do recomeço, da superação da pandemia e recuperação das ativi... more 2021 tinha a esperança de ser o ano do recomeço, da superação da pandemia e
recuperação das atividades econômicas. Sem embargo, a campanha global de
vacinação, mesmo sendo a maior já registrada na história não foi capaz de conter o
avanço do vírus e a incertezafoi pouco a pouco se instaurando. Novas configurações
Internacionais porém velhos dilemas tais como a mudança climática, ou avanço do
conservadorismo e os impactos do negacionismo foram moldando o ano.
Talvez fosse cedo demais para falar em recomeço, talvez seja esta uma oportunidade
única de reflexão para de fato decidir por onde a humanidade deve recomeçar...
--- English

2021 had the hope of being the year of a new beginning, of overcoming the pandemic and
recovery of economic activities. However, the global vaccination
vaccination campaign, even though it was the largest ever recorded in history, was not able to contain the advance
the advance of the virus, and uncertainty gradually set in. New configurations
New international configurations but old dilemmas such as climate change, or the advance of
conservatism and the impacts of denialism were shaping the year.
Perhaps it was too early to talk about a new beginning, perhaps this is a unique opportunity for reflection
perhaps this is a unique opportunity for reflection to decide where humanity should start again...

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Anuário CERES , 2020

Anuário do Centro de Estudos das Relações Internacionais. Artigos e publicações nas áreas de Rela... more Anuário do Centro de Estudos das Relações Internacionais.
Artigos e publicações nas áreas de Relações Internacionais, Política Internacional, Sociologia, Política, Economia, Direito Internacional, etc. Relativos ao ano de 2020.
Yearbook of the Center for the Study of International Relations.
Articles and publications in the fields of International Relations, International Politics, Sociology, Politics, Economics, International Law, etc. For the year 2020.

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Boletim do Grupo de Econômia, Ciência e Tecnologia., 2020

Boletim do Grupo de Econômia, Ciência e Tecnologia. PEM

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Amazônia Ultimato!, 2020

Venho estrear minha participação no CERES com esse artigo que eu considero complexo, porém extrem... more Venho estrear minha participação no CERES com esse artigo que eu considero complexo, porém extremamente urgente. Meu receio era de "chover no molhado", já que o mundo todo vem acompanhando o que tem acontecido nos últimos meses com a Amazônia batendo recorde de queimadas e tendo maior número de focos desde 2007; territórios indígenas sendo invadidos e indivíduos sendo mortos... Tudo isso é muito conhecido (ou deveria ser) por boa parte das pessoas no mundo, especialmente do Brasil. Porém, pouco se fala sobre a razão do Brasil precisar melhorar a situação da Amazônia perante o cenário internacioal. Ouvimos falar em investidores estrangeiros assinando manifestos, ameaçando retirar investimentos milionários em programas do governo contra o desmatamento etc. Mas qual o verdadeiro interesse nisso tudo? Por que a Amazonia, e o que o governo do Brasil fazem em relação à ela e ao meio ambiente do próprio país interessam tanto a investidores, ainda mais à companhias internacionais? Antes que digam que o interesse seria uma disputa geopolítica para "tomarem" a Amazônia do Brasil, devo lembrar de que se fosse esse o caso, estaríamos então entregando a Amazônia em uma bandeja de nióbio (ainda que a maior reserva de Nióbio do mundo não esteja na Amazônia mas sim em Araxá-MG), já que estamos demonstrando uma péssima administração dos nossos recursos naturais. Isso ficou ainda mais evidente depois da divulgação do vídeo da reunião ministerial onde o próprio ministro do meio ambiente Ricardo Salles diz que "é preciso aproveitar que a mídia e os órgãos de comunicação estão todos voltados à divulgarem informações sobre a pandemia de Covid 19, e deixar a boiada passar"-se referindo aos projetos de lei que regularizam as ações sobre a Amazônia. Seriam então os investidores estrangeiros e nacionais preocupados excusivamente com a sustentabilidade e a administração dos recursos naturais do Brasil? A resposta é lógicamente "não". Acontece que o modo como administramos a Amazonia e o ambiente aqui no Brasil afeta diretamente os negócios desses investidores. Principalmente em tempos de discussões sobre mudanças climáticas, preservação de biodiversidade, aquecimento global, etc. Chegamos ao ponto em que esses temas estão sendo profundamente debatidos e em enorme evidência. E terem suas marcas ligadas à devastação da maior floresta tropical úmida do mundo é coisa que não pega nada bem!

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Anuário CERES, 2019

2019 O ano de 2019 chega ao seu fim marcado pelas convulsões sociais e disputa pelo poder, seja ... more 2019

O ano de 2019 chega ao seu fim marcado pelas convulsões sociais e disputa pelo poder, seja em âmbito interno ou externo.

Embora em termos de segurança internacional este seja um ano de relativa paz já que são poucos os conflitos armados oficiais, as cenas porém que marcaram o passar do ano estão repletas de imagens de manifestações, repressões e polêmicas.

