Marcelo Daniliauskas - Academia.edu (original) (raw)
Papers by Marcelo Daniliauskas
Pro-Posições, 2018
O objetivo deste artigo é, a partir de uma revisão crítica de parte dos estudos brasileiros que ... more O objetivo deste artigo é, a partir de uma revisão crítica de parte dos estudos brasileiros que tematizaram as relações entre educação, juventude e política, na última década, analisar o peso conferido aos processos educativos e a diferentes instâncias formativas, no desenvolvimento dos modos como os jovens se relacionam com a política. Além disso, interessam as tendências apontadas por esses estudos, no que diz respeito às modalidades de engajamento e participação entre os jovens, suas motivações e seus sentidos. Lança-se mão também dos dados de um estudo sobre o engajamento de jovens Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT), tendo em vista problematizar potencialidades e limites da discussão sobre o engajamento político da juventude.
Pro-Posições, 2018
Os trabalhos conduzidos por Anne Muxel são referências incontornáveis para todo pesquisador que p... more Os trabalhos conduzidos por Anne Muxel são referências incontornáveis para todo pesquisador que pretenda discutir o desenvolvimento de comportamentos políticos, sobretudo
entre jovens, bem como a transmissão, de uma geração a outra, de valores, práticas e percepções sobre o mundo da política, com ênfase sobre o ambiente familiar e a importância das relações de afeto que permeiam esses processos.
Esta entrevista é o resultado do início de uma interlocução que se deu em períodos diferentes, entre 2015 e 2016, por ocasião de duas temporadas de estudo e pesquisa dos entrevistadores em Paris (“doutorado-sanduíche” de Marcelo Daniliauskas e
pósdoutoramento de Kimi Tomizaki), nos quais tivemos
oportunidade de discutir nossas pesquisas e conduzir uma longa “conversa” com a autora, em dois tempos, cuja síntese
apresentaremos em seguida. Os leitores encontrarão, nesta entrevista, um esforço de síntese em torno das principais contribuições de Muxel para os estudos sobre juventude e política, partindo de questões que, atualmente, são muito desafiadoras para os pesquisadores do tema no Brasil.
Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos), 2017
O objetivo deste artigo é analisar o modo pelo qual a profissão de cuidador de idosos tem sido co... more O objetivo deste artigo é analisar o modo pelo qual a profissão de cuidador de idosos tem sido construída no Brasil. Com base numa metodologia qualitativa, são analisados discursos de ativistas dos direitos dos cuidadores e lideranças de associações de cuidadores. Trata-se de mostrar os dilemas envolvidos na definição de um espaço que não se confunde como obrigações tidas como próprias das mulheres na família e também da criação de uma área de atuação que delimite com clareza as diferenças deste trabalho com o dos profissionais da enfermagem e dos empregados domésticos.
Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos), 2017
Este artigo é um resumo com base nos resultados de pesquisa de doutorado levada a cabo entre 2011... more Este artigo é um resumo com base nos resultados de pesquisa de doutorado levada a cabo entre 2011 e 2015, na qual são analisados o processo de emergência de grupos organizados de jovens LGBT e de seu engajamento, para então problematizar e descrever: o contexto de surgimento dessas entidades, seus modos de organização e funcionamento, suas bandeiras de luta e formas de ação, tal como o perfil e o processo de engajamento desses/as jovens. Foi traçado um panorama histórico envolvendo as seguintes organizações em São Paulo: Projeto de Apoio a Gays e Lésbicas Adolescentes (PAGLA), E-jovem, XTeens, Jovens e Adolescente Homossexuais (JA) e Projeto Purpurina; Assim como traçar o cenário atual em Paris com foco nas seguintes entidades: MAG – Jeunes LGBT, Pôle Jeunesse, CONTACT e Le Refuge. Essas organizações promovem encontros, online e offline (presenciais e virtuais) de apoio mútuo voltados a jovens, que varia de 13 a 30 anos, e abordam sobretudo: autoaceitação, conflitos na família, com amigos, na escola, universidade e trabalho. Os grupos e os/as jovens apresentam ressalvas em relação à política institucional como governos, partidos, eleições, espaços de participação e controle social, pois para eles/as fazer política significa promover transformações sociais a partir de suas vidas cotidianas, que eventualmente podem passar por reivindicações pontuais em relação a legislações, políticas ou serviços públicos.
