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Papers by Luciana de Campos
Quando estamos na taberna Bebem todos sem lei. (Amatoria Potatoria. Lusori 177-fol. 88b) Resumo: ... more Quando estamos na taberna Bebem todos sem lei. (Amatoria Potatoria. Lusori 177-fol. 88b) Resumo: A taberna medieval foi apresentada na literatura-nas canções e poemas dos goliardos, nas Canções de Gesta e, também nos Fabliaux-como um espaço de prazer. Esse espaço voltado principalmente para o consumo de bebidas-cerveja, vinho e sidra-acompanhada por porções de comidas simples como pães, carnes salgadas e sopas, existiu não somente como lugar de prazer e lazer, mas também, foi um local seguro para o descanso de comerciantes, viajantes e peregrinos oferecendo pouso, comida, bebida e diversão. Analisando algumas canções da obra Amatoria potatoria Lusoria, (século XIII) selecionamos o trecho In Taberna que nos mostra o cotidiano de uma taberna medieval. Nosso intuito nesse artigo é analisar a taberna como espaço de prazer e descanso e sua representação na literatura medieval e sua reapropriação pela literatura contemporânea. Palavras-Chave: Taberna Medieval-Literatura Medieval-Vinho-Espaço de Prazer Goliardos-Cotidiano.
When the house is the castle: At home at the castle - Lifestyle at the Medieval Strongholds of Östergötland, AD 1200 ? 1530. Scandia Journal of Medieval Norse Studies, v. 02, p. 569-576, 2019.
Da suposta noiva que comia demais. Uma proposta de análise da Þrymskviða La mariée supposée qui a... more Da suposta noiva que comia demais. Uma proposta de análise da Þrymskviða La mariée supposée qui a mangé trop. Une proposition d'analyse de l'alimentation dans la þrymskviða Resumo: O poema éddico þrymskviða, A canção de þrym, é de autoria anônima e encontra-se somente no Codex Regius. Nesse poema é cantado o roubo do martelo do deus Thor pelos gigantes e o ardil criado por Loki para recuperá-lo. Existem muitos estudos já consagrados sobre esse poema no que diz respeito ao travestimento do deus Thor, que usa um vestido de noiva para enganar os gigantes e, assim ter de volta seu martelo. Em nossa análise nos atentaremos a um aspecto do poema que até o momento foi pouco estudado que é a questão da gula do deus que impressiona a todos os gigantes, tamanha a voracidade. Devidamente respaldados por uma bibliografia que se debruça sobre a história cultural da alimentação medieval trataremos da gula de Thor como um importante hábito da sociedade nórdica. Palavras-chave: Þrymskviða; Alimentação e gula; Bebida e comida na sociedade nórdica. Résumé: Le poème éddique, þrymskviða, La chanson de þrym est écrite de façon anonyme et est seulement dans le Codex Regius. Dans ce poème est chanté le vol Marteau de Thor par des géants et la ruse créé par Loki pour récupérer. Il existe de nombreuses études déjà établies sur ce poème en relation avec Le travestissement Thor, qui porte une robe de mariée pour tromper les géants et ainsi reprendre son marteau. Dans notre analyse, nous nous atentterons a un aspect du poème qui a été jusqu'ici peu étudié qui est la question de la gourmandise de Thor qui impressionne tous les géants, tels voracité. Dûment soutenu par une bibliographie qui se concentre sur l'histoire culturelle de la alimentation médiéval du le deiu Thor et la gloutonnerie comme une habitude important de la société nordique. Mots-clés: þrymskviða; Alimentation et gourmandise; boissons et de la nourriture dans la société nordique. 1 Doutoranda em Letras UFPB, membro do NEVE (Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos).
