Luísa Freitas - Academia.edu (original) (raw)

Papers by Luísa Freitas

Research paper thumbnail of Mãos que aprendem: o ensino da LGP como segunda língua

Dissertação de mestrado em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores, apresentada à Faculdad... more Dissertação de mestrado em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores, apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de CoimbraReconhecida desde 1997 pela Constituição Portuguesa, a Língua Gestual Portuguesa é a Língua Natural dos Surdos Portugueses. Tem estruturas e processos que o Português não possui (Amaral, Coutinho, Martins, (1994)), sendo, por isso, uma língua complexa, com uma gramática própria e única (Amaral, Coutinho, Martins, 1994, Baptista, 1999, 2005). É também uma língua rica, com uma estrutura sintáctica específica, auxiliada por expressões faciais e corporais particulares. Se considerarmos a existência de 150.000 surdos em Portugal e se nos basearmos no reconhecimento do dever de “proteger e valorizar a Língua Gestual Portuguesa enquanto expressão cultural e instrumento de acesso à educação e à igualdade de oportunidades” consagrada na Constituição Portuguesa [alínea h) do artigo 74º] verificamos uma exigência social e a premência em proporcionar o desenvolvimento desta Língua nas Comunidades Surda e Ouvinte. Parte significativa deste desenvolvimento deve-se, sem dúvida, às formações de LGP que são dadas nas Escolas de Referência para o Ensino Bilingue para os Alunos Surdos e também as que são dadas nas Associações de Surdos a pessoas Ouvintes. Assim, nesta dissertação procurámos aferir, junto de professores Surdos e Ouvintes, como leccionam estas formações, e se existem, de facto, diferenças substanciais na forma de ensinar entre os professores Ouvintes e Surdos. Compreende duas partes: uma, teórica; outra de trabalho empírico. A primeira desenvolve-se em quatro capítulos, nos quais é feita a revisão da literatura sobre as Línguas Gestuais, sobre Língua Gestual Portuguesa e sobre o Monitor/Formador de Língua Gestual Portuguesa. Na segunda parte, apresentamos um estudo descritivo onde se pretende compreender e explicar a situação actual dos docentes de LGP, sobretudo no que ao ensino de LGP como Língua Segunda diz respeito, mas sobretudo, evidenciar as diferenças e vii as complementaridades que tantos os professores Surdos como os Ouvintes possuem no exercício das suas funções (Carmo, Ferreira, 1998). Especificamente, pretendeu saber-se se o bilinguismo influencia o planeamento e a execução do processo de ensino-aprendizagem, assim como se os professores Surdos e Ouvintes têm formas significativamente distintas de leccionar LGP como L2. Para conseguirmos inferir algumas conclusões sobre as hipóteses colocadas, recorremos ao método da entrevista estruturada a uma amostra que envolveu 12 professores de Língua Gestual Portuguesa (6 Ouvintes e 6 Surdos), Licenciados pela Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) ou formados pelas Associações de Surdos. Quanto aos principais resultados encontrados, concluímos que, de facto, as metodologias são diferentes. Os professores Surdos, porque detêm o conhecimento explícito da LGP, apresentam uma maior variedade de estratégias para o ensino de Língua Gestual, contudo a preparação do seu processo de ensino aprendizagem deve ser melhorado, na medida em que deve tornar-se mais sólido e eficaz. Apesar disso demonstram que as suas práticas pedagógicas estão mais voltadas para o desenvolvimento comunicacional. Conclui-se também que os professores Ouvintes, porque ainda não são completamente proficientes em LGP e porque terminaram a sua formação inicial há muito menos tempo que os professores Surdos, planificam a sua execução pedagógica de forma mais cuidada e completa e, por isso, as suas estratégias voltam-se mais para a análise linguística.Acknowledged since 1997 by the Portuguese Constitution, Portuguese Sign language (PSL) is the natural language of the Portuguese deaf. It has its own structures and processes different from the Portuguese (Amaral, Coutinho, Martins, (1994) being, therefore, a complex language with its own and unique grammar. (Amaral, Coutinho, Martins, 1994, Baptista, 1999, 2005). It is also a rich language with a specific syntax aided by the use of specific facial and body expression. Considering that there are 150.000 deaf people in Portugal and if we acknowledge the duty to “protect and value Portuguese Sign Language” as a cultural expression and an instrument for education and equal opportunities”, as stated in the Portuguese Constitution (article 74º h), one becomes aware of the social demand and urgency in allowing this language to develop in both deaf and listening communities. A great deal of this work is carried out by reference schools for Bilingual Teaching for the deaf as well as Deaf People Associations who provide training and teaching on Portuguese Sign Language. In this paper we have tried to establish how deaf and listening teachers teach (PSL) and if there are great differences in teaching practices between deaf and listening teachers. The document is divided into two parts: One theoretical approach and practical research. The first is set in four chapters in which a comprehensive…

