David Etxeberria - Academia.edu (original) (raw)

Conference Presentations by David Etxeberria

Research paper thumbnail of A invasão de Prometheus: Habitantes parasitários na produção artística contemporânea (2014)

Neste artigo iremos explorar, a partir de alguns exemplos da produção artística contemporânea, al... more Neste artigo iremos explorar, a partir de alguns exemplos da produção artística contemporânea, algumas das capacidades que a habitação parasitária detém. Referimo-nos em concreto a uma obra inaugural de Harvey Stromberg e à sua contraposição na produção cinematográfica do séc. XX e XXI, isto é, Alien e Prometheus de Ridley Scott. Poderemos verificar, através deste exemplos, que existe uma metodologia que opera através de metáforas que nos permite apontar que determinadas operações artísticas, ou certas estratégias de manipulação de contextos, representam táticas de representação das fraquezas da condição humana. Tais obras criam novos vectores de comunicação criativa e encaixam-se dentro de um sistema que, como veremos, revela a interdependência do Eu, numa lógica de exclusão.

Research paper thumbnail of Uma Arte que Vive… Quando o laboratório de biotecnologia se transfigura em atelier (2014)

Research paper thumbnail of VIVER ATRAVÉS DA LENTE: Um novo interface social ou a forma contemporânea experienciar o real?

This paper beggings with the assertion, made by Jean Baudrillard, that the technologically mediat... more This paper beggings with the assertion, made by Jean Baudrillard, that the technologically mediated image has a strong predisposition to perversity. Starting with this approach, we have situated this analisys between the contact line of the artistic productions created with the aid of technology and the representations of the self through social networks. To this end, we have postulated three key concepts in which we highlight the role of the mediated image in artistic practices at the turn of the 20th century, in particular with the Fluxus movement. Secondly, we’ll discuss the underlying process of the informational aesthetics and the dialogical communication based on artworks created to operate in the communication and information network and, finally, we’ll conclude with a consideration of the importance that this interfaces grasp in shifting the way we experience the real.

Research paper thumbnail of Bio art meets the streets: A reflection on new forms of art engagement (2013)

AUSART Journal of Research in Art Vol. 1 (2013), Dec 2013

""Public art, despite is extension to the urban landscapes, has been a limited artistic practice ... more ""Public art, despite is extension to the urban landscapes, has been a limited artistic practice in terms of critical discussion. In this sense, is has been used as an urban form for remodelling or, instead, as an ordinary form of expansion of the artists audience.

However, public art can be understood as a social awareness practice creating the need to set up a broader critical discourse contributing to a greater democratization to the artistic practice. In this sense, there has been a growing number of visual artists who believe that art and the role of public entities isn’t just the creation of permanent art objects, but rather a way to facilitate the creation of artworks that encourage actions, ideas and the intervention of the audience, making the public artwork an object that calls to social responsibility.

Bio art has tried to demonstrate, through its aesthetic discourse, the need to establish a broader public discussion. Thus, in this paper we will highlight the importance of an odd art public project of Natalie Jeremijenko – OneTree(s) (2000). Through the questions raised by this artwork, we will reflect on how the intersection between art and technoscience can contribute to a greater extension of the idea of hard humanities and on how a larger critical reflection can be exercise through and beyond the art world toward a field that involves in the same discourse art, science, society and the urban network.""

Research paper thumbnail of Bioart and the communication paradigm of responsibility (2012)

Research paper thumbnail of Entre cyborgs e avatares: produções artísticas no seio da tecnologia ou o advento de novos invólucros humanos

Resumo: A presente análise parte de recentes produções audiovisuais como o filme “Avatar” de Jame... more Resumo: A presente análise parte de recentes produções audiovisuais como o filme “Avatar” de James Cameron e algumas das obras do artista australiano Stelarc. Nesta abordagem, o ponto de partida pode ser situado entre as linhas de contacto existentes nas produções artísticas contemporâneas elaboradas no seio da tecnologia e a representação cinematográfica do aparecimento de um ser pós-humano.

Palavras chave: Avatar, Prótese, Cyborg, Tecnologia, Pós-humano

Title: BETWEEN CYBORGS AND AVATARS: Artistic productions within the technology or the advent of new human casings

Abstract: This analysis begins as part of the recent audiovisual productions as it is the movie “Avatar” of James Cameron and some of the works of Australian artist Stelarc. In our approach, the starting point can be located between the existing lines of contact in contemporary artistic productions developed within the technology and the cinematographic representations of the emergence of a post-human.

Keywords: Avatar, Prosthesis, Cyborg, Technology, Posthuman

Research paper thumbnail of Um mundo sem gravidade, A libertação do corpo na obra de Sergio Prego (2011)

RESUMO Neste artigo propõe-se uma discussão sobre a original abordagem do corpo enquanto objet... more RESUMO

Neste artigo propõe-se uma discussão sobre a original abordagem do corpo enquanto objeto na obra de Sergio Prego. Procura-se compreender o jogo entre virtual e real que o corpo ocupa nas suas estratégias estéticas. Através da análise das suas obras mais emblemáticas, poderemos verificar a forma como estabelece um jogo entre dicotomias e representa, simultaneamente, um olhar sobre a definição do espectador face ao espaço e ao tempo.

Palavras chave: Sergio Prego, corpo, gravidade, efeitos especiais.

Title: A world without gravity: The release of the body in the work of Sergio Prego

ABSTRACT

This article intends to debate on the original approach of the body as an object in the work of Sergio Prego. It seeks to understand the interplay between virtual and real than the body occupies in his aesthetic strategies. Through the analysis of some of its most emblematic works, we can verify the way he establish a game between dichotomies and, simultaneously, represents both a look at the definition of the spectator in relation to space and time.

Keywords: Sergio Prego, body, gravity, special effects."