Resumo: Desde a Pré-Historia, tanto os alimentos quanto as bebidas tiveram uma profunda ligação c... more Resumo: Desde a Pré-Historia, tanto os alimentos quanto as bebidas tiveram uma profunda ligação com os rituais religiosos. Utilizadas como uma ponte para se alcançar outros mundos, para invocar os espíritos dos mortos, para comemorar e brindar as vitórias, pedir e, posteriormente agradecer as boas colheitas e a fertilidade constante da terra, das mulheres e dos animais concedidas pelos deuses, bem ser a fonte de inspiração para a criação artística, as bebidas alcoólicas sempre desempenharam um importante papel na esfera religiosa. Na Escandinávia Medieval o hidromel era fundamental em alguns rituais religiosos que envolviam vitórias bélicas e alianças político-militares e foi a bebida que inspirou a criação da poesia tornando-a assim, sagrada. Baseado em um corpus literário propomos uma análise de como essa bebida foi utilizada e como se dava o seu consumo ritualístico assim como as descrições de quem o servia e para quem. Palavras-Chaves: Bebidas sagradas; Rituais; Literatura Escandinava Medieval. The sacredness that comes from the cups: the use of drinks in myth and Norse Medieval Literature Abstract: From PreHistory , as much food as the drinks had a deep connection with religious rituals. Used as a bridge to reach other worlds, to invoke the spirits of the dead, to celebrate and toast the victories, ask and then thank the good harvests and the constant fertility of the land, women and animals granted by the gods as well be the source of inspiration for artistic creation, alcoholic beverages have always played an important role in the religious sphere. In Medieval Scandinavia mead it was critical in some religious rituals involving war victories and political-military alliances and was the drink that inspired the creation of poetry making it so sacred. Based on a literary corpus propose an analysis of how this drink was used and how was your ritualistic consumption as well as the descriptions of those who served and to whom.
O presente artigo tem como propósito analisar a alimentação – sejam os pratos descritos em banque... more O presente artigo tem como propósito analisar a alimentação – sejam os pratos descritos em banquetes senhoriais, estalagens ou simples refeições cotidianas – descritos nos dois primeiros volumes das Crônicas de Gelo e Fogo, de George R.R. Martin. A minuciosa descrição realizada pelo autor das refeições nos romances muitas vezes nos remetem às refeições servidas nos grandes salões Germanos Alto e Centro Medievais bem como as bebidas consumidas nesses locais. A análise da alimentação nos romances de Martin foi possível graças a comparação das descrições literárias com os manuais de cozinha medieval e também à arqueologia experimental.
Resumo: o poema éddico Rígsþula nos apresenta alguns elementos fundamentais acerca das práticas a... more Resumo: o poema éddico Rígsþula nos apresenta alguns elementos fundamentais acerca das práticas alimentares vikings, das mais simples às mais complexas, bem como determinadas formas de processamento, preparo e consumo dos alimentos bem como a maneira de apresentar os pratos a serem consumidos. Propor uma análise inicial da alimentação na Era Viking baseando-se em uma importante fonte da mitologia escandinava, a Rígsþula é a proposta para este artigo. Palvras-chave: Rígsþula-alimentação viking-cotidiano-mitologia nórdica. 1 www.nevevikings.tk
Resumo: O presente artigo analisa uma série de imagens sobre bebidas consumidas pelos vikings e r... more Resumo: O presente artigo analisa uma série de imagens sobre bebidas consumidas pelos vikings e realizadas em monumentos da Alta Idade Média, no cinema e nos quadrinhos. Procuramos analisar as imagens com relação aos significados de cada época, refletindo de forma comparada as fontes visuais enquanto produtoras de simbolismos e estereótipos, dentro dos conceitos da nova história cultural. Palavras-chave: Vikings; história e cinema; estereótipos visuais; Idade Média. Uma das representações icônicas mais famosas a respeito dos antigos povos germânicos é a sua propensão a festas com muitas bebidas. Tanto as artes plásticas, quanto a literatura, o cinema e as histórias em quadrinhos estão repletos de referências a anglo-saxões, vikings e outros germanos da Alta Idade Média em meio a festins em absoluta bebedeira. Mas até que ponto os estereótipos modernos estão corretos? Existiriam outros fatores envolvidos no cotidiano destas sociedades que favoreciam esta prática? As bebidas e o ato de beber continham os mesmos significados que hoje? Nossa intenção neste artigo é investigar a relação entre a bebida e seu contexto sócio-cultural-examinando as imagens artísticas contemporênas mais populares sobre o tema, contrastando-as com fontes primárias e permitindo conhecer com melhores detalhes a sociedade germânica alto medieval, além das resignificações sociais que os estereótipos icônicos adquirem durante a história. Nossos referenciais nos estudos de imagens são advindos tanto dos teóricos do imaginário social, ao pensarem as representações visuais enquanto expressões de modelos psicológicos e sócio-históricos, 1 como dos pesquisadores da nova história cultural, que refletem as fontes visuais enquanto produtos históricos de determinados agentes. 2 Concentramos nosso estudo em dois eixos imagéticos contemporâneos, sendo cada caso seguido de um panorama * Pós-Doutor em História Medieval pela USP. Professor de História Medieval na Universidade Federal do Maranhão e coordenador do NEVE, Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos. Membro da ABREM e grupo Brathair.
