Ilana Viana Do Amaral - Academia.edu (original) (raw)
Papers by Ilana Viana Do Amaral
A presente pesquisa investiga o conceito de paradoxo na obra de S. A. Kierkegaard a partir do dia... more A presente pesquisa investiga o conceito de paradoxo na obra de S. A. Kierkegaard a partir do dialogo critico presente na apreensao kierkegaardiana do esforco filosofico de Hegel. Esta investigacao busca mostrar as conexoes apresentadas no conceito de paradoxo entre a fe, a linguagem e a historia, tendo como pano de fundo o dialogo de Kierkegaard com as categorias hegelianas. Considerando que o centro da oposicao teorica de Kierkegaard a Hegel e uma critica a formalizacao da liberdade historica a partir de criterios objetivistas, explicitaremos, por meio do dialogo de Hegel e Kierkegaard com Hans Georg Hamann, a apreensao da linguagem como experiencia de exteriorizacao da liberdade. O ponto de partida desta oposicao kierkegaardiana esta ancorado numa leitura incompativel com uma objetivacao tornada autonoma, cujo elemento historico-referencial e o Estado: ele se mostrara nucleado nas distintas apreensoes do espirito realizadas pelos dois autores
RESUMO: O presente texto busca explicitar o dialogo de Hegel com H. G. Hamann a partir da oposica... more RESUMO: O presente texto busca explicitar o dialogo de Hegel com H. G. Hamann a partir da oposicao, por este ultimo, de uma ideia de razao mediada pela linguagem ao que ele nomeia, sob forma humoristica, como a razao “purificada” resultante do esforco critico kantiano. Hegel incorpora, no desenvolvimento especulativo do conceito de espirito, essa reflexao hamanniana sobre a linguagem como objetivacao historica fundamental. A pensa, entretanto, como insuficientemente determinada para expor a conexao entre razao e historia, avancando especulativamente ate o conceito de Estado para expor a objetividade do espirito. Aqui, apresentaremos as reflexoes de Hamann em seu dialogo com Kant diretamente remetidas a Metacritica hamanniana, embora seu conteudo seja pensado ja sob a mediacao da sua recepcao por Hegel. Partiremos de uma citacao de Hamann por Hegel na Filosofia da Natureza e dela nos remetermos aos Escritos de Hegel sobre Hamann. Articularemos, em seguida, estes Escritos a alguns mom...
Argumentos - Revista de Filosofia
Este artigo tem como objetivo entender em que termos a música, para Susanne Langer, é interpretad... more Este artigo tem como objetivo entender em que termos a música, para Susanne Langer, é interpretada à luz de uma Filosofia das Formas Simbólicas. Esta expressão, por sua vez, é a que designa o programa teórico de seu mestre, Ernst Cassirer. A teoria da arte que Langer propõe, em Filosofia em nova chave e em Sentimento e Forma, se pretende uma continuidade da crítica da cultura empreendida por Cassirer, a qual se fundamenta na ideia de que, uma vez demonstrada a necessidade do simbolismo ( função psicológica sem a qual não há cultura), cabe à filosofia compreender e acompanhar o desenvolvimento histórico dos modos de manifestação do Espírito. A música, enquanto a mais abstrata das artes, é um modo particular de simbolismo cujo amadurecimento de sua forma interna desemboca no que chamamos hoje de música tonal. O tonalismo é o estágio em que a música atinge sua maior idade justamente por ter se mostrado capaz de operar a partir de leis próprias, sendo assim, o resultado de um longo pro...
A presente pesquisa investiga o conceito de paradoxo na obra de S. A. Kierkegaard a partir do dia... more A presente pesquisa investiga o conceito de paradoxo na obra de S. A. Kierkegaard a partir do dialogo critico presente na apreensao kierkegaardiana do esforco filosofico de Hegel. Esta investigacao busca mostrar as conexoes apresentadas no conceito de paradoxo entre a fe, a linguagem e a historia, tendo como pano de fundo o dialogo de Kierkegaard com as categorias hegelianas. Considerando que o centro da oposicao teorica de Kierkegaard a Hegel e uma critica a formalizacao da liberdade historica a partir de criterios objetivistas, explicitaremos, por meio do dialogo de Hegel e Kierkegaard com Hans Georg Hamann, a apreensao da linguagem como experiencia de exteriorizacao da liberdade. O ponto de partida desta oposicao kierkegaardiana esta ancorado numa leitura incompativel com uma objetivacao tornada autonoma, cujo elemento historico-referencial e o Estado: ele se mostrara nucleado nas distintas apreensoes do espirito realizadas pelos dois autores
RESUMO: O presente texto busca explicitar o dialogo de Hegel com H. G. Hamann a partir da oposica... more RESUMO: O presente texto busca explicitar o dialogo de Hegel com H. G. Hamann a partir da oposicao, por este ultimo, de uma ideia de razao mediada pela linguagem ao que ele nomeia, sob forma humoristica, como a razao “purificada” resultante do esforco critico kantiano. Hegel incorpora, no desenvolvimento especulativo do conceito de espirito, essa reflexao hamanniana sobre a linguagem como objetivacao historica fundamental. A pensa, entretanto, como insuficientemente determinada para expor a conexao entre razao e historia, avancando especulativamente ate o conceito de Estado para expor a objetividade do espirito. Aqui, apresentaremos as reflexoes de Hamann em seu dialogo com Kant diretamente remetidas a Metacritica hamanniana, embora seu conteudo seja pensado ja sob a mediacao da sua recepcao por Hegel. Partiremos de uma citacao de Hamann por Hegel na Filosofia da Natureza e dela nos remetermos aos Escritos de Hegel sobre Hamann. Articularemos, em seguida, estes Escritos a alguns mom...
Argumentos - Revista de Filosofia
Este artigo tem como objetivo entender em que termos a música, para Susanne Langer, é interpretad... more Este artigo tem como objetivo entender em que termos a música, para Susanne Langer, é interpretada à luz de uma Filosofia das Formas Simbólicas. Esta expressão, por sua vez, é a que designa o programa teórico de seu mestre, Ernst Cassirer. A teoria da arte que Langer propõe, em Filosofia em nova chave e em Sentimento e Forma, se pretende uma continuidade da crítica da cultura empreendida por Cassirer, a qual se fundamenta na ideia de que, uma vez demonstrada a necessidade do simbolismo ( função psicológica sem a qual não há cultura), cabe à filosofia compreender e acompanhar o desenvolvimento histórico dos modos de manifestação do Espírito. A música, enquanto a mais abstrata das artes, é um modo particular de simbolismo cujo amadurecimento de sua forma interna desemboca no que chamamos hoje de música tonal. O tonalismo é o estágio em que a música atinge sua maior idade justamente por ter se mostrado capaz de operar a partir de leis próprias, sendo assim, o resultado de um longo pro...