Renata Romolo - Academia.edu (original) (raw)
Papers by Renata Romolo
Orientador: Yara Adario FrateschiDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Inst... more Orientador: Yara Adario FrateschiDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias HumanasResumo: Neste trabalho, pretendemos analisar a premissa arendtiana de que a categoria de meios e fins não é uma categoria política. Pretendemos mostrar que a recusa de Arendt em aceitar essa categoria no âmbito político não significa negar que a ação tenha propósitos e objetivos específicos, mas sim que a independência em relação a propósitos e fins intencionados é constitutiva da ação. Para tanto, pretendemos analisar a crítica arendtiana ao utilitarismo, para em seguida abordar a noção de grandeza da ação no pensamento arendtiano, partindo de uma analogia com a noção de beleza na esfera da arte. Retomaremos, então, duas análises de Arendt de ações propriamente políticas, com a intenção de mostrar a natureza da ação: sua capacidade de transcender motivos e objetivos. Refletiremos ainda sobre algumas críticas dirigidas à sua obra. A idéia central dest...
Neste trabalho, pretendemos analisar a premissa arendtiana de que a categoria de meios e fins nao... more Neste trabalho, pretendemos analisar a premissa arendtiana de que a categoria de meios e fins nao e uma categoria politica. Pretendemos mostrar que a recusa de Arendt em aceitar essa categoria no âmbito politico nao significa negar que a acao tenha propositos e objetivos especificos, mas sim que a independencia em relacao a propositos e fins intencionados e constitutiva da acao. Para tanto, pretendemos analisar a critica arendtiana ao utilitarismo, para em seguida abordar a nocao de grandeza da acao no pensamento arendtiano, partindo de uma analogia com a nocao de beleza na esfera da arte. Retomaremos, entao, duas analises de Arendt de acoes propriamente politicas, com a intencao de mostrar a natureza da acao: sua capacidade de transcender motivos e objetivos. Refletiremos ainda sobre algumas criticas dirigidas a sua obra. A ideia central desta dissertacao e que a acao, segundo Arendt, baseia-se na pluralidade humana e que a possibilidade de manutencao dessa pluralidade (que so se manifesta atraves da acao) e a fonte da sua especificidade Abstract
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2021
Tradução de Benhabib, S. (1994). In Defense of Universalism – Yet Again! A Response to Critics of... more Tradução de Benhabib, S. (1994). In Defense of Universalism – Yet Again! A Response to Critics of Situating the Self. New German Critique, 62, 173-189. DOI: https://doi.org/10.2307/488515. Tradução de Renata Romolo Brito
Em sua obra Origens do Totalitarismo, Arendt comemora a proclamacao dos direitos humanos no secul... more Em sua obra Origens do Totalitarismo, Arendt comemora a proclamacao dos direitos humanos no seculo XVIII, afirmando que eles representaram um marco decisivo na historia humana por colocar o Homem, e nao mais Deus ou os costumes, como fonte da lei, isto e, “o proprio Homem seria sua origem e seu objetivo ultimo” (ARENDT, 1989, p. 324). No entanto, em seguida, Arendt critica essa nocao de Homem mitico e inidentificavel como uma abstracao metafisica que nao serve como fundamento de direitos concretos. Este artigo tem o objetivo de analisar a critica de Arendt ao fundamento dos direitos humanos, visando compreender a razao para essas duas posicoes. Acreditamos que a reflexao arendtiana demonstra que, mais do que negar teoricamente a pluralidade humana (por meio da intrinseca imposicao ideologica de uma visao de homem), o problema e que a maneira como os direitos humanos foram pensados no seculo XVIII impede ou dialoga pouco com a possibilidade de implementacao desses direitos no seculo ...
