Haroldo Sato - Academia.edu (original) (raw)
Papers by Haroldo Sato
Revista Relicário
Este é um artigo de antropologia religiosa que estuda o mito e o rito de Kuan Yin, o bodhisattva ... more Este é um artigo de antropologia religiosa que estuda o mito e o rito de Kuan Yin, o bodhisattva da compaixão que, desde seu surgimento nos sutras do Budismo Mahayana, foi acolhido pelas populações do Extremo Oriente e do mundo como uma das expressões máxima deste. O mito será estudado historicamente e por meio de entrevistas realizadas com devotos do bodhisattva e o rito, através da observação participante.
The present work seeks to analyze articles by Brazilian authors of recent production who wrote ab... more The present work seeks to analyze articles by Brazilian authors of recent production who wrote about the ideas about education of the philosopher Hannah Arendt. We chose this thinker, because her analysis of Education showed the importance of her ideas for the debate of important topics such as the relationship between Education and Politics and Ethics. The criterion of choice for the development of this study was to use articles by Brazilian authors, produced between 2015 and 2017, which have Hannah Arendt’s ideas on Education as their theme. The articles were researched using the Scielo = Scientific Electronic Library Online platform. Three articles were found on Hannah Arendt's educational ideas, produced in 2016. We analyzed, within the scope of this study, the objectives, the procedures, the place where the procedures were carried out, the analyzes and conclusions reached by the authors of the articles.O presente trabalho busca analisar artigos de autores brasileiros de pro...
Apresento, a seguir, uma tese de doutorado, que escrevi como pesquisador e clínico que esteve, du... more Apresento, a seguir, uma tese de doutorado, que escrevi como pesquisador e clínico que esteve, durante os últimos trezes anos, efetivamente engajado dia após dia no processo da Reforma Psiquiátrica Brasileira, nos últimos treze anos. Comecei a trabalhar no Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS) de São Vicente, em 1994, quando a Reforma ainda engatinhava no Brasil. Prefeituras, como a de São Vicente, que mantinham instituições substitutivas ao manicômio, eram uma exceção. A continuidade do processo era incerta e cada novo passo representava uma grande realização. Restava-nos a luta diária para afirmação de um projeto que contava com a oposição de muitos, dentro e fora do projeto de saúde mental. Algumas coisas, porém, eram muito prazerosas, neste cotidiano incerto. Uma delas era a Oficina Terapêutica de Ikebana, que passei a desenvolver a partir de proposições da psiquiatra brasileira Nise da Silveira. Desde os tempos da faculdade, tenho sido um apaixonado por este trabalho. Percorri inúmeras vezes seus livros (Silveira, 1982, 1992), bela e significativamente ilustrados por uma série de pinturas, que mostram a evolução criativa de pacientes psicóticos, envolvidos em processos de elaboração de angústias e dramas humanos que, afinal de contas, não são assim tão impossíveis de se entender, como os preconceitos correntes frente à loucura nos fazem pensar. Outra fonte do meu trabalho com a Ikebana é a filosofia estética de Mokiti Okada. Sua frase "Mazu nerai o tsukette oitte, sutto kitte, sutto sassu", ou em tradução livre, "Primeiro mire o aspecto mais belo da flor e, num movimento rápido e leve, corte e fixe-o", descortinava uma forma bastante criativa de abordar as flores. Quando vejo os pacientes pegarem alegremente as flores para fazer os arranjos, sinto muito prazer. A Oficina Terapêutica de Ikebana tem sido um oásis dentro do meu diaa-dia atarefado. É sempre um momento em que mesmo um paciente endurecido muitas vezes mostra satisfação em fazer um arranjo, brinca com um outro paciente, faz um belo arranjo. Sempre me recordo de Janaína (Sato, 2001), paciente diagnosticada como oligofrênica grave, com psicose paranóica associada, que usualmente apresentava um rosto sombrio e pesado, como uma máscara grega trágica de pedra. Nunca sorria, a não ser quando fitava as flores, participando da Oficina Terapêutica de Ikebana.