Um ano no qual a guerra comercial sino-americana marcou a evolução do comércio internacional e o relevo de forças políticas de direita e extrema direita deram origem a “Primavera Latina”.

A União Europeia recuou em sua introspecção quanto bloco e a anomia social foi o grande protagonista.

A mudança climática e a revolução industrial, mesmo sendo uma realidade patente, responsável por desastres naturais, períodos de sequia e temperaturas extremas passou a segundo plano, onde as discussões ganharam um tom pessoal mais do que político e pragmático.

Entre os incêndios da Amazônia e o fogo que consumiu a Notre Dame, o mundo convulso expressa sua ira, em um sistema internacional onde a dúvida é a grande razão.

O CERES realizou diversos chamados a publicação de artigos ao longo de 2019, além de realizar cursos com o objetivo de democratizar o conhecimento das relações internacionais.

Este é um resumo das reflexões recolhidas ao longo de 2019.

Wesley S.T Guerra
Fundador.

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PERSPECTIVA DA RELAÇÃO SINO- BRASILEIRA SOB O PRISMA DA 4º REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, 2019

É ilusório pensar que a Quarta Revolução Industrial não é um fenômeno corrente. Esse processo, im... more É ilusório pensar que a Quarta Revolução Industrial não é um fenômeno corrente. Esse processo, impulsionado pela associação entre a tecnologia física e recursos digitais, já é capaz de permitir uma melhor análise de dados provenientes de mecanismos robotizados, aumento de performance dos parques industriais e otimização do tempo de desenvolvimento e resposta (VILJOEN, 2018). Em países com baixo nível de industrialização, como é o caso do Brasil, esse acontecimento ocorre de forma simples, com pequenas alterações nas estruturas tecnológicas. Por outro lado, nos países líderes dessa revolução, as modificações nos processos de produção, assimilação de conhecimento e comercialização podem ser observadas de forma mais enfática. Assim como o fenômeno da globalização, a Indústria 4.0 é capaz de promover significativas oportunidades econômicas e criar desafios sociais que requerem engajamento dos governos para adequação da própria sociedade às novas formas de consumo, inovação e de produção (BEM DHAOU, S.; ICKSON MANDA, M., 2019). Além da conversão tecnológica, esse novo panorama industrial modifica expressivamente as relações de trabalho. A mão humana já não é mais o centro do processo de construção, desde a Terceira Revolução Industrial. Em vista disso, no atual cenário, a inteligência artificial (que é o novo termo de troca), a biotecnologia e outras inovações dependem de recursos digitais e tecnológicos mais avançados, fazendo com que o vínculo homem máquina perca espaço para um relacionamento voltado para a busca de colaboração financeira e promoção de parcerias que promovam o desenvolvimento do conhecimento em tecnologia (VIAN, 2019)

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OS CEM DÍAS DE UM GOVERNO DE EXTREMA DIREITA, 2019

NOTA DO CERES: Este artigo expõe uma análise realizada por Marcelo Sebastião em base aos seus est... more NOTA DO CERES: Este artigo expõe uma análise realizada por Marcelo Sebastião em base aos seus estudos sobre totalitarismo e conservadorismo, não sendo o posicionamento oficial do CERES que mantém o principio de neutralidade partidária e ideológica e portas abertas para o diálogo acadêmico. Após termos passado por um governo de extrema direita na época da ditadura do Estado Novo, com Getúlio Vargas, podemos observar que estamos retornando, não obstante ao passado, onde há pontos cruciais que o Brasil está definitivamente iniciando um clima pré-nazista com autoridade de extrema direita, onde se encontra diversos equívocos feitos por líderes do governo atual da gestão do Bolsonaro. O totalitarismo dentém o controle absoluto, substitui a propaganda pela doutrinação e emprega a violencia não mais para assustar o povo, mas para dar realidade as suas doutrinas ideologicas e as suas mentiras utilitarias. (arendt; hannah, 2001) Ao governo de 100 dias de Jair Bolsonaro se houve uma serie de questionamento em suas decisões durante esse período no qual ele demonstrou injuria contra os cidadãos brasileiros, como podemos ver em uma de suas pronuncias, ele enfatiza a liberação do porte de arma, indaga também o sentido da diversidade ser inexistente aos olhos de um povo "raça ariana" (Brasileira), uma referência que ele faz em pró do nazismo de Adolf Hitler, onde havia um pensamento de aniquilar ao povo Judeu, Homossexual, Estrangeiros e Prostitutas deixando apenas as famílias, conservadoras alemãs para um Alemanha de uma sociedade limpa, conforme dito isso pelo próprio houve questionamento das pessoas de esquerda, porém os da extrema direita permaneceram a favor de seus preceitos a favor também de desiquilibrar acordos internacionais-onde houve preocupação sobre as declarações governamentais de que o Brasil sairia do Acordo de Paris, bem como a permissividade com relação ao aumento do desmatamento da Amazônia.Como

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A Revolução 4.0 no mundo e uma análise do cenário brasileiro, 2019