Este artigo procura situar atores e eventos que permeiam a trajetória recente dos estudos relaci... more Este artigo procura situar atores e eventos que permeiam a trajetória recente dos estudos relacionados à sexualidade no Brasil, de modo atento às suas conexões com os estudos sobre mulheres, gênero e feminismos. Para isso, situa relações com processos políticos e sociais mais abrangentes envolvendo
a sexualidade, especialmente no que concerne às dinâmicas relacionadas ao movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e às políticas a ele direcionadas, assim como com a agenda política estabelecida em fóruns internacionais, como as Conferências das Nações Unidas. Por fi m, apresenta um mapeamento nacional de grupos de pesquisa cujos estudos tematizam mulheres, gênero e sexualidade.
O presente artigo é um exercício de aplicação das perspectivas da sociologia do engajamento (SAWI... more O presente artigo é um exercício de aplicação das perspectivas da sociologia do engajamento (SAWICKI e SIMÉANT, 2011) e do netativismo (DI FELICE, 2012a e 2012b) à história de organizações de jovens LGBT com atuação na cidade de São Paulo.
Book Chapters by Marcelo Daniliauskas
A ideia desse texto não é trazer respostas prontas e absolutas sobre sexualidade, em particular ... more A ideia desse texto não é trazer respostas prontas e absolutas sobre sexualidade, em particular relacionadas às pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis ou transexuais (LGBT) e de como lidar com elas e com o preconceito e discriminação que as afligem em sala de aula, nas escolas e na sociedade. Nossa proposta é oferecer subsídios, referências e experiências para incentivar a curiosidade, a crítica e a criatividade para que cada um/a - de acordo com a posição em que ocupa na escola, na família e na sociedade, ao seu modo, e de acordo com o contexto social e cultural e dos desafios diante dos quais se encontra - trace suas próprias estratégias e ações para a promoção da igualdade e do acolhimento. Trata-se de um convite para a reflexão e para a ação por meio da superação do preconceito e da discriminação contra pessoas LGBT, mais comumente conhecido como homofobia.
Published in Brazil Today: An Encyclopedia of Life in the Republic. John J. Crocitti, Monique Val... more Published in Brazil Today: An Encyclopedia of Life in the Republic. John J. Crocitti, Monique Vallance. ABC-CLIO, 2011.
Interviews and media articles by Marcelo Daniliauskas
Tese se aprofunda nos contextos que levaram jovens ao ativismo LGBT nas duas cidades. Artigo es... more Tese se aprofunda nos contextos que levaram jovens ao ativismo LGBT nas duas cidades.
Artigo escrito por Larissa Lopes da Agência Universitária de Notícias da USP.
Entrevista concedida à Carta Educação. Reportagem de Thais Paiva.
Pequena entrevista sobre gênero e diversidade na escola concedida Letícia Larieira (Todos Pela Ed... more Pequena entrevista sobre gênero e diversidade na escola concedida Letícia Larieira (Todos Pela Educação)
"El Plan Nacional de Educación dejó del lado cuestiones importantes, entre ellas la de género y s... more "El Plan Nacional de Educación dejó del lado cuestiones importantes, entre ellas la de género y sexualidad”, afirma Marcelo Daniliauskas, doctorando de la Facultad de Educación de la Universidad de São Paulo (USP), al referirse al Proyecto de Ley que establece el Plan Nacional de Educación para los próximos diez años (PNE 2011-2020). Entrevista realizada por Karol Assunção de Adital.
Em entrevista ao Observatório da Educação, o pesquisador Marcelo Daniliauskas, doutorando da Facu... more Em entrevista ao Observatório da Educação, o pesquisador Marcelo Daniliauskas, doutorando da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo na temática educação, políticas públicas e questões LGBT, fala sobre o projeto de lei que institui o novo Plano Nacional de Educação e as políticas de combate à homofobia nas escolas.
Entrevista sobre minha dissertação de mestrado - por Victor Francisco Ferreira da Agência USP de... more Entrevista sobre minha dissertação de mestrado - por Victor Francisco Ferreira da Agência USP de Notícias.