Revista Ética e Filosofia Política, 2019
Este artigo objetiva analisar a fundamentação dos direitos humanos de acordo com a filosofia de H... more Este artigo objetiva analisar a fundamentação dos direitos humanos de acordo com a filosofia de Hannah Arendt, tomando como referência a perspectiva histórica da filósofa em As Origens do Totalitarismo. Buscamos, porém, iluminar essa perspectiva com base em uma de suas obras mais filosóficas, A Condição Humana, para aprofundarmos a compreensão dos conceitos de condição humana, ação, liberdade e igualdade e sua relação com a idéia de dignidade – fonte dos direitos humanos.Palavras-chave: Direitos Humanos, condição humana, dignidade.
ethic@ - An international Journal for Moral Philosophy, 2016
http://dx.doi.org/10.5007/1677-2954.2015v14n3p429Pretendo mostrar, neste artigo, que a mentalidad... more http://dx.doi.org/10.5007/1677-2954.2015v14n3p429Pretendo mostrar, neste artigo, que a mentalidade alargada arendtiana significa um processo de generalização que não prescinde do contexto, gerando validade sem com isso abrir mão da pluralidade e da particularidade dos participantes, e que é nesse processo que se evidenciam e se realizam os critérios que legitimam as opiniões e a prática política. Em segundo lugar, pretendo mostrar ainda que, a partir dos processos da mentalidade alargada e da definição de normas e critérios legítimos que regulam o espaço público, a filosofia arendtiana contempla a questão da violência justamente ao buscar regras e instituições que visam conter a violência e a dominação nas relações humanas. A violência, no espaço público arendtiano, tem de ser contida por leis e instituições (quer dizer, pelo Direito), porque ela é um fenômeno desse espaço, e não “externo à polis” e sem relação com o poder. Pretendo, com isso, analisar os estatutos da violência e da...
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2015
Esse artigo visa analisar a noção de abolição da soberania proposta por Arendt. Argumento que não... more Esse artigo visa analisar a noção de abolição da soberania proposta por Arendt. Argumento que não é possível dissociar sua crítica à soberania de sua crítica ao nacionalismo e aos direitos humanos, e que a conclusão arendtiana em relação aos direitos humanos – quer dizer, que direitos têm significado apenas em espaços políticos de reflexão e discussão – tem de ser estendida à noção de soberania. A crítica à soberania nos mostra a necessidade de trazer qualquer questão para a pauta da discussão política, sendo sua proposta repensar a soberania de acordo com um novo conceito de poder.
O resumo podera ser visualizado no texto completo da tese digital quando for liberado. Abstract
Orientador: Yara Adario FrateschiDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Inst... more Orientador: Yara Adario FrateschiDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias HumanasResumo: Neste trabalho, pretendemos analisar a premissa arendtiana de que a categoria de meios e fins não é uma categoria política. Pretendemos mostrar que a recusa de Arendt em aceitar essa categoria no âmbito político não significa negar que a ação tenha propósitos e objetivos específicos, mas sim que a independência em relação a propósitos e fins intencionados é constitutiva da ação. Para tanto, pretendemos analisar a crítica arendtiana ao utilitarismo, para em seguida abordar a noção de grandeza da ação no pensamento arendtiano, partindo de uma analogia com a noção de beleza na esfera da arte. Retomaremos, então, duas análises de Arendt de ações propriamente políticas, com a intenção de mostrar a natureza da ação: sua capacidade de transcender motivos e objetivos. Refletiremos ainda sobre algumas críticas dirigidas à sua obra. A idéia central dest...