Quando estamos na taberna Bebem todos sem lei. (Amatoria Potatoria. Lusori 177-fol. 88b) Resumo: ... more Quando estamos na taberna Bebem todos sem lei. (Amatoria Potatoria. Lusori 177-fol. 88b) Resumo: A taberna medieval foi apresentada na literatura-nas canções e poemas dos goliardos, nas Canções de Gesta e, também nos Fabliaux-como um espaço de prazer. Esse espaço voltado principalmente para o consumo de bebidas-cerveja, vinho e sidra-acompanhada por porções de comidas simples como pães, carnes salgadas e sopas, existiu não somente como lugar de prazer e lazer, mas também, foi um local seguro para o descanso de comerciantes, viajantes e peregrinos oferecendo pouso, comida, bebida e diversão. Analisando algumas canções da obra Amatoria potatoria Lusoria, (século XIII) selecionamos o trecho In Taberna que nos mostra o cotidiano de uma taberna medieval. Nosso intuito nesse artigo é analisar a taberna como espaço de prazer e descanso e sua representação na literatura medieval e sua reapropriação pela literatura contemporânea. Palavras-Chave: Taberna Medieval-Literatura Medieval-Vinho-Espaço de Prazer Goliardos-Cotidiano.
When the house is the castle: At home at the castle - Lifestyle at the Medieval Strongholds of Östergötland, AD 1200 ? 1530. Scandia Journal of Medieval Norse Studies, v. 02, p. 569-576, 2019.
Da suposta noiva que comia demais. Uma proposta de análise da Þrymskviða La mariée supposée qui a... more Da suposta noiva que comia demais. Uma proposta de análise da Þrymskviða La mariée supposée qui a mangé trop. Une proposition d'analyse de l'alimentation dans la þrymskviða Resumo: O poema éddico þrymskviða, A canção de þrym, é de autoria anônima e encontra-se somente no Codex Regius. Nesse poema é cantado o roubo do martelo do deus Thor pelos gigantes e o ardil criado por Loki para recuperá-lo. Existem muitos estudos já consagrados sobre esse poema no que diz respeito ao travestimento do deus Thor, que usa um vestido de noiva para enganar os gigantes e, assim ter de volta seu martelo. Em nossa análise nos atentaremos a um aspecto do poema que até o momento foi pouco estudado que é a questão da gula do deus que impressiona a todos os gigantes, tamanha a voracidade. Devidamente respaldados por uma bibliografia que se debruça sobre a história cultural da alimentação medieval trataremos da gula de Thor como um importante hábito da sociedade nórdica. Palavras-chave: Þrymskviða; Alimentação e gula; Bebida e comida na sociedade nórdica. Résumé: Le poème éddique, þrymskviða, La chanson de þrym est écrite de façon anonyme et est seulement dans le Codex Regius. Dans ce poème est chanté le vol Marteau de Thor par des géants et la ruse créé par Loki pour récupérer. Il existe de nombreuses études déjà établies sur ce poème en relation avec Le travestissement Thor, qui porte une robe de mariée pour tromper les géants et ainsi reprendre son marteau. Dans notre analyse, nous nous atentterons a un aspect du poème qui a été jusqu'ici peu étudié qui est la question de la gourmandise de Thor qui impressionne tous les géants, tels voracité. Dûment soutenu par une bibliographie qui se concentre sur l'histoire culturelle de la alimentation médiéval du le deiu Thor et la gloutonnerie comme une habitude important de la société nordique. Mots-clés: þrymskviða; Alimentation et gourmandise; boissons et de la nourriture dans la société nordique. 1 Doutoranda em Letras UFPB, membro do NEVE (Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos).
