Isabel Guerra - Academia.edu (original) (raw)

Papers by Isabel Guerra

Research paper thumbnail of Porque é que os pobres não se revoltam?

Compreender a pobreza na sua subjectividade e nas transformações identitárias no contexto da soci... more Compreender a pobreza na sua subjectividade e nas transformações identitárias no contexto da sociedade portuguesa. Elementos de reflexão política e sociológica.

Research paper thumbnail of DA POBREZA À VULNERABILIDADE: TRANSFORMAÇÕES IDENTITÁRIAS E NO AGIR COLETIVO

Confronto de pesquisas do Dinamia, Cet sobre as vivências da pobreza através da análise de entrev... more Confronto de pesquisas do Dinamia, Cet sobre as vivências da pobreza através da análise de entrevistas em profundidade. Salienta-se a forma como a pobreza obriga a reconstruir a imagem de si e as estratégias de sobrevivência num processo complexo onde o pobre se sente simultaneamente culpado e vitima da sua stuação.

Research paper thumbnail of Da pobreza à vulnerabilidade: transformações identitárias e no agir colectivo

O artigo discute a pobreza a partir das tarnsformações identitárias que se colocam aos pobres int... more O artigo discute a pobreza a partir das tarnsformações identitárias que se colocam aos pobres interrogando as suas atitudes de potencial conformação e de distanciamento da acção colectiva.

Research paper thumbnail of Organizações de economia social: Coexistência, exemplo ou alternativa

A experiência de investigação em projectos no âmbito da economia social traduziu-se numa problema... more A experiência de investigação em projectos no âmbito da economia social traduziu-se numa problematização dirigida às organizações que a integram e que as autoras do texto desenvolvem a partir dos seguintes vectores: i) o desafio relacionado com a estruturação de novas formas de relação entre o económico e o social dando prioridade às pessoas sobre o capital, à utilidade social e ao interesse coletivo sobre o interesse particular e trabalhando com os valores da solidariedade, da cooperação, da ajuda mútua, da equidade e da justiça social; ii) a forma como estas organizações definem a sua identidade face a uma economia de mercado e a procura de alternativas ao modelo socioeconómico dominante; iii) a refundação de modelos organizacionais onde decisores, trabalhadores e clientes actuem inspirados em culturas organizacionais que valorizavam o lugar dos atores na mudança social, o exercício da cidadania e a ação colectiva. As autoras concluem que a economia social poderá fornecer alguns princípios e regras para a construção de um ponto de partida para pensar de outra forma o desenvolvimento sustentável e uma economia socialmente responsável.

Research paper thumbnail of Entre a fragmentação social e a acção colectiva

Research paper thumbnail of CIDADES, Comunidades e Territórios Some structural and emergent trends in Social Housing in Portugal. Rethinking housing policies in times of crisis

First of all, this article intends to analyse some structural trends in social housing in Portuga... more First of all, this article intends to analyse some structural trends in social housing in Portugal, while relating it with its welfare state regime nature, namely its incipient and tardy character, one that is predominantly oriented towards sectors other than housing. Having other European countries as reference, with different welfare state regimes, we will then point substantive differences in dimension, weight, access forms and target public in this housing sector. Consequently, our main argument revolves around the consequences of a fragile public investment in this domain, which is further channelled in a disparate and bipolar way between a small public promotion of social housing and the incentive to homeownership. We chiefly discuss, as a consequence of this model, the narrowing profile of social housing publics, in a spatially (and temporally) concentrated rationale, gathering individuals with common vulnerability features, lacking the ability to engage in positive residential and social mobility paths.

Research paper thumbnail of Some estrutural and emergent trens in social housing in Portugal

First of all, this article intends to analyse some structural trends in social housing in Portuga... more First of all, this article intends to analyse some structural trends in social housing in Portugal, while relating it with its welfare state regime nature, namely its incipient and tardy character, one that is predominantly oriented towards sectors other than housing. Having other European countries as reference, with different welfare state regimes, we will then point substantive differences in dimension, weight, access forms and target public in this housing sector. Consequently, our main argument revolves around the consequences of a fragile public investment in this domain, which is further channelled in a disparate and bipolar way between a small public promotion of social housing and the incentive to homeownership. We chiefly discuss, as a consequence of this model, the narrowing profile of social housing publics, in a spatially (and temporally) concentrated rationale, gathering individuals with common vulnerability features, lacking the ability to engage in positive residential and social mobility paths.