Diariamente somos tomados pelo fluxo de novas informações em uma velocidade jamais antes vista, o... more Diariamente somos tomados pelo fluxo de novas informações em uma velocidade jamais antes vista, o desenvolvimento tecnológico, como bem podemos dizer, no seu auge. E é nesse contexto que vem à tona a quarta Revolução Industrial, ou Revolução 4.0, que promete mudanças para a transformação de toda a sociedade. A primeira revolução industrial é marcada pela máquina à vapor, com a produção mecânica e a passagem do trabalho no campo para a cidade, o homem que antes possuía autonomia em seu trabalho, dominando todas as técnicas, se torna livre assalariado, realizando um trabalho específico e individualizado. A segunda revolução industrial apresenta, com o advento da energia elétrica, a produção em massa, com enormes linhas de produção e redução de custo, para que assim, quem produz fosse incorporado na dinâmica da economia, permitindo sua movimentação. Já terceira, introduz o conceito da automação, com a emergência dos computadores e da internet, com dispositivos capazes de gerenciar grandes produções, proporcionando o aumento de produtos e a substituição cada vez mais, da atuação homem. E agora a quarta, denominada como revolução digital, marca uma atuação e modificação mais ampla, com a era da inteligência artificial, da robótica, big data, nanotecnologia, internet das coisas, biologia sintética, sistemas ciber-físicos, impressoras 3D, entre outros. Para Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, também autor do livro A Quarta Revolução Industrial, as mudanças, no entanto giram em torno da velocidade, impacto sistêmico, amplitude e profundidade, levando em consideração a interdependência e conectividade da sociedade e a abertura para novos avanços, transformando não só a indústria, mas toda uma era, se inserindo no cenário dos tomadores de decisões, na fusão dos mundos físico, digital e biológico, ou seja, permitindo a mudança de toda a sociedade. É o momento em que mundo real e virtual vão se fundir nos setores de produção, será possível a fabricação de produtos de forma personalizada desde a indústria, entrelaçada com a dinâmica de produtividade. Abrindo portas para a reformulação de todos os sistemas a partir da incorporação tecnológica, que se mostra como o resultado de décadas de pesquisas e desenvolvimento na área. (Schwab, K. 2019) Revolução 4.0 no mundo O advento da Revolução 4.0 no mundo, promoveu uma "corrida" entre os países líderes, que movem bilhões e agita outros para que não fiquem atrás. Os Estados Unidos investem na promoção de um Manufatura avançada a partir da união de diversos institutos, iniciativas e da aliança pública e privada com ênfase no desenvolvimento de uma indústria mais sustentável, mais digital e mais automatizada, para diminuir entraves e acelerar o processo no mercado. A Alemanha com a enorme preocupação em não perder uma liderança do setor industrial, investe na Plattform Industria 4.0, como uma rede central com objetivo de impulsionar a digitalização na fabricação, partindo de uma ação defensiva, através da competitividade, e agressiva, com o desenvolvimento de novos mercados, promovendo um modelo que seja invejável à outros países e assim, sirva como molde para o mundo, levando em consideração a venda de

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Criptoativos no Mundo 4.0, 2019

Em discussões internacionais como o G20 e o FMI, as critpmoedas (Bitcoin e mais de 2.000 alcoins)... more Em discussões internacionais como o G20 e o FMI, as critpmoedas (Bitcoin e mais de 2.000 alcoins) são chamadas de criptoativos devido ao fato de haver uma incerteza dessa ferramenta no que tange aos três princípios básicos de moeda: reserva de valor, unidade de conta e meio de troca. Em outubro de 2008, um desenvolvedor que se denominou como Satoshi Nakamoto, lançou um artigo chamado Bitcoin: a Peer-to-Peer Electronic Cash System. Esse artigo propunha um sistema de transações eletrônicas confiáveis sem a mediação de um terceiro (bancos). A proposta tinha como base o sistema blockchain, onde, teoricamente, as transações poderiam ser feitas e verificadas de forma descentralizada e por meio de prova criptográfica, e assim nasce o Bitcoin. O Bitcoin foi o primeiro criptoativo, a Etherum, a Ripple e todos os outros são chamados de Alcoins. O funcionamento depende de uma tecnologia chamada Distributed Ledger Technology (DLT), uma rede descentralizada peer-to-peer por meio da qual é possível registrar e validar transações sem o intermédio de uma autoridade central. O Blockchain é uma espécie de Distributed Ledger Technology (DLT). Frequentemente, os termos Blockchain e Distributed Ledger Technolgy (DLT) são usados como sinônimos. O Blockchain possui a função de um livro-razão de contabilidade pública, onde são registradas as transações feitas em Bitcoin. Sendo assim, o Blockchain não precisa de confiança em uma entidade central para que seus dados de contabilidade estejam corretos e não sejam fraudados. A validação das transações no Blockchain é o que permite que se saiba, com prova criptográfica, o que pertence a quem. Vale ressaltar que o Blockchain é um livro público de transações, apesar de ter algumas informações anônimas e está associado a um número que somente seu proprietário conhece. O economista Fernando Ulrich argumenta que o uso do Bitcoin como meio de troca é indiferente à oscilação, já que ainda se basearia na sua cotação em tempo real de