Artigo originalmente publicado no Observatório da Imprensa e republicado em outro meios de comuni... more Artigo originalmente publicado no Observatório da Imprensa e republicado em outro meios de comunicação.
Aborda o tratamento da mídia no "escândalo" Andréia Albertine e Ronaldo Fenômeno: desrepeitos e acusasões de travestis.
Thesis by Marcelo Daniliauskas
A presente pesquisa analisa o processo de emergência de grupos organizados de jovens LGBT e de se... more A presente pesquisa analisa o processo de emergência de grupos organizados de jovens LGBT e de seu engajamento. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com fundadores/as e coordenadores/as de grupos jovens LGBT, bem como observação de campo junto às atividades desenvolvidas pelas entidades, o que permitiu problematizar e
descrever: o contexto de emergência desses grupos, seus modos de organização e funcionamento, suas bandeiras de luta e formas de ação, tal como o perfil e o processo de engajamento desses/as jovens. Assim foi possível traçar um panorama histórico envolvendo as seguintes organizações atuantes na cidade de São Paulo: Projeto de Apoio a Gays e Lésbicas Adolescentes (PAGLA), E-jovem, XTeens, Jovens e Adolescentes Homossexuais (JA) e Projeto Purpurina. Assim como traçar o cenário atual em Paris com foco nas seguintes entidades: MAG – Jeunes LGBT, Pôle Jeunesse, CONTACT e Le
Refuge. Essas organizações promovem encontros, online e offline (presenciais e virtuais) de apoio mútuo voltados a jovens, que varia de 13 a 29 anos e abordam sobretudo: autoaceitação, conflitos na família, com amigos, na escola, universidade e trabalho. Os grupos e os/as jovens apresentam ressalvas em relação à política institucional (governos, partidos, eleições, espaços de participação e controle social), para eles/as fazer política significa promover transformações sociais a partir de suas vidas cotidianas, que eventualmente podem passar por reivindicações pontuais em relação a legislações, políticas ou serviços públicos.
Esta dissertação de mestrado tematiza a agenda, planos, programas e políticas públicas que visam ... more Esta dissertação de mestrado tematiza a agenda, planos, programas e políticas públicas que visam superar a desigualdade relacionada às pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) por meio da educação no âmbito do governo federal. A pesquisa teve por objetivo colaborar para o conhecimento dos modos como tem sido problematizada a questão da sexualidade, mais especificamente a temática LGBT, na agenda de educação, bem como das demandas apontados e das políticas educacionais desenvolvidas para dar conta dos mesmos. Dentre os planos e programas analisados estão: os Programas Nacionais de Direitos Humanos, os Parâmetros Curriculares Nacionais e, por fim, o Programa Brasil Sem Homofobia. O foco estruturante desta pesquisa é o Brasil Sem Homofobia: Programa de Combate à Violência e Promoção da Cidadania GLBT. Este Programa foi escolhido por ser um importante marco do reconhecimento das pessoas LGBT enquanto sujeitos de direitos, assim como por introduzir as políticas sobre diversidade sexual e identidade de gênero na educação. O referencial analítico-teóricos desta pesquisa baseia-se especialmente na trajetória de políticas educacionais, com base em Stephen Ball, e na justiça social, a partir das contribuições de Nancy Fraser. Os procedimentos metodológicos empregados foram a análise documental dos planos e programas citados e entrevistas semi-estruturadas com pessoas ligadas ao Movimento LGBT e gestores/as e técnicos/as do governo, que participaram diretamente do processo de criação e/ou implementação do Brasil Sem Homofobia. Este trabalho analisa o BSH e as políticas educacionais de diversidade sexual e identidade de gênero executadas no período de 2005 a 2010, após o lançamento do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, que se torna o novo documento norteador das políticas a serem implementadas pelos ministérios e secretarias do governo federal. Nesta trajetória percebeu-se que pessoas LGBT passam de "temas polêmicos" a "sujeitos de direitos" nas políticas públicas de direitos humanos e de educação, bem como a violência física enquanto justificativa de políticas vai cedendo espaço para a superação das desigualdades.
