Elson Pereira - Academia.edu (original) (raw)
Papers by Elson Pereira
Extensio: Revista Eletrônica de Extensão, 2005
Extensio: Revista Eletrônica de Extensão, 2005
Geosul
O artigo analisa a forma como se deu a estruturação e como atuam, em Florianópolis, algumas entid... more O artigo analisa a forma como se deu a estruturação e como atuam, em Florianópolis, algumas entidades empresariais enquadradas no conceito de APH, de Gramsci. Ele aborda como se desenvolve na Formação Econômica e Social florianopolitana a disputa de hegemonia prevalecendo ideias e interesses de determinados setores da classe dominante local. A partir de entrevistas e de outas fontes, conclui-se que Florianópolis alcançou, a partir dos anos 80 até os dias atuais, um estágio de qualidade superior na forma organizativa de expressivo segmento empresarial, alterando as relações entre a classe dominante local, o Estado e suas políticas públicas e a sociedade no seu todo. Estas relações migraram de “pauta de reivindicações” voltadas ao poder público para um nível superior, ou seja, estabelecimento de relações orgânicas e de influência direta, ao mesmo tempo em que dirige um processo vivo e intenso de hegemonia na sociedade.
Anais ENANPUR, 2015
SL-72. Metropolização do espaço: redes, antecipação de regiões metropolitanas e possibilidades da... more SL-72. Metropolização do espaço: redes, antecipação de regiões metropolitanas e possibilidades da ação pela insurreição do cotidiano. Coordenadora: Leila Christina Duarte Dias (UFSC) Resumo: A história da constituição da rede urbana brasileira foi marcada pela associação entre processo de urbanização e processo de integração do mercado nacional. A eliminação de barreiras de todas as ordens constituiu a condição primordial para integrar o mercado interno, pois esta integração pressupunha a elevação do grau de complementaridade econômica entre as diferentes regiões brasileiras. À presença
Presses universitaires de Grenoble eBooks, May 1, 2020
A politica urbana brasileira antes de 1964 nao tinha um carater nacional. Era episodica e de inic... more A politica urbana brasileira antes de 1964 nao tinha um carater nacional. Era episodica e de iniciativa municipal. Em 1962, o governo Joao Goulart elaborou o Plano Trienal; esse plano foi o primeiro do pais a tracar objetivos macroeconomicos e a servir de instrumento para uma politica economica global. Em 1963 e em consonância coma ideia de uma reforma urbana de Joao Goulart indicada no Plano Trienal, um grupo de arquitetos aponta a necessidade de uma politica urbana critica. Esta iniciativa e interrompida pelo golpe de Estado de 1964, que propoe e executa sua propria politica urbana. Com a constituinte, em 1987, o Movimento Nacional pela Reforma Urbana, apresenta uma reflexao critica e diversa das politicas aplicadas no Brasil ate a Constituicao de 1988. Um novo marco legal foi proposto e aprovado e uma nova institucionalizacao implantou-se, buscando maior justica social e participacao do cidadao. Apesar dos avancos, muitos limites se apresentaram nos ultimos trinta anos e a conjun...
Tese (Doutorado) - Universite Pierre Mendes France Grenoble II, Institut d'Urbanisme, d'A... more Tese (Doutorado) - Universite Pierre Mendes France Grenoble II, Institut d'Urbanisme, d'Amenagement et d'Administration du Territoire de Grenoble - IUG.
Revista Encontros Teológicos, 2018
A violência no Brasil apresenta números impressionantes. Ela caracteriza-se como um fenômeno esse... more A violência no Brasil apresenta números impressionantes. Ela caracteriza-se como um fenômeno essencialmente urbano que atinge principalmentehomens jovens, negros e pobres. Este artigo reflete sobre sua relação com a cidade. A cidade brasileira, no contexto de um capitalismo periférico, apresenta-se com um espaço segregado, desigualmente desenvolvido, onde as políticas públicas de promoção de direitos são igualmente desiguais e os investimentos regressivos. O artigo aponta a existência de dois circuitos da economia, um superior e outro inferior, que resulta em duas cidades desiguais, mas articuladas entre si. Essas duas cidades, dentro de uma só realidade, representam dois paradigmas: o da cidade-mercado e o da cidade-direito. No primeiro, o habitante é visto como cliente consumidor e no segundo como cidadão portador de direitos.Esta cidade segregada e desigual apresenta espaços onde a violência também se apresenta desigualmente. Por fim, o artigo apresenta o conceito de Direito à Ci...
