Márcio Luiz Quaranta Gonçalves - Academia.edu (original) (raw)

Papers by Márcio Luiz Quaranta Gonçalves

Research paper thumbnail of Educação ambiental ou educação para o desenvolvimento sustentável: alternativas para uma crise de civilização

O modelo predominante de sociedade, resultante de uma interacao desequilibrada entre o ser humano... more O modelo predominante de sociedade, resultante de uma interacao desequilibrada entre o ser humano e o seu meio ambiente, arruina progressivamente o planeta Terra e leva a humanidade a uma crise sem precedentes. Duas alternativas educativas surgem para enfrentar tal situacao: a educacao ambiental, que intenta religar o ser humano ao seu meio ambiente, desconstruir relacoes de exploracao e dominacao, praticar a justica ambiental e social; a educacao para o desenvolvimento sustentavel, que procura manter, em formas atenuadas, o atual modelo de consumo e o dominio do Homem sobre a Natureza e sobre os seus semelhantes.

Research paper thumbnail of A Relação Entre O Homem Eo Animal Silvestre Como Uma Questão De Educação Ambiental

amigosdanatureza.org.br

... do progresso econômico, levou a humanidade ea Terra a uma crise (SHELDRAKE, Página - (a defin... more ... do progresso econômico, levou a humanidade ea Terra a uma crise (SHELDRAKE, Página - (a definir conforme a organização do periódico) Page 7. ... internacional o valor de US$ 2000 (papagaio-verdadeiro), US$ 4500 (papagaio de cara roxa) ou US$ 10000 (arara-canindé). ...

Research paper thumbnail of Educação Ambiental e Fenomenologia: A Contribuição Da Excursão Para as Percepções De Meio Ambiente Em Estudantes De Ensino …

... portuguesa. Alugou-se um ônibus e houve acompanhamento de monitores do Instituto Florestal (e... more ... portuguesa. Alugou-se um ônibus e houve acompanhamento de monitores do Instituto Florestal (estudantes universitários de turismo). As vivências citadas nos itens 8 e 9 serão abordadas com detalhes nesta dissertação, pelos ...

Research paper thumbnail of O ponto de vista sistêmico: a antiga physis grega ressurge nos sistemas ambientais

Desde os seus primordios, a humanidade interagiu com a Natureza, seu ambiente original, primeiram... more Desde os seus primordios, a humanidade interagiu com a Natureza, seu ambiente original, primeiramente para conhecer os seus recursos e sobreviver, depois para extrair materiais utilizados em atividades artisticas, sociais e economicas, ou seja, para criar uma cultura. A partir do momento em que passou a tentar explicar a natureza pela razao, nao por mitos e religioes, o ser humano criou a Ciencia. Esta, de uma visao integrada da natureza na Grecia Antiga, passou no Renascimento a um modelo mecanicista e reducionista, inspirado pelo relogio mecânico e criador de um universo mecânico. Este modelo de Ciencia exauriu-se por suas proprias limitacoes. A teoria dos sistemas, a termodinâmica do nao-equilibrio e o pensamento complexo abrem perspectivas para uma nova forma, nao so de Ciencia, mas tambem de o ser humano se reencontrar com a Natureza, da qual nunca deixou de fazer parte, e com a sua propria natureza interior.

Research paper thumbnail of Gaia: alerta final

Research paper thumbnail of Crise Entre Religião e Ciência Em "Um Cântico Para Leibowitz

O texto aborda as relacoes entre a religiao e a ciencia na obra de ficcao cientifica apocaliptica... more O texto aborda as relacoes entre a religiao e a ciencia na obra de ficcao cientifica apocaliptica ‘Um cântico para Leibowitz’ de Walter M. Miller Jr. Em um mundo arrasado por uma guerra nuclear, os monges da Ordem Albertiana de Leibowitz, da Igreja Catolica Romana, preservam um conjunto de livros e outros documentos da civilizacao destruida, a “Memorabilia”. Em um tempo ciclico, a historia se repete: a humanidade retoma o progresso cientifico, as relacoes entre a Igreja e o poder temporal se deterioram, diferentes blocos politicos digladiam-se e nova guerra nuclear ocorre. Uma espaconave da Igreja Catolica Romana parte, com religiosos, cientistas e criancas, para um planeta em outro sistema solar, para tentar preservar a cultura humana e reiniciar a historia, com pessoas mais responsaveis e eticas.

Research paper thumbnail of A CRIAÇÃO: COMO SALVAR A VIDA NA TERRA, Edward Osborne Wilson. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 192p

Os termos sociobiologia, consiliencia, biofilia e biodiversidade ligam-se ao nome de Edward Wilso... more Os termos sociobiologia, consiliencia, biofilia e biodiversidade ligam-se ao nome de Edward Wilson, naturalista polemico, adepto de uma base genetica do comportamento humano, organizador do livro “Biodiversidade”, autor de “A Natureza Humana”, “Consiliencia”, “Naturalista”, “O futuro da vida: um estudo da biosfera para a protecao de todas as especies, inclusive a humana” e “A criacao: como salvar a vida na Terra”, sua ultima obra publicada no Brasil. Criado como menino batista no sul dos Estados Unidos, hoje ateu, o cientista desvela-se como pessoa capaz de amar a natureza e a sua diversidade, preocupada com o desaparecimento de especies e de ecossistemas. Na obra, Wilson cita varios argumentos cientificos, em uma carta redigida para um pastor evangelico, para convence-lo de que as duas maiores forcas da humanidade, Ciencia e Fe, precisam unir-se imediatamente para salvar a “Criacao”, a biodiversidade da vida na Terra, ou o planeta se tornara um lar vazio para o Homem, com a maioria...

Research paper thumbnail of CAMPBELL, Joseph. Deusas: os mistérios do divino feminino

Research paper thumbnail of Resenha do livro "Deusas: os mistérios do divino feminino"

Quaranta Gonçalves, Márcio Luiz, 2017

Joseph Campbell parte das possíveis origens de uma deusa ligada à terra no Paleolítico e chega ao... more Joseph Campbell parte das possíveis origens de uma deusa ligada à terra no Paleolítico e chega aos dias de hoje, em que a principal figura feminina do Cristianismo incorporou características de diversas deusas pagãs.