Research paper thumbnail of Balanço politicas habitação, 2008

Research paper thumbnail of Repensar as politicas de habitação em tempo de crise

Research paper thumbnail of Sustentabilidade de projectos de intervenção social

Research paper thumbnail of Sociedades Desiguais

Research paper thumbnail of Violência na Sociedade Contemporânea

Research paper thumbnail of Crise social e austeridade:à procura de novas formas de intervenção social

Research paper thumbnail of Participar porquê e para quê? Reflexões em torno dos efeitos da democracia local na equidade e na legitimidade dos eleitos(2011),

Participar porquê e para quê? Reflexões em torno dos efeitos da democracia local na equidade e na... more Participar porquê e para quê? Reflexões em torno dos efeitos da democracia local na equidade e na legitimidade dos eleitos , Revista Crítica das Ciências Sociais, nº 91, , pp.121/134 Resumo Este artigo reflecte sobre a democracia participativa ao nível local, justificando a sua Comment [R2]: Incompleto: torna menos transparente o quê?

Research paper thumbnail of Possibilities and paradoxes of the new forms of governance

Research paper thumbnail of POBREZA E DESENVOLVIMENTO : uma relação entre oportunidades sociais e capacidades individuais

POBREZA E DESENVOLVIMENTO : uma relação entre oportunidades sociais e capacidades individuais

Research paper thumbnail of Familles et habitat au Portugal au débu des années 2000

Research paper thumbnail of As políticas de habitação em Portugal: à procura de novos caminhos

Research paper thumbnail of A cidade multicultural e multiétnica. Gestão da diversidade e procura da

sempre mas sempre mas sempre mas sempre imperfeito imperfeito imperfeito imperfeito As transforma... more sempre mas sempre mas sempre mas sempre imperfeito imperfeito imperfeito imperfeito As transformações profundas desta modernidade tardia ligadas quer à globalização dos desafios económicos e políticos quer à desconstrução das representações do mundo dominantes durante o século XX não pode ser reduzida "ao desafio dos multiculturalidades" e muito menos consideradas como consequência das migrações. Aliás a imbricação das questões culturais, com as dinâmicas das mobilidades populacionais e com as novas formas de organização económica e social, a que se acrescem as profundas mudanças do papel do Estado, etc fornecem uma complexidade crescente ao tema da "cidade e multiculturalidade" obrigando a uma extrema cautela na linguagem. Diríamos mesmo que exige uma certa coragem e estratégia face ao apelo contínuo ao discurso "politicamente correcto" que tem sido assumido por todos, e também pela academia, perante a sensibilidade pública às actuais conflitualidades culturais que atravessam as sociedades -e particularmente as cidades -e face às consequências socio-políticas de certos comportamentos de grupos ditos minoritários. É um facto que a maioria destes debates se realiza nas cidades pois estas concentram não apenas os principais protagonistas mas também a maior visibilidade dos problemas. Nada que seja de estranhar pois as cidades sempre se opuseram ao campo pela sua heterogeneidade social e cultural sendo, por definição consideradas "cosmopolitas" na medida em que concentram num território restrito uma grande diversidade de indivíduos de culturas e meios sociais diferentes. É isso que torna as cidades lugares de inovação (identificada com a cultura urbana) mas também, e paradoxalmente, lugares de tensão e de confronto cultural . As cidades, tradicionalmente geradas pela entrada de populações diferenciadas têm vindo a sofrer fortes modificações nos últimos anos, sobretudo no que se refere ao crescimento da entrada de população imigrante de origem estrangeira e frequentemente ligada a antigas ex-colónias. A crise económica dos anos 70, o alargamento do espaço europeu, e o envelhecimento demográfico aliado às dificuldades de arranque para o desenvolvimento

Research paper thumbnail of De que  crise falamos…? Os cientistas sociais face à crise

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Compreender a pobreza na sua subjectividade e nas transformações identitárias no contexto da soci... more Compreender a pobreza na sua subjectividade e nas transformações identitárias no contexto da sociedade portuguesa. Elementos de reflexão política e sociológica.