Books by Marcelo Daniliauskas
O objetivo desse trabalho é incentivar a participação das organizações de defesa do consumidor na... more O objetivo desse trabalho é incentivar a participação das organizações de defesa do consumidor na regulação. Aborda a importância da participção social e a incidência dessas orgnizações nos processos regulatórios, conceitos relativos a esse campo, principais canais de participação e monitoramento de legislações pertinentes às quatro agências reguladoras nacionais que são objeto do Banco de Dados de Monitoramento da Regulação: Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Por fim, apresenta um tutorial sobre o banco de dados.
Apresentamos a vocês o Panorama das Organizações da Associação Brasileira de ONGs - ABONG. Esse m... more Apresentamos a vocês o Panorama das Organizações da Associação Brasileira de ONGs - ABONG. Esse material é resultado de uma pesquisa realizada pela ABONG sobre seu campo associativo, e permite alimentar em cada uma (um) o desafio de conhecer melhor parte de um universo bastante complexo, diverso, dinâmico e desigual.
Participation on reports by Marcelo Daniliauskas
O projeto Escola sem Homofobia foi desenvolvido pela Pathfinder do Brasil, em parceria com a ABGL... more O projeto Escola sem Homofobia foi desenvolvido pela Pathfinder do Brasil, em parceria com a ABGLT, ECOS e Reprolatina – Sol. In. em Saúde Sexual e reprodutiva. A proposta de projeto foi apresentada em resposta à Emenda Parlamentar nº 50340005, que tem como finalidade “Contribuir para a implementação do Programa Gênero e Diversidade Sexual nas Escolas, do Ministério da Educação, através de ações que promovam ambientes políticos e sociais favoráveis à garantia dos direitos humanos e da respeitabilidade das orientações sexuais e identidade de gênero no âmbito escolar brasileiro”. A proposta, discutida previamente pelos parceiros, obteve aprovação e apoio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) do Ministério de Educação e Cultura (MEC).
O projeto visa à realização de dois produtos específicos:
Recomendações para orientar a revisão, formulação e implementação de políticas públicas que enfoquem a questão da homofobia nos processos gerenciais e técnicos do sistema educacional público brasileiro;
Estratégia de comunicação para trabalhar a diversidade sexual de forma mais consistente e justa em contextos educativos e que repercuta nos diversos valores culturais atuais.
Para contribuir para a realização do primeiro produto foram desenhadas duas atividades:
• Pesquisa qualitativa em 11 capitais brasileiras visando conhecer as percepções, conhecimentos e atitudes da comunidade escolar frente às diversidades e orientações sexuais e de gênero, conceito e percepção da homofobia e do programa Brasil sem Homofobia no processo educativo, focalizando Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e escolas do Ensino Fundamental (6º a 9º ano) da rede pública.
• Realização de encontros regionais para promover e facilitar a discussão aprofundada e qualificada da homofobia nas escolas, congregando lideranças do movimento LGBT, gestores estaduais e municipais da Educação, representantes dos Comitês Gestores Estaduais do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (MEC/Ministério da Saúde) e das Comissões Estaduais de Direitos Humanos.
A Reprolatina foi definida como instituição responsável pela realização da pesquisa e preparou a proposta que, após ser aprovada pela SECAD, ECOS e Pathfinder do Brasil, foi enviada para o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (CEP/UNICAMP), sendo aprovado em 15 de julho de 2008.
Pro-Posições, 2018
O objetivo deste artigo é, a partir de uma revisão crítica de parte dos estudos brasileiros que ... more O objetivo deste artigo é, a partir de uma revisão crítica de parte dos estudos brasileiros que tematizaram as relações entre educação, juventude e política, na última década, analisar o peso conferido aos processos educativos e a diferentes instâncias formativas, no desenvolvimento dos modos como os jovens se relacionam com a política. Além disso, interessam as tendências apontadas por esses estudos, no que diz respeito às modalidades de engajamento e participação entre os jovens, suas motivações e seus sentidos. Lança-se mão também dos dados de um estudo sobre o engajamento de jovens Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT), tendo em vista problematizar potencialidades e limites da discussão sobre o engajamento político da juventude.
Pro-Posições, 2018
Os trabalhos conduzidos por Anne Muxel são referências incontornáveis para todo pesquisador que p... more Os trabalhos conduzidos por Anne Muxel são referências incontornáveis para todo pesquisador que pretenda discutir o desenvolvimento de comportamentos políticos, sobretudo
entre jovens, bem como a transmissão, de uma geração a outra, de valores, práticas e percepções sobre o mundo da política, com ênfase sobre o ambiente familiar e a importância das relações de afeto que permeiam esses processos.