Research paper thumbnail of Resenha do livro "La mirada interior: escritoras místicas y visionarias en la Edad Media"

Resenha do livro "La mirada interior" de Victoria Cirlot e Blanca Garí.

Research paper thumbnail of Resenha do livro "Gaia: alerta final"

Ano de 1965: a tentativa de inferir a possível existência de vida em outros corpos do sistema sol... more Ano de 1965: a tentativa de inferir a possível existência de vida em outros corpos do sistema solar inspira James Lovelock, cientista inglês a serviço do Laboratório de Propulsão a Jato (Estados Unidos, Califórnia), a perceber que planetas mortos possuem atmosferas com gases em estado de equilíbrio (onde predomina o CO 2 ); destoa dos mesmos a Terra, com sua invulgar mistura de 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e frações de metano e gás carbônico. O pesquisador intuiu que a atmosfera em aparente desequilíbrio da Terra resultaria da ação dos seres vivos para mantê-la nas condições mais adequadas à sua sobrevivência. Brotava a Hipótese de Gaia. Tida como fantasiosa, "New Age", nos anos 70 e 80, a ideia de Gaia sofreu violenta oposição por cientistas da terra e da vida (em especial os neodarwinistas); entretanto contou com o apoio da bióloga norte-americana Lynn Margulis, que a enriqueceu com seus estudos sobre a evolução dos micro-organismos.

Research paper thumbnail of Resenha do livro: A CRIAÇÃO: COMO SALVAR A VIDA NA TERRA, Edward Osborne Wilson. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 192p

Os termos sociobiologia, consiliência, biofilia e biodiversidade ligam-se ao nome de Edward Wilso... more Os termos sociobiologia, consiliência, biofilia e biodiversidade ligam-se ao nome de Edward Wilson, naturalista polêmico, adepto de uma base genética do comportamento humano, organizador do livro "Biodiversidade", autor de "A Natureza Humana", "Consiliência", "Naturalista", "O futuro da vida: um estudo da biosfera para a proteção de todas as espécies, inclusive a humana" e "A criação: como salvar a vida na Terra", sua última obra publicada no Brasil. Criado como menino batista no sul dos Estados Unidos, hoje ateu, o cientista desvela-se como pessoa capaz de amar a natureza e a sua diversidade, preocupada com o desaparecimento de espécies e de ecossistemas.

Research paper thumbnail of Resenha do livro "Ramos", de Michel Serres.

Caro leitor, cara leitora: convido-os a mais uma viagem, a uma nova errância na companhia do terc... more Caro leitor, cara leitora: convido-os a mais uma viagem, a uma nova errância na companhia do terceiro instruído de Agen, cujo último livro publicado no Brasil apresentolhes.

Research paper thumbnail of BEDE GRIFFITHS: SUA PARTICIPAÇÃO NO DIÁLOGO RELIGIOSO ENTRE ORIENTE E OCIDENTE

Alain Richard Griffiths (1906Griffiths ( -1993 nasceu na Inglaterra, foi batizado e educado como ... more Alain Richard Griffiths (1906Griffiths ( -1993 nasceu na Inglaterra, foi batizado e educado como anglicano. Quando aluno de escola, em virtude de seu amor pela natureza e pela poesia, passou por uma experiência mística ao ouvir o canto de pássaros em um pôr-do-sol. Formou-se em jornalismo e teve como um de seus professores o intelectual C. S. Lewis, que muito o influenciou esse tornou seu amigo. Jovem, insatisfeito com o modo de vida ocidental, para ele extremamente material, consciente e racional, afastou-se da religião e da sociedade em que vivia; porém, continuava a encantar-se com a poesia e a natureza. A fase de ateísmo passou após novas experiências e a leitura da Bíblia. Superados os preconceitos anticatólicos de sua educação, converteu-se ao catolicismo romano, adotou o nome de Dom Bede Griffiths OSB (ordem beneditina) e viveu cerca de vinte anos em abadias na Inglaterra e Escócia (GRIFFITHS, 1992). A ÌNDIA Todavia, novo período de mudanças sobreviria na vida de Griffiths (1992, 2000, 2011): ao buscar novas descobertas sobre Deus, Cristo e a Igreja, ele deparou-se com o Vedanta indiano e percebeu como era significativo para a tradição da Igreja. Por tal motivo, além de ansiar por um novo modo de vida, diverso do ocidental, e querer descobrir o lado intuitivo de sua alma, decidiu dirigir-se à Índia e penetrar nos segredos de sua sabedoria, integrar o racional com o intuitivo, casar o Ocidente com o Oriente em sua própria vida. Lá aportou em 1955, adotou o nome devocional sânscrito Dhayananda (bem-aventurança da compaixão) e viveu em ashrans cristãos; ajudou a implantar o Kristaya Sanyasa Samaj, Montanha da Cruz, em Kurisumala (1958-1968), Kerala, depois se mudou para Shantivanam (Floresta da Paz), em Tamil Nadu, sul da Índia (fundado pelos padres franceses Monchanim e Le Saux, que procuraram integrar a tradição espiritual da Índia em sua vida como cristãos), onde faleceu em 1993.