Research paper thumbnail of Elaboração e Avaliação de um Guia Prático para o ensino de LGP como Segunda Língua

Tese de doutoramento em Ciencias da Educacao, na especialidade de Supervisao Pedagogica e Formaca... more Tese de doutoramento em Ciencias da Educacao, na especialidade de Supervisao Pedagogica e Formacao de Formadores, apresentada a Faculdade de Psicologia e Ciencias da Educacao da Universidade de Coimbra

Research paper thumbnail of O Ensino da Língua Gestual Portuguesa como L2 no contexto bilingue das EREBAS

O presente artigo visa a reflexao sobre a importância do ensino da Lingua Gestual Portuguesa (LGP... more O presente artigo visa a reflexao sobre a importância do ensino da Lingua Gestual Portuguesa (LGP) como L2 no contexto Bilingue das Escolas de Referencia para o Ensino Bilingue de Alunos Surdos (EREBAS). Considerando a implementacao do modelo bilingue, decretada pela Lei 3/2008, procura-se refletir sobre a aprendizagem da LGP por parte dos ouvintes e, consequentemente, sobre o impacto pedagogico, linguistico e emocional que esta aprendizagem tera nos alunos surdos. Por ultimo, serao apresentados contributos pedagogicos para o ensino da Lingua Gestual Portuguesa como Segunda Lingua, evidenciando a importância da adocao de uma diferente abordagem para o ensino da LGP como L2.

Research paper thumbnail of Formação e desenvolvimento profissional dos docentes de língua gestual portuguesa (Grupo de recrutamento 360)

A Educacao de Surdos e um contexto especifico e complexo que requer praticas e processos especiai... more A Educacao de Surdos e um contexto especifico e complexo que requer praticas e processos especiais para que o educando possa alcancar um desenvolvimento integral. Neste contexto educativo tao exigente, a formacao inicial e continua de professores, nomeadamente os de Lingua Gestual Portuguesa, deve entender-se nao so como o meio de aquisicao de conhecimentos e competencias para agir no contexto educativo como tambem um meio para o desenvolvimento de dimensoes pessoais e culturais. Considerando a recente criacao do Grupo de Recrutamento 360 (Dec. – Lei 16/2018 de 7 de marco) pretendemos, atraves de uma reflexao critica decorrente do trabalho de Doutoramento (Freitas, 2017), debrucar-nos sobre a formacao inicial e a profissionalizacao destes professores. Alem de preparar estes profissionais para a adocao e implementacao de praticas adequadas, inovadoras e eficazes, nas aulas que virao a lecionar, devera tambem constituir-se como um momento de questionamento e como consolidacao identita...

Research paper thumbnail of A língua gestual e o ensino de surdos: uma reflexão sobre as práticas bilingues

O desenvolvimento cognitivo, linguístico, comunicacional, social e cultural das crianças surdas d... more O desenvolvimento cognitivo, linguístico, comunicacional, social e cultural das crianças surdas depende da aquisição precoce de uma língua, preferencialmente a Língua Gestual Portuguesa (LGP). Se estas crianças forem expostas a esta língua de modalidade visuo-gestual, desde cedo, a sua aquisição e o seu domínio ocorrerão de forma natural, o que facilitará todas as suas futuras aprendizagens. Contudo, a maioria das crianças surdas é filha de pais ouvintes, não tendo, por isso, acesso à LGP, o que as pode conduzir ao fraco rendimento escolar. Através de uma revisão crítica da literatura e das respostas atualmente implementadas em Portugal, pretendemos discutir a aquisição precoce da LGP e os papéis desempenhados pelos serviços de intervenção precoce, pela família e pelas Escolas de Referência para a Educação Bilingue (EREBAS), evidenciando o seu contexto específico e complexo que requer equipas e práticas especializadas e a necessidade de atuação junto das crianças surdas e das suas f...