Geosul, 2015
A mobilidade é um atributo do território e um direito do cidadão urbano. Para a solução de seus p... more A mobilidade é um atributo do território e um direito do cidadão urbano. Para a solução de seus problemas faz-se necessário a compreensão da cidade, como elemento complexo. As soluções de mobilidade precisam superar a visão puramente técnica e abordá-la como uma realidade constitutiva da sociedade e da cidade contemporâneas.
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 2017
Este artigo analisa as condições necessárias para uma participação de qualidade nos processos de ... more Este artigo analisa as condições necessárias para uma participação de qualidade nos processos de elaboração de planos diretores municipais de ordenamento do solo. A partir de uma análise bibliográfica e de pesquisas realizadas pelo autor (PEREIRA, 2015), são apresentados os elementos considerados fundamentais para uma participação de qualidade: vontade política, tradição ou densidade participativa, existência de condições institucionais e adesão dos técnicos de urbanismo ao processo participativo. Ao lado dessas condições, enfatiza-se a necessidade de compreensão do território para a implantação da democracia participativa no desenvolvimento de políticas públicas urbanas. Por fim, há uma análise exemplificadora de como os elementos supracitados foram percebidos em um caso específico: o processo de elaboração do novo plano diretor de Florianópolis/SC.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Socio-EconomicoPesquisa s... more Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Socio-EconomicoPesquisa sobre a gestão do espaço urbano das áreas central e continental de Florianópolis, no período de 1976-90. Procurou-se mostrar como o Estado, através do poder público municipal, ao organizar juridicamante o espaço urbano, garante a continuidade do processo de acumulação do capital privado. Para essa análise, tomou-se a cidade capitalista como o resultado de uma dupla socialização: das condições gerais de produção e do espaço. Essa socialização, no entanto, encontra limites e o Estado desempenha um papel fundamental nesse processo, atuando como um instrumento de regulação social frente aos limites da urbanização capitalista; mas, por outro lado, o Estado também age como um interventor a favor do capital privado, contradizendo o processo de socialização das forças produtivas e seu próprio papel regulador. E analisando, secundariamente, a especificidade da urbanização de sociedade dependentes e a influência do período recessivo da economia mundial sobre o papel do Estado na gestão do espaço urbano. Os resultados obtidos demonstram que o município atuou de forma reguladora frente aos limites da urbanização capitalista, mas interviu também de forma contraditória à socialização das forças produtivas, demonstrando a força dos agentes de urbanização ligados ao capital privado de Florianópolis
Urbe Revista Brasileira De Gestao Urbana, 2010
Paisagem e Ambiente, 2007
L'Information géographique, 2011
Geosul, 2013
Geosul: Vamos começar por uma questão mais política: você poderia falar um pouco do seu "engajame... more Geosul: Vamos começar por uma questão mais política: você poderia falar um pouco do seu "engajamento" político e do seu interesse pelos países do sul, não somente o Brasil, em relação aos movimentos sociais urbanos. Anne: É importante precisar que meu percurso, meu engajamento político, deve-se inicialmente a minha família. Eu venho de uma família operária. Meu pai era um soldador em uma companhia marítima e assim nós conhecemos a migração operária no interior do Québec. Nós vivemos, portanto, no interior da família as condições e questões proletárias, que certamente ajudaram na formação da minha consciência e de pertencimento a classes sociais. Esta consciência surgiu, portanto, mais a partir da vivência, de uma bagagem, do que através do conhecimento teórico. Eu era ainda jovem e estas questões estavam presentes. No Quebéc, antes de entrar na Universidade, nós cursamos dois anos de estudos colegiais. Nesta época eu conheci o CEGEP (Collège d'Enseignement Générale et Professionnel) onde era oferecido uma formação em conhecimentos gerais: curso de filosofia obrigatória, curso de francês, etc. Lá eu tive contato com * Transcrição e tradução do francês para o português:
Revista Geográfica de América …, 2011
Extensio: Revista Eletrônica de Extensão, 2005
Extensio: Revista Eletrônica de Extensão, 2005
Geosul
O artigo analisa a forma como se deu a estruturação e como atuam, em Florianópolis, algumas entid... more O artigo analisa a forma como se deu a estruturação e como atuam, em Florianópolis, algumas entidades empresariais enquadradas no conceito de APH, de Gramsci. Ele aborda como se desenvolve na Formação Econômica e Social florianopolitana a disputa de hegemonia prevalecendo ideias e interesses de determinados setores da classe dominante local. A partir de entrevistas e de outas fontes, conclui-se que Florianópolis alcançou, a partir dos anos 80 até os dias atuais, um estágio de qualidade superior na forma organizativa de expressivo segmento empresarial, alterando as relações entre a classe dominante local, o Estado e suas políticas públicas e a sociedade no seu todo. Estas relações migraram de “pauta de reivindicações” voltadas ao poder público para um nível superior, ou seja, estabelecimento de relações orgânicas e de influência direta, ao mesmo tempo em que dirige um processo vivo e intenso de hegemonia na sociedade.