Research paper thumbnail of UM PERCURSO EDUCATIVO PELA PERCEPÇÃO AMBIENTAL NA TRILHA DA FENOMENOLOGIA DE MERLEAU-PONTY

Resumo O contato com a natureza, mesmo se já alterada pelo Homem, permite a crianças e adolescent... more Resumo O contato com a natureza, mesmo se já alterada pelo Homem, permite a crianças e adolescentes a possibilidade de descobrirem a beleza latente de seu mundo e adquirir valores que praticarão durante sua vida, para preservar o seu lar planetário e com ele conviver plenamente e de uma forma equilibrada. Para tanto, exige-se do educador a postura de romper com a mesmice e tomar a iniciativa, em seu trabalho pedagógico, de promover excursões a parques e museus, como fez o autor deste artigo com os alunos de uma escola pública de ensino médio da cidade de São Paulo, de 1999 até 2002, com embasamento teórico na fenomenologia de Merleau-Ponty, que valoriza o papel mediador do corpo nas percepções sobre o meio ambiente. As palavras escritas e faladas pelos adolescentes nas excursões, as emoções por eles vividas, seus sentimentos desabrochados, as memórias resgatadas em suas entrevistas, com o auxílio de fotos, foram submetidas a uma análise de prosa. Como resultado da pesquisa, verificou-se que os estudantes foram capazes de chegar a essências sobre a natureza e a vida, similares às intuídas por diversos pesquisadores e pensadores situados entre os inovadores da Ciência e da Filosofia, e de posicionar-se de modo crítico sobre a intervenção humana no meio ambiente, o que caracteriza uma transcendência da percepção para a educação ambiental. Abstract The contact with the nature, even if already modified for the Man, allows to the children and adolescents the possibility to discover the latent beauty of its world and to acquire values that will practice during its life, to preserve its planetary home and with it to coexist fully and of a balanced form. For in such a way, the position is demanded of the educator to breach with the monotony and to take the initiative, in its pedagogical work, to promote excursions the parks and museums, as it made the author of this article with the pupils of a public high school of the city of São Paulo, of 1999 up to 2002, with theoretical basement in the Merleau-Ponty's phenomenology, that values the mediating paper of the body in the perceptions on the environment. The words written and said for the adolescents in the excursions, the emotions for lived them, its unclasped feelings, the memories rescued in its interviews, with the aid of photos, had been submitted to a content analysis. As result of the research, it was verified that the students had been capable to arrive the essences, on the nature and the life, similes to intuited for diverse researchers and thinkers situated between the innovators of Science and the Philosophy, and to locate themselves in critical way on the human intervention in the environment, a result what characterizes a transcendence of the environmental perception for the environmental education.

Research paper thumbnail of O PERCOLAR DO FLUXO DE BAUMAN: A MODERNIDADE LÍQUIDA E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Na época pré-moderna, o mundo era uma obra divina e vigorava a tradição. A partir da colocação do... more Na época pré-moderna, o mundo era uma obra divina e vigorava a tradição. A partir da colocação do Homem no centro do universo, passou a haver o predomínio da razão e uma ordem artificial, baseada apenas no conhecimento humano. Os seres humanos não sabiam quais eram seus verdadeiros interesses: deveriam ser treinados, educados para os comportamentos apropriados. Adquirir uma identidade era uma tarefa ligada ao modelo de sociedade vigente. Essas foram as características do período da modernidade. Mas

Research paper thumbnail of Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros e Floresta Nacional de Ipanema: uma parceria necessária em Educação Ambiental e para a Conservação da Biodiversidade na região de Sorocaba

A crise ecológica, manifestada no desmatamento e desertificação, na depleção da camada de ozônio,... more A crise ecológica, manifestada no desmatamento e desertificação, na depleção da camada de ozônio, nas mudanças climáticas pelo incremento do efeito estufa e outras alterações da biosfera, não se dissocia da crise espiritual do ser humano; este, movido por interesses imediatos, abandona valores éticos e intrínsecos em favor dos materiais, de mercado; tudo se torna mercadoria, inclusive a biodiversidade. O tráfico de animais silvestres, terceiro maior mercado negro do mundo, comumente se associa ao de drogas ou a interesses políticos. A principal vítima da crise: a biodiversidade, pela destruição de ecossistemas, extinção de espécies biológicas e erosão de sua variedade genética. Em nome da razão e do progresso econômico ilimitado, dilapidam-se recursos extraídos do mundo vivo. Um dos ecossistemas mais afetados são as florestas tropicais, nas quais se encontra aproximadamente metade das espécies terrestres. No Brasil, o país campeão da biodiversidade, a Mata Atlântica ocupa hoje menos de 10% de sua área original; o cerrado também se reduziu muito; incontáveis espécies se extinguiram sem ao menos terem se tornado conhecidas, numa insensata ação humana. Na região de Sorocaba, restam fragmentos de Mata Atlântica dentro do Parque Zoológico Quinzinho de Barros e no Morro do Araçoiaba, Floresta Nacional de Ipanema (ICMbio); esta também abriga pequenas manchas de cerrado. Conforme a legislação ambiental federal, Zoológicos e Unidades de Conservação possuem papel imprescindível na conservação da natureza e de sua biodiversidade, através de programas de pesquisa e pela prática de atividades de educação ambiental; às Unidades de Conservação cabe a proteção e o manejo integrados de seus ecossistemas, de suas espécies nativas e do patrimônio genético; aos zoológicos, cabe conservar trechos de flora nativa, com sua fauna remanescente, localizados dentro de sua área. O Quinzinho realiza há décadas um programa pioneiro e bem-sucedido de educação ambiental; uma parceria com a Floresta Nacional de Ipanema contribuiria para aperfeiçoar tal trabalho junto à população de Sorocaba e região. Um processo educativo, iniciado pelo museu do zoológico e com os espécimes de seu plantel, continuado pela observação de espécies nativas da região em seus ambientes naturais, dentro da FLONA de Ipanema, promoveria a oportunidade de despertar a biofilia, tendência do ser humano ligar-se emocionalmente aos animais, em especial se colocado em contato com eles desde sua infância, e preveniria preconceitos sobre os animais silvestres considerados assustadores ou perigosos. A cooperação se estenderia aos programas de pesquisa para a conservação de espécies nativas e à sua reintrodução no ambiente natural, assim como à troca de informações e experiências entre técnicos das duas instituições. Esse trabalho integrado, em uma escala regional, contribuiria para diminuir o analfabetismo afetivo humano, a exploração insensata de ecossistemas e a extinção de espécies nativas.