Esta entrevista é o resultado do início de uma interlocução que se deu em períodos diferentes, entre 2015 e 2016, por ocasião de duas temporadas de estudo e pesquisa dos entrevistadores em Paris (“doutorado-sanduíche” de Marcelo Daniliauskas e
pósdoutoramento de Kimi Tomizaki), nos quais tivemos
oportunidade de discutir nossas pesquisas e conduzir uma longa “conversa” com a autora, em dois tempos, cuja síntese
apresentaremos em seguida. Os leitores encontrarão, nesta entrevista, um esforço de síntese em torno das principais contribuições de Muxel para os estudos sobre juventude e política, partindo de questões que, atualmente, são muito desafiadoras para os pesquisadores do tema no Brasil.
Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos), 2017
O objetivo deste artigo é analisar o modo pelo qual a profissão de cuidador de idosos tem sido co... more O objetivo deste artigo é analisar o modo pelo qual a profissão de cuidador de idosos tem sido construída no Brasil. Com base numa metodologia qualitativa, são analisados discursos de ativistas dos direitos dos cuidadores e lideranças de associações de cuidadores. Trata-se de mostrar os dilemas envolvidos na definição de um espaço que não se confunde como obrigações tidas como próprias das mulheres na família e também da criação de uma área de atuação que delimite com clareza as diferenças deste trabalho com o dos profissionais da enfermagem e dos empregados domésticos.
Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos), 2017
Este artigo é um resumo com base nos resultados de pesquisa de doutorado levada a cabo entre 2011... more Este artigo é um resumo com base nos resultados de pesquisa de doutorado levada a cabo entre 2011 e 2015, na qual são analisados o processo de emergência de grupos organizados de jovens LGBT e de seu engajamento, para então problematizar e descrever: o contexto de surgimento dessas entidades, seus modos de organização e funcionamento, suas bandeiras de luta e formas de ação, tal como o perfil e o processo de engajamento desses/as jovens. Foi traçado um panorama histórico envolvendo as seguintes organizações em São Paulo: Projeto de Apoio a Gays e Lésbicas Adolescentes (PAGLA), E-jovem, XTeens, Jovens e Adolescente Homossexuais (JA) e Projeto Purpurina; Assim como traçar o cenário atual em Paris com foco nas seguintes entidades: MAG – Jeunes LGBT, Pôle Jeunesse, CONTACT e Le Refuge. Essas organizações promovem encontros, online e offline (presenciais e virtuais) de apoio mútuo voltados a jovens, que varia de 13 a 30 anos, e abordam sobretudo: autoaceitação, conflitos na família, com amigos, na escola, universidade e trabalho. Os grupos e os/as jovens apresentam ressalvas em relação à política institucional como governos, partidos, eleições, espaços de participação e controle social, pois para eles/as fazer política significa promover transformações sociais a partir de suas vidas cotidianas, que eventualmente podem passar por reivindicações pontuais em relação a legislações, políticas ou serviços públicos.
Este artigo procura situar atores e eventos que permeiam a trajetória recente dos estudos relaci... more Este artigo procura situar atores e eventos que permeiam a trajetória recente dos estudos relacionados à sexualidade no Brasil, de modo atento às suas conexões com os estudos sobre mulheres, gênero e feminismos. Para isso, situa relações com processos políticos e sociais mais abrangentes envolvendo
a sexualidade, especialmente no que concerne às dinâmicas relacionadas ao movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e às políticas a ele direcionadas, assim como com a agenda política estabelecida em fóruns internacionais, como as Conferências das Nações Unidas. Por fi m, apresenta um mapeamento nacional de grupos de pesquisa cujos estudos tematizam mulheres, gênero e sexualidade.
O presente artigo é um exercício de aplicação das perspectivas da sociologia do engajamento (SAWI... more O presente artigo é um exercício de aplicação das perspectivas da sociologia do engajamento (SAWICKI e SIMÉANT, 2011) e do netativismo (DI FELICE, 2012a e 2012b) à história de organizações de jovens LGBT com atuação na cidade de São Paulo.