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Integração na América do Sul: o caso estrutural da UNASUL e PROSUL, 2019

Tratando-se de integração regional, um fenômeno não inédito, porém visto com maior importância em... more Tratando-se de integração regional, um fenômeno não inédito, porém visto com maior importância em todo o globo com o fim da Guerra Fria e o ordenamento internacional de então, percebemos algumas descontinuidades idiossincráticas da região sul-americana que explicam bem o processo em que vivemos nos dias correntes com relação às instituições intragovernamentais. Para entendermos melhor, portanto, seria necessário o levantamento do percurso histórico mais recente da região em termos político-econômicos, que se reflete em grande parte na busca de integração dos países do subcontinente tanto como forma de desenvolver-se ou inserir-se no cenário internacional-o que percorre desde modelos de substituição de importações até "giros" ideológicos de esquerda e direita nas políticas domésticas dos países dessa localidade (URRUCHURTU, 2014). Marcados pelo término da Guerra Fria e pelo desmanche da bipolaridade dos EE.UU contra a URSS, além da ascensão desse primeiro como país hegemônico do bloco ocidental, os anos 90 proporcionaram ao sistema internacional uma globalização econômica refletida na transnacionalização e liberalização do fluxo de capital, além da formação de novos espaços geoeconômicos regidos pelo processo de regionalização, que embora não fossem fenômenos desconhecidos para a comunidade internacional, repercutiam sob novo fôlego (CARVALHO, 2013). É preconizado então o que conhecemos como consenso de Washington, que representava a "abertura, a desregularização da economia e os processos de privatização da máquina pública" (CARLAVLHO, 2013, p. 17), retratando a deliberação do neoliberalismo como pauta da potência hegemônica para a região latino-americana. Como conhecemos, esses fenômenos geraram resultados nefastos nas décadas subsequentes, especialmente no tocante à questão social e econômica dos países periféricos na América latina. Testemunhamos a assimetria entre os países elevar-se e a concentração de poder tornar-se determinante pelos países do norte, o que acarretou em uma maior vulnerabilidade da periferia global. Esse processo, como veremos mais a frente, impulsionou o surgimento de ideologias que buscaram superar as tendências

Research paper thumbnail of AS RAÍZES DA DESIGUALDADE DE GÊNERO NA ÁFRICA DO SUL

Artigo sobre a desigualdade de Gênero na África do Sul e suas causas.

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As questões de gênero são primordiais na busca pela igualdade nas Relações Internacionais, como e... more As questões de gênero são primordiais na busca pela igualdade nas Relações Internacionais, como em todos os setores. De acordo com a área da psicologia e da neurologia, as mulheres têm habilidades verbais e os homens possuem habilidades espaciais e aritméticas. Já na comunicação, a linguagem masculina é objetiva, concisa e instrumentalizada. Enquanto a feminina é elaborada, indireta e afetiva.

Research paper thumbnail of Os Direitos LGBT A historia entre o preconceito e os espacos de poder v2

Os Direitos LGBT: A história entre o preconceito e os espaços de poder. A história da humanidade ... more Os Direitos LGBT: A história entre o preconceito e os espaços de poder. A história da humanidade é permeada por ciclos de transformações profundas nas estruturas sociais, em que são formados os conjuntos de ideias e valores que fundam as bases de civilizações. Essas grandes transformações são medidas não apenas em termos de mudanças nos regimes políticos, mas também nos costumes, nas interações humanas e na própria sexualidade, em suas mais diversas expressões, sobretudo a LGBT. A sexualidade, devido sua relação com o poder e com os valores morais e religiosos, desde os remotos tempos da antiguidade até os tempos modernos, é um tema central para compreendermos como grandes parcelas da população são empurradas paras as margens da sociedade devido à expressão de seus desejos sexuais, de sua identidade de gênero e dos seus afetos. Para a população LGBT, seja no Brasil, Europa, Oriente Médio, ser membro desta comunidade é lidar diariamente com uma luta para assegurar seus direitos em todos os aspectos, desde o direito a demonstrar sem medo sua identidade, seja organizar-se politicamente, seja o simples ato de viver. A comunidade LGBT ao redor do mundo, é uma comunidade cuja existência se fez às margens do que é socialmente aceito. Do que é religiosamente adequado. Do que é moralmente correto. Esta característica única, de ser uma comunidade em que as pessoas são definidas não pela inclusão às normas socialmente definidas, mas pela exclusão destas por um " desvio " , não é uma característica meramente ocasional ou acidental. Ela é de fato produto de uma construção histórica e cujos impactos devem ser compreendidos. Diferentes civilizações, povos e nações entenderam e trataram as questões ligadas à expressão da sexualidade de modos diversos, sobretudo no que diz respeito à homossexualidade. As sociedades ocidentais são intrinsicamente ligadas aos valores culturais e sociais do judaísmo e do cristianismo, que em seus livros sagrados fazem condenações a todas as práticas sociais tidas como " desviantes " , seja a prática da homossexualidade ou o sexo pelo prazer entre casais heterossexuais. Estas duas religiões compreendem a sexualidade como algo a ser restringido e praticado apenas em momentos específicos na vida de um indivíduo e que todos aqueles que fossem " desviantes " de sua natureza sexual não deveriam ser parte ativa da sociedade. Entretanto, outras culturas e povos entendiam a homossexualidade de modos completamente diversos daqueles das sociedades contemporâneas. Pela história, a homossexualidade e a expressão dos desejos e afetos foram entendidas sob uma infinidade de visões, posturas e papeis. Na antiguidade, sobretudo na Grécia Antiga, a homossexualidade e a homoafetividade eram entendidas como algo socialmente aceito e inclusive eram pilares das sociedades ateniense e espartana, compreendendo que as relações sexuais e afetivas entre iguais era algo a ser estimulado e que seria socialmente aceito. Outras sociedades como as da mesopotâmia ou do oriente médio também entendiam a homossexualidade de um modo mais liberal, especialmente por conta de suas religiões, como por exemplo, no Egito Antigo ou na Babilônia, que viam a expressão da sexualidade humana como algo a ser demonstrado e vivenciado como uma celebração da fertilidade e da vida. Para