Research paper thumbnail of ALGUNS IMPACTOS SOBRE A FAUNA SILVESTRE NA FLONA DE IPANEMA E AS MEDIDAS SUGERIDAS PARA A SUA MITIGAÇÃO

A Floresta Nacional de Ipanema ocupa uma área de 5.069,73 hectares (mais de dois mil em setores d... more A Floresta Nacional de Ipanema ocupa uma área de 5.069,73 hectares (mais de dois mil em setores de proteção permanente), abrange parte dos municípios de Iperó, Araçoiaba da Serra e Capela do Alto, e contém um mosaico vegetacional com destaque para a floresta estacional semidecidual (Mata Atlântica), que cobre a maior parte do morro do Araçoiaba, fragmentos de Cerrado e Banhados. Sua fauna silvestre de vertebrados, que no início do século XIX contava pelo menos com 343 espécies de aves e 70 de mamíferos (segundo Natterer), compreende hoje 235 espécies de aves, 52 de mamíferos, 18 de répteis, 15 de anfíbios e 42 de peixes, cerca de 23,2% das espécies de vertebrados do estado de São Paulo, entre as quais vinte e uma constam na lista estadual da fauna presumivelmente ameaçada ou ameaçada de extinção (exemplos: a urutu, o urubu rei, o caboclinho frade, o pavó, a jaguatirica, a suçuarana, o lobo guará, o tamanduá bandeira). A história do local registra uma sequência de impactos ambientais, promovidos por atividades de mineração e siderurgia, e incêndios florestais, que reduziram sua cobertura vegetal, tendência atualmente revertida; na unidade de conservação e em seu entorno ocorrem atropelamentos de animais (serpentes, teiú, quati, tatus, irara, veado catingueiro) e a caça predatória; pássaros e colibris chocam-se com os vidros do prédio da administração; a população do entorno abandona, dentro da FLONA, gatos e cães domésticos que podem predar filhotes de veado e outras espécies de pequeno porte, transmitir doenças aos animais silvestres e destes adquiri-las; o caramujo gigante africano, espécie exótica invasora, prolifera nas vilas do entorno; cavalos e gado bovino de sítios vizinhos e do assentamento do MST costumam invadir a unidade de conservação e contaminá-la com carrapatos, que infestam pessoas, e sementes de plantas exóticas; o território ocupado pelo cachorro do mato encolheu com a passagem do gasoduto Bolívia-Brasil. Várias medidas podem contribuir para minimizar esses impactos: elaborar e colocar em prática regras para os moradores da vila São João de Ipanema manterem animais domésticos, e estabelecer punições a quem não as obedecer; aplicar um projeto de educação ambiental para prevenir a soltura de cães e gatos dentro da FLONA; colocar figuras de predadores de aves pequenas (por exemplo, gaviões) nas vidraças do prédio da administração; dificultar, com o emprego de lombadas e/ou valetas, o tráfego de veículos em alta velocidade pela estrada de terra que cruza a FLONA; fiscalizar constantemente os aceiros e demais vias internas da unidade de conservação; controlar as espécies vegetais invasoras; promover pesquisas sobre a diversidade da fauna silvestre de Ipanema (em parceria com outras instituições) e propor diversas estratégias para

Research paper thumbnail of ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES DAS OBRAS DE MICHEL SERRES PARA UMA CIÊNCIA CONSCIENTE

Um provinciano que viaja a várias partes do mundo, mas não olvida a terra natal; um pensador preo... more Um provinciano que viaja a várias partes do mundo, mas não olvida a terra natal; um pensador preocupado com a emergência de um homem que integre o saber científico com a cultura, o tradicional com o hodierno: Michel Serres, cujas obras descrevem, por rodeios, o mundo real ordenado pelo Homem, cuja violência perpetra uma barbárie à qual amor e beleza resistem, onde arlequim alcança a condição de polivalente do saber.

Research paper thumbnail of A COMPLEXIDADE DO MEIO AMBIENTE REQUER UMA CIÊNCIA CONSCIENTE E TRANSDISCIPLINAR

Rios poluídos a exalar odores fortes; lixo espalhado por ruas e calçadas; bolsões de miséria ao l... more Rios poluídos a exalar odores fortes; lixo espalhado por ruas e calçadas; bolsões de miséria ao lado de templos do consumismo irrestrito; desmatamento da Amazônia; depleção da camada de ozônio; aquecimento global... Em âmbito local ou planetário, danos causados pela ação do ser humano sobre o meio ambiente, a prejudicar outros seres vivos e a sua própria espécie, vias para criar um mundo inabitável, com base em uma ciência e uma cultura onde não há o sentimento ou a preocupação de preservar um meio ambiente propício à vida. Ambiente, pela origem etimológica da palavra, significa tudo o que está em volta, que envolve um determinado ponto ou ser, uma entidade real a interagir com um ser ou o conjunto de seres por ela envolvidos, situados em seu meio. Para Coimbra (2002), o meio ambiente, inseparável das pessoas, tudo o que está à sua volta, não deve ser confundido com natureza, ecossistema ou habitat; este é o local onde uma espécie viva cumpre as funções biológicas necessárias à sua sobrevivência; no ecossistema agem, em estreita, dinâmica e mutável relação, fatores bióticos como os produtores (fotossintetizantes), os consumidores (animais) e os decompositores (fungos e bactérias), e abióticos como o calor, a umidade, o vento, os sais minerais no solo, a luz, etc. Meio Ambiente consagrou-se como a forma de designar uma grande realidade que a todos envolve, a partir dos elementos naturais e das ações antrópicas; conjunto de fatores, processos e realidades complexos, onde imergem indivíduos e comunidades, ele rodeia de forma permanente todos os seres vivos e não-vivos que o compõe, em especial o ser humano. Não há meio ambiente sem a presença de vida, sem os seus elementos se ordenarem para a vida. O meio ambiente engloba aspectos históricos, culturais, sociais, econômicos, tecnológicos e políticos, a interação dos humanos com outros seres vivos, de sua espécie ou não, e com fatores abióticos, em sistemas naturais ou nos elaborados pela cultura, onde a espécie humana cambia intencionalmente a natureza para organizar seu espaço e sua convivência; integram-no ainda os monumentos naturais, históricos e artísticos, as áreas protegidas, a memória humana e o espírito dos lugares.

