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Papers by Maurício Orosco
Revista Vortex, Oct 11, 2023
Revista Vortex, Oct 11, 2023
Resumo: Este artigo enfoca os bastidores de uma pesquisa de doutoramento envolvendo indagações, p... more Resumo: Este artigo enfoca os bastidores de uma pesquisa de doutoramento envolvendo indagações, preocupações e apontamentos técnicos e musicais de Sérgio Abreu (1948-2023) na ocasião de escrita da tese e no momento em que ele elaborou sugestões para o Concerto para Violão e Orquestra de Francisco Mignone (1897-1986). Após análises preliminares de outras obras do repertório violonístico, associamos as sugestões do violonista à tradição revisional iniciada por Andrés Segovia (1893-1987) e ao conceito de "relação horizontal (não hierarquizada)" entre intérpretes e compositores. Posteriormente, subentendemos dois grupos visando enquadrar cinco dentre as trinta sugestões propostas, sendo uma delas representativa da conciliação entre técnica e música, de âmbito local, e outras quatro claramente alinhadas no segundo grupo, inventivo-musical, com base nas quais fazemos conjecturas macroestruturais e aportes consequentes à obra.
Esta tese aborda o Concerto para Violão e Orquestra de Francisco Mignone, ainda pouco conhecido d... more Esta tese aborda o Concerto para Violão e Orquestra de Francisco Mignone, ainda pouco conhecido do público e violonistas de modo geral, apesar de seu retorno gradativo aos programas de concerto durante a última década. Nosso trabalho abrangeu duas frentes: a revisão da obra como um todo e o estudo das sugestões de Sérgio Abreu para a parte solista, concebida como apoio às primeiras apresentações brasileiras. A revisão da parte orquestral, a partir do confronto entre fontes primárias, seguiu ideias centrais de James Grier em seu conceito do intérprete-editor, que intervém para prover uma partitura alinhada às suas fontes históricas, ao mesmo tempo de fácil leitura e realização. Contextualizamos as proposições violonísticas de Sérgio Abreu em meio a revisões representativas de outros repertórios por personagens referenciais do instrumento, com as análises iniciais balizadas em princípios gerais do estruturalismo de Arnold Schönberg e William Caplin. Posteriormente as confrontamos também com as fontes primárias do violão solista e contexto orquestral. Embora nossa meta principal tenha sido a revisão crítica deste Concerto, nossa dupla abordagem propiciou uma reflexão em torno de suas características centrais, com desfecho das análises em nossas considerações finais. Os resultados podem ser resumidos na ideia geral de que a revisão crítica se torna progressivamente um hábito do intérprete violonista a partir do século XX e, especificamente, na elaboração de nossa partitura crítica do Concerto, com proposições também de nossa parte.
Renewable Energy and Power Quality Journal, 2008
(UFU) desde 2003, tendo também lecionado na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em... more (UFU) desde 2003, tendo também lecionado na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em 2004. Na UFU atua também no Mestrado em Música, na linha de pesquisa "Processos Analíticos, Criativos, Interpretativos e Historiográficos em Música". Como violonista, iniciou sua formação musical com Ademir Faccioli, dando prosseguimento com Edelton Gloeden, na Universidade de São Paulo (USP). Nesta mesma universidade cursou o mestrado (com bolsa FAPESP) e o doutorado (bolsa CAPES) sob orientação de Flávia Camargo Toni e Rubens Russomano Ricciardi, respectivamente. Em sua dissertação estudou as composições de Isaias Sávio, gravando parte representativa em CD não comercial financiado pela FAPESP. Sua tese apresenta uma edição crítica do Concerto para violão e orquestra de Francisco Mignone a partir das sugestões de Sérgio Abreu para a parte solística e do confronto entre as fontes primárias da obra. Seu CD Maurício Orosco-Da Própria Lavra-Volume 1 apresenta uma síntese de suas composições concebidas até 2010. Atualmente sua ênfase como instrumentista abrange atuações como solística e camerista, conciliando performance e pesquisa nos mais diversos eventos artísticos, científicos e em projetos sociais.
