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Papers by Suelen Godim
Anais do Congresso Brasileiro de Educação Especial, Sep 16, 2014
Iniciado em março de 2020, o isolamento social suscitou mudanças em todas as esferas da comunidad... more Iniciado em março de 2020, o isolamento social suscitou mudanças em todas as esferas da comunidade global, implicando em desafios sem precedentes em diferentes níveis. No Brasil, no âmbito educacional, o Ministério da Educação (MEC), por meio da Portaria nº 343, se manifestou sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios virtuais enquanto perdurasse a pandemia da COVID-19 (BRASIL, 2020). Tal situação impôs desafios 1) às instituições escolares, sobretudo as de âmbito público, desprovidas, em sua maioria, de aparato e suporte técnico necessário para lecionar a distância; 2) às famílias, cujas fragilidades e desigualdades estruturais se agravaram durante o isolamento e se viram sobrecarregadas com a nova demanda de acompanhar a rotina escolar de seus filhos e filhas e, 3) aos estudantes, em particular, aos que compõem o Público-Alvo da Educação Especial (PAEE), que estão entre os grupos em situação de maior vulnerabilidade e que demandam metodologias e procedimentos de ensino próprios, cujo meio virtual não consegue promover em sua inteireza. O PAEE via-se, portanto, diante de um duplo desafio: superar contrariedades históricas que obstaculizam a inclusão, somadas às dificuldades que emergem da pandemia (CAMIZÃO; CONDE; VICTOR, 2021). Assim, após dois anos de isolamento social, o retorno presencial na Escola de Aplicação da UFPA (EAUFPA) em fevereiro de 2022, traz à tona as repercussões de um período de incertezas, perdas e reinvenções, reflexões importantes e necessárias sobre o novo cenário que emerge desse período. O presente trabalho busca problematizar os impactos da pandemia na vida dos alunos PAEE da EAUFPA, investigar as consequências do isolamento social e compreender as alterações na rotina e nos padrões de comportamento, no intuito de propor reflexões condizentes ao chamado "novo normal". Entre outubro e novembro de 2022, as famílias dos alunos atendidos pela Coordenação de Educação Inclusiva (CEI), foram convidadas a participar voluntariamente do preenchimento de um formulário virtual denominado "Efeitos Pós-Pandemia", composto de perguntas abertas e fechadas que sondavam assuntos acerca das modificações decorrentes do afastamento presencial da escola. Indagados sobre o quanto o isolamento impactou a rotina dos alunos, obteve-se as mais diversas respostas, como: "voltou a fazer estereotipias que já não fazia"; "ficou com mais dificuldades em fazer atividades escolares, e mais entusiasmado com aparelhos eletrônicos"; "ficou bem mais agitado, ansioso e aborrecido". Outras respostas referem falta de concentração, dificuldade de convívio social; regressão na aprendizagem, ansiedade e estresse. Quanto às dificuldades de adaptação no retorno à rotina escolar, a maioria das famílias destacou como principal desafio, a resistência às tarefas escolares, seguido da dificuldade de sair de casa. O início gradual das aulas foi destacado como positivo, favorecendo o processo de adaptação. Perguntados sobre comportamentos e hábitos de rotina que o aluno não possuía e após a pandemia passou a apresentar, fatos importantes foram mencionados, dentre os quais enfatiza-se: comportamento infantilizado, descompensação emocional, insônia, compulsão alimentar e desinteresse pelas coisas. Sobre comportamentos e hábitos de rotina que o aluno realizava e após a pandemia, deixou de realizar, pode-se evidenciar elementos pertinentes como alterações na interação
Revista Brasileira de Educação em Geografia
O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre o processo de realização de um circuito multi... more O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre o processo de realização de um circuito multissensorial interdisciplinar, desenvolvido a partir dos preceitos da inclusão escolar. Parte-se como proposta metodológica a didática multissensorial, que utiliza dos diversos sentidos do corpo humano para que os alunos possam aprender, não se restringindo somente ao caráter visual. O tema da atividade aplicada conforme as propensões metodológicas foi sobre o “Ciclo da Água” e, para isso, utilizou-se um circuito sensorial acerca da temática, contendo três etapas: 1) Os Estados Físicos da Água; 2) O Ciclo Direto e Indireto da Água e 3) Outras formas da Água no Ambiente. Após a realização das etapas propositivas no circuito observou-se em correlação com a atividade o surgimento de categorias analíticas do campo da Geografia permeando todo o trabalho. O referencial teórico utilizado embasou-se em Ross (2015), Balestrim (2015), dentre outros autores que fundamentaram a proposta. Para análise ...
