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Papers by Matheus Cervo
v. 15 n. 3 (2020): Interpretando a etnografia visual: imagens e a construção de significados antropológicos, 2020
Um dos maiores desafios contemporâneos postos à Antropologia Visual/da Imagem realizada nas Socie... more Um dos maiores desafios contemporâneos postos à Antropologia Visual/da Imagem realizada nas Sociedades Complexas Brasileiras é o trabalho com a questão ambiental. Neste artigo, expomos duas incursões intelectuais realizadas nos últimos três anos na área temática de pesquisa sobre Memória Ambiental. A intenção é demonstrar, a partir de narrativas textuais e imagéticas, a intersecção entre o trabalho visual com a questão ambiental e a Etnografia da Duração realizada no núcleo de pesquisa Banco de Imagens e Efeitos Visuais (Biev) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Primeiramente, abordamos as intenções teóricas que guiam este percurso intelectual para, posteriormente, demonstrar os desafios de encarar o trabalho do antropólogo visual como um trabalho de memória e patrimônio sobre nossos ecossistemas humanos e não humanos nas cidades brasileiras. Concluímos com reflexões sobre a necessidade de interdisciplinaridade entre os saberes Antropológicos e os oriundos das Ciências da Informação tanto por motivos metodológicos de pesquisa quanto pela atuação expandida dos etnógrafos urbanos em instituições diversas.
Palavras-chave: antropologia urbana; memória ambiental; etnograf i a da duração; patrimônio; museu virtual; repositório digital.
Revista Tessituras, 2019
Se considerarmos o híbrido e o processual como pontos de reflexão essenciais para compreensão da ... more Se considerarmos o híbrido e o processual como pontos de reflexão essenciais para compreensão da imbricada relação entre a pratica escrituristica da etnografia e o fazer artístico, para alem do que costuma chamar “artetnografia”? Este artigo aborda reflexões contemporâneas da Antropologia Visual em outras mídias híbridas ainda pouco consolidadas nos cenários da pesquisa antropologica a partir das experiências praticadas no Biev – Banco de Imagens e Efeitos Visuais, Ufrgs –, em especial, com um acervo produções etnográfcias diversas realizadas no contexto metropolitano de Porto Alegre e uma plataforma on-line chamada Livro do Etnógrafo (HTTPS://MEDIUM.COM/LIVRODOETNOGRAFO).
Revista Mundaú, 2018
Inspirados pelos estudos piagetianos e durandianos sobre a inteligência e o imaginário, relatamos... more Inspirados pelos estudos piagetianos e durandianos sobre a inteligência e o imaginário, relatamos experiências do ensino da disciplina de Antropologia Visual e da Imagem e de Antropologia Urbana no Curso de Ciências Sociais e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Estas pesquisas
são desenvolvidas no Núcleo de Antropologia Visual (Navisual) e no Banco de Imagens e Efeitos Visuais (BIEV), projetos coordenados pelas Professoras Cornelia Eckert e Ana Luiza Carvalho da Rocha. A fim de demonstrar diferentes propostas de ensino-aprendizagem na produção de etnografias na e da cidade de Porto Alegre, expomos dois projetos produzidos por alunos e professores em que diferentes recursos – escritos, imagéticos e hipermidiáticos – são mobilizados para expressão do trabalho de campo: a exposição denominada “Carta aos Narradores Urbanos: etnografia de rua na Porto Alegre das intervenções artísticas” e o projeto hipermídia intitulado “Livro do Etnógrafo”.
Books by Matheus Cervo
A partir do paradigma da etnografia da duração aliado aos estudos de sociedades complexas contemp... more A partir do paradigma da etnografia da duração aliado aos estudos de sociedades complexas contemporâneas no BIEV / PPGAS / UFRGS, este trabalho realiza um projeto sobre memória coletiva, itinerários urbanos e formas de sociabilidade (ECKERT; ROCHA, 2013b) das plurais redes vicinais de antigos moradores do bairro Guarujá no sul da cidade de Porto Alegre – RS.
A partir das linhas de pesquisa em "Antropologia Urbana", "Antropologia das Sociedades Complexas", "Antropologia da Imagem e do Imaginário" e "Memória Ambiental" – um termo cunhado pelos estudos na e da cidade bievianos –, este trabalho pretendeu compreender a identidade bairrial (GRAVANO, 2005) através de narrativas biográficas dos guardiões da memória do antigo balneário Guarujá. Através de uma observação compreensiva e fenomenológica, a etnografia sintetizou as estórias colhidas em campo a fim de criar um fio narrativo que guia o leitor para se inserir nos dilemas dos diferentes moradores que viveram os ritmos temporais de incorporação desta região suburbana à capital do Rio Grande do Sul. Além de interpretar a afetação das formas de sociabilidade e dos estilos de vida pelas transformações urbanas e as adequações destes moradores através de seus campos de possibilidades (VELHO, 1979; 1981; 2003), o trabalho almejou narrar a memória do bairro através do trajeto antropológico e da bacia semântica (DURAND, 1984) ao inseri-lo em um contexto duração socio histórico. Para aplicar o método de convergência durandiano reinterpretado pelas reflexões do BIEV, foi criado um banco de dados qualitativos a partir dos múltiplos fragmentos encontrados durante a pesquisa e da prática da etnografia sonora (VEDANA, 2010) junto dos principais interlocutores.
