Marcio Recchia - Academia.edu (original) (raw)
Dissertation Chapter by Marcio Recchia
Portugal, um país “neutro” perante a guerra: a desconstrução da propaganda salazarista em Fantasia Lusitana, 2018
António de Oliveira Salazar foi a figura central do Estado Novo português (1933-1974), responsáve... more António de Oliveira Salazar foi a figura central do Estado Novo português (1933-1974), responsável pelo estabelecimento de um governo antidemocrático, autoritário, que fez uso da censura, promoveu a tortura, e criou órgãos que disseminavam os valores do regime, tais como o SPN (Secretariado da Propaganda Nacional). Podemos dizer que a atuação da propaganda foi tão eficiente durante os longos anos de ditadura que não é incomum, nos dias atuais, encontrar parcelas da população portuguesa que reproduzem vários mitos criados ou disseminados durante o governo de Salazar, chegando mesmo a enaltecer a figura do ditador. Para uma melhor compreensão desse contexto, nosso objetivo é analisar o documentário Fantasia Lusitana (2010), de João Canijo (Porto, 1957), pois nele o realizador desconstrói a propaganda salazarista, produzida, sobretudo, durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Composto exclusivamente por material de arquivo, o documentário conjuga excertos de filmes, noticiários, canções, fotografias, documentos, jornais e revistas, produzidos ou chancelados pela SPAC (Sociedade Portuguesa de Actualidades Cinematográficas), bem como material de fontes independentes ou externas, portanto, não submetido ao crivo da censura. Neste segundo bloco, destacamos o registro fotográfico de refugiados estrangeiros que utilizaram Lisboa como rota de fuga da perseguição nazista, uma vez que Portugal havia adotado o status de neutralidade durante a guerra. Entretanto, o contraponto ao discurso oficial promovido pelo governo ditatorial se dá principalmente através das anotações de Alfred Döblin, Erika Mann e Antoine de Saint-Exupéry, três intelectuais famosos que, por meio de um olhar crítico e isento da influência da propaganda, registraram suas impressões sobre o Portugal salazarista enquanto fugiam da guerra. O contraste entre essas duas realidades se dá, sobretudo, por meio da criteriosa montagem em Fantasia Lusitana, capaz de transportar o espectador, muitas vezes de forma inesperada, tanto para o fantasioso mundo português criado pela propaganda estatal, quanto para a dura realidade imposta às vítimas e aos refugiados da guerra.
Papers by Marcio Recchia
Literaturas de Língua Portuguesa: Interseção/Intersecções, 2021
Comparativismo hoje [recurso eletrônico]: as literaturas e culturas de língua portuguesa, 2018
Todas as Musas, 2021
Resumo: apresentamos, neste artigo, algumas reflexões a respeito do Estado Novo português na déca... more Resumo: apresentamos, neste artigo, algumas reflexões a respeito do Estado Novo português na década
de 1930 através dos romances: O ano da morte de Ricardo Reis (1984), de José Saramago, e Afirma Pereira
(1994), de Antonio Tabucchi. Pretendemos fazer uma breve análise comparativa dos dois protagonistas
que se encontram na Lisboa salazarista em 1936 e 1938 respectivamente, em um período conturbado em
que vários governos autoritários europeus preparam os terrenos que os conduzirão à Segunda Guerra
Mundial.
Revista Itinerários, 2024
A escritora Isabela Figueiredo (Lourenço Marques, Moçambique, 1963) e a documentarista Diana Andr... more A escritora Isabela Figueiredo (Lourenço Marques, Moçambique, 1963) e a documentarista Diana Andringa (Dundo, Angola, 1947) compartilham a experiência comum de terem nascido e crescido em antigas colônias portuguesas em África. Há muito vivendo em Portugal, ambas possuem forte ligação afetiva com as terras onde nasceram. Além disso, elas produziram obras dedicadas à memória de seus pais, as quais lidam com recordações de suas infâncias em territórios coloniais onde explorações e várias formas de violências eram amplamente praticadas contra as populações locais. Embora pertencessem a classes sociais distintas – o pai de Figueiredo era eletricista enquanto o pai de Andringa era engenheiro –, ambos gozaram dos privilégios de gênero e de raça dentro de uma estrutura colonial opressora enraizada no racismo, que, por sua vez, refletia as políticas da metrópole. Assim, este artigo tem como objetivo discutir como as autoras de Caderno de memórias coloniais (FIGUEIREDO, 2009) e do documentário Dundo, memória colonial (ANDRINGA, 2009) abordam as memórias de seus respectivos pais, homens que representaram, em diferentes graus, personificações do colonialismo português em África.
