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Papers by Julia Scamparini

Research paper thumbnail of Presença do autor: autoficções de Ricardo Lísias e de Lúcia Murat

This paper is part of a research about the way literary and film autofictions promote processes o... more This paper is part of a research about the way literary and film autofictions promote processes of subjectivity and conceptual games stimulated by the duplication of the author and facts of his/her life in his/her art work, which in the specific case of the writer Ricardo Lisias and the movie director Lucia Murat, result in new ways of working with images, words, and with other media. This type of relationship between author and work, so commom nowadays, feeds the politics of memory, which in turn encourages new ways of working with space and time, inside and outside the media (book or film). This research is part of the intermediality research, which considers cinema and literature as dominant media in society, thus opening space for the exam of the ways both medias represent (or not) reality and relate to each other.

Research paper thumbnail of Literatura dentro do filme

Este artigo analisa a representacao da literatura por dois filmes de Francois Ozon, Dans la maiso... more Este artigo analisa a representacao da literatura por dois filmes de Francois Ozon, Dans la maison (2012) e Swimming pool (2003). A forma como as duas midias se encontram para a realizacao de uma narrativa ficcional autorreflexiva explicita algumas das caracteristicas compartilhadas pela literatura e o cinema, bem como algumas de suas especificidades.

Research paper thumbnail of Si è aperta una porta con dietro il buio: apontamentos sobre o filme La Rabbia, de Pier Paolo Pasolini

Revista de Italianística

Este ensaio sobre o filme La rabbia (1962), de Pasolini, dialoga com um momento histórico de muit... more Este ensaio sobre o filme La rabbia (1962), de Pasolini, dialoga com um momento histórico de muita produtividade de documentários ensaísticos e de análises e teorias a respeito. O olhar direcionado ao passado procura, então, atualizar-se por meio de escritos contemporâneos, e promove um encontro com o recente gesto de restaura ção e redescoberta de um filme desejado, mas não finalizado décadas atrás. Todo este contexto de análise e revisitação deixa claro que o filme La rabbia tem a raiva como sua espinha dorsal, antes, durante e depois: o sentimento poético-político da raiva que impulsiona o gesto artístico, como é de costume em Pasolini; a raiva pela matéria-prima, as imagens-inimigas, parte da metodologia de trabalho; e, finalmente, a raiva pela imposição do produtor e pelo embate indesejado com um opositor ideológico, após ter em mãos o filme pronto.

Research paper thumbnail of Ler o texto, fitar a imagem

Raído

A partir da perspectiva do leitor, será analisado o uso de fotografias no romance Divórcio, de Ri... more A partir da perspectiva do leitor, será analisado o uso de fotografias no romance Divórcio, de Ricardo Lísias. Parte-se da premissa de que imagens técnicas, ao serem impressas num livro classificado como romance, ou seja, num dispositivo literário, operam uma transgressão, no sentido iseriano (ano), trazendo à tona a tríade real-fictício-imaginário. Esta cristalização do fazer ficcional parte do caráter autoficcional do romance e chega nas fotografias, lidas inicialmente como documentos históricos, consequência de uma orientação cognitivo-antropológica da recepção. As fotografias comparecem, assim, como elementos ambíguos, que chamam atenção não só para sua imagem como também para seu meio, isto é, a fotografia enquanto dispositivo, e tudo o que ela representa contemporaneamente, ou seja, fora de um romance. Uma reflexão que retornará para a literatura tida também enquanto mídia/dispositivo fecha o ciclo do projeto artístico intermedial que é o romance Divórcio.

Research paper thumbnail of O Narrador Autoficcional Na Literatura e No Cinema

Desde a recente virada de século, vimos assistindo à consolidação da narrativa autoficcional não ... more Desde a recente virada de século, vimos assistindo à consolidação da narrativa autoficcional não somente na literatura como também no cinema. A partir de romances de Ricardo Lísias (O céu dos suicidas e Divórcio) e Julián Fuks (Procura do romance e A resistência), e dos filmes Histórias que contamos, de Sarah Polley, e Irmãs jamais, de Marco Bellocchio, a proposta deste ensaio é descrever um tipo de narrador não exclusivo das formas literárias e típico da contemporaneidade. À luz dos célebres ensaios de Walter Benjamin, O narrador, e de Silviano Santiago, O narrador pós-moderno, o contador de histórias autoficcional recupera sua experiência para e na narrativa, e não se relaciona com a imagem somente como espectador: a tecnologia e as particularidades da comunicação lhe permitem hoje entrar na mídia e, a partir desta posição, problematizar concepções como as de ficção e realidade, documento e objeto estético, dentre outras.