v. 15 n. 3 (2020): Interpretando a etnografia visual: imagens e a construção de significados antropológicos, 2020
Um dos maiores desafios contemporâneos postos à Antropologia Visual/da Imagem realizada nas Socie... more Um dos maiores desafios contemporâneos postos à Antropologia Visual/da Imagem realizada nas Sociedades Complexas Brasileiras é o trabalho com a questão ambiental. Neste artigo, expomos duas incursões intelectuais realizadas nos últimos três anos na área temática de pesquisa sobre Memória Ambiental. A intenção é demonstrar, a partir de narrativas textuais e imagéticas, a intersecção entre o trabalho visual com a questão ambiental e a Etnografia da Duração realizada no núcleo de pesquisa Banco de Imagens e Efeitos Visuais (Biev) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Primeiramente, abordamos as intenções teóricas que guiam este percurso intelectual para, posteriormente, demonstrar os desafios de encarar o trabalho do antropólogo visual como um trabalho de memória e patrimônio sobre nossos ecossistemas humanos e não humanos nas cidades brasileiras. Concluímos com reflexões sobre a necessidade de interdisciplinaridade entre os saberes Antropológicos e os oriundos das Ciências da Informação tanto por motivos metodológicos de pesquisa quanto pela atuação expandida dos etnógrafos urbanos em instituições diversas.
Palavras-chave: antropologia urbana; memória ambiental; etnograf i a da duração; patrimônio; museu virtual; repositório digital.
Revista Tessituras, 2019
Se considerarmos o híbrido e o processual como pontos de reflexão essenciais para compreensão da ... more Se considerarmos o híbrido e o processual como pontos de reflexão essenciais para compreensão da imbricada relação entre a pratica escrituristica da etnografia e o fazer artístico, para alem do que costuma chamar “artetnografia”? Este artigo aborda reflexões contemporâneas da Antropologia Visual em outras mídias híbridas ainda pouco consolidadas nos cenários da pesquisa antropologica a partir das experiências praticadas no Biev – Banco de Imagens e Efeitos Visuais, Ufrgs –, em especial, com um acervo produções etnográfcias diversas realizadas no contexto metropolitano de Porto Alegre e uma plataforma on-line chamada Livro do Etnógrafo (HTTPS://MEDIUM.COM/LIVRODOETNOGRAFO).
Revista Mundaú, 2018
Inspirados pelos estudos piagetianos e durandianos sobre a inteligência e o imaginário, relatamos... more Inspirados pelos estudos piagetianos e durandianos sobre a inteligência e o imaginário, relatamos experiências do ensino da disciplina de Antropologia Visual e da Imagem e de Antropologia Urbana no Curso de Ciências Sociais e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Estas pesquisas
são desenvolvidas no Núcleo de Antropologia Visual (Navisual) e no Banco de Imagens e Efeitos Visuais (BIEV), projetos coordenados pelas Professoras Cornelia Eckert e Ana Luiza Carvalho da Rocha. A fim de demonstrar diferentes propostas de ensino-aprendizagem na produção de etnografias na e da cidade de Porto Alegre, expomos dois projetos produzidos por alunos e professores em que diferentes recursos – escritos, imagéticos e hipermidiáticos – são mobilizados para expressão do trabalho de campo: a exposição denominada “Carta aos Narradores Urbanos: etnografia de rua na Porto Alegre das intervenções artísticas” e o projeto hipermídia intitulado “Livro do Etnógrafo”.
A partir do paradigma da etnografia da duração aliado aos estudos de sociedades complexas contemp... more A partir do paradigma da etnografia da duração aliado aos estudos de sociedades complexas contemporâneas no BIEV / PPGAS / UFRGS, este trabalho realiza um projeto sobre memória coletiva, itinerários urbanos e formas de sociabilidade (ECKERT; ROCHA, 2013b) das plurais redes vicinais de antigos moradores do bairro Guarujá no sul da cidade de Porto Alegre – RS.
A partir das linhas de pesquisa em "Antropologia Urbana", "Antropologia das Sociedades Complexas", "Antropologia da Imagem e do Imaginário" e "Memória Ambiental" – um termo cunhado pelos estudos na e da cidade bievianos –, este trabalho pretendeu compreender a identidade bairrial (GRAVANO, 2005) através de narrativas biográficas dos guardiões da memória do antigo balneário Guarujá. Através de uma observação compreensiva e fenomenológica, a etnografia sintetizou as estórias colhidas em campo a fim de criar um fio narrativo que guia o leitor para se inserir nos dilemas dos diferentes moradores que viveram os ritmos temporais de incorporação desta região suburbana à capital do Rio Grande do Sul. Além de interpretar a afetação das formas de sociabilidade e dos estilos de vida pelas transformações urbanas e as adequações destes moradores através de seus campos de possibilidades (VELHO, 1979; 1981; 2003), o trabalho almejou narrar a memória do bairro através do trajeto antropológico e da bacia semântica (DURAND, 1984) ao inseri-lo em um contexto duração socio histórico. Para aplicar o método de convergência durandiano reinterpretado pelas reflexões do BIEV, foi criado um banco de dados qualitativos a partir dos múltiplos fragmentos encontrados durante a pesquisa e da prática da etnografia sonora (VEDANA, 2010) junto dos principais interlocutores.