Research paper thumbnail of Religião e poder: A fé como ferramenta de dominação

RELIGIÃO E PODER: A fé como ferramenta de dominação. Por Alex Carvalho, teólogo e bacharel em R.I... more RELIGIÃO E PODER: A fé como ferramenta de dominação.
Por Alex Carvalho, teólogo e bacharel em R.I
...É comum que instituições políticas utilizem um discurso religioso para legitimar suas ações. Quando, a utilização de uma retórica religiosa não é suficiente, é possível que se busque apoio de um líder religioso que utilize sua influência e carisma junto a população...

Research paper thumbnail of Crise internacional de 2008, recuperação e desafios: mudança de paradigma e reflexos junto às economias emergentes

A crise econômica que rompeu no mercado imobiliário norte-americano, relacionado ao mercado de hi... more A crise econômica que rompeu no mercado imobiliário norte-americano, relacionado ao mercado de hipotecas de alto risco ainda em meados de 2007, alcançou o mundo em 2008 e converteu-se em uma crise financeira internacional, que de maneira inédita transformou-se em um mal-estar financeiro um mal-estar econômico nos países de alta renda, trouxe uma crise na zona do euro e inseriu o mundo em uma crise caracterizada pela incerteza, a retração da atividade econômica em economias centrais (ou desenvolvidas), a aversão ao risco e a preferência pela liquidez , menor dinamismo no comercio internacional, interrupção das linhas de crédito comercial e desvalorização das moedas de diversos países. Em seu mais recente livro As Transições e os Choques: o que aprendemos e o que ainda temos que aprender com a crise financeira, o professor honorário da Universidade de Nottingham e editor e colunista chefe do jornal Financial Times, Martin Wolf (2015) desenvolve um raciocínio mais abrangente sobre a mais recente crise financeira e o que ela tem a ensinar sobre a economia em si, sobretudo ao analisar com minúcia a crise, as formas desenvolvidas pelos países para tentar lidar com os seus efeitos negativos e discutir a eficácia do que vem sendo feito ao longo dos últimos anos, bem quais seriam outras possibilidades de ação. Desta maneira, o autor busca (ao longo de sua análise desenvolvida em nove capítulos e três partes centrais) identificar a origem da recente crise, que segundo sua argumentação esteve relacionada a uma espécie de interação entre desequilíbrios mundiais, o processo de globalização e a existência de um sistema financeiro frágil. Tendo em vista a argumentação e as percepções de Martin Wolf acerca dos efeitos da crise financeira mais recente junto às economias emergentes, presente texto possui como objetivo central apresentar e discutir aspectos da crise financeira de 2008, sobretudo a crise e recuperação dos países emergentes, bem como os principais desafios apresentados a estas economias na sequência da dita recuperação, apresentando alguns exemplos das economias brasileira e chinesa.