A ideia desse texto não é trazer respostas prontas e absolutas sobre sexualidade, em particular ... more A ideia desse texto não é trazer respostas prontas e absolutas sobre sexualidade, em particular relacionadas às pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis ou transexuais (LGBT) e de como lidar com elas e com o preconceito e discriminação que as afligem em sala de aula, nas escolas e na sociedade. Nossa proposta é oferecer subsídios, referências e experiências para incentivar a curiosidade, a crítica e a criatividade para que cada um/a - de acordo com a posição em que ocupa na escola, na família e na sociedade, ao seu modo, e de acordo com o contexto social e cultural e dos desafios diante dos quais se encontra - trace suas próprias estratégias e ações para a promoção da igualdade e do acolhimento. Trata-se de um convite para a reflexão e para a ação por meio da superação do preconceito e da discriminação contra pessoas LGBT, mais comumente conhecido como homofobia.
Published in Brazil Today: An Encyclopedia of Life in the Republic. John J. Crocitti, Monique Val... more Published in Brazil Today: An Encyclopedia of Life in the Republic. John J. Crocitti, Monique Vallance. ABC-CLIO, 2011.
Tese se aprofunda nos contextos que levaram jovens ao ativismo LGBT nas duas cidades. Artigo es... more Tese se aprofunda nos contextos que levaram jovens ao ativismo LGBT nas duas cidades.
Artigo escrito por Larissa Lopes da Agência Universitária de Notícias da USP.
Entrevista concedida à Carta Educação. Reportagem de Thais Paiva.
Pequena entrevista sobre gênero e diversidade na escola concedida Letícia Larieira (Todos Pela Ed... more Pequena entrevista sobre gênero e diversidade na escola concedida Letícia Larieira (Todos Pela Educação)
"El Plan Nacional de Educación dejó del lado cuestiones importantes, entre ellas la de género y s... more "El Plan Nacional de Educación dejó del lado cuestiones importantes, entre ellas la de género y sexualidad”, afirma Marcelo Daniliauskas, doctorando de la Facultad de Educación de la Universidad de São Paulo (USP), al referirse al Proyecto de Ley que establece el Plan Nacional de Educación para los próximos diez años (PNE 2011-2020). Entrevista realizada por Karol Assunção de Adital.
Em entrevista ao Observatório da Educação, o pesquisador Marcelo Daniliauskas, doutorando da Facu... more Em entrevista ao Observatório da Educação, o pesquisador Marcelo Daniliauskas, doutorando da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo na temática educação, políticas públicas e questões LGBT, fala sobre o projeto de lei que institui o novo Plano Nacional de Educação e as políticas de combate à homofobia nas escolas.
Entrevista sobre minha dissertação de mestrado - por Victor Francisco Ferreira da Agência USP de... more Entrevista sobre minha dissertação de mestrado - por Victor Francisco Ferreira da Agência USP de Notícias.
Artigo originalmente publicado no Observatório da Imprensa e republicado em outro meios de comuni... more Artigo originalmente publicado no Observatório da Imprensa e republicado em outro meios de comunicação.
Aborda o tratamento da mídia no "escândalo" Andréia Albertine e Ronaldo Fenômeno: desrepeitos e acusasões de travestis.
A presente pesquisa analisa o processo de emergência de grupos organizados de jovens LGBT e de se... more A presente pesquisa analisa o processo de emergência de grupos organizados de jovens LGBT e de seu engajamento. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com fundadores/as e coordenadores/as de grupos jovens LGBT, bem como observação de campo junto às atividades desenvolvidas pelas entidades, o que permitiu problematizar e
descrever: o contexto de emergência desses grupos, seus modos de organização e funcionamento, suas bandeiras de luta e formas de ação, tal como o perfil e o processo de engajamento desses/as jovens. Assim foi possível traçar um panorama histórico envolvendo as seguintes organizações atuantes na cidade de São Paulo: Projeto de Apoio a Gays e Lésbicas Adolescentes (PAGLA), E-jovem, XTeens, Jovens e Adolescentes Homossexuais (JA) e Projeto Purpurina. Assim como traçar o cenário atual em Paris com foco nas seguintes entidades: MAG – Jeunes LGBT, Pôle Jeunesse, CONTACT e Le
Refuge. Essas organizações promovem encontros, online e offline (presenciais e virtuais) de apoio mútuo voltados a jovens, que varia de 13 a 29 anos e abordam sobretudo: autoaceitação, conflitos na família, com amigos, na escola, universidade e trabalho. Os grupos e os/as jovens apresentam ressalvas em relação à política institucional (governos, partidos, eleições, espaços de participação e controle social), para eles/as fazer política significa promover transformações sociais a partir de suas vidas cotidianas, que eventualmente podem passar por reivindicações pontuais em relação a legislações, políticas ou serviços públicos.