Research paper thumbnail of Educação ambiental ou educação para o desenvolvimento sustentável: alternativas para uma crise de civilização

O modelo predominante de sociedade, resultante de uma interacao desequilibrada entre o ser humano... more O modelo predominante de sociedade, resultante de uma interacao desequilibrada entre o ser humano e o seu meio ambiente, arruina progressivamente o planeta Terra e leva a humanidade a uma crise sem precedentes. Duas alternativas educativas surgem para enfrentar tal situacao: a educacao ambiental, que intenta religar o ser humano ao seu meio ambiente, desconstruir relacoes de exploracao e dominacao, praticar a justica ambiental e social; a educacao para o desenvolvimento sustentavel, que procura manter, em formas atenuadas, o atual modelo de consumo e o dominio do Homem sobre a Natureza e sobre os seus semelhantes.

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... do progresso econômico, levou a humanidade ea Terra a uma crise (SHELDRAKE, Página - (a defin... more ... do progresso econômico, levou a humanidade ea Terra a uma crise (SHELDRAKE, Página - (a definir conforme a organização do periódico) Page 7. ... internacional o valor de US$ 2000 (papagaio-verdadeiro), US$ 4500 (papagaio de cara roxa) ou US$ 10000 (arara-canindé). ...

Research paper thumbnail of Educação Ambiental e Fenomenologia: A Contribuição Da Excursão Para as Percepções De Meio Ambiente Em Estudantes De Ensino …

... portuguesa. Alugou-se um ônibus e houve acompanhamento de monitores do Instituto Florestal (e... more ... portuguesa. Alugou-se um ônibus e houve acompanhamento de monitores do Instituto Florestal (estudantes universitários de turismo). As vivências citadas nos itens 8 e 9 serão abordadas com detalhes nesta dissertação, pelos ...

Research paper thumbnail of O ponto de vista sistêmico: a antiga physis grega ressurge nos sistemas ambientais

Desde os seus primordios, a humanidade interagiu com a Natureza, seu ambiente original, primeiram... more Desde os seus primordios, a humanidade interagiu com a Natureza, seu ambiente original, primeiramente para conhecer os seus recursos e sobreviver, depois para extrair materiais utilizados em atividades artisticas, sociais e economicas, ou seja, para criar uma cultura. A partir do momento em que passou a tentar explicar a natureza pela razao, nao por mitos e religioes, o ser humano criou a Ciencia. Esta, de uma visao integrada da natureza na Grecia Antiga, passou no Renascimento a um modelo mecanicista e reducionista, inspirado pelo relogio mecânico e criador de um universo mecânico. Este modelo de Ciencia exauriu-se por suas proprias limitacoes. A teoria dos sistemas, a termodinâmica do nao-equilibrio e o pensamento complexo abrem perspectivas para uma nova forma, nao so de Ciencia, mas tambem de o ser humano se reencontrar com a Natureza, da qual nunca deixou de fazer parte, e com a sua propria natureza interior.

Research paper thumbnail of Gaia: alerta final

Research paper thumbnail of Crise Entre Religião e Ciência Em "Um Cântico Para Leibowitz

O texto aborda as relacoes entre a religiao e a ciencia na obra de ficcao cientifica apocaliptica... more O texto aborda as relacoes entre a religiao e a ciencia na obra de ficcao cientifica apocaliptica ‘Um cântico para Leibowitz’ de Walter M. Miller Jr. Em um mundo arrasado por uma guerra nuclear, os monges da Ordem Albertiana de Leibowitz, da Igreja Catolica Romana, preservam um conjunto de livros e outros documentos da civilizacao destruida, a “Memorabilia”. Em um tempo ciclico, a historia se repete: a humanidade retoma o progresso cientifico, as relacoes entre a Igreja e o poder temporal se deterioram, diferentes blocos politicos digladiam-se e nova guerra nuclear ocorre. Uma espaconave da Igreja Catolica Romana parte, com religiosos, cientistas e criancas, para um planeta em outro sistema solar, para tentar preservar a cultura humana e reiniciar a historia, com pessoas mais responsaveis e eticas.

Research paper thumbnail of A CRIAÇÃO: COMO SALVAR A VIDA NA TERRA, Edward Osborne Wilson. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 192p

Os termos sociobiologia, consiliencia, biofilia e biodiversidade ligam-se ao nome de Edward Wilso... more Os termos sociobiologia, consiliencia, biofilia e biodiversidade ligam-se ao nome de Edward Wilson, naturalista polemico, adepto de uma base genetica do comportamento humano, organizador do livro “Biodiversidade”, autor de “A Natureza Humana”, “Consiliencia”, “Naturalista”, “O futuro da vida: um estudo da biosfera para a protecao de todas as especies, inclusive a humana” e “A criacao: como salvar a vida na Terra”, sua ultima obra publicada no Brasil. Criado como menino batista no sul dos Estados Unidos, hoje ateu, o cientista desvela-se como pessoa capaz de amar a natureza e a sua diversidade, preocupada com o desaparecimento de especies e de ecossistemas. Na obra, Wilson cita varios argumentos cientificos, em uma carta redigida para um pastor evangelico, para convence-lo de que as duas maiores forcas da humanidade, Ciencia e Fe, precisam unir-se imediatamente para salvar a “Criacao”, a biodiversidade da vida na Terra, ou o planeta se tornara um lar vazio para o Homem, com a maioria...