Research paper thumbnail of A guerra pela sobrevivência do Leviata

A guerra pela sobrevivência do Leviatã. Brasil, Estados Unidos, Itália, Espanha, Áustria, Colômbi... more A guerra pela sobrevivência do Leviatã. Brasil, Estados Unidos, Itália, Espanha, Áustria, Colômbia, entre outros país... são casos sintomáticos de uma tensão existente entre o sistema político e seus representantes com o povo e com o processo de formulação e tomada de decisões políticas; sendo está uma realidade crescente em diversos país. Em cada caso um ponto ou mais de tensão, ficou evidenciado refletindo as mudanças de paradigma que já ocorrem no mundo inteiro. Seja os resultados das eleições americanas; a dificuldade de empossar o presidente eleito em duas eleições na Espanha; a negativa da população ao Acordo de Paz da Colômbia; a resposta negativa a reforma constitucional da Itália; o cancelamento e reviravolta nas eleições da Áustria e as tensões entre o executivo e o judiciário do Brasil. São casos que colocam em evidencia a dificuldade de equilibrar os interesses da sociedade com os interesses políticos de uma nação, além de levantar questões sobre a capacidade dos sistemas ditos democráticos de espelhar a vontade maioritária da população principalmente quando a mesma está cada vez mais polarizada. O Leviatã evoluiu de tal forma que possui interesses e ações próprias que já não são limitadas pelo pacto social e pela representação dos interesses nacionais. Essa mudança no caráter representativo e político do Leviatã, não somente se espalha numa maior polarização e tensão social como também numa modificação nas correntes ideológica e de como está chega até a população, havendo uma mudança perceptível nos discursos e o surgimento de novos víeis ideológicos. Modificações nas ações dos regimes socialistas que são cada vez mais liberais em sua ação econômica internacional, como pode ser o caso da China ou a flexibilização que já ocorre na Cuba. E a mudança no discurso de direita que ressurge com força em quase todos os continentes. Mesmo em países mais liberais, existe uma cobrança crescente da ação do estado, transformando o discurso de direita em uma apologia ao neonacionalismo onde o Estado atua como modelador e transformador tanto social como econômico priorizando uma parcela da população. Políticas anti-imigração ou reformas tributárias e laborais, impactam na sociedade transformando não somente a economia como até mesmo a disposição da pirâmide demográfica e social. Da mesma forma, políticas intervencionistas que buscam estimular a produção interna de uma nação – como as prometidas por Donald Trump – São uma forma de intervenção do estado na economia; não atuando como um agente regulatório ou fiscalizador, mas como agente transformador, sendo este reflexo das mudanças no discurso e na ação do Estado, que já não se apoia nos ideais neoliberais e sim em uma recuperação de conceitos mais conservadores. Por outro lado, o discurso socialista perdeu representação em diversos países e ganha reformulações em algumas nações tais como o partido Podemos da Espanha, cujo discurso se intensifica e se radicaliza. O Leviatã se fortalece em setores fortes da população, com maior poder de movimentação, articulação e representação de seus interesses, sacrificando ao seu passo outras parcelas dessa

Research paper thumbnail of Anuário - NEMRI 2015

O NEMRI - Núcleo de Estudos Multidisciplinar de Relações Internacionais surgiu com o intuito de c... more O NEMRI - Núcleo de Estudos Multidisciplinar de Relações Internacionais surgiu com o intuito de criar um canal de diálogo e debate aberto a toda comunidade acadêmica, pesquisadores, profissionais e pessoas interessadas nas relações internacionais e nos temas que envolve o cenário internacional.