Esta dissertação de mestrado tematiza a agenda, planos, programas e políticas públicas que visam ... more Esta dissertação de mestrado tematiza a agenda, planos, programas e políticas públicas que visam superar a desigualdade relacionada às pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) por meio da educação no âmbito do governo federal. A pesquisa teve por objetivo colaborar para o conhecimento dos modos como tem sido problematizada a questão da sexualidade, mais especificamente a temática LGBT, na agenda de educação, bem como das demandas apontados e das políticas educacionais desenvolvidas para dar conta dos mesmos. Dentre os planos e programas analisados estão: os Programas Nacionais de Direitos Humanos, os Parâmetros Curriculares Nacionais e, por fim, o Programa Brasil Sem Homofobia. O foco estruturante desta pesquisa é o Brasil Sem Homofobia: Programa de Combate à Violência e Promoção da Cidadania GLBT. Este Programa foi escolhido por ser um importante marco do reconhecimento das pessoas LGBT enquanto sujeitos de direitos, assim como por introduzir as políticas sobre diversidade sexual e identidade de gênero na educação. O referencial analítico-teóricos desta pesquisa baseia-se especialmente na trajetória de políticas educacionais, com base em Stephen Ball, e na justiça social, a partir das contribuições de Nancy Fraser. Os procedimentos metodológicos empregados foram a análise documental dos planos e programas citados e entrevistas semi-estruturadas com pessoas ligadas ao Movimento LGBT e gestores/as e técnicos/as do governo, que participaram diretamente do processo de criação e/ou implementação do Brasil Sem Homofobia. Este trabalho analisa o BSH e as políticas educacionais de diversidade sexual e identidade de gênero executadas no período de 2005 a 2010, após o lançamento do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, que se torna o novo documento norteador das políticas a serem implementadas pelos ministérios e secretarias do governo federal. Nesta trajetória percebeu-se que pessoas LGBT passam de "temas polêmicos" a "sujeitos de direitos" nas políticas públicas de direitos humanos e de educação, bem como a violência física enquanto justificativa de políticas vai cedendo espaço para a superação das desigualdades.
O objetivo desse trabalho é incentivar a participação das organizações de defesa do consumidor na... more O objetivo desse trabalho é incentivar a participação das organizações de defesa do consumidor na regulação. Aborda a importância da participção social e a incidência dessas orgnizações nos processos regulatórios, conceitos relativos a esse campo, principais canais de participação e monitoramento de legislações pertinentes às quatro agências reguladoras nacionais que são objeto do Banco de Dados de Monitoramento da Regulação: Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Por fim, apresenta um tutorial sobre o banco de dados.
Apresentamos a vocês o Panorama das Organizações da Associação Brasileira de ONGs - ABONG. Esse m... more Apresentamos a vocês o Panorama das Organizações da Associação Brasileira de ONGs - ABONG. Esse material é resultado de uma pesquisa realizada pela ABONG sobre seu campo associativo, e permite alimentar em cada uma (um) o desafio de conhecer melhor parte de um universo bastante complexo, diverso, dinâmico e desigual.
O projeto Escola sem Homofobia foi desenvolvido pela Pathfinder do Brasil, em parceria com a ABGL... more O projeto Escola sem Homofobia foi desenvolvido pela Pathfinder do Brasil, em parceria com a ABGLT, ECOS e Reprolatina – Sol. In. em Saúde Sexual e reprodutiva. A proposta de projeto foi apresentada em resposta à Emenda Parlamentar nº 50340005, que tem como finalidade “Contribuir para a implementação do Programa Gênero e Diversidade Sexual nas Escolas, do Ministério da Educação, através de ações que promovam ambientes políticos e sociais favoráveis à garantia dos direitos humanos e da respeitabilidade das orientações sexuais e identidade de gênero no âmbito escolar brasileiro”. A proposta, discutida previamente pelos parceiros, obteve aprovação e apoio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) do Ministério de Educação e Cultura (MEC).