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Research paper thumbnail of Resenha do livro "Deusas: os mistérios do divino feminino"

Quaranta Gonçalves, Márcio Luiz, 2017

Joseph Campbell parte das possíveis origens de uma deusa ligada à terra no Paleolítico e chega ao... more Joseph Campbell parte das possíveis origens de uma deusa ligada à terra no Paleolítico e chega aos dias de hoje, em que a principal figura feminina do Cristianismo incorporou características de diversas deusas pagãs.

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Resenha do livro "La mirada interior" de Victoria Cirlot e Blanca Garí.

Research paper thumbnail of Resenha do livro "Gaia: alerta final"

Ano de 1965: a tentativa de inferir a possível existência de vida em outros corpos do sistema sol... more Ano de 1965: a tentativa de inferir a possível existência de vida em outros corpos do sistema solar inspira James Lovelock, cientista inglês a serviço do Laboratório de Propulsão a Jato (Estados Unidos, Califórnia), a perceber que planetas mortos possuem atmosferas com gases em estado de equilíbrio (onde predomina o CO 2 ); destoa dos mesmos a Terra, com sua invulgar mistura de 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e frações de metano e gás carbônico. O pesquisador intuiu que a atmosfera em aparente desequilíbrio da Terra resultaria da ação dos seres vivos para mantê-la nas condições mais adequadas à sua sobrevivência. Brotava a Hipótese de Gaia. Tida como fantasiosa, "New Age", nos anos 70 e 80, a ideia de Gaia sofreu violenta oposição por cientistas da terra e da vida (em especial os neodarwinistas); entretanto contou com o apoio da bióloga norte-americana Lynn Margulis, que a enriqueceu com seus estudos sobre a evolução dos micro-organismos.

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Os termos sociobiologia, consiliência, biofilia e biodiversidade ligam-se ao nome de Edward Wilso... more Os termos sociobiologia, consiliência, biofilia e biodiversidade ligam-se ao nome de Edward Wilson, naturalista polêmico, adepto de uma base genética do comportamento humano, organizador do livro "Biodiversidade", autor de "A Natureza Humana", "Consiliência", "Naturalista", "O futuro da vida: um estudo da biosfera para a proteção de todas as espécies, inclusive a humana" e "A criação: como salvar a vida na Terra", sua última obra publicada no Brasil. Criado como menino batista no sul dos Estados Unidos, hoje ateu, o cientista desvela-se como pessoa capaz de amar a natureza e a sua diversidade, preocupada com o desaparecimento de espécies e de ecossistemas.

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Caro leitor, cara leitora: convido-os a mais uma viagem, a uma nova errância na companhia do terc... more Caro leitor, cara leitora: convido-os a mais uma viagem, a uma nova errância na companhia do terceiro instruído de Agen, cujo último livro publicado no Brasil apresentolhes.

Research paper thumbnail of BEDE GRIFFITHS: SUA PARTICIPAÇÃO NO DIÁLOGO RELIGIOSO ENTRE ORIENTE E OCIDENTE

Alain Richard Griffiths (1906Griffiths ( -1993 nasceu na Inglaterra, foi batizado e educado como ... more Alain Richard Griffiths (1906Griffiths ( -1993 nasceu na Inglaterra, foi batizado e educado como anglicano. Quando aluno de escola, em virtude de seu amor pela natureza e pela poesia, passou por uma experiência mística ao ouvir o canto de pássaros em um pôr-do-sol. Formou-se em jornalismo e teve como um de seus professores o intelectual C. S. Lewis, que muito o influenciou esse tornou seu amigo. Jovem, insatisfeito com o modo de vida ocidental, para ele extremamente material, consciente e racional, afastou-se da religião e da sociedade em que vivia; porém, continuava a encantar-se com a poesia e a natureza. A fase de ateísmo passou após novas experiências e a leitura da Bíblia. Superados os preconceitos anticatólicos de sua educação, converteu-se ao catolicismo romano, adotou o nome de Dom Bede Griffiths OSB (ordem beneditina) e viveu cerca de vinte anos em abadias na Inglaterra e Escócia (GRIFFITHS, 1992). A ÌNDIA Todavia, novo período de mudanças sobreviria na vida de Griffiths (1992, 2000, 2011): ao buscar novas descobertas sobre Deus, Cristo e a Igreja, ele deparou-se com o Vedanta indiano e percebeu como era significativo para a tradição da Igreja. Por tal motivo, além de ansiar por um novo modo de vida, diverso do ocidental, e querer descobrir o lado intuitivo de sua alma, decidiu dirigir-se à Índia e penetrar nos segredos de sua sabedoria, integrar o racional com o intuitivo, casar o Ocidente com o Oriente em sua própria vida. Lá aportou em 1955, adotou o nome devocional sânscrito Dhayananda (bem-aventurança da compaixão) e viveu em ashrans cristãos; ajudou a implantar o Kristaya Sanyasa Samaj, Montanha da Cruz, em Kurisumala (1958-1968), Kerala, depois se mudou para Shantivanam (Floresta da Paz), em Tamil Nadu, sul da Índia (fundado pelos padres franceses Monchanim e Le Saux, que procuraram integrar a tradição espiritual da Índia em sua vida como cristãos), onde faleceu em 1993.

Research paper thumbnail of UM PERCURSO EDUCATIVO PELA PERCEPÇÃO AMBIENTAL NA TRILHA DA FENOMENOLOGIA DE MERLEAU-PONTY

