Maria Izabel Raso Tafuri - Academia.edu (original) (raw)
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Papers by Maria Izabel Raso Tafuri
Psyche, Dec 1, 2008
Na década de 30, Klein demonstrou a eficácia das interpretações no caso do pequeno Dick estabelec... more Na década de 30, Klein demonstrou a eficácia das interpretações no caso do pequeno Dick estabelecendo um paradigma clássico na psicanálise com crianças autistas: as interpretações de gestos pouco representativos são essenciais para a criação da relação transferencial com uma criança ensimesmada. Este texto pretende discutir as implicações do paradigma kleiniano na clínica psicanalítica contemporânea a partir do contexto histórico no qual ocorreu a análise de Dick e da evolução do pensamento psicanalítico a respeito da clínica com a criança autista. Chega-se à conclusão de que a clínica psicanalítica com a criança autista pode ser pensada para além da técnica clássica-as interpretações.
Natureza Humana, Dec 1, 2008
Estilos Da Clinica, Dec 1, 2007
Estilos Da Clinica, Dec 1, 2008
Revista Mal Estar E Subjetividade, 2009
O presente artigo tem como foco o sofrimento psíquico grave na clínica com crianças utilizando a ... more O presente artigo tem como foco o sofrimento psíquico grave na clínica com crianças utilizando a psicanálise como referencial teórico. Inicialmente, justifica-se a utilização do termo "sofrimento psíquico grave", expondo-se algumas dificuldades e problemas das classificações psiquiátricas, realizando-se, então, uma crítica a abordagens reducionistas e organicistas que acabam fazendo uma predição negativa do futuro da criança e dos pais, correndo o risco de paralisar a criança em rótulos. Assim, em vez da avaliação Revista Mal-estaR e subjetividade-FoRtaleza-vol. iX-Nº 2p. 527-550-juN/2009 lívia MilhoMeM jaNuáRio e MaRia izabel taFuRi Revista Mal-estaR e subjetividade-FoRtaleza-vol. iX-Nº 2p. 527-550-juN/2009 diagnóstica abrir o caminho para um processo terapêutico, ela acaba fazendo fechamentos e conclusões. Na segunda parte desse artigo, é explicitado o paradigma trazido por Melanie Klein sobre a aplicabilidade e a eficácia da utilização do método psicanalítico com crianças em sofrimento psíquico grave e o paradoxo de Kanner referente ao uso inadequado da noção de autismo. Por fim, são citadas algumas contribuições da psicanálise ao estudo do sofrimento psíquico grave onde adota-se a postura clínica de escutar o sujeito para além da patologia e do sintoma, pensando a criança como um ser com singularidades na qual sua forma de ser não se vincula somente à psicopatologia, mas sobretudo à constituição psíquica. Com essa postura, o analista abre espaço para que a experiência clínica seja fundada no acolhimento, na espontaneidade e na criatividade.
Estilos Da Clinica, Dec 1, 2007
Natureza Humana, Dec 1, 2008
Neste artigo, reflete-se sobre a importância de pensar a relação transferencial na clínica com cr... more Neste artigo, reflete-se sobre a importância de pensar a relação transferencial na clínica com crianças em sofrimento psíquico grave para além da interpretação. Utilizando como referencial teórico e clínico as contribuições de Winnicott, é relatado um estudo de caso, no qual a transferência é marcada pela destruição e pela sobrevivência da analista em um ambiente holding, a partir do qual a criança pôde usar a analista, retomando o processo de constituição de si mesma e da externalidade do mundo.
Psicologia Em Revista, Oct 21, 2008
Neste trabalho discute-se a evolução do pensamento psicanalítico a partir da noção de autismo nor... more Neste trabalho discute-se a evolução do pensamento psicanalítico a partir da noção de autismo normal e sua posterior refutação, feita por Tustin, em 1991. A proposta de refutação pode ser vista como perpetuação de outro erro: a imprecisão conceitual criada por Mahler desde a definição original do termo. Tustin restringiu, à moda de Mahler, a noção de satisfação autística do lactente na "casca do ovo" à de autismo normal. Dessa forma, a refutação do autismo normal recai na mesma problemática gerada por Bleuler e Kanner: a subtração de Eros do conceito de auto-erotismo.
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2012
Este artigo reflete sobre a pesquisa e a escrita em psicanálise na universidade. São desenvolvida... more Este artigo reflete sobre a pesquisa e a escrita em psicanálise na universidade. São desenvolvidas reflexões críticas sobre o método psicanalítico no cenário acadêmico, as estratégias metodológicas de pesquisa em psicanálise, o lugar do analista-pesquisador neste processo, e as implicações da escrita em psicanálise.
Psicologia Clínica, 2010
O artigo reflete a relação transferencial na clínica psicanalítica com crianças autistas. Verific... more O artigo reflete a relação transferencial na clínica psicanalítica com crianças autistas. Verifica-se que, a partir do trabalho de Melanie Klein (1930), a análise da transferência com crianças autistas é realizada por meio de interpretações verbais e o lugar do analista é o de intérprete. A partir do pensamento de Winnicott, o analista ganha outro lugar na situação transferencial com a criança autista para além da função de intérprete. Dentre as ideias de Winnicott, enfatiza-se a questão do holding e da interpretação, o modelo da "mãe suficientemente boa" como um norteador da transferência e a importância dos vínculos sensoriais não-verbais na relação transferencial.