Revista Intellèctus UERJ, 2023
Resumo: Este artigo visa analisar algumas das memórias acerca do período colonial português no do... more Resumo: Este artigo visa analisar algumas das memórias acerca do período colonial português no documentário Dundo, memória colonial (2009), da documentarista portuguesa Diana Andringa. Nascida em 1947 no Dundo, Angola, então colônia portuguesa, ela se muda para Portugal com sua família aos onze anos de idade. O documentário aborda o seu retorno à sua terra natal cinquenta anos mais tarde, na companhia de sua filha. As lembranças de infância de Andringa divergem da realidade local, além de serem contrastadas por relatos de angolanos que viveram sob o jugo do regime colonial. A análise parte do pressuposto teórico de que todo filme é um objeto de estudo independente, portanto, que vai além das escolhas e intenções de seu realizador (FERRO, 1995), como pretendemos demonstrar neste artigo.
Revista Crioula, 2016
Este artigo tem como objetivo levantar algumas reflexões acerca dos "ausentes da história", tema ... more Este artigo tem como objetivo levantar algumas reflexões acerca dos "ausentes da história", tema do filósofo Paul Ricoeur, bem como sobre a questão da corveia anônima, discutida por Walter Benjamin, presentes no romance Memorial do convento de José Saramago.
Revista Crioula, 2018
Neste artigo, pretendo apresentar algumas reflexões acerca da desconstrução da imagem oficial do ... more Neste artigo, pretendo apresentar algumas reflexões acerca da desconstrução da imagem oficial do Estado Novo português através de dois objetos de estudo: o romance O ano da morte de Ricardo Reis (1984), de José Saramago, e o filme Fantasia Lusitana (2010), de João Canijo. No romance, este expediente ocorre, sobretudo, através do narrador, ao passo que no documentário, o mesmo se dá pela presença de certos estrangeiros que utilizaram Lisboa como rota de fuga dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Revista Miscelânea, 2017
Passados mais de quarenta anos da Revolução dos Cravos e do fim do longo projeto imperialista por... more Passados mais de quarenta anos da Revolução dos Cravos e do fim do longo projeto imperialista português, ainda é emergente uma revisitação crítica do passado do país, sobretudo em relação ao salazarismo e às imagens propagadas pelo regime a respeito da "missão civilizadora" de Portugal, que abrandaria e justificaria a manutenção do anacrônico sistema colonial até o último quartel do século XX. Neste artigo, pretendemos discutir alguns aspectos das especificidades do colonialismo português a partir de dois filmes de Manoel de Oliveira, a saber: Non, ou a vã glória de mandar (1990) e Um filme falado (2003).
Todas as Musas, 2019
Este artigo tem como objetivo analisar um trecho do documentário Fantasia Lusitana (2010), do dir... more Este artigo tem como objetivo analisar um trecho do documentário Fantasia Lusitana (2010), do diretor João Canijo, que aborda a construção da imagem de Portugal como uma país pobre e agrário, e como a ideologia salazarista trabalhou com esses temas durante a Segunda Guerra Mundial. É através da montagem que o cineasta consegue mostrar algumas contradições dentro do próprio discurso, como pretendemos demonstrar.