O projeto visa à realização de dois produtos específicos:
Recomendações para orientar a revisão, formulação e implementação de políticas públicas que enfoquem a questão da homofobia nos processos gerenciais e técnicos do sistema educacional público brasileiro;
Estratégia de comunicação para trabalhar a diversidade sexual de forma mais consistente e justa em contextos educativos e que repercuta nos diversos valores culturais atuais.
Para contribuir para a realização do primeiro produto foram desenhadas duas atividades:
• Pesquisa qualitativa em 11 capitais brasileiras visando conhecer as percepções, conhecimentos e atitudes da comunidade escolar frente às diversidades e orientações sexuais e de gênero, conceito e percepção da homofobia e do programa Brasil sem Homofobia no processo educativo, focalizando Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e escolas do Ensino Fundamental (6º a 9º ano) da rede pública.
• Realização de encontros regionais para promover e facilitar a discussão aprofundada e qualificada da homofobia nas escolas, congregando lideranças do movimento LGBT, gestores estaduais e municipais da Educação, representantes dos Comitês Gestores Estaduais do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (MEC/Ministério da Saúde) e das Comissões Estaduais de Direitos Humanos.
A Reprolatina foi definida como instituição responsável pela realização da pesquisa e preparou a proposta que, após ser aprovada pela SECAD, ECOS e Pathfinder do Brasil, foi enviada para o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (CEP/UNICAMP), sendo aprovado em 15 de julho de 2008.
As questões de gênero e sexualidade estão presentes no cotidiano escolar e na sociedade como um t... more As questões de gênero e sexualidade estão presentes no cotidiano escolar e na sociedade como um todo, por conta disso há uma série de leis e diretrizes da educação que preveem a incorporação desses temas: a) na formação inicial e continuada de professores/as; b) nos currículos escolares; c) na mediação de conflitos e na prevenção do bullying no ambiente escolar; e d) nos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas.
Para sensibilizar a comunidade escolar sobre a legislação existente e a importância de tratar essas temáticas nas escolas é que esse material foi desenvolvido pela Reprolatina, através do Projeto “Fazer Valer: Jovens pelo Direito à Educação Integral em Sexualidade”, com apoio da
IPPF/RHO.
Autoria:
Marcelo Daniliauskas
Especialista em políticas públicas, gênero e sexualidade.
Mestre e Doutor em Sociologia da Educação pela FE-USP.
Rodrigo Correia
Educador
Consultor da Reprolatina nos projetos com adolescentes e jovens
Margarita Díaz
Enfermeira Obstétrica/ Educadora Sexual
Mestre e Doutora em Educação pela UNICAMP
Presidenta da Reprolatina
Francisco Cabral
Psicólogo Clínico
Especialista em Sexualidade Humana
MBA em gestão de Marketing
Vice-Presidente da Reprolatina
O Guia “Juventudes e os Direitos Sexuais e Reprodutivos” foi elaborado como parte do Projeto “Jov... more O Guia “Juventudes e os Direitos Sexuais e Reprodutivos” foi elaborado como parte do Projeto “Jovens Mobilizadores/as pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos” coordenado pela ONG Reprolatina – Soluções Inovadoras em Saúde Sexual e Reprodutiva em parceria com a Fundação FEAC de Campinas. O Projeto tem como objetivo capacitar jovens para que atuem como educadores/as de jovens e como agentes mobilizadores/as dos direitos sexuais e reprodutivos e das políticas públicas de juventudes na área da saúde sexual e reprodutiva e da educação integral em sexualidade, visando diminuir as vulnerabilidades dos/as jovens para a gravidez não planejada, as infecções sexualmente transmissíveis (IST), incluindo o HIV-Aids, as violências e o bullying no ambiente escolar.
Este Guia visa melhorar as informações dos/as jovens sobre seus direitos sexuais e reprodutivos, sobre as leis que respaldam esses direitos para que possam exercê-los e participar efetivamente nos espaços de organização social promovendo as políticas públicas de juventude na área da saúde sexual e reprodutiva e da educação integral em sexualidade.