Neste trabalho, pretendemos analisar a premissa arendtiana de que a categoria de meios e fins nao... more Neste trabalho, pretendemos analisar a premissa arendtiana de que a categoria de meios e fins nao e uma categoria politica. Pretendemos mostrar que a recusa de Arendt em aceitar essa categoria no âmbito politico nao significa negar que a acao tenha propositos e objetivos especificos, mas sim que a independencia em relacao a propositos e fins intencionados e constitutiva da acao. Para tanto, pretendemos analisar a critica arendtiana ao utilitarismo, para em seguida abordar a nocao de grandeza da acao no pensamento arendtiano, partindo de uma analogia com a nocao de beleza na esfera da arte. Retomaremos, entao, duas analises de Arendt de acoes propriamente politicas, com a intencao de mostrar a natureza da acao: sua capacidade de transcender motivos e objetivos. Refletiremos ainda sobre algumas criticas dirigidas a sua obra. A ideia central desta dissertacao e que a acao, segundo Arendt, baseia-se na pluralidade humana e que a possibilidade de manutencao dessa pluralidade (que so se manifesta atraves da acao) e a fonte da sua especificidade Abstract
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2021
Tradução de Benhabib, S. (1994). In Defense of Universalism – Yet Again! A Response to Critics of... more Tradução de Benhabib, S. (1994). In Defense of Universalism – Yet Again! A Response to Critics of Situating the Self. New German Critique, 62, 173-189. DOI: https://doi.org/10.2307/488515. Tradução de Renata Romolo Brito
Em sua obra Origens do Totalitarismo, Arendt comemora a proclamacao dos direitos humanos no secul... more Em sua obra Origens do Totalitarismo, Arendt comemora a proclamacao dos direitos humanos no seculo XVIII, afirmando que eles representaram um marco decisivo na historia humana por colocar o Homem, e nao mais Deus ou os costumes, como fonte da lei, isto e, “o proprio Homem seria sua origem e seu objetivo ultimo” (ARENDT, 1989, p. 324). No entanto, em seguida, Arendt critica essa nocao de Homem mitico e inidentificavel como uma abstracao metafisica que nao serve como fundamento de direitos concretos. Este artigo tem o objetivo de analisar a critica de Arendt ao fundamento dos direitos humanos, visando compreender a razao para essas duas posicoes. Acreditamos que a reflexao arendtiana demonstra que, mais do que negar teoricamente a pluralidade humana (por meio da intrinseca imposicao ideologica de uma visao de homem), o problema e que a maneira como os direitos humanos foram pensados no seculo XVIII impede ou dialoga pouco com a possibilidade de implementacao desses direitos no seculo ...
Revista Ética e Filosofia Política, 2019
Este artigo objetiva analisar a fundamentação dos direitos humanos de acordo com a filosofia de H... more Este artigo objetiva analisar a fundamentação dos direitos humanos de acordo com a filosofia de Hannah Arendt, tomando como referência a perspectiva histórica da filósofa em As Origens do Totalitarismo. Buscamos, porém, iluminar essa perspectiva com base em uma de suas obras mais filosóficas, A Condição Humana, para aprofundarmos a compreensão dos conceitos de condição humana, ação, liberdade e igualdade e sua relação com a idéia de dignidade – fonte dos direitos humanos.Palavras-chave: Direitos Humanos, condição humana, dignidade.
ethic@ - An international Journal for Moral Philosophy, 2016
http://dx.doi.org/10.5007/1677-2954.2015v14n3p429Pretendo mostrar, neste artigo, que a mentalidad... more http://dx.doi.org/10.5007/1677-2954.2015v14n3p429Pretendo mostrar, neste artigo, que a mentalidade alargada arendtiana significa um processo de generalização que não prescinde do contexto, gerando validade sem com isso abrir mão da pluralidade e da particularidade dos participantes, e que é nesse processo que se evidenciam e se realizam os critérios que legitimam as opiniões e a prática política. Em segundo lugar, pretendo mostrar ainda que, a partir dos processos da mentalidade alargada e da definição de normas e critérios legítimos que regulam o espaço público, a filosofia arendtiana contempla a questão da violência justamente ao buscar regras e instituições que visam conter a violência e a dominação nas relações humanas. A violência, no espaço público arendtiano, tem de ser contida por leis e instituições (quer dizer, pelo Direito), porque ela é um fenômeno desse espaço, e não “externo à polis” e sem relação com o poder. Pretendo, com isso, analisar os estatutos da violência e da...
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2015
Esse artigo visa analisar a noção de abolição da soberania proposta por Arendt. Argumento que não... more Esse artigo visa analisar a noção de abolição da soberania proposta por Arendt. Argumento que não é possível dissociar sua crítica à soberania de sua crítica ao nacionalismo e aos direitos humanos, e que a conclusão arendtiana em relação aos direitos humanos – quer dizer, que direitos têm significado apenas em espaços políticos de reflexão e discussão – tem de ser estendida à noção de soberania. A crítica à soberania nos mostra a necessidade de trazer qualquer questão para a pauta da discussão política, sendo sua proposta repensar a soberania de acordo com um novo conceito de poder.
O resumo podera ser visualizado no texto completo da tese digital quando for liberado. Abstract