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Thesis Chapters by Dara Maria
Monografia, 2019
A mulher vive a cidade de modo limitado pelo medo, insegurança, pela falta de infraestrutura adeq... more A mulher vive a cidade de modo limitado pelo medo, insegurança, pela falta de infraestrutura adequada para a locomoção entre outros problemas. O estudo sobre essa relação da mulher no meio urbano cresceu nos últimos 5 anos e através desses trabalhos nota-se que existe uma assimetria nas vivências entre os gêneros. Diante desse problema, o presente trabalho tem como objetivo estudar essas relações em um bairro de Aracaju e propor intervenções urbanas que melhorem a vida da mulher no espaço público. Para isso, foi necessária uma fundamentação teóricas nos estudos recentes de arquitetas e urbanistas e em livros que discutem a relação da mulher na sociedade oriundos da sociologia e filosofia. Para fazer a escolha do bairro foram usados dados sobre estupro disponibilizados pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal associados à experiência da autora que resultou no bairro Farolândia como local de estudo. Através das entrevistas foi possível traçar o perfil das mulheres e entender sua relação com a cidade, além disso, o maior objetivo dessa etapa era recolher nomes das ruas evitadas e das ruas onde foram assediadas para a etapa seguinte das vivências. Nesse momento do trabalho, grupos de mulheres percorreram três ruas e discutiram como aquele espaço poderia ser melhorado e com base nessas informações foi possível construir as propostas de intervenção. Ao fim do trabalho percebeu-se que as mulheres mais jovens tem mais afinidade com os temas voltados especificamente para a mulher e que as piores situações de medo estão em ruas sem movimentação de pessoas e com pouca infraestrutura. Por fim esse trabalho pode ser ampliado para outros bairros de Aracaju e para outras cidades.
Dissertação de mestrado, 2023
Para citar esse trabalho usar preferencialmente a versão da ABNT no repositório da UFAL. RESUM... more Para citar esse trabalho usar preferencialmente a versão da ABNT no repositório da UFAL.
RESUMO: O trabalho doméstico remunerado no Brasil é perpassado por questões sociais e históricas, por isso 97% dos trabalhadores são do sexo feminino e a maioria delas negras e pobres. Além disso, no espaço urbano brasileiro, principalmente nas grandes cidades, existe uma fragmentação evidente em termos de raça e classe, e essa população negra e pobre normalmente se localiza em áreas ambientalmente frágeis e nas margens da cidade, enquanto a população branca e com maior poder aquisitivo mora, majoritariamente, nos bairros centrais dotadas de infraestrutura. Pensando nisso, é possível supor que grande parte das trabalhadoras domésticas percorrem longas distâncias entre suas residências e as casas dos patrões, enfrentando obstáculos na mobilidade urbana. Contudo, esse é apenas uma parte dos problemas encarados por essas trabalhadoras, o que se vive no íntimo familiar da casa do patrão é o principal desafio a ser vivido por essas mulheres. Por isso, o objetivo do trabalho é mapear de modo quantitativo onde moram as domésticas que trabalham em Aracaju e de modo qualitativo as violências e resistências que vivenciam em seus trabalhos. Para abordar as questões mais amplas ligadas ao primeiro ponto, foi realizada uma coleta de dados na Casa da Doméstica e no Sindicato das domésticas de Sergipe que tornou possível fazer uma análise territorial de onde essas domésticas moram e com os dados do Censo Demográfico do IBGE 2010 também foi possível analisar os dados socioeconômicos que essas localidades possuem. A metodologia para alcançar o segundo intuito foi a realização de entrevistas com seis trabalhadoras domésticas, fundamental para dar mais embasamento às informações teóricas coletadas bibliograficamente além de ampliar e trazer à tona novas questões, por isso seus relatos estão distribuídos ao longo de toda a dissertação, perpassando diferentes temáticas. Diante disso, esta dissertação inicia apresentando o histórico do trabalho doméstico em nosso país, ressaltando a diferença entre mulheres brancas e negras, e como os sindicatos de domésticas pelo Brasil e em Sergipe atuaram na luta pela conquista dos seus direitos trabalhistas. Também aborda a formação do espaço urbano mostrando como a desigualdade social se estabelece, principalmente na Grande Aracaju, e como a capital representa uma centralidade para o estado influenciando a migração de mulheres em busca de trabalho doméstico. E, por fim, o estudo finaliza com a análise territorial mostrando como a moradia dessas trabalhadoras se encontram em regiões mais pobres, e mais desarticuladas da malha urbana, dificultando os deslocamentos até o trabalho.