Anais ENANPUR, 2015
SL-72. Metropolização do espaço: redes, antecipação de regiões metropolitanas e possibilidades da... more SL-72. Metropolização do espaço: redes, antecipação de regiões metropolitanas e possibilidades da ação pela insurreição do cotidiano. Coordenadora: Leila Christina Duarte Dias (UFSC) Resumo: A história da constituição da rede urbana brasileira foi marcada pela associação entre processo de urbanização e processo de integração do mercado nacional. A eliminação de barreiras de todas as ordens constituiu a condição primordial para integrar o mercado interno, pois esta integração pressupunha a elevação do grau de complementaridade econômica entre as diferentes regiões brasileiras. À presença
Presses universitaires de Grenoble eBooks, May 1, 2020
A politica urbana brasileira antes de 1964 nao tinha um carater nacional. Era episodica e de inic... more A politica urbana brasileira antes de 1964 nao tinha um carater nacional. Era episodica e de iniciativa municipal. Em 1962, o governo Joao Goulart elaborou o Plano Trienal; esse plano foi o primeiro do pais a tracar objetivos macroeconomicos e a servir de instrumento para uma politica economica global. Em 1963 e em consonância coma ideia de uma reforma urbana de Joao Goulart indicada no Plano Trienal, um grupo de arquitetos aponta a necessidade de uma politica urbana critica. Esta iniciativa e interrompida pelo golpe de Estado de 1964, que propoe e executa sua propria politica urbana. Com a constituinte, em 1987, o Movimento Nacional pela Reforma Urbana, apresenta uma reflexao critica e diversa das politicas aplicadas no Brasil ate a Constituicao de 1988. Um novo marco legal foi proposto e aprovado e uma nova institucionalizacao implantou-se, buscando maior justica social e participacao do cidadao. Apesar dos avancos, muitos limites se apresentaram nos ultimos trinta anos e a conjun...
Tese (Doutorado) - Universite Pierre Mendes France Grenoble II, Institut d'Urbanisme, d'A... more Tese (Doutorado) - Universite Pierre Mendes France Grenoble II, Institut d'Urbanisme, d'Amenagement et d'Administration du Territoire de Grenoble - IUG.
Revista Encontros Teológicos, 2018
A violência no Brasil apresenta números impressionantes. Ela caracteriza-se como um fenômeno esse... more A violência no Brasil apresenta números impressionantes. Ela caracteriza-se como um fenômeno essencialmente urbano que atinge principalmentehomens jovens, negros e pobres. Este artigo reflete sobre sua relação com a cidade. A cidade brasileira, no contexto de um capitalismo periférico, apresenta-se com um espaço segregado, desigualmente desenvolvido, onde as políticas públicas de promoção de direitos são igualmente desiguais e os investimentos regressivos. O artigo aponta a existência de dois circuitos da economia, um superior e outro inferior, que resulta em duas cidades desiguais, mas articuladas entre si. Essas duas cidades, dentro de uma só realidade, representam dois paradigmas: o da cidade-mercado e o da cidade-direito. No primeiro, o habitante é visto como cliente consumidor e no segundo como cidadão portador de direitos.Esta cidade segregada e desigual apresenta espaços onde a violência também se apresenta desigualmente. Por fim, o artigo apresenta o conceito de Direito à Ci...