Research paper thumbnail of TFM Wesley S.T Guerra Versión Final

Brasil, la evolución de los flujos migratorios sur-sur en São Paulo., 2018

São Paulo concentra más del 80% de todos los extranjeros que viven en Brasil, según datos del Ins... more São Paulo concentra más del 80% de todos los extranjeros que viven en Brasil, según datos del Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE, 2010), la ciudad es la mayor metrópolis del hemisferio sur y se caracteriza por su formación multicultural y por un largo proceso histórico referente a las migraciones que fueron cambiando en origen y condiciones, conforme la evolución económica y situación política de Brasil y el mundo.
Brasil llegó a ser el cuarto mayor destino para los inmigrantes de Europa y Asia hasta mediados del siglo XX, el flujo fue disminuyendo tras la dictadura en los años 1960, hasta que hubo una reversión de este y Brasil se convirtió en emisor de emigrantes, a partir de los años 70, cuyos principales destinos eran los Estados Unidos, Europa y Japón.
Esa dinámica se refleja en la historia de la ciudad de São Paulo, en su demografía y formación sociocultural y por otro lado en la propia evolución de la ley de extranjería de Brasil y de cómo el país se comporta frente a los procesos migratorios.
Con el crecimiento de la economía de Brasil, desde los años de 1990, el flujo de inmigrantes que llegaban desde países vecinos y países africanos fue en aumento, aun así, los extranjeros no superan el 1% de la población total del país, según datos del Ministerio de Trabajo y del Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE, 2010).
El aumento de la participación de Brasil en el escenario internacional además de los procesos políticos en países vecinos o con los que el país mantiene relaciones diplomáticas, promovió un incremento en los flujos migratorios Sur-Sur. Gracias a la apertura comercial en 1991, la consolidación del Mercosur en 1994 con el Protocolo de Ouro Preto, la participación en la Misión de las Naciones Unidas para la Estabilidad de Haití en 2004, el aumento de la participación de Brasil a partir del 2008 en la Comunidad de Países de Lengua Portuguesa y finalmente el acuerdo entre las principales potencias del sur global (Brasil, Rusia, India, China y Sudáfrica) en el 2014.
Sin embargo, el perfil de los inmigrantes es muy diferente entre ellos, habiendo una dificultad por parte de las autoridades de controlar el impacto de esos flujos debido a su legislación de migración que no había sufrido ningún tipo de alteraciones desde 1985.
Nuevos procesos tales como los refugiados de Haití y más recientemente Venezuela, produjeron la necesidad de que el gobierno hiciera una reflexión sobre la legislación del país, tanto para inmigrantes como para refugiados, promoviendo una reforma en el llamado “Estatuto del Inmigrante”, aprobado a finales del año 2017. Aun así, el país posee diversos desafíos con relación a la integración de los extranjeros y su clasificación, según los acuerdos en los que están contemplados y en las condiciones en las que se produjo su entrada en el país. Los miembros del Mercosur, por ejemplo, poseen una serie de beneficios que otras nacionalidades no posee; los ciudadanos que llegan desde Haití tienen una condición especial debido a la participación de Brasil en el proceso de pacificación en su país de origen. Y a pesar de que el número sea muy pequeño comparado al flujo de extranjeros que reciben otras naciones, el tema de las migraciones entró en la pauta política debido sobre todo a una divulgación irresponsable de los
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medios de comunicación y a la creciente polarización política que sufre el país tras el proceso de Impeachment de la expresidenta Dilma Rousseff.
También ha sido un creciente tema de discusión la clasificación de los extranjeros debido a los nuevos procesos de movilidad tales como los refugiados climáticos o aquellos movilizados por procesos humanitarios que, aunque no se clasifique por una situación de guerra, se considera que las condiciones que forman ese flujo son diferentes de las definiciones clásicas.
El objetivo de este análisis es clasificar el perfil de los principales flujos migratorios con origen en el sur global en la ciudad de São Paulo, mediante el levantamiento de informaciones oficiales y extraoficiales obtenidas tras un análisis de las informaciones de las diferentes bases de datos disponibles y una investigación realizada con las diferentes organizaciones que trabajan directamente con los inmigrantes y refugiados que llegan a Brasil.
Identificar y conocer el perfil de los integrantes de los diferentes flujos migratorios permitirá que el país tenga un mayor conocimiento para desarrollar estrategias de integración.
Bolivianos, venezolanos, sirios, haitianos, congoleños, son los principales grupos, pero con perfiles muy diferentes entre ellos, siendo importante no tan sólo conocer el número, sino también los factores que condicionan esos flujos y el perfil de los participantes.

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Anuário CERES, 2024

Neste ano de 2024, ao celebrarmos mais um ciclo de contribuições significativas do Centro de Estu... more Neste ano de 2024, ao celebrarmos mais um ciclo de contribuições significativas do Centro de Estudos das Relações Internacionais (CERES), renovamos o compromisso com uma missão que transcende fronteiras: democratizar e popularizar o acesso ao conhecimento em Relações Internacionais, Política Internacional e dinâmicas da Comunidade Internacional.

Fundado há nove anos, o CERES nasceu como um núcleo de estudos e pesquisa, crescendo para se tornar uma das principais referências em pensamento crítico e estratégico na América Latina. Hoje, enquanto think tank independente, o CERES mantém a integridade de suas análises, mesmo diante de um cenário global cada vez mais polarizado. Ele se posiciona como um espaço vital para a disseminação de ideias que não apenas interpretam o mundo, mas também inspiram mudanças significativas.

O anuário que você tem em mãos representa mais do que um compilado de artigos publicados ao longo do ano; é um testemunho da dedicação de pesquisadores, estudantes e profissionais comprometidos com o rigor acadêmico e a acessibilidade do conhecimento. Em tempos em que as relações internacionais parecem distantes do cotidiano da maioria, o CERES luta para aproximar esses temas da sociedade, promovendo debates inclusivos e gerando oportunidades para novas vozes.

O CERES não apenas reporta os grandes acontecimentos, mas busca interpretá-los sob uma lente que valoriza a conexão entre os interesses locais e os desafios globais. Esta publicação é um tributo aos esforços colaborativos de todos os que, de alguma forma, contribuíram para tornar possível a concretização de um projeto que une qualidade, pluralidade e relevância. E por este motivo agradecemos desde já aos nossos pesquisadores e voluntários: Aline Batista dos Santos, Bernardo Monteiro, Flávia Abud, Genildo Pereira Galvão, Jaime Antonio Saia, Luis Augusto Rutledge, Marco Alves, Anaclara Gutierrez, Diego Garcia, Gomes Miguel Dias, Vasco Novela e Omar Seide... e demais convidados pelo seu continuo esforço.

Que este anuário sirva como uma bússola para todos que navegam pelas complexidades do mundo contemporâneo e como uma prova viva de que o conhecimento pode e deve ser compartilhado. Sigamos juntos, de forma resiliente, até o marco histórico de uma década em 2025, fortalecendo os alicerces de um futuro mais colaborativo e inclusivo.

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Especial África - Brasil, 2024

O CERES Centro de Estudo das Relações Internacionais foi fundado em 2015 como um think tank forma... more O CERES Centro de Estudo das Relações Internacionais foi fundado em 2015 como um think tank formado por uma equipe multidisciplinar com a missão de democratizar a RI e ampliar a visão de mundo.