Revista Relicário
Este é um artigo de antropologia religiosa que estuda o mito e o rito de Kuan Yin, o bodhisattva ... more Este é um artigo de antropologia religiosa que estuda o mito e o rito de Kuan Yin, o bodhisattva da compaixão que, desde seu surgimento nos sutras do Budismo Mahayana, foi acolhido pelas populações do Extremo Oriente e do mundo como uma das expressões máxima deste. O mito será estudado historicamente e por meio de entrevistas realizadas com devotos do bodhisattva e o rito, através da observação participante.
The present work seeks to analyze articles by Brazilian authors of recent production who wrote ab... more The present work seeks to analyze articles by Brazilian authors of recent production who wrote about the ideas about education of the philosopher Hannah Arendt. We chose this thinker, because her analysis of Education showed the importance of her ideas for the debate of important topics such as the relationship between Education and Politics and Ethics. The criterion of choice for the development of this study was to use articles by Brazilian authors, produced between 2015 and 2017, which have Hannah Arendt’s ideas on Education as their theme. The articles were researched using the Scielo = Scientific Electronic Library Online platform. Three articles were found on Hannah Arendt's educational ideas, produced in 2016. We analyzed, within the scope of this study, the objectives, the procedures, the place where the procedures were carried out, the analyzes and conclusions reached by the authors of the articles.O presente trabalho busca analisar artigos de autores brasileiros de pro...
Apresento, a seguir, uma tese de doutorado, que escrevi como pesquisador e clínico que esteve, du... more Apresento, a seguir, uma tese de doutorado, que escrevi como pesquisador e clínico que esteve, durante os últimos trezes anos, efetivamente engajado dia após dia no processo da Reforma Psiquiátrica Brasileira, nos últimos treze anos. Comecei a trabalhar no Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS) de São Vicente, em 1994, quando a Reforma ainda engatinhava no Brasil. Prefeituras, como a de São Vicente, que mantinham instituições substitutivas ao manicômio, eram uma exceção. A continuidade do processo era incerta e cada novo passo representava uma grande realização. Restava-nos a luta diária para afirmação de um projeto que contava com a oposição de muitos, dentro e fora do projeto de saúde mental. Algumas coisas, porém, eram muito prazerosas, neste cotidiano incerto. Uma delas era a Oficina Terapêutica de Ikebana, que passei a desenvolver a partir de proposições da psiquiatra brasileira Nise da Silveira. Desde os tempos da faculdade, tenho sido um apaixonado por este trabalho. Percorri inúmeras vezes seus livros (Silveira, 1982, 1992), bela e significativamente ilustrados por uma série de pinturas, que mostram a evolução criativa de pacientes psicóticos, envolvidos em processos de elaboração de angústias e dramas humanos que, afinal de contas, não são assim tão impossíveis de se entender, como os preconceitos correntes frente à loucura nos fazem pensar. Outra fonte do meu trabalho com a Ikebana é a filosofia estética de Mokiti Okada. Sua frase "Mazu nerai o tsukette oitte, sutto kitte, sutto sassu", ou em tradução livre, "Primeiro mire o aspecto mais belo da flor e, num movimento rápido e leve, corte e fixe-o", descortinava uma forma bastante criativa de abordar as flores. Quando vejo os pacientes pegarem alegremente as flores para fazer os arranjos, sinto muito prazer. A Oficina Terapêutica de Ikebana tem sido um oásis dentro do meu diaa-dia atarefado. É sempre um momento em que mesmo um paciente endurecido muitas vezes mostra satisfação em fazer um arranjo, brinca com um outro paciente, faz um belo arranjo. Sempre me recordo de Janaína (Sato, 2001), paciente diagnosticada como oligofrênica grave, com psicose paranóica associada, que usualmente apresentava um rosto sombrio e pesado, como uma máscara grega trágica de pedra. Nunca sorria, a não ser quando fitava as flores, participando da Oficina Terapêutica de Ikebana.