Books by Marcio Recchia
[Apresentação + Sumário + Prefácio] Esta coletânea nasceu do curso de extensão Introdução à Lit... more [Apresentação + Sumário + Prefácio]
Esta coletânea nasceu do curso de extensão Introdução à Literatura Portuguesa Contemporânea, ministrado na Universidade de São Paulo (USP) no segundo semestre de 2018. Trata-se de um volume que busca apresentar escritores, obras e temas, com o intuito de despertar o interesse pela produção literária portuguesa dos últimos anos, sobretudo naqueles que ainda conhecem pouco deste universo. Contudo, não deixa de oferecer análises de contribuição específica às fortunas críticas dos autores contemplados.
Por “contemporâneo” entendemos, aqui, obras produzidas dos anos 1980 para cá, seguindo a periodização proposta por Leyla Perrone-Moisés, em Mutações da literatura no século XXI (2016). Em atenção a isso, fez-se um esforço coletivo para contemplar nomes como Agustina Bessa-Luís, Ana Luísa Amaral, António Lobo Antunes, Augusto Abelaira, Dulce Maria Cardoso, Gonçalo M. Tavares, Herberto Helder, Isabela Figueiredo, José Saramago, João Miguel Fernandes Jorge, Luís Quintais, Manuel Alegre, Manuel de Freitas, Manuel Gusmão, Maria Teresa Horta, Rui Pires Cabral, Teolinda Gersão e Valter Hugo Mãe, por perspectivas de análise que discutem a realidade portuguesa atual a partir das inovações de projetos literários, da história recente (ou persistente) de Portugal, da problemática social e de gênero e das possibilidades de leitura comparada.
Deste modo, reúnem-se textos de diversos pesquisadores, com vínculo, atual ou encerrado há pouco tempo, junto a algumas das principais instituições de ensino universitário do Brasil, tais como: FAAP, IFSP, IFFar, Mackenzie, UEPG, UFC, UFMA, UFMG, UFPR, UFRGS, UFSCar, UFTM, UNESP, Unicamp e USP.
Cientes da impossibilidade de abarcar a totalidade da grande variedade de nomes e temas que têm surgido nos últimos anos, esperamos que as leituras aqui propostas possam contribuir, também, para a interpretação de importantes nomes ausentes neste volume.
Portugal, um país “neutro” perante a guerra: a desconstrução da propaganda salazarista em Fantasia Lusitana, 2018
António de Oliveira Salazar foi a figura central do Estado Novo português (1933-1974), responsáve... more António de Oliveira Salazar foi a figura central do Estado Novo português (1933-1974), responsável pelo estabelecimento de um governo antidemocrático, autoritário, que fez uso da censura, promoveu a tortura, e criou órgãos que disseminavam os valores do regime, tais como o SPN (Secretariado da Propaganda Nacional). Podemos dizer que a atuação da propaganda foi tão eficiente durante os longos anos de ditadura que não é incomum, nos dias atuais, encontrar parcelas da população portuguesa que reproduzem vários mitos criados ou disseminados durante o governo de Salazar, chegando mesmo a enaltecer a figura do ditador. Para uma melhor compreensão desse contexto, nosso objetivo é analisar o documentário Fantasia Lusitana (2010), de João Canijo (Porto, 1957), pois nele o realizador desconstrói a propaganda salazarista, produzida, sobretudo, durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Composto exclusivamente por material de arquivo, o documentário conjuga excertos de filmes, noticiários, canções, fotografias, documentos, jornais e revistas, produzidos ou chancelados pela SPAC (Sociedade Portuguesa de Actualidades Cinematográficas), bem como material de fontes independentes ou externas, portanto, não submetido ao crivo da censura. Neste segundo bloco, destacamos o registro fotográfico de refugiados estrangeiros que utilizaram Lisboa como rota de fuga da perseguição nazista, uma vez que Portugal havia adotado o status de neutralidade durante a guerra. Entretanto, o contraponto ao discurso oficial promovido pelo governo ditatorial se dá principalmente através das anotações de Alfred Döblin, Erika Mann e Antoine de Saint-Exupéry, três intelectuais famosos que, por meio de um olhar crítico e isento da influência da propaganda, registraram suas impressões sobre o Portugal salazarista enquanto fugiam da guerra. O contraste entre essas duas realidades se dá, sobretudo, por meio da criteriosa montagem em Fantasia Lusitana, capaz de transportar o espectador, muitas vezes de forma inesperada, tanto para o fantasioso mundo português criado pela propaganda estatal, quanto para a dura realidade imposta às vítimas e aos refugiados da guerra.