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Formação e desenvolvimento profissional dos docentes de língua gestual portuguesa (Grupo de recrutamento 360), 2019

A Educação de Surdos é um contexto específico e complexo que requer práticas e processos especiai... more A Educação de Surdos é um contexto específico e complexo que requer práticas e processos especiais para que o educando possa alcançar um desenvolvimento integral. Neste contexto educativo tão exigente, a for-mação inicial e contínua de professores, nomeadamente os de Língua Gestual Portuguesa, deve entender-se não só como o meio de aquisição de conhecimentos e competências para agir no contexto educativo como também um meio para o desenvolvimento de dimensões pessoais e culturais. Considerando a recente criação do Grupo de Recrutamento 360 (Dec.-Lei 16/2018 de 7 de março) pretendemos, através de uma reflexão crítica decorrente do trabalho de Doutoramento (Freitas, 2017), debruçar-nos sobre a formação inicial e a profissionalização destes professores. Além de preparar estes profissionais para a adoção e implementação de práticas adequadas, inovadoras e eficazes, nas aulas que virão a lecionar, deverá também constituir-se como um momento de questionamento e como consolidação identitária de uma classe profissional e de uma comu-nidade linguística. Palavras-Chave: Língua Gestual Portuguesa, Formação de Professores, Supervisão Pedagógica, Grupo de Recrutamento 360.

Deaf Education is a specific and complex context that requires special practices and processes for the learner to achieve integral development. In this demanding educational context, the initial and continuous training of teachers, namely those of Portuguese Sign Language, should be understood not only as a means of acquiring knowledge and skills to act in the educational context, but also as a means for the development of dimensions. personal and cultural. Considering the recent creation of the Recruitment Group 360 (Dec.-Law 16/2018 of 7 March) we intend, through a critical reflection resulting from the PhD work (Freitas, 2017), to address the initial formation and professionalization of these teachers. In addition to preparing these professionals for the adoption and implementation of appropriate, innovative and effective practices, in the classes they will teach, it should also constitute a moment of questioning and as an identity consolidation of a professional class and a language community.

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Resumo: O presente artigo visa a reflexão sobre a importância do ensino da Língua Gestual Portugu... more Resumo: O presente artigo visa a reflexão sobre a importância do ensino da Língua Gestual Portuguesa (LGP) como L2 no contexto Bilingue das Escolas de Referência para o Ensino Bilingue de Alunos Surdos (EREBAS). Considerando a implementação do modelo bilingue, decretada pela Lei 3/2008, procura-se refletir sobre a aprendizagem da LGP por parte dos ouvintes e, consequentemente, sobre o impacto pedagógico, linguístico e emocional que esta aprendizagem terá nos alunos surdos. Por último, serão apresentados contributos pedagógicos para o ensino da Língua Gestual Portuguesa como Segunda Língua, evidenciando a importância da adoção de uma diferente abordagem para o ensino da LGP como L2.

