John Boudler - Academia.edu (original) (raw)
Papers by John Boudler
É complicado voltar ao passado e tentar só falar das partes boas de um trajeto, que obviamente te... more É complicado voltar ao passado e tentar só falar das partes boas de um trajeto, que obviamente teve suas dores, seus momentos tristes e difíceis. Se bem que todo mundo tem isso e a Unesp não escapa de ter em sua história dores e alegrias. Anos de formação Nasci no ano de 1954 em Buffalo, New York, Estados Unidos, e cresci em Hamburg, cidade vizinha onde meus pais tinham uma casa. Azucrinei a vida da minha mãe batendo nas panelas da cozinha até que aos nove anos ela me inscreveu num curso inicial de percussão. Era o curso de verão oferecido num colégio de segundo grau, em uma cidade vizinha chamada Orchard Park, onde meus avós moravam na sua aposentadoria. Dentre os seis ou sete garotos que participaram aquele ano do curso, só eu consegui concluir. Estava muito motivado para continuar, e o professor, que não era percussionista (era trompetista e diretor da banda do colégio que ofereceu esse curso), acabou me oferecendo aulas particulares. Isso foi em 1963, comecei assim! Menos de doi...
Cadernos Cedem, 2012
É complicado voltar ao passado e tentar só falar das partes boas de um trajeto, que obviamente te... more É complicado voltar ao passado e tentar só falar das partes boas de um trajeto, que obviamente teve suas dores, seus momentos tristes e difíceis. Se bem que todo mundo tem isso e a Unesp não escapa de ter em sua história dores e alegrias. Anos de formação Nasci no ano de 1954 em Buffalo, New York, Estados Unidos, e cresci em Hamburg, cidade vizinha onde meus pais tinham uma casa. Azucrinei a vida da minha mãe batendo nas panelas da cozinha até que aos nove anos ela me inscreveu num curso inicial de percussão. Era o curso de verão oferecido num colégio de segundo grau, em uma cidade vizinha chamada Orchard Park, onde meus avós moravam na sua aposentadoria. Dentre os seis ou sete garotos que participaram aquele ano do curso, só eu consegui concluir. Estava muito motivado para continuar, e o professor, que não era percussionista (era trompetista e diretor da banda do colégio que ofereceu esse curso), acabou me oferecendo aulas particulares. Isso foi em 1963, comecei assim! Menos de dois anos depois, o professor, bastante honesto e correto, chegou a fazer uma reunião com meus pais e disse: "a percussão não é minha área específica, o jovem tem grandes possibilidades de futuro na profissão e, sinceramente, para ele progredir vocês precisam achar um profissional da área". Minha mãe então pesquisou, e foi direto à Buffalo Philharmonic Orchestra para falar com o timpanista italiano George D'Anna. Ele me adotou como aluno e imediatamente me obrigou a fazer aulas de piano, porque um percussionista não poderia jamais "só bater", como dizemos no jargão vulgar. Nesta época eu estudei piano também, para alegria da minha mãe, que enfim ficou mais feliz com os barulhos que eu produzia! Durante o primeiro grau estudei numa escola católica que não oferecia um programa de música, mas pude me aperfeiçoar com as aulas particulares, e assim que apareceu uma oportunidade (com a banda sinfônica e a orquestra de nível escolar), na Junior High School, eu ingressei sem hesitar. Gostei muito e, durante os três anos do colegial (Senior High School), eu continuei estudando muita música. Quase todos os dias havia um compromisso musical, além dos estudos individuais e das tarefas escolares. Participei de todos os grupos que existiam na escola: tocava em apresentações teatrais, tocava bateria no grupo de jazz, e tocava percussão e tímpanos na orquestra e na banda sinfônica. Naquela época havia também a possibilidade de tocar em orquestras regionais comunitárias, e toquei até mesmo na orquestra universitária da State University of New York em Buffalo, trabalho que me deu muito prazer! Cheguei a participar de vários cursos de verão, como o que existe
Cadernos Cedem (Cessada)
Entrevista concedida pelo professor Doutor John E. Boudler, professor titular do Instituto de Art... more Entrevista concedida pelo professor Doutor John E. Boudler, professor titular do Instituto de Artes da Unesp ao projeto Instituto de Artes. Memória e História, projeto em desenvolvimento no CEDEM. A entrevista ocorreu no dia 23 de outubro de 2007 tendo atuado como entrevistadoras as pesquisadoras Anna Maria Martinez Corrêa, Márcia Regina Tosta Dias e Maria Lúcia Torres. A entrevista foi transcrita por Daniela Chaves Santos e revista por Natália Caetano da Silva, pelo autor, por Laura Boudler e Catarina Percinio.
As duas ultimas d ecadas presenciaram o surgimento de uma nova maneira de encarar alguns fen^ ome... more As duas ultimas d ecadas presenciaram o surgimento de uma nova maneira de encarar alguns fen^ omenos naturais cujo comportamento era considerado imprevis vel: a teoria do CAOS 1. Uma das principais ferramentas desta teoria são os FRACTAIS, objetos matem aticos de nidos e estudados em profundidade pelo matem atico, pesquisador da IBM, Benoit Mandelbrot 2.
As duas ultimas d ecadas presenciaram o surgimento de uma nova maneira de encarar alguns fen^ ome... more As duas ultimas d ecadas presenciaram o surgimento de uma nova maneira de encarar alguns fen^ omenos naturais cujo comportamento era considerado imprevis vel: a teoria do CAOS 1. Uma das principais ferramentas desta teoria são os FRACTAIS, objetos matem aticos de nidos e estudados em profundidade pelo matem atico, pesquisador da IBM, Benoit Mandelbrot 2.