Resumo O contato com a natureza, mesmo se já alterada pelo Homem, permite a crianças e adolescent... more Resumo O contato com a natureza, mesmo se já alterada pelo Homem, permite a crianças e adolescentes a possibilidade de descobrirem a beleza latente de seu mundo e adquirir valores que praticarão durante sua vida, para preservar o seu lar planetário e com ele conviver plenamente e de uma forma equilibrada. Para tanto, exige-se do educador a postura de romper com a mesmice e tomar a iniciativa, em seu trabalho pedagógico, de promover excursões a parques e museus, como fez o autor deste artigo com os alunos de uma escola pública de ensino médio da cidade de São Paulo, de 1999 até 2002, com embasamento teórico na fenomenologia de Merleau-Ponty, que valoriza o papel mediador do corpo nas percepções sobre o meio ambiente. As palavras escritas e faladas pelos adolescentes nas excursões, as emoções por eles vividas, seus sentimentos desabrochados, as memórias resgatadas em suas entrevistas, com o auxílio de fotos, foram submetidas a uma análise de prosa. Como resultado da pesquisa, verificou-se que os estudantes foram capazes de chegar a essências sobre a natureza e a vida, similares às intuídas por diversos pesquisadores e pensadores situados entre os inovadores da Ciência e da Filosofia, e de posicionar-se de modo crítico sobre a intervenção humana no meio ambiente, o que caracteriza uma transcendência da percepção para a educação ambiental. Abstract The contact with the nature, even if already modified for the Man, allows to the children and adolescents the possibility to discover the latent beauty of its world and to acquire values that will practice during its life, to preserve its planetary home and with it to coexist fully and of a balanced form. For in such a way, the position is demanded of the educator to breach with the monotony and to take the initiative, in its pedagogical work, to promote excursions the parks and museums, as it made the author of this article with the pupils of a public high school of the city of São Paulo, of 1999 up to 2002, with theoretical basement in the Merleau-Ponty's phenomenology, that values the mediating paper of the body in the perceptions on the environment. The words written and said for the adolescents in the excursions, the emotions for lived them, its unclasped feelings, the memories rescued in its interviews, with the aid of photos, had been submitted to a content analysis. As result of the research, it was verified that the students had been capable to arrive the essences, on the nature and the life, similes to intuited for diverse researchers and thinkers situated between the innovators of Science and the Philosophy, and to locate themselves in critical way on the human intervention in the environment, a result what characterizes a transcendence of the environmental perception for the environmental education.

Research paper thumbnail of O PERCOLAR DO FLUXO DE BAUMAN: A MODERNIDADE LÍQUIDA E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Na época pré-moderna, o mundo era uma obra divina e vigorava a tradição. A partir da colocação do... more Na época pré-moderna, o mundo era uma obra divina e vigorava a tradição. A partir da colocação do Homem no centro do universo, passou a haver o predomínio da razão e uma ordem artificial, baseada apenas no conhecimento humano. Os seres humanos não sabiam quais eram seus verdadeiros interesses: deveriam ser treinados, educados para os comportamentos apropriados. Adquirir uma identidade era uma tarefa ligada ao modelo de sociedade vigente. Essas foram as características do período da modernidade. Mas

Research paper thumbnail of Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros e Floresta Nacional de Ipanema: uma parceria necessária em Educação Ambiental e para a Conservação da Biodiversidade na região de Sorocaba

A crise ecológica, manifestada no desmatamento e desertificação, na depleção da camada de ozônio,... more A crise ecológica, manifestada no desmatamento e desertificação, na depleção da camada de ozônio, nas mudanças climáticas pelo incremento do efeito estufa e outras alterações da biosfera, não se dissocia da crise espiritual do ser humano; este, movido por interesses imediatos, abandona valores éticos e intrínsecos em favor dos materiais, de mercado; tudo se torna mercadoria, inclusive a biodiversidade. O tráfico de animais silvestres, terceiro maior mercado negro do mundo, comumente se associa ao de drogas ou a interesses políticos. A principal vítima da crise: a biodiversidade, pela destruição de ecossistemas, extinção de espécies biológicas e erosão de sua variedade genética. Em nome da razão e do progresso econômico ilimitado, dilapidam-se recursos extraídos do mundo vivo. Um dos ecossistemas mais afetados são as florestas tropicais, nas quais se encontra aproximadamente metade das espécies terrestres. No Brasil, o país campeão da biodiversidade, a Mata Atlântica ocupa hoje menos de 10% de sua área original; o cerrado também se reduziu muito; incontáveis espécies se extinguiram sem ao menos terem se tornado conhecidas, numa insensata ação humana. Na região de Sorocaba, restam fragmentos de Mata Atlântica dentro do Parque Zoológico Quinzinho de Barros e no Morro do Araçoiaba, Floresta Nacional de Ipanema (ICMbio); esta também abriga pequenas manchas de cerrado. Conforme a legislação ambiental federal, Zoológicos e Unidades de Conservação possuem papel imprescindível na conservação da natureza e de sua biodiversidade, através de programas de pesquisa e pela prática de atividades de educação ambiental; às Unidades de Conservação cabe a proteção e o manejo integrados de seus ecossistemas, de suas espécies nativas e do patrimônio genético; aos zoológicos, cabe conservar trechos de flora nativa, com sua fauna remanescente, localizados dentro de sua área. O Quinzinho realiza há décadas um programa pioneiro e bem-sucedido de educação ambiental; uma parceria com a Floresta Nacional de Ipanema contribuiria para aperfeiçoar tal trabalho junto à população de Sorocaba e região. Um processo educativo, iniciado pelo museu do zoológico e com os espécimes de seu plantel, continuado pela observação de espécies nativas da região em seus ambientes naturais, dentro da FLONA de Ipanema, promoveria a oportunidade de despertar a biofilia, tendência do ser humano ligar-se emocionalmente aos animais, em especial se colocado em contato com eles desde sua infância, e preveniria preconceitos sobre os animais silvestres considerados assustadores ou perigosos. A cooperação se estenderia aos programas de pesquisa para a conservação de espécies nativas e à sua reintrodução no ambiente natural, assim como à troca de informações e experiências entre técnicos das duas instituições. Esse trabalho integrado, em uma escala regional, contribuiria para diminuir o analfabetismo afetivo humano, a exploração insensata de ecossistemas e a extinção de espécies nativas.