Geosul, 2015
A mobilidade é um atributo do território e um direito do cidadão urbano. Para a solução de seus p... more A mobilidade é um atributo do território e um direito do cidadão urbano. Para a solução de seus problemas faz-se necessário a compreensão da cidade, como elemento complexo. As soluções de mobilidade precisam superar a visão puramente técnica e abordá-la como uma realidade constitutiva da sociedade e da cidade contemporâneas.
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 2017
Este artigo analisa as condições necessárias para uma participação de qualidade nos processos de ... more Este artigo analisa as condições necessárias para uma participação de qualidade nos processos de elaboração de planos diretores municipais de ordenamento do solo. A partir de uma análise bibliográfica e de pesquisas realizadas pelo autor (PEREIRA, 2015), são apresentados os elementos considerados fundamentais para uma participação de qualidade: vontade política, tradição ou densidade participativa, existência de condições institucionais e adesão dos técnicos de urbanismo ao processo participativo. Ao lado dessas condições, enfatiza-se a necessidade de compreensão do território para a implantação da democracia participativa no desenvolvimento de políticas públicas urbanas. Por fim, há uma análise exemplificadora de como os elementos supracitados foram percebidos em um caso específico: o processo de elaboração do novo plano diretor de Florianópolis/SC.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Socio-EconomicoPesquisa s... more Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Socio-EconomicoPesquisa sobre a gestão do espaço urbano das áreas central e continental de Florianópolis, no período de 1976-90. Procurou-se mostrar como o Estado, através do poder público municipal, ao organizar juridicamante o espaço urbano, garante a continuidade do processo de acumulação do capital privado. Para essa análise, tomou-se a cidade capitalista como o resultado de uma dupla socialização: das condições gerais de produção e do espaço. Essa socialização, no entanto, encontra limites e o Estado desempenha um papel fundamental nesse processo, atuando como um instrumento de regulação social frente aos limites da urbanização capitalista; mas, por outro lado, o Estado também age como um interventor a favor do capital privado, contradizendo o processo de socialização das forças produtivas e seu próprio papel regulador. E analisando, secundariamente, a especificidade da urbanização de sociedade dependentes e a influência do período recessivo da economia mundial sobre o papel do Estado na gestão do espaço urbano. Os resultados obtidos demonstram que o município atuou de forma reguladora frente aos limites da urbanização capitalista, mas interviu também de forma contraditória à socialização das forças produtivas, demonstrando a força dos agentes de urbanização ligados ao capital privado de Florianópolis
Urbe Revista Brasileira De Gestao Urbana, 2010
Paisagem e Ambiente, 2007
L'Information géographique, 2011
Geosul, 2013
Geosul: Vamos começar por uma questão mais política: você poderia falar um pouco do seu "engajame... more Geosul: Vamos começar por uma questão mais política: você poderia falar um pouco do seu "engajamento" político e do seu interesse pelos países do sul, não somente o Brasil, em relação aos movimentos sociais urbanos. Anne: É importante precisar que meu percurso, meu engajamento político, deve-se inicialmente a minha família. Eu venho de uma família operária. Meu pai era um soldador em uma companhia marítima e assim nós conhecemos a migração operária no interior do Québec. Nós vivemos, portanto, no interior da família as condições e questões proletárias, que certamente ajudaram na formação da minha consciência e de pertencimento a classes sociais. Esta consciência surgiu, portanto, mais a partir da vivência, de uma bagagem, do que através do conhecimento teórico. Eu era ainda jovem e estas questões estavam presentes. No Quebéc, antes de entrar na Universidade, nós cursamos dois anos de estudos colegiais. Nesta época eu conheci o CEGEP (Collège d'Enseignement Générale et Professionnel) onde era oferecido uma formação em conhecimentos gerais: curso de filosofia obrigatória, curso de francês, etc. Lá eu tive contato com * Transcrição e tradução do francês para o português:
Revista Geográfica de América …, 2011