Revista Vortex, 2019
Este artigo aborda o arranjo de Messias Britto para cavaquinho solo do choro Carinhoso, de Pixing... more Este artigo aborda o arranjo de Messias Britto para cavaquinho solo do choro Carinhoso, de Pixinguinha, comentando suas soluções técnicas e musicais para a obtenção de planos musicais simultâneos no instrumento. Para tanto, partimos do entendimento das fases musicais no choro, pelas quais passou o instrumento visando a entender esta tendência atual, aqui representada por Messias Brito. Em seguida, analisamos alguns procedimentos idiomáticos para a obtenção de planos simultâneos no instrumento, bem como o uso estrutural destes no arranjo em questão.
Revista Vortex, 2019
Este artigo apresenta um estudo das texturas constituídas por linhas melódicas simples e baixos h... more Este artigo apresenta um estudo das texturas constituídas por linhas melódicas simples e baixos harmônicos explorados por Francisco Araújo em suas obras mais simples e também em obras de caráter virtuosístico. Nesse sentido, contextualizamos inicialmente a prática da revisão crítica no repertório do instrumento e analisamos trechos de diversas obras do autor buscando entender esta característica de sua escrita e algumas relações desta com suas escolhas como violonista. Posteriormente, apresentamos sugestões de revisão para pontos específicos de Recife Antigo (2019) visando aumentar o contraste entre as seções, tornando-as sutilmente mais oponentes e complementares. Ao final do artigo, trazemos a partitura completa da obra.
Este texto apresenta uma analise comparativa entre a partitura de Gran Solo op. 14 , de Fernando ... more Este texto apresenta uma analise comparativa entre a partitura de Gran Solo op. 14 , de Fernando Sor, e a versao de Dionisio Aguado para a obra. O foco incide na revisao critica balizada por principios basicos das teorias estruturalistas de Arnold Schonberg e William Caplin. Supostamente, a versao de Aguado teria feito tao somente adicoes a partitura original para lhe propiciar brilho maior (virtuosismo) sem interferencias maiores ou outras intencoes. Mesmo com esse intuito descrito explicitamente na versao revisada por Aguado, buscamos mostrar que sua partitura traz uma nova configuracao da peca com suas partes internas equilibradas em medidas e figuracoes de contrastes; e isso caracteriza uma revisao critica do material.
Ouvirouver, 2016
Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1 004... more Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1 004, circunscrita aos sessenta primeiros compassos. Nosso intuito é demonstrar como Segovia explora as possibilidades acordais do violão de modo a prover uma versão de sonoridade robusta, com ênfase em blocos harmônicos. Através das análises, conjecturamos como esta versão se insere em seu contexto histórico, buscando comprovar a capacidade do violão em um discurso musical de fôlego maior. Para entendermos as adições de notas de Segovia, confrontaremos sua versão com a que lhe serviu de base, de Feruccio Busoni (1 924), e também com a versão recente de Gustavo Costa (201 2), que apresenta uma proposta de pensamento contrapontístico, a exemplo de como procedem os transcritores no século XXI.
Ouvirouver, 2016
Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1 004... more Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1 004, circunscrita aos sessenta primeiros compassos. Nosso intuito é demonstrar como Segovia explora as possibilidades acordais do violão de modo a prover uma versão de sonoridade robusta, com ênfase em blocos harmônicos. Através das análises, conjecturamos como esta versão se insere em seu contexto histórico, buscando comprovar a capacidade do violão em um discurso musical de fôlego maior. Para entendermos as adições de notas de Segovia, confrontaremos sua versão com a que lhe serviu de base, de Feruccio Busoni (1 924), e também com a versão recente de Gustavo Costa (201 2), que apresenta uma proposta de pensamento contrapontístico, a exemplo de como procedem os transcritores no século XXI.