Research paper thumbnail of ALGUNS IMPACTOS SOBRE A FAUNA SILVESTRE NA FLONA DE IPANEMA E AS MEDIDAS SUGERIDAS PARA A SUA MITIGAÇÃO

A Floresta Nacional de Ipanema ocupa uma área de 5.069,73 hectares (mais de dois mil em setores d... more A Floresta Nacional de Ipanema ocupa uma área de 5.069,73 hectares (mais de dois mil em setores de proteção permanente), abrange parte dos municípios de Iperó, Araçoiaba da Serra e Capela do Alto, e contém um mosaico vegetacional com destaque para a floresta estacional semidecidual (Mata Atlântica), que cobre a maior parte do morro do Araçoiaba, fragmentos de Cerrado e Banhados. Sua fauna silvestre de vertebrados, que no início do século XIX contava pelo menos com 343 espécies de aves e 70 de mamíferos (segundo Natterer), compreende hoje 235 espécies de aves, 52 de mamíferos, 18 de répteis, 15 de anfíbios e 42 de peixes, cerca de 23,2% das espécies de vertebrados do estado de São Paulo, entre as quais vinte e uma constam na lista estadual da fauna presumivelmente ameaçada ou ameaçada de extinção (exemplos: a urutu, o urubu rei, o caboclinho frade, o pavó, a jaguatirica, a suçuarana, o lobo guará, o tamanduá bandeira). A história do local registra uma sequência de impactos ambientais, promovidos por atividades de mineração e siderurgia, e incêndios florestais, que reduziram sua cobertura vegetal, tendência atualmente revertida; na unidade de conservação e em seu entorno ocorrem atropelamentos de animais (serpentes, teiú, quati, tatus, irara, veado catingueiro) e a caça predatória; pássaros e colibris chocam-se com os vidros do prédio da administração; a população do entorno abandona, dentro da FLONA, gatos e cães domésticos que podem predar filhotes de veado e outras espécies de pequeno porte, transmitir doenças aos animais silvestres e destes adquiri-las; o caramujo gigante africano, espécie exótica invasora, prolifera nas vilas do entorno; cavalos e gado bovino de sítios vizinhos e do assentamento do MST costumam invadir a unidade de conservação e contaminá-la com carrapatos, que infestam pessoas, e sementes de plantas exóticas; o território ocupado pelo cachorro do mato encolheu com a passagem do gasoduto Bolívia-Brasil. Várias medidas podem contribuir para minimizar esses impactos: elaborar e colocar em prática regras para os moradores da vila São João de Ipanema manterem animais domésticos, e estabelecer punições a quem não as obedecer; aplicar um projeto de educação ambiental para prevenir a soltura de cães e gatos dentro da FLONA; colocar figuras de predadores de aves pequenas (por exemplo, gaviões) nas vidraças do prédio da administração; dificultar, com o emprego de lombadas e/ou valetas, o tráfego de veículos em alta velocidade pela estrada de terra que cruza a FLONA; fiscalizar constantemente os aceiros e demais vias internas da unidade de conservação; controlar as espécies vegetais invasoras; promover pesquisas sobre a diversidade da fauna silvestre de Ipanema (em parceria com outras instituições) e propor diversas estratégias para

Research paper thumbnail of ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES DAS OBRAS DE MICHEL SERRES PARA UMA CIÊNCIA CONSCIENTE

Um provinciano que viaja a várias partes do mundo, mas não olvida a terra natal; um pensador preo... more Um provinciano que viaja a várias partes do mundo, mas não olvida a terra natal; um pensador preocupado com a emergência de um homem que integre o saber científico com a cultura, o tradicional com o hodierno: Michel Serres, cujas obras descrevem, por rodeios, o mundo real ordenado pelo Homem, cuja violência perpetra uma barbárie à qual amor e beleza resistem, onde arlequim alcança a condição de polivalente do saber.

Research paper thumbnail of A COMPLEXIDADE DO MEIO AMBIENTE REQUER UMA CIÊNCIA CONSCIENTE E TRANSDISCIPLINAR

Rios poluídos a exalar odores fortes; lixo espalhado por ruas e calçadas; bolsões de miséria ao l... more Rios poluídos a exalar odores fortes; lixo espalhado por ruas e calçadas; bolsões de miséria ao lado de templos do consumismo irrestrito; desmatamento da Amazônia; depleção da camada de ozônio; aquecimento global... Em âmbito local ou planetário, danos causados pela ação do ser humano sobre o meio ambiente, a prejudicar outros seres vivos e a sua própria espécie, vias para criar um mundo inabitável, com base em uma ciência e uma cultura onde não há o sentimento ou a preocupação de preservar um meio ambiente propício à vida. Ambiente, pela origem etimológica da palavra, significa tudo o que está em volta, que envolve um determinado ponto ou ser, uma entidade real a interagir com um ser ou o conjunto de seres por ela envolvidos, situados em seu meio. Para Coimbra (2002), o meio ambiente, inseparável das pessoas, tudo o que está à sua volta, não deve ser confundido com natureza, ecossistema ou habitat; este é o local onde uma espécie viva cumpre as funções biológicas necessárias à sua sobrevivência; no ecossistema agem, em estreita, dinâmica e mutável relação, fatores bióticos como os produtores (fotossintetizantes), os consumidores (animais) e os decompositores (fungos e bactérias), e abióticos como o calor, a umidade, o vento, os sais minerais no solo, a luz, etc. Meio Ambiente consagrou-se como a forma de designar uma grande realidade que a todos envolve, a partir dos elementos naturais e das ações antrópicas; conjunto de fatores, processos e realidades complexos, onde imergem indivíduos e comunidades, ele rodeia de forma permanente todos os seres vivos e não-vivos que o compõe, em especial o ser humano. Não há meio ambiente sem a presença de vida, sem os seus elementos se ordenarem para a vida. O meio ambiente engloba aspectos históricos, culturais, sociais, econômicos, tecnológicos e políticos, a interação dos humanos com outros seres vivos, de sua espécie ou não, e com fatores abióticos, em sistemas naturais ou nos elaborados pela cultura, onde a espécie humana cambia intencionalmente a natureza para organizar seu espaço e sua convivência; integram-no ainda os monumentos naturais, históricos e artísticos, as áreas protegidas, a memória humana e o espírito dos lugares.