Monografia, 2019
A mulher vive a cidade de modo limitado pelo medo, insegurança, pela falta de infraestrutura adeq... more A mulher vive a cidade de modo limitado pelo medo, insegurança, pela falta de infraestrutura adequada para a locomoção entre outros problemas. O estudo sobre essa relação da mulher no meio urbano cresceu nos últimos 5 anos e através desses trabalhos nota-se que existe uma assimetria nas vivências entre os gêneros. Diante desse problema, o presente trabalho tem como objetivo estudar essas relações em um bairro de Aracaju e propor intervenções urbanas que melhorem a vida da mulher no espaço público. Para isso, foi necessária uma fundamentação teóricas nos estudos recentes de arquitetas e urbanistas e em livros que discutem a relação da mulher na sociedade oriundos da sociologia e filosofia. Para fazer a escolha do bairro foram usados dados sobre estupro disponibilizados pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal associados à experiência da autora que resultou no bairro Farolândia como local de estudo. Através das entrevistas foi possível traçar o perfil das mulheres e entender sua relação com a cidade, além disso, o maior objetivo dessa etapa era recolher nomes das ruas evitadas e das ruas onde foram assediadas para a etapa seguinte das vivências. Nesse momento do trabalho, grupos de mulheres percorreram três ruas e discutiram como aquele espaço poderia ser melhorado e com base nessas informações foi possível construir as propostas de intervenção. Ao fim do trabalho percebeu-se que as mulheres mais jovens tem mais afinidade com os temas voltados especificamente para a mulher e que as piores situações de medo estão em ruas sem movimentação de pessoas e com pouca infraestrutura. Por fim esse trabalho pode ser ampliado para outros bairros de Aracaju e para outras cidades.
Dissertação de mestrado, 2023
Para citar esse trabalho usar preferencialmente a versão da ABNT no repositório da UFAL. RESUM... more Para citar esse trabalho usar preferencialmente a versão da ABNT no repositório da UFAL.
RESUMO: O trabalho doméstico remunerado no Brasil é perpassado por questões sociais e históricas, por isso 97% dos trabalhadores são do sexo feminino e a maioria delas negras e pobres. Além disso, no espaço urbano brasileiro, principalmente nas grandes cidades, existe uma fragmentação evidente em termos de raça e classe, e essa população negra e pobre normalmente se localiza em áreas ambientalmente frágeis e nas margens da cidade, enquanto a população branca e com maior poder aquisitivo mora, majoritariamente, nos bairros centrais dotadas de infraestrutura. Pensando nisso, é possível supor que grande parte das trabalhadoras domésticas percorrem longas distâncias entre suas residências e as casas dos patrões, enfrentando obstáculos na mobilidade urbana. Contudo, esse é apenas uma parte dos problemas encarados por essas trabalhadoras, o que se vive no íntimo familiar da casa do patrão é o principal desafio a ser vivido por essas mulheres. Por isso, o objetivo do trabalho é mapear de modo quantitativo onde moram as domésticas que trabalham em Aracaju e de modo qualitativo as violências e resistências que vivenciam em seus trabalhos. Para abordar as questões mais amplas ligadas ao primeiro ponto, foi realizada uma coleta de dados na Casa da Doméstica e no Sindicato das domésticas de Sergipe que tornou possível fazer uma análise territorial de onde essas domésticas moram e com os dados do Censo Demográfico do IBGE 2010 também foi possível analisar os dados socioeconômicos que essas localidades possuem. A metodologia para alcançar o segundo intuito foi a realização de entrevistas com seis trabalhadoras domésticas, fundamental para dar mais embasamento às informações teóricas coletadas bibliograficamente além de ampliar e trazer à tona novas questões, por isso seus relatos estão distribuídos ao longo de toda a dissertação, perpassando diferentes temáticas. Diante disso, esta dissertação inicia apresentando o histórico do trabalho doméstico em nosso país, ressaltando a diferença entre mulheres brancas e negras, e como os sindicatos de domésticas pelo Brasil e em Sergipe atuaram na luta pela conquista dos seus direitos trabalhistas. Também aborda a formação do espaço urbano mostrando como a desigualdade social se estabelece, principalmente na Grande Aracaju, e como a capital representa uma centralidade para o estado influenciando a migração de mulheres em busca de trabalho doméstico. E, por fim, o estudo finaliza com a análise territorial mostrando como a moradia dessas trabalhadoras se encontram em regiões mais pobres, e mais desarticuladas da malha urbana, dificultando os deslocamentos até o trabalho.