Research paper thumbnail of Culturas Híbridas: Produções Artísticas no Limite da Tecnologia ou a Procura de um Novo Significado para o Ser Humano (2010)

As fantasias pós-humanas têm ganho considerável influência na produção artística das últimas déca... more As fantasias pós-humanas têm ganho considerável influência na produção artística das últimas décadas (não só ao nível das artes visuais, mas também no cinema, como p. ex. o filme Crash de David Cronenberg). Neste seguimento, a discussão recorrente destes acontecimentos terá gerado, via ciências humanas, uma maior atenção às discussões latentes entre os limites dessas fantasias, isto é, entre a dicotomia do homem (animal) e das máquinas (o cyborg) sobre a qual, por exemplo, Baudrillard escreveu na relação promíscua entre os corpos e a tecnologia – uma clara ênfase do techno-body, ou seja, um corpo pensado como um objecto.

Por outro lado, dado que o estético deixou de estar circunscrito à noção de Belo, pressupondo, o abandono da ideia de bem e de verdadeiro no seio da arte. Este súbito interesse pelo grotesco, pelo insólito, por quadros do quotidiano mais banal ou, por outro lado, pela vertente mais disfórica da vida pós-humana, não se assemelha como algo totalmente alheio às nossas discussões. É no início do séc. XVIII que a palavra prótese ganha o seu significado actual, isto é, de um membro artificial do corpo humano. O termo deriva do Grego ‘prothesis‘ (‘adição’), de ‘prostithenai‘ (‘adir em’) que, por sua vez, é uma composição de ‘pros‘ (‘diante de’ ou ‘na frente de’) e ‘thithenai‘ (‘colocar’). Assim, seria usado com o sentido de uma adição e, especialmente com base na etimologia da palavra prótese, conseguimos antever o papel que ela ocupa na obra de artistas contemporâneos como o caso paradigmático de Stelarc.

O uso da tecnologia na sua obra revela o carácter explícito do uso da técnica nas artes visuais. A prótese é exposta como um ponto de ligação entre a técnica e o corpo biológico, entre os circuitos eléctricos e a carne. A prótese, tal como a linguagem, estende e magnifica as possibilidades do ser humano. Assim, as acções de Stelarc, isto é, o papel do seu corpo nas performances que executa em simultâneo com os aparatos artificiais e tecnológicos acrescentados ao seu corpo (sejam braços mecânicos, plataformas com seis pernas, orelhas com transmissores), representam a tentativa de estabelecer uma nova linguagem.

O anexo técnico que Stelarc acopla ao seu corpo natural é – quer seja em ‘Third Hand‘, ‘Extended Arm‘, ‘Six-Legged Walking Robot‘, ‘Prosthetic Head‘ e em ‘Extra Ear‘, entre muitos outros –, uma tentativa válida de representar a forma como se intenta definir esta nova humanidade (constantemente modificada pelo uso das novas tecnologias). Por conseguinte, a obra de Stelarc permitir-nos-á abordar a questão da evolução humana como uma das preocupações centrais de autores contemporâneos onde a prótese é a ferramenta encontrada para reconfigurar o corpo, permitindo a entrada num ‘feedback loop’ entre si próprios e a tecnologia. O corpo cyborg será representado como uma multiplicidade de corpos onde a pele não representa qualquer barreira ao Outro.

PALAVRAS-CHAVE
Artes visuais, Prótese, Cyborg, Tecnologia, Ser Humano

Fantasy & Sci-fi: The Human Mind, Our Modern World by David Etxeberria

Research paper thumbnail of Bram Stoker Dracula: Relationship’s between Modern Science and Superstition (2013)

On this essay I’ll like to focus on Bram Stoker Dracula’s as a representation of a struggle betwe... more On this essay I’ll like to focus on Bram Stoker Dracula’s as a representation of a struggle between the emergence of modern science and the continuity of a superstition world in Victorian England.

This Gothic book of Bram Stoker appears in a time when scientific reasoning starts to show a large impact on English society. The stamp of modern science and the impact of the new communication technologies is displayed in the dichotomy between the Dr. Seward phonograph, Mina Murray newfangled machine, the importance given to the train and, on the other end, Dracula’s world with ancient traditions, superstitions, ghosts and monsters. Thus, we can see Dracula as a danger to English society, but I rather read it as a threat to the implementation of modern science.

Another important thing that Stoker tries to represent through the book is that even when the heroes are able to use technology to their advantage (p. ex. to try to save Lucy’s life through blood transfusions), technology has its limits. Technology fails and can’t seem to encounter solution to all kind of problems. So, heroes such as Van Helsing and Dr. Seward have to get over their blind faith in science, logic, and modern technology in order to defeat a superstition creature: Dracula. They have to confess, at least once, that vampires exist, and they have to learn ancient traditions and superstitions, to figure out how to kill it.

Thus, these assumptions lead us to assert that one of the most important roles on this dichotomy lies on Van Helsing figure. This character extends a bridge between the unique knowledge of both the East and West (science and superstition), and this understanding of both worlds, even incomprehensible, should be the only thing to rid the entire world of evil.

Research paper thumbnail of SEXUAL WOLFISH: The Little Red Cap tale of the Grimm Brother’s (2012)

Fairy Tales reflect the values and morés of the society of their origin in part, because they are... more Fairy Tales reflect the values and morés of the society of their origin in part, because they are social constructions that reflect the desires and conditions of their times. An example of this thesis is the Little Red Cap (LRC) tale, a story of a little girl, identified by a red cape, who is “beloved by everybody”. Her mother tells her to take cakes and wine to the sick grandmother who lives in the woods, warning her to “walk properly and nicely, and don’t run”. She does, only meet up with the wolf anyway, who “as she did not know what sort of animal he was”, did not frighten her. Our stance, is that the tale his more than a simple story of warning children’s of the dangers of disobedience. It is, in our opinion, about men’s fear of woman sexuality – and of their own as well. The curbing and regulation of sexual drives is fully portrayed in this bourgeois literary fairy tales on the basis of deprived male needs. LRC is an example, and the one to be blame for her own “rape”. The wolf is not really a male but symbolizes natural urges and social nonconformity. The real hero, the huntsman, represents “male governance”. If the tale has enjoyed such widespread friendly reception trough history, then this can only be attributed to a general acceptance of the cultural notions of sexuality, sex roles, and domination embedded in it.
In sum, this interpretation suggests that the Grimm’s account demonstrate the culturally acceptable norm (cf. expulsion of the Eden’s Garden), that female sensuality and curiosity is to blame for society disruptive male conduct. In the end, is the male governance, who recue LRC and her grandmother and LRC is responsible for the wolf’s attack. My thesis is that the Grimm’s justify males’ unruly or “wolfish” sexual urges, and make females somehow responsible for it.