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Itinerarios Revista De Literatura, Nov 22, 2013

RESUMO: O presente artigo é parte de uma investigação sobre as formas como autoficções literárias... more RESUMO: O presente artigo é parte de uma investigação sobre as formas como autoficções literárias e fílmicas promovem processos de subjetividade e jogos conceituais estimulados pela duplicação do autor e de fatos de sua vida em sua obra artística, os quais resultam, no caso específico do escritor Ricardo Lísias e da cineasta Lúcia Murat, em novas formas de trabalho com a imagem, a palavra, e com outras mídias. Esse tipo de relação entre autor e obra, tão comum nos dias de hoje, alimenta uma política da memória, o que por sua vez também impulsiona novas formas de trabalho com espaço e tempo, dentro e fora da obra, seja no cinema, seja na literatura. Esta investigação insere-se no âmbito das pesquisas em intermedialidade, que consideram o cinema e a literatura como mídias dominantes na sociedade e, assim, abrem espaço para o exame das formas como ambas representam (ou deixam de representar) a realidade e se relacionam entre si.

Research paper thumbnail of Irmãs Jamais: Ficção De Si Entre Ternura e Amargura

Revista Graphos

Para realizar Irmãs Jamais (2010), Marco Bellocchio optou por unir uma necessidade prática a uma ... more Para realizar Irmãs Jamais (2010), Marco Bellocchio optou por unir uma necessidade prática a uma operação afetiva: ao mesmo tempo em que usou seus familiares e cenário natal como matéria-prima imagética para ensinar seus alunos do Laboratorio Fare Cinema, fez um registro de sua família em filme. Ao realizar esta ficção de si, deslocou a discussão banal entre ficção e realidade e rumou a reflexões potentes sobre o cinema e a vida por meio de uma escrita pessoal indireta. Palavras-chave: Autoficção. Imagem documental. Memória. Marco Bellocchio.

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This paper is part of a research about the way literary and film autofictions promote processes o... more This paper is part of a research about the way literary and film autofictions promote processes of subjectivity and conceptual games stimulated by the duplication of the author and facts of his/her life in his/her art work, which in the specific case of the writer Ricardo Lisias and the movie director Lucia Murat, result in new ways of working with images, words, and with other media. This type of relationship between author and work, so commom nowadays, feeds the politics of memory, which in turn encourages new ways of working with space and time, inside and outside the media (book or film). This research is part of the intermediality research, which considers cinema and literature as dominant media in society, thus opening space for the exam of the ways both medias represent (or not) reality and relate to each other.

Research paper thumbnail of Literatura dentro do filme

Este artigo analisa a representacao da literatura por dois filmes de Francois Ozon, Dans la maiso... more Este artigo analisa a representacao da literatura por dois filmes de Francois Ozon, Dans la maison (2012) e Swimming pool (2003). A forma como as duas midias se encontram para a realizacao de uma narrativa ficcional autorreflexiva explicita algumas das caracteristicas compartilhadas pela literatura e o cinema, bem como algumas de suas especificidades.

Research paper thumbnail of Si è aperta una porta con dietro il buio: apontamentos sobre o filme La Rabbia, de Pier Paolo Pasolini

Revista de Italianística

Este ensaio sobre o filme La rabbia (1962), de Pasolini, dialoga com um momento histórico de muit... more Este ensaio sobre o filme La rabbia (1962), de Pasolini, dialoga com um momento histórico de muita produtividade de documentários ensaísticos e de análises e teorias a respeito. O olhar direcionado ao passado procura, então, atualizar-se por meio de escritos contemporâneos, e promove um encontro com o recente gesto de restaura ção e redescoberta de um filme desejado, mas não finalizado décadas atrás. Todo este contexto de análise e revisitação deixa claro que o filme La rabbia tem a raiva como sua espinha dorsal, antes, durante e depois: o sentimento poético-político da raiva que impulsiona o gesto artístico, como é de costume em Pasolini; a raiva pela matéria-prima, as imagens-inimigas, parte da metodologia de trabalho; e, finalmente, a raiva pela imposição do produtor e pelo embate indesejado com um opositor ideológico, após ter em mãos o filme pronto.