É complicado voltar ao passado e tentar só falar das partes boas de um trajeto, que obviamente te... more É complicado voltar ao passado e tentar só falar das partes boas de um trajeto, que obviamente teve suas dores, seus momentos tristes e difíceis. Se bem que todo mundo tem isso e a Unesp não escapa de ter em sua história dores e alegrias. Anos de formação Nasci no ano de 1954 em Buffalo, New York, Estados Unidos, e cresci em Hamburg, cidade vizinha onde meus pais tinham uma casa. Azucrinei a vida da minha mãe batendo nas panelas da cozinha até que aos nove anos ela me inscreveu num curso inicial de percussão. Era o curso de verão oferecido num colégio de segundo grau, em uma cidade vizinha chamada Orchard Park, onde meus avós moravam na sua aposentadoria. Dentre os seis ou sete garotos que participaram aquele ano do curso, só eu consegui concluir. Estava muito motivado para continuar, e o professor, que não era percussionista (era trompetista e diretor da banda do colégio que ofereceu esse curso), acabou me oferecendo aulas particulares. Isso foi em 1963, comecei assim! Menos de doi...
Cadernos Cedem, 2012
É complicado voltar ao passado e tentar só falar das partes boas de um trajeto, que obviamente te... more É complicado voltar ao passado e tentar só falar das partes boas de um trajeto, que obviamente teve suas dores, seus momentos tristes e difíceis. Se bem que todo mundo tem isso e a Unesp não escapa de ter em sua história dores e alegrias. Anos de formação Nasci no ano de 1954 em Buffalo, New York, Estados Unidos, e cresci em Hamburg, cidade vizinha onde meus pais tinham uma casa. Azucrinei a vida da minha mãe batendo nas panelas da cozinha até que aos nove anos ela me inscreveu num curso inicial de percussão. Era o curso de verão oferecido num colégio de segundo grau, em uma cidade vizinha chamada Orchard Park, onde meus avós moravam na sua aposentadoria. Dentre os seis ou sete garotos que participaram aquele ano do curso, só eu consegui concluir. Estava muito motivado para continuar, e o professor, que não era percussionista (era trompetista e diretor da banda do colégio que ofereceu esse curso), acabou me oferecendo aulas particulares. Isso foi em 1963, comecei assim! Menos de dois anos depois, o professor, bastante honesto e correto, chegou a fazer uma reunião com meus pais e disse: "a percussão não é minha área específica, o jovem tem grandes possibilidades de futuro na profissão e, sinceramente, para ele progredir vocês precisam achar um profissional da área". Minha mãe então pesquisou, e foi direto à Buffalo Philharmonic Orchestra para falar com o timpanista italiano George D'Anna. Ele me adotou como aluno e imediatamente me obrigou a fazer aulas de piano, porque um percussionista não poderia jamais "só bater", como dizemos no jargão vulgar. Nesta época eu estudei piano também, para alegria da minha mãe, que enfim ficou mais feliz com os barulhos que eu produzia! Durante o primeiro grau estudei numa escola católica que não oferecia um programa de música, mas pude me aperfeiçoar com as aulas particulares, e assim que apareceu uma oportunidade (com a banda sinfônica e a orquestra de nível escolar), na Junior High School, eu ingressei sem hesitar. Gostei muito e, durante os três anos do colegial (Senior High School), eu continuei estudando muita música. Quase todos os dias havia um compromisso musical, além dos estudos individuais e das tarefas escolares. Participei de todos os grupos que existiam na escola: tocava em apresentações teatrais, tocava bateria no grupo de jazz, e tocava percussão e tímpanos na orquestra e na banda sinfônica. Naquela época havia também a possibilidade de tocar em orquestras regionais comunitárias, e toquei até mesmo na orquestra universitária da State University of New York em Buffalo, trabalho que me deu muito prazer! Cheguei a participar de vários cursos de verão, como o que existe
Cadernos Cedem (Cessada)
Entrevista concedida pelo professor Doutor John E. Boudler, professor titular do Instituto de Art... more Entrevista concedida pelo professor Doutor John E. Boudler, professor titular do Instituto de Artes da Unesp ao projeto Instituto de Artes. Memória e História, projeto em desenvolvimento no CEDEM. A entrevista ocorreu no dia 23 de outubro de 2007 tendo atuado como entrevistadoras as pesquisadoras Anna Maria Martinez Corrêa, Márcia Regina Tosta Dias e Maria Lúcia Torres. A entrevista foi transcrita por Daniela Chaves Santos e revista por Natália Caetano da Silva, pelo autor, por Laura Boudler e Catarina Percinio.
As duas ultimas d ecadas presenciaram o surgimento de uma nova maneira de encarar alguns fen^ ome... more As duas ultimas d ecadas presenciaram o surgimento de uma nova maneira de encarar alguns fen^ omenos naturais cujo comportamento era considerado imprevis vel: a teoria do CAOS 1. Uma das principais ferramentas desta teoria são os FRACTAIS, objetos matem aticos de nidos e estudados em profundidade pelo matem atico, pesquisador da IBM, Benoit Mandelbrot 2.
As duas ultimas d ecadas presenciaram o surgimento de uma nova maneira de encarar alguns fen^ ome... more As duas ultimas d ecadas presenciaram o surgimento de uma nova maneira de encarar alguns fen^ omenos naturais cujo comportamento era considerado imprevis vel: a teoria do CAOS 1. Uma das principais ferramentas desta teoria são os FRACTAIS, objetos matem aticos de nidos e estudados em profundidade pelo matem atico, pesquisador da IBM, Benoit Mandelbrot 2.