Keywords: Sex, fairy tales, morés.

Talks by David Etxeberria

Research paper thumbnail of O (in)compatível sentido da lógica (2012)

Pode-se afirmar que, de forma mais ou menos leviana, desde meados dos anos noventa tem sido dado ... more Pode-se afirmar que, de forma mais ou menos leviana, desde meados dos anos noventa tem sido dado um maior enfâse à produção de arte vídeo em Portugal. A viragem de século, a apropriação de discursos próprios, uma maior autonomia do medium e, finalmente, uma melhor aceitação desta prática artística pelo lado institucional do mundo da arte, permitiu que tais formas de experimentação artística incorporassem questões formais prementes na contemporaneidade e consolidassem a sua presença.

O vídeo Untitled (2011) de Filipe André Alves identifica-se num novo discurso que os jovens artistas estão a edificar e que recorre a um universo que recapitula o passado do medium incorporando, simultaneamente, uma nova forma de investigação que discute a imitação no seio de uma prática que se institui entre o verdadeiro e a imitação. É esse sentimento que ressalta da mulher que lança o dado de metal reluzente relembrando outros universos que, por exemplo, João Maria Gusmão e Pedro Paiva concebem nas suas produções. Todavia, tal como a erva daninha, a obra de Filipe Alves imita o ato da imitação, ou seja, cria um absurdo dentro do próprio raciocínio e, mesmo usado uma forma lógica, constrói novas metodologias de argumentação e novas formas de conceptualização da obra de arte per se.

Por conseguinte, o presente vídeo opera, na nossa opinião, de forma sistemática e atinge-nos, simultaneamente, com a verdade e o absurdo estabelecendo, portanto, um incompatível sentido entre a lógica e o disforme. Tal afecto, assemelham-se ao argumento de que as nossas observações do real chegaram ao ponto de replicar ou (re)modificar a origem putativa da obra de arte. A tentativa de Filipe Alves recriar o real é, portanto, um golpe de originalidade e autenticidade, confirmando a ideia de que não podemos recriar o real através da mera imitação ou observação, tal como o real não pode existir apenas por causa da infinidade de espectáculos que o rodeiam ou que se apresentam como imitações “autênticas”.

Thesis Chapters by David Etxeberria

Research paper thumbnail of Arte Contemporânea num tubo de Ensaio: uma reflexão sobre a responsabilidade social da Bioarte

A presente investigação pretende abordar algumas das mais importantes questões relacionadas com ... more A presente investigação pretende abordar algumas das mais importantes questões
relacionadas com a natureza da criação da bioarte. Procura-se circunscrever esses problemas num conceito mais abrangente –a arte criada com o auxílio de ferramentas da biotecnologia–, tendo em consideração o facto desta modalidade específica da criação artística se ter expandido para além das práticas relacionadas com o âmbito estrito das artes visuais. Assim, procedemos a
um mapeamento da natureza da bioarte tendo como objetivo demonstrar que a bioarte contribui substancialmente para o aumento do diálogo proporcionado na interação entre a arte e a ciência e que num número significativo de bioartistas a dimensão da responsabilidade social da bioarte chega a ser mais importante que a sua própria dimensão estética.
Neste contexto verificamos que a bioarte detém a capacidade de questionar e perturbar os espectadores sobre o papel das ciências e das tecnologias da vida na sociedade contemporânea e que faculta à sua audiência, simultaneamente, a possibilidade de participar no processo criativo das obras de arte num aumento do seu impacto social e das suas próprias implicações.
Verificaremos, deste modo, que a bioarte permite alargar ao publico não-especialista
determinadas questões relacionadas do âmbito das ciências da vida ajudando-o a compreender, interpretar e problematizar tais questões. Em suma, poderemos constatar que que a bioarte pode ser um veículo, em muitos casos, catalisador de uma responsabilidade social no público.

Research paper thumbnail of ANYTHING GOES?  Uma discussão Ética sobre arte extrema (2008)