Literaturas de Língua Portuguesa: Interseção/Intersecções, 2021
Comparativismo hoje [recurso eletrônico]: as literaturas e culturas de língua portuguesa, 2018
Todas as Musas, 2021
Resumo: apresentamos, neste artigo, algumas reflexões a respeito do Estado Novo português na déca... more Resumo: apresentamos, neste artigo, algumas reflexões a respeito do Estado Novo português na década
de 1930 através dos romances: O ano da morte de Ricardo Reis (1984), de José Saramago, e Afirma Pereira
(1994), de Antonio Tabucchi. Pretendemos fazer uma breve análise comparativa dos dois protagonistas
que se encontram na Lisboa salazarista em 1936 e 1938 respectivamente, em um período conturbado em
que vários governos autoritários europeus preparam os terrenos que os conduzirão à Segunda Guerra
Mundial.
Revista Itinerários, 2024
A escritora Isabela Figueiredo (Lourenço Marques, Moçambique, 1963) e a documentarista Diana Andr... more A escritora Isabela Figueiredo (Lourenço Marques, Moçambique, 1963) e a documentarista Diana Andringa (Dundo, Angola, 1947) compartilham a experiência comum de terem nascido e crescido em antigas colônias portuguesas em África. Há muito vivendo em Portugal, ambas possuem forte ligação afetiva com as terras onde nasceram. Além disso, elas produziram obras dedicadas à memória de seus pais, as quais lidam com recordações de suas infâncias em territórios coloniais onde explorações e várias formas de violências eram amplamente praticadas contra as populações locais. Embora pertencessem a classes sociais distintas – o pai de Figueiredo era eletricista enquanto o pai de Andringa era engenheiro –, ambos gozaram dos privilégios de gênero e de raça dentro de uma estrutura colonial opressora enraizada no racismo, que, por sua vez, refletia as políticas da metrópole. Assim, este artigo tem como objetivo discutir como as autoras de Caderno de memórias coloniais (FIGUEIREDO, 2009) e do documentário Dundo, memória colonial (ANDRINGA, 2009) abordam as memórias de seus respectivos pais, homens que representaram, em diferentes graus, personificações do colonialismo português em África.
Revista Intellèctus UERJ, 2023
Resumo: Este artigo visa analisar algumas das memórias acerca do período colonial português no do... more Resumo: Este artigo visa analisar algumas das memórias acerca do período colonial português no documentário Dundo, memória colonial (2009), da documentarista portuguesa Diana Andringa. Nascida em 1947 no Dundo, Angola, então colônia portuguesa, ela se muda para Portugal com sua família aos onze anos de idade. O documentário aborda o seu retorno à sua terra natal cinquenta anos mais tarde, na companhia de sua filha. As lembranças de infância de Andringa divergem da realidade local, além de serem contrastadas por relatos de angolanos que viveram sob o jugo do regime colonial. A análise parte do pressuposto teórico de que todo filme é um objeto de estudo independente, portanto, que vai além das escolhas e intenções de seu realizador (FERRO, 1995), como pretendemos demonstrar neste artigo.
Revista Crioula, 2016
Este artigo tem como objetivo levantar algumas reflexões acerca dos "ausentes da história", tema ... more Este artigo tem como objetivo levantar algumas reflexões acerca dos "ausentes da história", tema do filósofo Paul Ricoeur, bem como sobre a questão da corveia anônima, discutida por Walter Benjamin, presentes no romance Memorial do convento de José Saramago.