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Dissertação de mestrado em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores, apresentada à Faculdad... more Dissertação de mestrado em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores, apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de CoimbraReconhecida desde 1997 pela Constituição Portuguesa, a Língua Gestual Portuguesa é a Língua Natural dos Surdos Portugueses. Tem estruturas e processos que o Português não possui (Amaral, Coutinho, Martins, (1994)), sendo, por isso, uma língua complexa, com uma gramática própria e única (Amaral, Coutinho, Martins, 1994, Baptista, 1999, 2005). É também uma língua rica, com uma estrutura sintáctica específica, auxiliada por expressões faciais e corporais particulares. Se considerarmos a existência de 150.000 surdos em Portugal e se nos basearmos no reconhecimento do dever de “proteger e valorizar a Língua Gestual Portuguesa enquanto expressão cultural e instrumento de acesso à educação e à igualdade de oportunidades” consagrada na Constituição Portuguesa [alínea h) do artigo 74º] verificamos uma exigência social e a premência em proporcionar o desenvolvimento desta Língua nas Comunidades Surda e Ouvinte. Parte significativa deste desenvolvimento deve-se, sem dúvida, às formações de LGP que são dadas nas Escolas de Referência para o Ensino Bilingue para os Alunos Surdos e também as que são dadas nas Associações de Surdos a pessoas Ouvintes. Assim, nesta dissertação procurámos aferir, junto de professores Surdos e Ouvintes, como leccionam estas formações, e se existem, de facto, diferenças substanciais na forma de ensinar entre os professores Ouvintes e Surdos. Compreende duas partes: uma, teórica; outra de trabalho empírico. A primeira desenvolve-se em quatro capítulos, nos quais é feita a revisão da literatura sobre as Línguas Gestuais, sobre Língua Gestual Portuguesa e sobre o Monitor/Formador de Língua Gestual Portuguesa. Na segunda parte, apresentamos um estudo descritivo onde se pretende compreender e explicar a situação actual dos docentes de LGP, sobretudo no que ao ensino de LGP como Língua Segunda diz respeito, mas sobretudo, evidenciar as diferenças e vii as complementaridades que tantos os professores Surdos como os Ouvintes possuem no exercício das suas funções (Carmo, Ferreira, 1998). Especificamente, pretendeu saber-se se o bilinguismo influencia o planeamento e a execução do processo de ensino-aprendizagem, assim como se os professores Surdos e Ouvintes têm formas significativamente distintas de leccionar LGP como L2. Para conseguirmos inferir algumas conclusões sobre as hipóteses colocadas, recorremos ao método da entrevista estruturada a uma amostra que envolveu 12 professores de Língua Gestual Portuguesa (6 Ouvintes e 6 Surdos), Licenciados pela Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) ou formados pelas Associações de Surdos. Quanto aos principais resultados encontrados, concluímos que, de facto, as metodologias são diferentes. Os professores Surdos, porque detêm o conhecimento explícito da LGP, apresentam uma maior variedade de estratégias para o ensino de Língua Gestual, contudo a preparação do seu processo de ensino aprendizagem deve ser melhorado, na medida em que deve tornar-se mais sólido e eficaz. Apesar disso demonstram que as suas práticas pedagógicas estão mais voltadas para o desenvolvimento comunicacional. Conclui-se também que os professores Ouvintes, porque ainda não são completamente proficientes em LGP e porque terminaram a sua formação inicial há muito menos tempo que os professores Surdos, planificam a sua execução pedagógica de forma mais cuidada e completa e, por isso, as suas estratégias voltam-se mais para a análise linguística.Acknowledged since 1997 by the Portuguese Constitution, Portuguese Sign language (PSL) is the natural language of the Portuguese deaf. It has its own structures and processes different from the Portuguese (Amaral, Coutinho, Martins, (1994) being, therefore, a complex language with its own and unique grammar. (Amaral, Coutinho, Martins, 1994, Baptista, 1999, 2005). It is also a rich language with a specific syntax aided by the use of specific facial and body expression. Considering that there are 150.000 deaf people in Portugal and if we acknowledge the duty to “protect and value Portuguese Sign Language” as a cultural expression and an instrument for education and equal opportunities”, as stated in the Portuguese Constitution (article 74º h), one becomes aware of the social demand and urgency in allowing this language to develop in both deaf and listening communities. A great deal of this work is carried out by reference schools for Bilingual Teaching for the deaf as well as Deaf People Associations who provide training and teaching on Portuguese Sign Language. In this paper we have tried to establish how deaf and listening teachers teach (PSL) and if there are great differences in teaching practices between deaf and listening teachers. The document is divided into two parts: One theoretical approach and practical research. The first is set in four chapters in which a comprehensive…

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Tese de doutoramento em Ciencias da Educacao, na especialidade de Supervisao Pedagogica e Formaca... more Tese de doutoramento em Ciencias da Educacao, na especialidade de Supervisao Pedagogica e Formacao de Formadores, apresentada a Faculdade de Psicologia e Ciencias da Educacao da Universidade de Coimbra

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O presente artigo visa a reflexao sobre a importância do ensino da Lingua Gestual Portuguesa (LGP... more O presente artigo visa a reflexao sobre a importância do ensino da Lingua Gestual Portuguesa (LGP) como L2 no contexto Bilingue das Escolas de Referencia para o Ensino Bilingue de Alunos Surdos (EREBAS). Considerando a implementacao do modelo bilingue, decretada pela Lei 3/2008, procura-se refletir sobre a aprendizagem da LGP por parte dos ouvintes e, consequentemente, sobre o impacto pedagogico, linguistico e emocional que esta aprendizagem tera nos alunos surdos. Por ultimo, serao apresentados contributos pedagogicos para o ensino da Lingua Gestual Portuguesa como Segunda Lingua, evidenciando a importância da adocao de uma diferente abordagem para o ensino da LGP como L2.

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A Educacao de Surdos e um contexto especifico e complexo que requer praticas e processos especiai... more A Educacao de Surdos e um contexto especifico e complexo que requer praticas e processos especiais para que o educando possa alcancar um desenvolvimento integral. Neste contexto educativo tao exigente, a formacao inicial e continua de professores, nomeadamente os de Lingua Gestual Portuguesa, deve entender-se nao so como o meio de aquisicao de conhecimentos e competencias para agir no contexto educativo como tambem um meio para o desenvolvimento de dimensoes pessoais e culturais. Considerando a recente criacao do Grupo de Recrutamento 360 (Dec. – Lei 16/2018 de 7 de marco) pretendemos, atraves de uma reflexao critica decorrente do trabalho de Doutoramento (Freitas, 2017), debrucar-nos sobre a formacao inicial e a profissionalizacao destes professores. Alem de preparar estes profissionais para a adocao e implementacao de praticas adequadas, inovadoras e eficazes, nas aulas que virao a lecionar, devera tambem constituir-se como um momento de questionamento e como consolidacao identita...