As possíveis situações conflituosas no mundo da arte surgem, principalmente, quando os seus produ... more As possíveis situações conflituosas no mundo da arte surgem, principalmente, quando os seus produtores trazem para este mundo conteúdos que, normalmente, não estariam presentes. Falamos, especificamente, de problemáticas relacionadas com a técnica, com aspectos de cariz sexual, ou de atentados contra o corpo. Falamos também de “objectos” que normalmente não encontramos nas galerias ou museus, ou seja, sangue, sémen, excrementos, etc… De um modo geral, e a partir das obras de Marina Abramovic, Orlan e Stelarc (entre outros), encontramos nestes escritos espelhados alguns dos paradigmas daquilo que entendemos chamar de arte extrema. Uma arte onde a dor, a violência e o grotesco se encontram impregnados de realidade tornando ainda mais ténue as fronteiras da arte e da moralidade. Desta forma, aquilo que se mostra nesta análise é a necessidade de iniciar uma discussão sobre a Arte, a Autonomia da Arte, a Moral e a Ética, ou a responsabilidade dos agentes artísticos dentro de um campo específico da produção contemporânea, a arte extrema. Torna-se notória a falta de um debate público criador de novas linhas de pensamento e de novas linhas de acção nas práticas artísticas tendo como objectivo o bem comum. Não sabemos, até que ponto, os efeitos que uma produção possa vir a ter nas suas audiências, não sabemos até que ponto essas ligações que se estabelecem entre autor-obra-espectador são perigosas. Contudo, se a apreciação estética de uma obra de arte é efectuada através da sua integral percepção, a sua moral, a suas experiências e a sua visão do mundo, então sugerir a participação, ou uma atitude da audiência significa, exercitar uma vontade moral. Vários paradigmas serão apontados, entre os quais a tentativa da arte extrema tornar visível, através das suas operações, o funcionamento institucional da arte, o seu lugar de margem entre arte e não-arte, procurando expandir, tal como as vanguardas o fizeram, os limites da arte e a sua própria definição. Porém, tal jogo na margem da fronteira da arte, começa a estabelecer uma desarticulação dos seus elementos institucionalizadores levando-os para domínios imprevistos onde o jogo entre conceitos como o mediatismo, imoralidade, o grotesco, o obsceno, a revolta, em suma, a desumanização da arte é concretizada na sua totalidade. De facto, estas práticas parecem ser a instauração de uma estética de Auschwitz, como Paul Virilio anuncia na sua obra Art and Fear. Desta forma, é expressa, ao longo destas páginas, que se estas actividades específicas da arte extrema nos colocam perante um género de condição humana em revolta, então, os agentes deste mesmo mundo, começando pelos artistas plásticos, as instituições e a crítica têm o dever de celebrar um debate sério sobre a necessidade de uma ética nas práticas da arte contemporânea.

Chapters by David Etxeberria

Research paper thumbnail of A ética que nos protege: A responsabilidade social da bioarte

Papers by David Etxeberria

Research paper thumbnail of Entre Cyborgs e Avatares: produçoes artísticas no seio da tecnologia ou o advento de novos invólulcros humanos

Research paper thumbnail of Um mundo sem gravidade a libertaçao do corpo na obra da Sergio Prego

Estudio Artistas Sobre Outras Obras, 2011

Research paper thumbnail of META-Life: Biotechnologies, Synthetic Biology, Alife and the Arts META-Life: Biotechnologies, Synthetic Biology, ALife and the Arts edited by Annick Bureaud, Roger Malina and Louise Whiteley. Leonardo/MIT Press, Cambridge, 2014. 691 pp., illus. eBook. ISBN: 0024-094X

Leonardo, Jan 22, 2015

Literary Gaming is a fascinating and detailed scholarly exploration of this fairly new field of a... more Literary Gaming is a fascinating and detailed scholarly exploration of this fairly new field of academic inquiry. The book investigates the rather unique combination of literature, in its broadest sense, and games, especially digital computer games. I was fascinated to learn that the computer games industry has a huge financial turnover: “By the second decade of the twenty-first century, computer games have become a well-established art form represented by a global industry whose turnover exceeds that of both Hollywood and the music industry” (p. 34). Apart from the financial importance of this startling fact, the number of individuals involved in programming, designing, creating and playing all types of computer-based videogames is enormous. This alone justifies the detailed investigation that Ensslin has carried out and presented in Literary Gaming. This book mainly looks at literary video games that combine substantial aspects of both the ludic and the literary. “They employ narrative, dramatic and poetic techniques in order to explore the affordances and limitations of ludic structures and processes” (frontispiece). Ludic, as used by Ensslin, “ranges from the kind of cognitive playfulness exhibited by ludic print literature to ludic mechanics, with the latter operating as an element of a ludic digital ‘book’ . . . or as the technological implementation of the rules of a literary game proper, that is, an artifact that has to be played, first and foremost” (p. 42). These games are different from conventional literary/word games, such as the long-standing and popular “analogue” game Scrabble—and also from a conventional book that has been reset as an eBook, basically a book under glass. In her research, Astrid Ensslin developed what she calls the “L-L” spectrum by which to analyze and categorize the various and numerous literary video games available as both standalone or online, multi-user applications. Some games concentrate more on the literary side of things, others on the ludic; however, to be considered in this study both of these aspects had to form part of the game. The book is very well written and, despite some of the complex theories (communication, meaning, authorship and so on) discussed, remains accessible to the interested general reader. Literary Gaming is divided into two sections. Part I is an introduction and discussion of the theories and methodology involved. Part II, with seven chapters, analyzes the various aspects of literary video games using a number of actual games as case studies. This analysis includes: hypertext literature; ludic hypermedia fiction; anti-ludicity and ludic mechanics; and interactive fiction. Literary Gaming has a smattering of black-and-white images and concludes with excellent notes, references, glossary and index—very important inclusions in scholarly books. Examples of games discussed include The Princess Murderer, Blue Lacuna, The Path and Loss of Grasp. editor-in-chief Michael Punt . managing editor Bryony Dalefield associate editors Martha Blassnigg, Hannah Drayson, Dene Grigar, John Vines A full selection of reviews is published monthly on the LR web site: <leonardoreviews.mit.edu>. leonardo reviews

Research paper thumbnail of Um mundo sem gravidade: A libertação do corpo na obra de Sergio Prego

ABSTRACT Title: A world without gravity: The release of the body in the work of Sergio Prego Abst... more ABSTRACT Title: A world without gravity: The release of the body in the work of Sergio Prego Abstract: This article intends to debate on the original approach of the body as an object in the work of Sergio Prego. It seeks to understand the interplay between virtual and real than the body occupies in his aesthetic strategies. Through the analysis of some of its most emblematic works, we can verify the way he establish a game between dichotomies and, simultaneously, represents both a look at the definition of the spectator in relation to space and time.