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Raído

A partir da perspectiva do leitor, será analisado o uso de fotografias no romance Divórcio, de Ri... more A partir da perspectiva do leitor, será analisado o uso de fotografias no romance Divórcio, de Ricardo Lísias. Parte-se da premissa de que imagens técnicas, ao serem impressas num livro classificado como romance, ou seja, num dispositivo literário, operam uma transgressão, no sentido iseriano (ano), trazendo à tona a tríade real-fictício-imaginário. Esta cristalização do fazer ficcional parte do caráter autoficcional do romance e chega nas fotografias, lidas inicialmente como documentos históricos, consequência de uma orientação cognitivo-antropológica da recepção. As fotografias comparecem, assim, como elementos ambíguos, que chamam atenção não só para sua imagem como também para seu meio, isto é, a fotografia enquanto dispositivo, e tudo o que ela representa contemporaneamente, ou seja, fora de um romance. Uma reflexão que retornará para a literatura tida também enquanto mídia/dispositivo fecha o ciclo do projeto artístico intermedial que é o romance Divórcio.

Research paper thumbnail of O Narrador Autoficcional Na Literatura e No Cinema

Desde a recente virada de século, vimos assistindo à consolidação da narrativa autoficcional não ... more Desde a recente virada de século, vimos assistindo à consolidação da narrativa autoficcional não somente na literatura como também no cinema. A partir de romances de Ricardo Lísias (O céu dos suicidas e Divórcio) e Julián Fuks (Procura do romance e A resistência), e dos filmes Histórias que contamos, de Sarah Polley, e Irmãs jamais, de Marco Bellocchio, a proposta deste ensaio é descrever um tipo de narrador não exclusivo das formas literárias e típico da contemporaneidade. À luz dos célebres ensaios de Walter Benjamin, O narrador, e de Silviano Santiago, O narrador pós-moderno, o contador de histórias autoficcional recupera sua experiência para e na narrativa, e não se relaciona com a imagem somente como espectador: a tecnologia e as particularidades da comunicação lhe permitem hoje entrar na mídia e, a partir desta posição, problematizar concepções como as de ficção e realidade, documento e objeto estético, dentre outras.

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Itinerarios Revista De Literatura, Nov 22, 2013

RESUMO: O presente artigo é parte de uma investigação sobre as formas como autoficções literárias... more RESUMO: O presente artigo é parte de uma investigação sobre as formas como autoficções literárias e fílmicas promovem processos de subjetividade e jogos conceituais estimulados pela duplicação do autor e de fatos de sua vida em sua obra artística, os quais resultam, no caso específico do escritor Ricardo Lísias e da cineasta Lúcia Murat, em novas formas de trabalho com a imagem, a palavra, e com outras mídias. Esse tipo de relação entre autor e obra, tão comum nos dias de hoje, alimenta uma política da memória, o que por sua vez também impulsiona novas formas de trabalho com espaço e tempo, dentro e fora da obra, seja no cinema, seja na literatura. Esta investigação insere-se no âmbito das pesquisas em intermedialidade, que consideram o cinema e a literatura como mídias dominantes na sociedade e, assim, abrem espaço para o exame das formas como ambas representam (ou deixam de representar) a realidade e se relacionam entre si.

Research paper thumbnail of Irmãs Jamais: Ficção De Si Entre Ternura e Amargura

Revista Graphos

Para realizar Irmãs Jamais (2010), Marco Bellocchio optou por unir uma necessidade prática a uma ... more Para realizar Irmãs Jamais (2010), Marco Bellocchio optou por unir uma necessidade prática a uma operação afetiva: ao mesmo tempo em que usou seus familiares e cenário natal como matéria-prima imagética para ensinar seus alunos do Laboratorio Fare Cinema, fez um registro de sua família em filme. Ao realizar esta ficção de si, deslocou a discussão banal entre ficção e realidade e rumou a reflexões potentes sobre o cinema e a vida por meio de uma escrita pessoal indireta. Palavras-chave: Autoficção. Imagem documental. Memória. Marco Bellocchio.