A frase “Semear conhecimento, colher sabedoria” reflete o que é o CERES, um espaço onde nos reunimos para intercambiar saberes, provocar reflexões e debater sobre temas que possam gerar uma sólida base de conhecimentos.

Além das reuniões periódicas, nossas atividades englobam a publicação de artigos acadêmicos, serviços de consultoria em RI e estudos de mercado, notícias do cenário mundial.

Este especial África - Brasil, tem por intuito ampliar a visão que temos do continente africano e seu papel no cenário internacional, um território muitas vezes negligenciado porém que reúne fatores estratégicos para o futuro da humanidade e que pouco a pouco vai encontrando seu próprio caminho.

Agradecer a toda a equipe do CERES e aos autores desta obra assim como o apoio incondicional da JUPLP Juventude Unida de Países de Lingua Portuguesa.

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Especial Lusofonia 2023, 2023

A data de 5 de maio foi instituída oficialmente em 2009 pela Comunidade dos Países de Língua Port... more A data de 5 de maio foi instituída oficialmente em 2009 pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – organização intergovernamental, parceira oficial da UNESCO desde 2000, que reúne os povos que têm a língua portuguesa como um dos alicerces de sua identidade específica – celebrar a língua portuguesa e as culturas lusófonas. Em 2019, a 40ª sessão da Conferência Geral da UNESCO decidiu proclamar o dia 5 de maio de cada ano como o “Dia Mundial da Língua Portuguesa”.

No âmbito desta celebração, o Observatório Galego da Lusofonia do IGADI, no contexto do seu décimo quinto aniversário neste 2023, lança um especial que circula por diferentes continentes, abordando questões essenciais para o domínio da Lusofonia no século XXI, como o papel da Galiza ou Macau, a importância da mobilidade das pessoas no espaço geopolítico da CPLP, o papel das zonas transfronteiriças em construção no espaço internacional lusófono ou as diferentes relações entre atores e agentes da língua portuguesa.

No especial, participam 23 pesquisadores que oferecem um mosaico e um diálogo da lusofonia do possível. O especial OGALUS foi realizada sob a coordenação de Wesley Sá Teles Guerra, e contou com a parceria do CERES do Brasil e da Juventude Unida dos Países da Língua Portuguesa, com quem o IGADI assinou recentemente um acordo de colaboração.

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Anuário CERES 2022/23, 2022

2022 deixou para atrás a sombra da Covid19 e ficou marcado pelo avanço do conflito entre Russia e... more 2022 deixou para atrás a sombra da Covid19 e ficou marcado pelo avanço do conflito entre Russia e Ucrânia, um tema que centralizou o debate político na comunidade internacional.
O fim da Era Merkel na Alemanha e do longo reinado da Rainha Elizabeth II no Reino Unido, deram um novo sentido a uma Europa ameaçada pelo ceticismo, a crise energética e a eleição da extrema direita na Itália. Foi também um ano de eleições em diversos países periféricos, sendo a mais representativa, as eleições do Brasil, que indicam uma mudança política na região ou a consolidação de um novo ciclo na América latina.
A COP27 e a Copa de Qatar, elevaram as discussões sobre o meio ambiente e os direitos humanos, porém a concretização das mudanças ficaram para os próximos anos como uma tarefa pendente...
O CERES - Centro de Estudos das Relações Internacionais lança todos os anos um anuário com artigos e especiais.
Wesley Sá Teles Guerra, fundador e diretor do CERES. São Paulo, 2022

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CERES 7 Anos - Relações Internacionais, 2022

Seleção dos melhores artigos do CERES - Centro de Estudos das Relações Internacionais. Nos último... more Seleção dos melhores artigos do CERES - Centro de Estudos das Relações Internacionais. Nos últimos 8 anos desde o NEMRI – Núcleo de Estudos das Relações Internacionais ao CERES – Centro de Estudos das Relações Internacionais, nossa equipe tratou de analisar o contexto global em todas as áreas: Geopolítica, Diplomacia, Direito, Sociologia, Política etc. Desde a Guerra do Afeganistão, a Crise do Mediterrâneo, passando pela ascensão da China, as mudanças na realidade latina e africana, sem esquecer de eventos importantes e novos conceitos, tais como a diplomacia religiosa do Papa Francisco, o feminismo global, a presença do Boko Haran na África e o surgimento do Estado Islâmico, tensões na Síria e posteriormente na Ucrânia, o incremento do conservadorismo na América Latina e as mais importantes mudanças geopolíticas. Sem dúvidas algum artigo fantástico ficou de fora da seleção, mesmo assim tratamos de manter a cronologia das publicações e os temas que tiveram maior relevância na nossa comunidade. Assim mesmo a assertividade dos artigos, ensaios, pesquisas e textos de opinião é impressionante, motivo que nos leva acreditar que nossa função de democratizar as Relações Internacionais e de gerar um espaço onde todos podem participar funciona e dá seus bons frutos! Obrigado a todos que fizeram deste projeto uma realidade! Vamos por mais 7 anos!