Resumo: Desde a Pré-Historia, tanto os alimentos quanto as bebidas tiveram uma profunda ligação c... more Resumo: Desde a Pré-Historia, tanto os alimentos quanto as bebidas tiveram uma profunda ligação com os rituais religiosos. Utilizadas como uma ponte para se alcançar outros mundos, para invocar os espíritos dos mortos, para comemorar e brindar as vitórias, pedir e, posteriormente agradecer as boas colheitas e a fertilidade constante da terra, das mulheres e dos animais concedidas pelos deuses, bem ser a fonte de inspiração para a criação artística, as bebidas alcoólicas sempre desempenharam um importante papel na esfera religiosa. Na Escandinávia Medieval o hidromel era fundamental em alguns rituais religiosos que envolviam vitórias bélicas e alianças político-militares e foi a bebida que inspirou a criação da poesia tornando-a assim, sagrada. Baseado em um corpus literário propomos uma análise de como essa bebida foi utilizada e como se dava o seu consumo ritualístico assim como as descrições de quem o servia e para quem. Palavras-Chaves: Bebidas sagradas; Rituais; Literatura Escandinava Medieval. The sacredness that comes from the cups: the use of drinks in myth and Norse Medieval Literature Abstract: From PreHistory , as much food as the drinks had a deep connection with religious rituals. Used as a bridge to reach other worlds, to invoke the spirits of the dead, to celebrate and toast the victories, ask and then thank the good harvests and the constant fertility of the land, women and animals granted by the gods as well be the source of inspiration for artistic creation, alcoholic beverages have always played an important role in the religious sphere. In Medieval Scandinavia mead it was critical in some religious rituals involving war victories and political-military alliances and was the drink that inspired the creation of poetry making it so sacred. Based on a literary corpus propose an analysis of how this drink was used and how was your ritualistic consumption as well as the descriptions of those who served and to whom.
O presente artigo tem como propósito analisar a alimentação – sejam os pratos descritos em banque... more O presente artigo tem como propósito analisar a alimentação – sejam os pratos descritos em banquetes senhoriais, estalagens ou simples refeições cotidianas – descritos nos dois primeiros volumes das Crônicas de Gelo e Fogo, de George R.R. Martin. A minuciosa descrição realizada pelo autor das refeições nos romances muitas vezes nos remetem às refeições servidas nos grandes salões Germanos Alto e Centro Medievais bem como as bebidas consumidas nesses locais. A análise da alimentação nos romances de Martin foi possível graças a comparação das descrições literárias com os manuais de cozinha medieval e também à arqueologia experimental.
Resumo: o poema éddico Rígsþula nos apresenta alguns elementos fundamentais acerca das práticas a... more Resumo: o poema éddico Rígsþula nos apresenta alguns elementos fundamentais acerca das práticas alimentares vikings, das mais simples às mais complexas, bem como determinadas formas de processamento, preparo e consumo dos alimentos bem como a maneira de apresentar os pratos a serem consumidos. Propor uma análise inicial da alimentação na Era Viking baseando-se em uma importante fonte da mitologia escandinava, a Rígsþula é a proposta para este artigo. Palvras-chave: Rígsþula-alimentação viking-cotidiano-mitologia nórdica. 1 www.nevevikings.tk
Resumo: O presente artigo analisa uma série de imagens sobre bebidas consumidas pelos vikings e r... more Resumo: O presente artigo analisa uma série de imagens sobre bebidas consumidas pelos vikings e realizadas em monumentos da Alta Idade Média, no cinema e nos quadrinhos. Procuramos analisar as imagens com relação aos significados de cada época, refletindo de forma comparada as fontes visuais enquanto produtoras de simbolismos e estereótipos, dentro dos conceitos da nova história cultural. Palavras-chave: Vikings; história e cinema; estereótipos visuais; Idade Média. Uma das representações icônicas mais famosas a respeito dos antigos povos germânicos é a sua propensão a festas com muitas bebidas. Tanto as artes plásticas, quanto a literatura, o cinema e as histórias em quadrinhos estão repletos de referências a anglo-saxões, vikings e outros germanos da Alta Idade Média em meio a festins em absoluta bebedeira. Mas até que ponto os estereótipos modernos estão corretos? Existiriam outros fatores envolvidos no cotidiano destas sociedades que favoreciam esta prática? As bebidas e o ato de beber continham os mesmos significados que hoje? Nossa intenção neste artigo é investigar a relação entre a bebida e seu contexto sócio-cultural-examinando as imagens artísticas contemporênas mais populares sobre o tema, contrastando-as com fontes primárias e permitindo conhecer com melhores detalhes a sociedade germânica alto medieval, além das resignificações sociais que os estereótipos icônicos adquirem durante a história. Nossos referenciais nos estudos de imagens são advindos tanto dos teóricos do imaginário social, ao pensarem as representações visuais enquanto expressões de modelos psicológicos e sócio-históricos, 1 como dos pesquisadores da nova história cultural, que refletem as fontes visuais enquanto produtos históricos de determinados agentes. 2 Concentramos nosso estudo em dois eixos imagéticos contemporâneos, sendo cada caso seguido de um panorama * Pós-Doutor em História Medieval pela USP. Professor de História Medieval na Universidade Federal do Maranhão e coordenador do NEVE, Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos. Membro da ABREM e grupo Brathair.