Research paper thumbnail of A world without gravity: The release of the body in the work of Sergio Prego

This article intends to debate on the original approach of the body as an object in the work of S... more This article intends to debate on the original approach of the body as an object in the work of Sergio Prego. It seeks to understand the interplay between virtual and real than the body occupies in his aesthetic strategies. Through the analysis of some of its most emblematic works, we can verify the way he establish a game between dichotomies and, simultaneously, represents both a look at the definition of the spectator in relation to space and time.

Research paper thumbnail of A invasão de Prometheus: Habitantes parasitários na produção artística contemporânea (2014)

Neste artigo iremos explorar, a partir de alguns exemplos da produção artística contemporânea, al... more Neste artigo iremos explorar, a partir de alguns exemplos da produção artística contemporânea, algumas das capacidades que a habitação parasitária detém. Referimo-nos em concreto a uma obra inaugural de Harvey Stromberg e à sua contraposição na produção cinematográfica do séc. XX e XXI, isto é, Alien e Prometheus de Ridley Scott. Poderemos verificar, através deste exemplos, que existe uma metodologia que opera através de metáforas que nos permite apontar que determinadas operações artísticas, ou certas estratégias de manipulação de contextos, representam táticas de representação das fraquezas da condição humana. Tais obras criam novos vectores de comunicação criativa e encaixam-se dentro de um sistema que, como veremos, revela a interdependência do Eu, numa lógica de exclusão.

Research paper thumbnail of Uma Arte que Vive… Quando o laboratório de biotecnologia se transfigura em atelier (2014)

Research paper thumbnail of VIVER ATRAVÉS DA LENTE: Um novo interface social ou a forma contemporânea experienciar o real?

This paper beggings with the assertion, made by Jean Baudrillard, that the technologically mediat... more This paper beggings with the assertion, made by Jean Baudrillard, that the technologically mediated image has a strong predisposition to perversity. Starting with this approach, we have situated this analisys between the contact line of the artistic productions created with the aid of technology and the representations of the self through social networks. To this end, we have postulated three key concepts in which we highlight the role of the mediated image in artistic practices at the turn of the 20th century, in particular with the Fluxus movement. Secondly, we’ll discuss the underlying process of the informational aesthetics and the dialogical communication based on artworks created to operate in the communication and information network and, finally, we’ll conclude with a consideration of the importance that this interfaces grasp in shifting the way we experience the real.

Research paper thumbnail of Bio art meets the streets: A reflection on new forms of art engagement (2013)

AUSART Journal of Research in Art Vol. 1 (2013), Dec 2013

""Public art, despite is extension to the urban landscapes, has been a limited artistic practice ... more ""Public art, despite is extension to the urban landscapes, has been a limited artistic practice in terms of critical discussion. In this sense, is has been used as an urban form for remodelling or, instead, as an ordinary form of expansion of the artists audience.

However, public art can be understood as a social awareness practice creating the need to set up a broader critical discourse contributing to a greater democratization to the artistic practice. In this sense, there has been a growing number of visual artists who believe that art and the role of public entities isn’t just the creation of permanent art objects, but rather a way to facilitate the creation of artworks that encourage actions, ideas and the intervention of the audience, making the public artwork an object that calls to social responsibility.

Bio art has tried to demonstrate, through its aesthetic discourse, the need to establish a broader public discussion. Thus, in this paper we will highlight the importance of an odd art public project of Natalie Jeremijenko – OneTree(s) (2000). Through the questions raised by this artwork, we will reflect on how the intersection between art and technoscience can contribute to a greater extension of the idea of hard humanities and on how a larger critical reflection can be exercise through and beyond the art world toward a field that involves in the same discourse art, science, society and the urban network.""

Research paper thumbnail of Bioart and the communication paradigm of responsibility (2012)

Research paper thumbnail of Entre cyborgs e avatares: produções artísticas no seio da tecnologia ou o advento de novos invólucros humanos

Resumo: A presente análise parte de recentes produções audiovisuais como o filme “Avatar” de Jame... more Resumo: A presente análise parte de recentes produções audiovisuais como o filme “Avatar” de James Cameron e algumas das obras do artista australiano Stelarc. Nesta abordagem, o ponto de partida pode ser situado entre as linhas de contacto existentes nas produções artísticas contemporâneas elaboradas no seio da tecnologia e a representação cinematográfica do aparecimento de um ser pós-humano.

Palavras chave: Avatar, Prótese, Cyborg, Tecnologia, Pós-humano

Title: BETWEEN CYBORGS AND AVATARS: Artistic productions within the technology or the advent of new human casings

Abstract: This analysis begins as part of the recent audiovisual productions as it is the movie “Avatar” of James Cameron and some of the works of Australian artist Stelarc. In our approach, the starting point can be located between the existing lines of contact in contemporary artistic productions developed within the technology and the cinematographic representations of the emergence of a post-human.

Keywords: Avatar, Prosthesis, Cyborg, Technology, Posthuman

Research paper thumbnail of Um mundo sem gravidade, A libertação do corpo na obra de Sergio Prego (2011)

RESUMO Neste artigo propõe-se uma discussão sobre a original abordagem do corpo enquanto objet... more RESUMO

Neste artigo propõe-se uma discussão sobre a original abordagem do corpo enquanto objeto na obra de Sergio Prego. Procura-se compreender o jogo entre virtual e real que o corpo ocupa nas suas estratégias estéticas. Através da análise das suas obras mais emblemáticas, poderemos verificar a forma como estabelece um jogo entre dicotomias e representa, simultaneamente, um olhar sobre a definição do espectador face ao espaço e ao tempo.

Palavras chave: Sergio Prego, corpo, gravidade, efeitos especiais.

Title: A world without gravity: The release of the body in the work of Sergio Prego

ABSTRACT

This article intends to debate on the original approach of the body as an object in the work of Sergio Prego. It seeks to understand the interplay between virtual and real than the body occupies in his aesthetic strategies. Through the analysis of some of its most emblematic works, we can verify the way he establish a game between dichotomies and, simultaneously, represents both a look at the definition of the spectator in relation to space and time.