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O desenvolvimento cognitivo, linguístico, comunicacional, social e cultural das crianças surdas d... more O desenvolvimento cognitivo, linguístico, comunicacional, social e cultural das crianças surdas depende da aquisição precoce de uma língua, preferencialmente a Língua Gestual Portuguesa (LGP). Se estas crianças forem expostas a esta língua de modalidade visuo-gestual, desde cedo, a sua aquisição e o seu domínio ocorrerão de forma natural, o que facilitará todas as suas futuras aprendizagens. Contudo, a maioria das crianças surdas é filha de pais ouvintes, não tendo, por isso, acesso à LGP, o que as pode conduzir ao fraco rendimento escolar. Através de uma revisão crítica da literatura e das respostas atualmente implementadas em Portugal, pretendemos discutir a aquisição precoce da LGP e os papéis desempenhados pelos serviços de intervenção precoce, pela família e pelas Escolas de Referência para a Educação Bilingue (EREBAS), evidenciando o seu contexto específico e complexo que requer equipas e práticas especializadas e a necessidade de atuação junto das crianças surdas e das suas f...

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Formação e desenvolvimento profissional dos docentes de língua gestual portuguesa (Grupo de recrutamento 360), 2019

A Educação de Surdos é um contexto específico e complexo que requer práticas e processos especiai... more A Educação de Surdos é um contexto específico e complexo que requer práticas e processos especiais para que o educando possa alcançar um desenvolvimento integral. Neste contexto educativo tão exigente, a for-mação inicial e contínua de professores, nomeadamente os de Língua Gestual Portuguesa, deve entender-se não só como o meio de aquisição de conhecimentos e competências para agir no contexto educativo como também um meio para o desenvolvimento de dimensões pessoais e culturais. Considerando a recente criação do Grupo de Recrutamento 360 (Dec.-Lei 16/2018 de 7 de março) pretendemos, através de uma reflexão crítica decorrente do trabalho de Doutoramento (Freitas, 2017), debruçar-nos sobre a formação inicial e a profissionalização destes professores. Além de preparar estes profissionais para a adoção e implementação de práticas adequadas, inovadoras e eficazes, nas aulas que virão a lecionar, deverá também constituir-se como um momento de questionamento e como consolidação identitária de uma classe profissional e de uma comu-nidade linguística. Palavras-Chave: Língua Gestual Portuguesa, Formação de Professores, Supervisão Pedagógica, Grupo de Recrutamento 360.

Deaf Education is a specific and complex context that requires special practices and processes for the learner to achieve integral development. In this demanding educational context, the initial and continuous training of teachers, namely those of Portuguese Sign Language, should be understood not only as a means of acquiring knowledge and skills to act in the educational context, but also as a means for the development of dimensions. personal and cultural. Considering the recent creation of the Recruitment Group 360 (Dec.-Law 16/2018 of 7 March) we intend, through a critical reflection resulting from the PhD work (Freitas, 2017), to address the initial formation and professionalization of these teachers. In addition to preparing these professionals for the adoption and implementation of appropriate, innovative and effective practices, in the classes they will teach, it should also constitute a moment of questioning and as an identity consolidation of a professional class and a language community.

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Resumo: O presente artigo visa a reflexão sobre a importância do ensino da Língua Gestual Portugu... more Resumo: O presente artigo visa a reflexão sobre a importância do ensino da Língua Gestual Portuguesa (LGP) como L2 no contexto Bilingue das Escolas de Referência para o Ensino Bilingue de Alunos Surdos (EREBAS). Considerando a implementação do modelo bilingue, decretada pela Lei 3/2008, procura-se refletir sobre a aprendizagem da LGP por parte dos ouvintes e, consequentemente, sobre o impacto pedagógico, linguístico e emocional que esta aprendizagem terá nos alunos surdos. Por último, serão apresentados contributos pedagógicos para o ensino da Língua Gestual Portuguesa como Segunda Língua, evidenciando a importância da adoção de uma diferente abordagem para o ensino da LGP como L2.