Revista Vortex, Oct 11, 2023
Revista Vortex, Oct 11, 2023
Resumo: Este artigo enfoca os bastidores de uma pesquisa de doutoramento envolvendo indagações, p... more Resumo: Este artigo enfoca os bastidores de uma pesquisa de doutoramento envolvendo indagações, preocupações e apontamentos técnicos e musicais de Sérgio Abreu (1948-2023) na ocasião de escrita da tese e no momento em que ele elaborou sugestões para o Concerto para Violão e Orquestra de Francisco Mignone (1897-1986). Após análises preliminares de outras obras do repertório violonístico, associamos as sugestões do violonista à tradição revisional iniciada por Andrés Segovia (1893-1987) e ao conceito de "relação horizontal (não hierarquizada)" entre intérpretes e compositores. Posteriormente, subentendemos dois grupos visando enquadrar cinco dentre as trinta sugestões propostas, sendo uma delas representativa da conciliação entre técnica e música, de âmbito local, e outras quatro claramente alinhadas no segundo grupo, inventivo-musical, com base nas quais fazemos conjecturas macroestruturais e aportes consequentes à obra.
Esta tese aborda o Concerto para Violão e Orquestra de Francisco Mignone, ainda pouco conhecido d... more Esta tese aborda o Concerto para Violão e Orquestra de Francisco Mignone, ainda pouco conhecido do público e violonistas de modo geral, apesar de seu retorno gradativo aos programas de concerto durante a última década. Nosso trabalho abrangeu duas frentes: a revisão da obra como um todo e o estudo das sugestões de Sérgio Abreu para a parte solista, concebida como apoio às primeiras apresentações brasileiras. A revisão da parte orquestral, a partir do confronto entre fontes primárias, seguiu ideias centrais de James Grier em seu conceito do intérprete-editor, que intervém para prover uma partitura alinhada às suas fontes históricas, ao mesmo tempo de fácil leitura e realização. Contextualizamos as proposições violonísticas de Sérgio Abreu em meio a revisões representativas de outros repertórios por personagens referenciais do instrumento, com as análises iniciais balizadas em princípios gerais do estruturalismo de Arnold Schönberg e William Caplin. Posteriormente as confrontamos também com as fontes primárias do violão solista e contexto orquestral. Embora nossa meta principal tenha sido a revisão crítica deste Concerto, nossa dupla abordagem propiciou uma reflexão em torno de suas características centrais, com desfecho das análises em nossas considerações finais. Os resultados podem ser resumidos na ideia geral de que a revisão crítica se torna progressivamente um hábito do intérprete violonista a partir do século XX e, especificamente, na elaboração de nossa partitura crítica do Concerto, com proposições também de nossa parte.
Renewable Energy and Power Quality Journal, 2008
(UFU) desde 2003, tendo também lecionado na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em... more (UFU) desde 2003, tendo também lecionado na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em 2004. Na UFU atua também no Mestrado em Música, na linha de pesquisa "Processos Analíticos, Criativos, Interpretativos e Historiográficos em Música". Como violonista, iniciou sua formação musical com Ademir Faccioli, dando prosseguimento com Edelton Gloeden, na Universidade de São Paulo (USP). Nesta mesma universidade cursou o mestrado (com bolsa FAPESP) e o doutorado (bolsa CAPES) sob orientação de Flávia Camargo Toni e Rubens Russomano Ricciardi, respectivamente. Em sua dissertação estudou as composições de Isaias Sávio, gravando parte representativa em CD não comercial financiado pela FAPESP. Sua tese apresenta uma edição crítica do Concerto para violão e orquestra de Francisco Mignone a partir das sugestões de Sérgio Abreu para a parte solística e do confronto entre as fontes primárias da obra. Seu CD Maurício Orosco-Da Própria Lavra-Volume 1 apresenta uma síntese de suas composições concebidas até 2010. Atualmente sua ênfase como instrumentista abrange atuações como solística e camerista, conciliando performance e pesquisa nos mais diversos eventos artísticos, científicos e em projetos sociais.