Keywords: Sergio Prego, body, gravity, special effects."

Research paper thumbnail of Culturas Híbridas: Produções Artísticas no Limite da Tecnologia ou a Procura de um Novo Significado para o Ser Humano (2010)

As fantasias pós-humanas têm ganho considerável influência na produção artística das últimas déca... more As fantasias pós-humanas têm ganho considerável influência na produção artística das últimas décadas (não só ao nível das artes visuais, mas também no cinema, como p. ex. o filme Crash de David Cronenberg). Neste seguimento, a discussão recorrente destes acontecimentos terá gerado, via ciências humanas, uma maior atenção às discussões latentes entre os limites dessas fantasias, isto é, entre a dicotomia do homem (animal) e das máquinas (o cyborg) sobre a qual, por exemplo, Baudrillard escreveu na relação promíscua entre os corpos e a tecnologia – uma clara ênfase do techno-body, ou seja, um corpo pensado como um objecto.

Por outro lado, dado que o estético deixou de estar circunscrito à noção de Belo, pressupondo, o abandono da ideia de bem e de verdadeiro no seio da arte. Este súbito interesse pelo grotesco, pelo insólito, por quadros do quotidiano mais banal ou, por outro lado, pela vertente mais disfórica da vida pós-humana, não se assemelha como algo totalmente alheio às nossas discussões. É no início do séc. XVIII que a palavra prótese ganha o seu significado actual, isto é, de um membro artificial do corpo humano. O termo deriva do Grego ‘prothesis‘ (‘adição’), de ‘prostithenai‘ (‘adir em’) que, por sua vez, é uma composição de ‘pros‘ (‘diante de’ ou ‘na frente de’) e ‘thithenai‘ (‘colocar’). Assim, seria usado com o sentido de uma adição e, especialmente com base na etimologia da palavra prótese, conseguimos antever o papel que ela ocupa na obra de artistas contemporâneos como o caso paradigmático de Stelarc.

O uso da tecnologia na sua obra revela o carácter explícito do uso da técnica nas artes visuais. A prótese é exposta como um ponto de ligação entre a técnica e o corpo biológico, entre os circuitos eléctricos e a carne. A prótese, tal como a linguagem, estende e magnifica as possibilidades do ser humano. Assim, as acções de Stelarc, isto é, o papel do seu corpo nas performances que executa em simultâneo com os aparatos artificiais e tecnológicos acrescentados ao seu corpo (sejam braços mecânicos, plataformas com seis pernas, orelhas com transmissores), representam a tentativa de estabelecer uma nova linguagem.

O anexo técnico que Stelarc acopla ao seu corpo natural é – quer seja em ‘Third Hand‘, ‘Extended Arm‘, ‘Six-Legged Walking Robot‘, ‘Prosthetic Head‘ e em ‘Extra Ear‘, entre muitos outros –, uma tentativa válida de representar a forma como se intenta definir esta nova humanidade (constantemente modificada pelo uso das novas tecnologias). Por conseguinte, a obra de Stelarc permitir-nos-á abordar a questão da evolução humana como uma das preocupações centrais de autores contemporâneos onde a prótese é a ferramenta encontrada para reconfigurar o corpo, permitindo a entrada num ‘feedback loop’ entre si próprios e a tecnologia. O corpo cyborg será representado como uma multiplicidade de corpos onde a pele não representa qualquer barreira ao Outro.

PALAVRAS-CHAVE
Artes visuais, Prótese, Cyborg, Tecnologia, Ser Humano

Research paper thumbnail of Bram Stoker Dracula: Relationship’s between Modern Science and Superstition (2013)

On this essay I’ll like to focus on Bram Stoker Dracula’s as a representation of a struggle betwe... more On this essay I’ll like to focus on Bram Stoker Dracula’s as a representation of a struggle between the emergence of modern science and the continuity of a superstition world in Victorian England.

This Gothic book of Bram Stoker appears in a time when scientific reasoning starts to show a large impact on English society. The stamp of modern science and the impact of the new communication technologies is displayed in the dichotomy between the Dr. Seward phonograph, Mina Murray newfangled machine, the importance given to the train and, on the other end, Dracula’s world with ancient traditions, superstitions, ghosts and monsters. Thus, we can see Dracula as a danger to English society, but I rather read it as a threat to the implementation of modern science.

Another important thing that Stoker tries to represent through the book is that even when the heroes are able to use technology to their advantage (p. ex. to try to save Lucy’s life through blood transfusions), technology has its limits. Technology fails and can’t seem to encounter solution to all kind of problems. So, heroes such as Van Helsing and Dr. Seward have to get over their blind faith in science, logic, and modern technology in order to defeat a superstition creature: Dracula. They have to confess, at least once, that vampires exist, and they have to learn ancient traditions and superstitions, to figure out how to kill it.

Thus, these assumptions lead us to assert that one of the most important roles on this dichotomy lies on Van Helsing figure. This character extends a bridge between the unique knowledge of both the East and West (science and superstition), and this understanding of both worlds, even incomprehensible, should be the only thing to rid the entire world of evil.

Research paper thumbnail of SEXUAL WOLFISH: The Little Red Cap tale of the Grimm Brother’s (2012)

Fairy Tales reflect the values and morés of the society of their origin in part, because they are... more Fairy Tales reflect the values and morés of the society of their origin in part, because they are social constructions that reflect the desires and conditions of their times. An example of this thesis is the Little Red Cap (LRC) tale, a story of a little girl, identified by a red cape, who is “beloved by everybody”. Her mother tells her to take cakes and wine to the sick grandmother who lives in the woods, warning her to “walk properly and nicely, and don’t run”. She does, only meet up with the wolf anyway, who “as she did not know what sort of animal he was”, did not frighten her. Our stance, is that the tale his more than a simple story of warning children’s of the dangers of disobedience. It is, in our opinion, about men’s fear of woman sexuality – and of their own as well. The curbing and regulation of sexual drives is fully portrayed in this bourgeois literary fairy tales on the basis of deprived male needs. LRC is an example, and the one to be blame for her own “rape”. The wolf is not really a male but symbolizes natural urges and social nonconformity. The real hero, the huntsman, represents “male governance”. If the tale has enjoyed such widespread friendly reception trough history, then this can only be attributed to a general acceptance of the cultural notions of sexuality, sex roles, and domination embedded in it.
In sum, this interpretation suggests that the Grimm’s account demonstrate the culturally acceptable norm (cf. expulsion of the Eden’s Garden), that female sensuality and curiosity is to blame for society disruptive male conduct. In the end, is the male governance, who recue LRC and her grandmother and LRC is responsible for the wolf’s attack. My thesis is that the Grimm’s justify males’ unruly or “wolfish” sexual urges, and make females somehow responsible for it.