Research paper thumbnail of DA POBREZA À VULNERABILIDADE: TRANSFORMAÇÕES IDENTITÁRIAS E NO AGIR COLETIVO

Confronto de pesquisas do Dinamia, Cet sobre as vivências da pobreza através da análise de entrev... more Confronto de pesquisas do Dinamia, Cet sobre as vivências da pobreza através da análise de entrevistas em profundidade. Salienta-se a forma como a pobreza obriga a reconstruir a imagem de si e as estratégias de sobrevivência num processo complexo onde o pobre se sente simultaneamente culpado e vitima da sua stuação.

Research paper thumbnail of Da pobreza à vulnerabilidade: transformações identitárias e no agir colectivo

O artigo discute a pobreza a partir das tarnsformações identitárias que se colocam aos pobres int... more O artigo discute a pobreza a partir das tarnsformações identitárias que se colocam aos pobres interrogando as suas atitudes de potencial conformação e de distanciamento da acção colectiva.

Research paper thumbnail of Organizações de economia social: Coexistência, exemplo ou alternativa

A experiência de investigação em projectos no âmbito da economia social traduziu-se numa problema... more A experiência de investigação em projectos no âmbito da economia social traduziu-se numa problematização dirigida às organizações que a integram e que as autoras do texto desenvolvem a partir dos seguintes vectores: i) o desafio relacionado com a estruturação de novas formas de relação entre o económico e o social dando prioridade às pessoas sobre o capital, à utilidade social e ao interesse coletivo sobre o interesse particular e trabalhando com os valores da solidariedade, da cooperação, da ajuda mútua, da equidade e da justiça social; ii) a forma como estas organizações definem a sua identidade face a uma economia de mercado e a procura de alternativas ao modelo socioeconómico dominante; iii) a refundação de modelos organizacionais onde decisores, trabalhadores e clientes actuem inspirados em culturas organizacionais que valorizavam o lugar dos atores na mudança social, o exercício da cidadania e a ação colectiva. As autoras concluem que a economia social poderá fornecer alguns princípios e regras para a construção de um ponto de partida para pensar de outra forma o desenvolvimento sustentável e uma economia socialmente responsável.

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First of all, this article intends to analyse some structural trends in social housing in Portuga... more First of all, this article intends to analyse some structural trends in social housing in Portugal, while relating it with its welfare state regime nature, namely its incipient and tardy character, one that is predominantly oriented towards sectors other than housing. Having other European countries as reference, with different welfare state regimes, we will then point substantive differences in dimension, weight, access forms and target public in this housing sector. Consequently, our main argument revolves around the consequences of a fragile public investment in this domain, which is further channelled in a disparate and bipolar way between a small public promotion of social housing and the incentive to homeownership. We chiefly discuss, as a consequence of this model, the narrowing profile of social housing publics, in a spatially (and temporally) concentrated rationale, gathering individuals with common vulnerability features, lacking the ability to engage in positive residential and social mobility paths.

Research paper thumbnail of Some estrutural and emergent trens in social housing in Portugal

First of all, this article intends to analyse some structural trends in social housing in Portuga... more First of all, this article intends to analyse some structural trends in social housing in Portugal, while relating it with its welfare state regime nature, namely its incipient and tardy character, one that is predominantly oriented towards sectors other than housing. Having other European countries as reference, with different welfare state regimes, we will then point substantive differences in dimension, weight, access forms and target public in this housing sector. Consequently, our main argument revolves around the consequences of a fragile public investment in this domain, which is further channelled in a disparate and bipolar way between a small public promotion of social housing and the incentive to homeownership. We chiefly discuss, as a consequence of this model, the narrowing profile of social housing publics, in a spatially (and temporally) concentrated rationale, gathering individuals with common vulnerability features, lacking the ability to engage in positive residential and social mobility paths.

Research paper thumbnail of Balanço politicas habitação, 2008

Research paper thumbnail of Repensar as politicas de habitação em tempo de crise

Research paper thumbnail of Sustentabilidade de projectos de intervenção social

Research paper thumbnail of Sociedades Desiguais

Research paper thumbnail of Violência na Sociedade Contemporânea

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Participar porquê e para quê? Reflexões em torno dos efeitos da democracia local na equidade e na... more Participar porquê e para quê? Reflexões em torno dos efeitos da democracia local na equidade e na legitimidade dos eleitos , Revista Crítica das Ciências Sociais, nº 91, , pp.121/134 Resumo Este artigo reflecte sobre a democracia participativa ao nível local, justificando a sua Comment [R2]: Incompleto: torna menos transparente o quê?