Revista Vortex, 2019
Este artigo aborda o arranjo de Messias Britto para cavaquinho solo do choro Carinhoso, de Pixing... more Este artigo aborda o arranjo de Messias Britto para cavaquinho solo do choro Carinhoso, de Pixinguinha, comentando suas soluções técnicas e musicais para a obtenção de planos musicais simultâneos no instrumento. Para tanto, partimos do entendimento das fases musicais no choro, pelas quais passou o instrumento visando a entender esta tendência atual, aqui representada por Messias Brito. Em seguida, analisamos alguns procedimentos idiomáticos para a obtenção de planos simultâneos no instrumento, bem como o uso estrutural destes no arranjo em questão.
Revista Vortex, 2019
Este artigo apresenta um estudo das texturas constituídas por linhas melódicas simples e baixos h... more Este artigo apresenta um estudo das texturas constituídas por linhas melódicas simples e baixos harmônicos explorados por Francisco Araújo em suas obras mais simples e também em obras de caráter virtuosístico. Nesse sentido, contextualizamos inicialmente a prática da revisão crítica no repertório do instrumento e analisamos trechos de diversas obras do autor buscando entender esta característica de sua escrita e algumas relações desta com suas escolhas como violonista. Posteriormente, apresentamos sugestões de revisão para pontos específicos de Recife Antigo (2019) visando aumentar o contraste entre as seções, tornando-as sutilmente mais oponentes e complementares. Ao final do artigo, trazemos a partitura completa da obra.
Este texto apresenta uma analise comparativa entre a partitura de Gran Solo op. 14 , de Fernando ... more Este texto apresenta uma analise comparativa entre a partitura de Gran Solo op. 14 , de Fernando Sor, e a versao de Dionisio Aguado para a obra. O foco incide na revisao critica balizada por principios basicos das teorias estruturalistas de Arnold Schonberg e William Caplin. Supostamente, a versao de Aguado teria feito tao somente adicoes a partitura original para lhe propiciar brilho maior (virtuosismo) sem interferencias maiores ou outras intencoes. Mesmo com esse intuito descrito explicitamente na versao revisada por Aguado, buscamos mostrar que sua partitura traz uma nova configuracao da peca com suas partes internas equilibradas em medidas e figuracoes de contrastes; e isso caracteriza uma revisao critica do material.
Ouvirouver, 2016
Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1 004... more Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1 004, circunscrita aos sessenta primeiros compassos. Nosso intuito é demonstrar como Segovia explora as possibilidades acordais do violão de modo a prover uma versão de sonoridade robusta, com ênfase em blocos harmônicos. Através das análises, conjecturamos como esta versão se insere em seu contexto histórico, buscando comprovar a capacidade do violão em um discurso musical de fôlego maior. Para entendermos as adições de notas de Segovia, confrontaremos sua versão com a que lhe serviu de base, de Feruccio Busoni (1 924), e também com a versão recente de Gustavo Costa (201 2), que apresenta uma proposta de pensamento contrapontístico, a exemplo de como procedem os transcritores no século XXI.
Ouvirouver, 2016
Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1 004... more Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1 004, circunscrita aos sessenta primeiros compassos. Nosso intuito é demonstrar como Segovia explora as possibilidades acordais do violão de modo a prover uma versão de sonoridade robusta, com ênfase em blocos harmônicos. Através das análises, conjecturamos como esta versão se insere em seu contexto histórico, buscando comprovar a capacidade do violão em um discurso musical de fôlego maior. Para entendermos as adições de notas de Segovia, confrontaremos sua versão com a que lhe serviu de base, de Feruccio Busoni (1 924), e também com a versão recente de Gustavo Costa (201 2), que apresenta uma proposta de pensamento contrapontístico, a exemplo de como procedem os transcritores no século XXI.