Keywords: Sex, fairy tales, morés.

Research paper thumbnail of O (in)compatível sentido da lógica (2012)

Pode-se afirmar que, de forma mais ou menos leviana, desde meados dos anos noventa tem sido dado ... more Pode-se afirmar que, de forma mais ou menos leviana, desde meados dos anos noventa tem sido dado um maior enfâse à produção de arte vídeo em Portugal. A viragem de século, a apropriação de discursos próprios, uma maior autonomia do medium e, finalmente, uma melhor aceitação desta prática artística pelo lado institucional do mundo da arte, permitiu que tais formas de experimentação artística incorporassem questões formais prementes na contemporaneidade e consolidassem a sua presença.

O vídeo Untitled (2011) de Filipe André Alves identifica-se num novo discurso que os jovens artistas estão a edificar e que recorre a um universo que recapitula o passado do medium incorporando, simultaneamente, uma nova forma de investigação que discute a imitação no seio de uma prática que se institui entre o verdadeiro e a imitação. É esse sentimento que ressalta da mulher que lança o dado de metal reluzente relembrando outros universos que, por exemplo, João Maria Gusmão e Pedro Paiva concebem nas suas produções. Todavia, tal como a erva daninha, a obra de Filipe Alves imita o ato da imitação, ou seja, cria um absurdo dentro do próprio raciocínio e, mesmo usado uma forma lógica, constrói novas metodologias de argumentação e novas formas de conceptualização da obra de arte per se.

Por conseguinte, o presente vídeo opera, na nossa opinião, de forma sistemática e atinge-nos, simultaneamente, com a verdade e o absurdo estabelecendo, portanto, um incompatível sentido entre a lógica e o disforme. Tal afecto, assemelham-se ao argumento de que as nossas observações do real chegaram ao ponto de replicar ou (re)modificar a origem putativa da obra de arte. A tentativa de Filipe Alves recriar o real é, portanto, um golpe de originalidade e autenticidade, confirmando a ideia de que não podemos recriar o real através da mera imitação ou observação, tal como o real não pode existir apenas por causa da infinidade de espectáculos que o rodeiam ou que se apresentam como imitações “autênticas”.

Research paper thumbnail of Arte Contemporânea num tubo de Ensaio: uma reflexão sobre a responsabilidade social da Bioarte

A presente investigação pretende abordar algumas das mais importantes questões relacionadas com ... more A presente investigação pretende abordar algumas das mais importantes questões
relacionadas com a natureza da criação da bioarte. Procura-se circunscrever esses problemas num conceito mais abrangente –a arte criada com o auxílio de ferramentas da biotecnologia–, tendo em consideração o facto desta modalidade específica da criação artística se ter expandido para além das práticas relacionadas com o âmbito estrito das artes visuais. Assim, procedemos a
um mapeamento da natureza da bioarte tendo como objetivo demonstrar que a bioarte contribui substancialmente para o aumento do diálogo proporcionado na interação entre a arte e a ciência e que num número significativo de bioartistas a dimensão da responsabilidade social da bioarte chega a ser mais importante que a sua própria dimensão estética.
Neste contexto verificamos que a bioarte detém a capacidade de questionar e perturbar os espectadores sobre o papel das ciências e das tecnologias da vida na sociedade contemporânea e que faculta à sua audiência, simultaneamente, a possibilidade de participar no processo criativo das obras de arte num aumento do seu impacto social e das suas próprias implicações.
Verificaremos, deste modo, que a bioarte permite alargar ao publico não-especialista
determinadas questões relacionadas do âmbito das ciências da vida ajudando-o a compreender, interpretar e problematizar tais questões. Em suma, poderemos constatar que que a bioarte pode ser um veículo, em muitos casos, catalisador de uma responsabilidade social no público.

Research paper thumbnail of ANYTHING GOES?  Uma discussão Ética sobre arte extrema (2008)