On countertransference concept in Freud, Ferenczi and Heimann All analysis is inevitably pierced ... more On countertransference concept in Freud, Ferenczi and Heimann All analysis is inevitably pierced by the countertransference. This phenomenon is one of the key issues of psychoanalytic's theory and technique as it affects the analyst in his daily clinical and refers to his personal analysis, clinical supervision and writing, because of the anguish relative to the transference's disturbing strangeness. Denoted its importance in this text, we will investigate the construction of its concept in Sigmund Freud as a experience necessary, but also as a problem to be solved, in Sándor Ferenczi's work, when approaching the countertransference as an inherent part of the transference relationship and the analytical technique. We will also demonstrate its subsequent comprehension by Paula Heimann in 1950, who made a major shift at the understanding of the term as an essential tool for analytical method.
Psychê, 2008
Na década de 30, Klein demonstrou a eficácia das interpretações no caso do pequeno Dick estabelec... more Na década de 30, Klein demonstrou a eficácia das interpretações no caso do pequeno Dick estabelecendo um paradigma clássico na psicanálise com crianças autistas: as interpretações de gestos pouco representativos são essenciais para a criação da relação transferencial com uma criança ensimesmada. Este texto pretende discutir as implicações do paradigma kleiniano na clínica psicanalítica contemporânea a partir do contexto histórico no qual ocorreu a análise de Dick e da evolução do pensamento psicanalítico a respeito da clínica com a criança autista. Chega-se à conclusão de que a clínica psicanalítica com a criança autista pode ser pensada para além da técnica clássica-as interpretações.
Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 2011
Este artigo reflete sobre a importância de pensar a relação transferencial na clínica psicanalíti... more Este artigo reflete sobre a importância de pensar a relação transferencial na clínica psicanalítica para além da interpretação. Para isso, utiliza-se a concepção de Winnicott como referencial teórico, sendo ressaltadas a noção de holding, a regressão à dependência e a questão do uso de objetos e sua influência sobre a técnica da interpretação. Winnicott revela que na clínica com alguns pacientes, em especial os autistas e psicóticos, o objetivo da análise, antes de fornecer interpretações, é proporcionar um ambiente suficientemente bom a partir do qual o sujeito pode retomar o processo de constituição de si mesmo e da externalidade do mundo.
Revista Latinoamericana de …, 2000
Psyche, Dec 1, 2008
Na década de 30, Klein demonstrou a eficácia das interpretações no caso do pequeno Dick estabelec... more Na década de 30, Klein demonstrou a eficácia das interpretações no caso do pequeno Dick estabelecendo um paradigma clássico na psicanálise com crianças autistas: as interpretações de gestos pouco representativos são essenciais para a criação da relação transferencial com uma criança ensimesmada. Este texto pretende discutir as implicações do paradigma kleiniano na clínica psicanalítica contemporânea a partir do contexto histórico no qual ocorreu a análise de Dick e da evolução do pensamento psicanalítico a respeito da clínica com a criança autista. Chega-se à conclusão de que a clínica psicanalítica com a criança autista pode ser pensada para além da técnica clássica-as interpretações.
Natureza Humana, Dec 1, 2008
Estilos Da Clinica, Dec 1, 2007
Estilos Da Clinica, Dec 1, 2008
Revista Mal Estar E Subjetividade, 2009
O presente artigo tem como foco o sofrimento psíquico grave na clínica com crianças utilizando a ... more O presente artigo tem como foco o sofrimento psíquico grave na clínica com crianças utilizando a psicanálise como referencial teórico. Inicialmente, justifica-se a utilização do termo "sofrimento psíquico grave", expondo-se algumas dificuldades e problemas das classificações psiquiátricas, realizando-se, então, uma crítica a abordagens reducionistas e organicistas que acabam fazendo uma predição negativa do futuro da criança e dos pais, correndo o risco de paralisar a criança em rótulos. Assim, em vez da avaliação Revista Mal-estaR e subjetividade-FoRtaleza-vol. iX-Nº 2p. 527-550-juN/2009 lívia MilhoMeM jaNuáRio e MaRia izabel taFuRi Revista Mal-estaR e subjetividade-FoRtaleza-vol. iX-Nº 2p. 527-550-juN/2009 diagnóstica abrir o caminho para um processo terapêutico, ela acaba fazendo fechamentos e conclusões. Na segunda parte desse artigo, é explicitado o paradigma trazido por Melanie Klein sobre a aplicabilidade e a eficácia da utilização do método psicanalítico com crianças em sofrimento psíquico grave e o paradoxo de Kanner referente ao uso inadequado da noção de autismo. Por fim, são citadas algumas contribuições da psicanálise ao estudo do sofrimento psíquico grave onde adota-se a postura clínica de escutar o sujeito para além da patologia e do sintoma, pensando a criança como um ser com singularidades na qual sua forma de ser não se vincula somente à psicopatologia, mas sobretudo à constituição psíquica. Com essa postura, o analista abre espaço para que a experiência clínica seja fundada no acolhimento, na espontaneidade e na criatividade.