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Research paper thumbnail of POBREZA E DESENVOLVIMENTO : uma relação entre oportunidades sociais e capacidades individuais

POBREZA E DESENVOLVIMENTO : uma relação entre oportunidades sociais e capacidades individuais

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sempre mas sempre mas sempre mas sempre imperfeito imperfeito imperfeito imperfeito As transforma... more sempre mas sempre mas sempre mas sempre imperfeito imperfeito imperfeito imperfeito As transformações profundas desta modernidade tardia ligadas quer à globalização dos desafios económicos e políticos quer à desconstrução das representações do mundo dominantes durante o século XX não pode ser reduzida "ao desafio dos multiculturalidades" e muito menos consideradas como consequência das migrações. Aliás a imbricação das questões culturais, com as dinâmicas das mobilidades populacionais e com as novas formas de organização económica e social, a que se acrescem as profundas mudanças do papel do Estado, etc fornecem uma complexidade crescente ao tema da "cidade e multiculturalidade" obrigando a uma extrema cautela na linguagem. Diríamos mesmo que exige uma certa coragem e estratégia face ao apelo contínuo ao discurso "politicamente correcto" que tem sido assumido por todos, e também pela academia, perante a sensibilidade pública às actuais conflitualidades culturais que atravessam as sociedades -e particularmente as cidades -e face às consequências socio-políticas de certos comportamentos de grupos ditos minoritários. É um facto que a maioria destes debates se realiza nas cidades pois estas concentram não apenas os principais protagonistas mas também a maior visibilidade dos problemas. Nada que seja de estranhar pois as cidades sempre se opuseram ao campo pela sua heterogeneidade social e cultural sendo, por definição consideradas "cosmopolitas" na medida em que concentram num território restrito uma grande diversidade de indivíduos de culturas e meios sociais diferentes. É isso que torna as cidades lugares de inovação (identificada com a cultura urbana) mas também, e paradoxalmente, lugares de tensão e de confronto cultural . As cidades, tradicionalmente geradas pela entrada de populações diferenciadas têm vindo a sofrer fortes modificações nos últimos anos, sobretudo no que se refere ao crescimento da entrada de população imigrante de origem estrangeira e frequentemente ligada a antigas ex-colónias. A crise económica dos anos 70, o alargamento do espaço europeu, e o envelhecimento demográfico aliado às dificuldades de arranque para o desenvolvimento

Research paper thumbnail of De que  crise falamos…? Os cientistas sociais face à crise

Research paper thumbnail of Bairro de Prenda em Luanda : resiliência social ou resiliência urbana? 1

A especificidade do crescimento urbano em Angola No final do século XX, o crescimento urbano em A... more A especificidade do crescimento urbano em Angola No final do século XX, o crescimento urbano em Africa faz-se a ritmo sem precedentes na história deste continente e a critica alarmista aos seus efeitos devastadores faz por vezes esquecer as razões que lhe estão subjacente, e portanto também, as formas de mitigar uma ocupação tão desigual dos imensos territórios africanos. Para muito investigadores, a urbanização nos países em desenvolvimento, como particularmente em Africa, foi radicalmente desligada da industrialização e até do desenvolvimento propriamente dito. O aumento da população urbana, apesar do crescimento econômico urbano gerado ser medíocre ou mesmo negativo, é a evidencia do que alguns pesquisadores rotularam de " sobre urbanização " (Bairoch, 1983; Castels,1977 ; Jugler, 1997). Até ao final do seculo XIX as cidades africanas eram centros políticos lugares de troca de escravos e especiarias e a dominação política exigia uma centralização na capital para controle de um vasto território. Assim, em 1910, a Europa (sem a Rússia) tinha 41% de população nas cidades de mais de 5.000 habitantes enquanto o terceiro mundo tinha 9% a 10% 2. Depois da segunda guerra mundial inicia-se um crescimento urbano em Africa mas ainda ténue 3 pois o surto demográfico das grandes cidades africanas emerge sobretudo nos anos 60 quando os processos de descolonização se iniciam mas acelera-se nos anos 70 e 80 tal como acontece na cidade de Luanda (ver gráfico1).