As possíveis situações conflituosas no mundo da arte surgem, principalmente, quando os seus produ... more As possíveis situações conflituosas no mundo da arte surgem, principalmente, quando os seus produtores trazem para este mundo conteúdos que, normalmente, não estariam presentes. Falamos, especificamente, de problemáticas relacionadas com a técnica, com aspectos de cariz sexual, ou de atentados contra o corpo. Falamos também de “objectos” que normalmente não encontramos nas galerias ou museus, ou seja, sangue, sémen, excrementos, etc… De um modo geral, e a partir das obras de Marina Abramovic, Orlan e Stelarc (entre outros), encontramos nestes escritos espelhados alguns dos paradigmas daquilo que entendemos chamar de arte extrema. Uma arte onde a dor, a violência e o grotesco se encontram impregnados de realidade tornando ainda mais ténue as fronteiras da arte e da moralidade. Desta forma, aquilo que se mostra nesta análise é a necessidade de iniciar uma discussão sobre a Arte, a Autonomia da Arte, a Moral e a Ética, ou a responsabilidade dos agentes artísticos dentro de um campo específico da produção contemporânea, a arte extrema. Torna-se notória a falta de um debate público criador de novas linhas de pensamento e de novas linhas de acção nas práticas artísticas tendo como objectivo o bem comum. Não sabemos, até que ponto, os efeitos que uma produção possa vir a ter nas suas audiências, não sabemos até que ponto essas ligações que se estabelecem entre autor-obra-espectador são perigosas. Contudo, se a apreciação estética de uma obra de arte é efectuada através da sua integral percepção, a sua moral, a suas experiências e a sua visão do mundo, então sugerir a participação, ou uma atitude da audiência significa, exercitar uma vontade moral. Vários paradigmas serão apontados, entre os quais a tentativa da arte extrema tornar visível, através das suas operações, o funcionamento institucional da arte, o seu lugar de margem entre arte e não-arte, procurando expandir, tal como as vanguardas o fizeram, os limites da arte e a sua própria definição. Porém, tal jogo na margem da fronteira da arte, começa a estabelecer uma desarticulação dos seus elementos institucionalizadores levando-os para domínios imprevistos onde o jogo entre conceitos como o mediatismo, imoralidade, o grotesco, o obsceno, a revolta, em suma, a desumanização da arte é concretizada na sua totalidade. De facto, estas práticas parecem ser a instauração de uma estética de Auschwitz, como Paul Virilio anuncia na sua obra Art and Fear. Desta forma, é expressa, ao longo destas páginas, que se estas actividades específicas da arte extrema nos colocam perante um género de condição humana em revolta, então, os agentes deste mesmo mundo, começando pelos artistas plásticos, as instituições e a crítica têm o dever de celebrar um debate sério sobre a necessidade de uma ética nas práticas da arte contemporânea.

Research paper thumbnail of Entre Cyborgs e Avatares: produçoes artísticas no seio da tecnologia ou o advento de novos invólulcros humanos

Research paper thumbnail of Um mundo sem gravidade a libertaçao do corpo na obra da Sergio Prego

Estudio Artistas Sobre Outras Obras, 2011

Research paper thumbnail of META-Life: Biotechnologies, Synthetic Biology, Alife and the Arts META-Life: Biotechnologies, Synthetic Biology, ALife and the Arts edited by Annick Bureaud, Roger Malina and Louise Whiteley. Leonardo/MIT Press, Cambridge, 2014. 691 pp., illus. eBook. ISBN: 0024-094X

Leonardo, Jan 22, 2015

Literary Gaming is a fascinating and detailed scholarly exploration of this fairly new field of a... more Literary Gaming is a fascinating and detailed scholarly exploration of this fairly new field of academic inquiry. The book investigates the rather unique combination of literature, in its broadest sense, and games, especially digital computer games. I was fascinated to learn that the computer games industry has a huge financial turnover: “By the second decade of the twenty-first century, computer games have become a well-established art form represented by a global industry whose turnover exceeds that of both Hollywood and the music industry” (p. 34). Apart from the financial importance of this startling fact, the number of individuals involved in programming, designing, creating and playing all types of computer-based videogames is enormous. This alone justifies the detailed investigation that Ensslin has carried out and presented in Literary Gaming. This book mainly looks at literary video games that combine substantial aspects of both the ludic and the literary. “They employ narrative, dramatic and poetic techniques in order to explore the affordances and limitations of ludic structures and processes” (frontispiece). Ludic, as used by Ensslin, “ranges from the kind of cognitive playfulness exhibited by ludic print literature to ludic mechanics, with the latter operating as an element of a ludic digital ‘book’ . . . or as the technological implementation of the rules of a literary game proper, that is, an artifact that has to be played, first and foremost” (p. 42). These games are different from conventional literary/word games, such as the long-standing and popular “analogue” game Scrabble—and also from a conventional book that has been reset as an eBook, basically a book under glass. In her research, Astrid Ensslin developed what she calls the “L-L” spectrum by which to analyze and categorize the various and numerous literary video games available as both standalone or online, multi-user applications. Some games concentrate more on the literary side of things, others on the ludic; however, to be considered in this study both of these aspects had to form part of the game. The book is very well written and, despite some of the complex theories (communication, meaning, authorship and so on) discussed, remains accessible to the interested general reader. Literary Gaming is divided into two sections. Part I is an introduction and discussion of the theories and methodology involved. Part II, with seven chapters, analyzes the various aspects of literary video games using a number of actual games as case studies. This analysis includes: hypertext literature; ludic hypermedia fiction; anti-ludicity and ludic mechanics; and interactive fiction. Literary Gaming has a smattering of black-and-white images and concludes with excellent notes, references, glossary and index—very important inclusions in scholarly books. Examples of games discussed include The Princess Murderer, Blue Lacuna, The Path and Loss of Grasp. editor-in-chief Michael Punt . managing editor Bryony Dalefield associate editors Martha Blassnigg, Hannah Drayson, Dene Grigar, John Vines A full selection of reviews is published monthly on the LR web site: <leonardoreviews.mit.edu>. leonardo reviews

Research paper thumbnail of Um mundo sem gravidade: A libertação do corpo na obra de Sergio Prego

ABSTRACT Title: A world without gravity: The release of the body in the work of Sergio Prego Abst... more ABSTRACT Title: A world without gravity: The release of the body in the work of Sergio Prego Abstract: This article intends to debate on the original approach of the body as an object in the work of Sergio Prego. It seeks to understand the interplay between virtual and real than the body occupies in his aesthetic strategies. Through the analysis of some of its most emblematic works, we can verify the way he establish a game between dichotomies and, simultaneously, represents both a look at the definition of the spectator in relation to space and time.

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This article intends to debate on the original approach of the body as an object in the work of S... more This article intends to debate on the original approach of the body as an object in the work of Sergio Prego. It seeks to understand the interplay between virtual and real than the body occupies in his aesthetic strategies. Through the analysis of some of its most emblematic works, we can verify the way he establish a game between dichotomies and, simultaneously, represents both a look at the definition of the spectator in relation to space and time.