Estilos Da Clinica, Dec 1, 2007
Natureza Humana, Dec 1, 2008
Neste artigo, reflete-se sobre a importância de pensar a relação transferencial na clínica com cr... more Neste artigo, reflete-se sobre a importância de pensar a relação transferencial na clínica com crianças em sofrimento psíquico grave para além da interpretação. Utilizando como referencial teórico e clínico as contribuições de Winnicott, é relatado um estudo de caso, no qual a transferência é marcada pela destruição e pela sobrevivência da analista em um ambiente holding, a partir do qual a criança pôde usar a analista, retomando o processo de constituição de si mesma e da externalidade do mundo.
Psicologia Em Revista, Oct 21, 2008
Neste trabalho discute-se a evolução do pensamento psicanalítico a partir da noção de autismo nor... more Neste trabalho discute-se a evolução do pensamento psicanalítico a partir da noção de autismo normal e sua posterior refutação, feita por Tustin, em 1991. A proposta de refutação pode ser vista como perpetuação de outro erro: a imprecisão conceitual criada por Mahler desde a definição original do termo. Tustin restringiu, à moda de Mahler, a noção de satisfação autística do lactente na "casca do ovo" à de autismo normal. Dessa forma, a refutação do autismo normal recai na mesma problemática gerada por Bleuler e Kanner: a subtração de Eros do conceito de auto-erotismo.
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2012
Este artigo reflete sobre a pesquisa e a escrita em psicanálise na universidade. São desenvolvida... more Este artigo reflete sobre a pesquisa e a escrita em psicanálise na universidade. São desenvolvidas reflexões críticas sobre o método psicanalítico no cenário acadêmico, as estratégias metodológicas de pesquisa em psicanálise, o lugar do analista-pesquisador neste processo, e as implicações da escrita em psicanálise.
Psicologia Clínica, 2010
O artigo reflete a relação transferencial na clínica psicanalítica com crianças autistas. Verific... more O artigo reflete a relação transferencial na clínica psicanalítica com crianças autistas. Verifica-se que, a partir do trabalho de Melanie Klein (1930), a análise da transferência com crianças autistas é realizada por meio de interpretações verbais e o lugar do analista é o de intérprete. A partir do pensamento de Winnicott, o analista ganha outro lugar na situação transferencial com a criança autista para além da função de intérprete. Dentre as ideias de Winnicott, enfatiza-se a questão do holding e da interpretação, o modelo da "mãe suficientemente boa" como um norteador da transferência e a importância dos vínculos sensoriais não-verbais na relação transferencial.
On countertransference concept in Freud, Ferenczi and Heimann All analysis is inevitably pierced ... more On countertransference concept in Freud, Ferenczi and Heimann All analysis is inevitably pierced by the countertransference. This phenomenon is one of the key issues of psychoanalytic's theory and technique as it affects the analyst in his daily clinical and refers to his personal analysis, clinical supervision and writing, because of the anguish relative to the transference's disturbing strangeness. Denoted its importance in this text, we will investigate the construction of its concept in Sigmund Freud as a experience necessary, but also as a problem to be solved, in Sándor Ferenczi's work, when approaching the countertransference as an inherent part of the transference relationship and the analytical technique. We will also demonstrate its subsequent comprehension by Paula Heimann in 1950, who made a major shift at the understanding of the term as an essential tool for analytical method.
Psychê, 2008
Na década de 30, Klein demonstrou a eficácia das interpretações no caso do pequeno Dick estabelec... more Na década de 30, Klein demonstrou a eficácia das interpretações no caso do pequeno Dick estabelecendo um paradigma clássico na psicanálise com crianças autistas: as interpretações de gestos pouco representativos são essenciais para a criação da relação transferencial com uma criança ensimesmada. Este texto pretende discutir as implicações do paradigma kleiniano na clínica psicanalítica contemporânea a partir do contexto histórico no qual ocorreu a análise de Dick e da evolução do pensamento psicanalítico a respeito da clínica com a criança autista. Chega-se à conclusão de que a clínica psicanalítica com a criança autista pode ser pensada para além da técnica clássica-as interpretações.
Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 2011
Este artigo reflete sobre a importância de pensar a relação transferencial na clínica psicanalíti... more Este artigo reflete sobre a importância de pensar a relação transferencial na clínica psicanalítica para além da interpretação. Para isso, utiliza-se a concepção de Winnicott como referencial teórico, sendo ressaltadas a noção de holding, a regressão à dependência e a questão do uso de objetos e sua influência sobre a técnica da interpretação. Winnicott revela que na clínica com alguns pacientes, em especial os autistas e psicóticos, o objetivo da análise, antes de fornecer interpretações, é proporcionar um ambiente suficientemente bom a partir do qual o sujeito pode retomar o processo de constituição de si mesmo e da externalidade do mundo.
Revista Latinoamericana de …, 2000