Revista Crioula, 2018
Neste artigo, pretendo apresentar algumas reflexões acerca da desconstrução da imagem oficial do ... more Neste artigo, pretendo apresentar algumas reflexões acerca da desconstrução da imagem oficial do Estado Novo português através de dois objetos de estudo: o romance O ano da morte de Ricardo Reis (1984), de José Saramago, e o filme Fantasia Lusitana (2010), de João Canijo. No romance, este expediente ocorre, sobretudo, através do narrador, ao passo que no documentário, o mesmo se dá pela presença de certos estrangeiros que utilizaram Lisboa como rota de fuga dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Revista Miscelânea, 2017
Passados mais de quarenta anos da Revolução dos Cravos e do fim do longo projeto imperialista por... more Passados mais de quarenta anos da Revolução dos Cravos e do fim do longo projeto imperialista português, ainda é emergente uma revisitação crítica do passado do país, sobretudo em relação ao salazarismo e às imagens propagadas pelo regime a respeito da "missão civilizadora" de Portugal, que abrandaria e justificaria a manutenção do anacrônico sistema colonial até o último quartel do século XX. Neste artigo, pretendemos discutir alguns aspectos das especificidades do colonialismo português a partir de dois filmes de Manoel de Oliveira, a saber: Non, ou a vã glória de mandar (1990) e Um filme falado (2003).
Todas as Musas, 2019
Este artigo tem como objetivo analisar um trecho do documentário Fantasia Lusitana (2010), do dir... more Este artigo tem como objetivo analisar um trecho do documentário Fantasia Lusitana (2010), do diretor João Canijo, que aborda a construção da imagem de Portugal como uma país pobre e agrário, e como a ideologia salazarista trabalhou com esses temas durante a Segunda Guerra Mundial. É através da montagem que o cineasta consegue mostrar algumas contradições dentro do próprio discurso, como pretendemos demonstrar.
[Apresentação + Sumário + Prefácio] Esta coletânea nasceu do curso de extensão Introdução à Lit... more [Apresentação + Sumário + Prefácio]
Esta coletânea nasceu do curso de extensão Introdução à Literatura Portuguesa Contemporânea, ministrado na Universidade de São Paulo (USP) no segundo semestre de 2018. Trata-se de um volume que busca apresentar escritores, obras e temas, com o intuito de despertar o interesse pela produção literária portuguesa dos últimos anos, sobretudo naqueles que ainda conhecem pouco deste universo. Contudo, não deixa de oferecer análises de contribuição específica às fortunas críticas dos autores contemplados.
Por “contemporâneo” entendemos, aqui, obras produzidas dos anos 1980 para cá, seguindo a periodização proposta por Leyla Perrone-Moisés, em Mutações da literatura no século XXI (2016). Em atenção a isso, fez-se um esforço coletivo para contemplar nomes como Agustina Bessa-Luís, Ana Luísa Amaral, António Lobo Antunes, Augusto Abelaira, Dulce Maria Cardoso, Gonçalo M. Tavares, Herberto Helder, Isabela Figueiredo, José Saramago, João Miguel Fernandes Jorge, Luís Quintais, Manuel Alegre, Manuel de Freitas, Manuel Gusmão, Maria Teresa Horta, Rui Pires Cabral, Teolinda Gersão e Valter Hugo Mãe, por perspectivas de análise que discutem a realidade portuguesa atual a partir das inovações de projetos literários, da história recente (ou persistente) de Portugal, da problemática social e de gênero e das possibilidades de leitura comparada.
Deste modo, reúnem-se textos de diversos pesquisadores, com vínculo, atual ou encerrado há pouco tempo, junto a algumas das principais instituições de ensino universitário do Brasil, tais como: FAAP, IFSP, IFFar, Mackenzie, UEPG, UFC, UFMA, UFMG, UFPR, UFRGS, UFSCar, UFTM, UNESP, Unicamp e USP.
Cientes da impossibilidade de abarcar a totalidade da grande variedade de nomes e temas que têm surgido nos últimos anos, esperamos que as leituras aqui propostas possam contribuir, também, para a interpretação de importantes nomes ausentes neste volume.