Anais do XIV Fórum de Pesquisa e Extensão da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará
Anais do XIV Fórum de Pesquisa e Extensão da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará
Anais do XIV Fórum de Pesquisa e Extensão da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará
Revista Conexao UEPG, 2019
Revista Saberes Pedagógicos, 2019
A pesquisa teve como objetivo geral analisar como os alunos percebem a inclusão escolar do colega... more A pesquisa teve como objetivo geral analisar como os alunos percebem a inclusão escolar do colega diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), já os específicos foram examinar como os alunos descrevem este colega e avaliar a contribuição da escola no processo de inclusão sob a percepção dos alunos entrevistados. O TEA é um transtorno de neurodesenvolvimento que causa prejuízos em três áreas do desenvolvimento: linguagem, interação e comportamento. A partir de movimentos legais, os sujeitos com TEA passaram a ter o direito à inserção e inclusão de qualidade no contexto escolar, aumentando assim a motivação da família em matriculá-los na rede regular de ensino. Por isso, torna-se relevante pesquisar como os alunos compreendem a inclusão social do aluno com TEA dentro da sala de aula. Foram entrevistados 13 alunos com idades entre 7 e 11 anos, que estudavam com pelo menos um aluno com TEA. A pesquisa caracteriza-se como de campo, analisada por meio de categorias. Os resultad...
Anais do Congresso Brasileiro de Educação Especial, 2014
RESUMO As pessoas com deficiência, que, em um conceito bem amplo e genérico, podem ser definidas ... more RESUMO As pessoas com deficiência, que, em um conceito bem amplo e genérico, podem ser definidas como aquelas que apresentam diferentes níveis de limitações (físicas, sensoriais, cognitivas, entre outras), foram, ao longo da história, relegadas a uma posição segregada na estrutura social. Durante muito tempo, foram consideradas "inválidas" ou "incapazes", acreditando-se que eram merecedoras da caridade privada e/ou do assistencialismo por parte do Estado. Esse "status social" foi se alterando com o passar do tempo, advindo a percepção de que esses indivíduos devem ser incluídos na sociedade, necessitando de suportes e adaptações necessárias para terem plena capacidade de exercerem suas atividades e seus direitos de forma igualitária, nascendo a ideia de que a deficiência está diretamente ligada ao ambiente em que a pessoa está inserida, sendo que quanto menos obstáculos, menos a sua limitação será relevante e impeditiva.
Anais do Congresso Brasileiro de Educação Especial, Sep 16, 2014
Iniciado em março de 2020, o isolamento social suscitou mudanças em todas as esferas da comunidad... more Iniciado em março de 2020, o isolamento social suscitou mudanças em todas as esferas da comunidade global, implicando em desafios sem precedentes em diferentes níveis. No Brasil, no âmbito educacional, o Ministério da Educação (MEC), por meio da Portaria nº 343, se manifestou sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios virtuais enquanto perdurasse a pandemia da COVID-19 (BRASIL, 2020). Tal situação impôs desafios 1) às instituições escolares, sobretudo as de âmbito público, desprovidas, em sua maioria, de aparato e suporte técnico necessário para lecionar a distância; 2) às famílias, cujas fragilidades e desigualdades estruturais se agravaram durante o isolamento e se viram sobrecarregadas com a nova demanda de acompanhar a rotina escolar de seus filhos e filhas e, 3) aos estudantes, em particular, aos que compõem o Público-Alvo da Educação Especial (PAEE), que estão entre os grupos em situação de maior vulnerabilidade e que demandam metodologias e procedimentos de ensino próprios, cujo meio virtual não consegue promover em sua inteireza. O PAEE via-se, portanto, diante de um duplo desafio: superar contrariedades históricas que obstaculizam a inclusão, somadas às dificuldades que emergem da pandemia (CAMIZÃO; CONDE; VICTOR, 2021). Assim, após dois anos de isolamento social, o retorno presencial na Escola de Aplicação da UFPA (EAUFPA) em fevereiro de 2022, traz à tona as repercussões de um período de incertezas, perdas e reinvenções, reflexões importantes e necessárias sobre o novo cenário que emerge desse período. O presente trabalho busca problematizar os impactos da pandemia na vida dos alunos PAEE da EAUFPA, investigar as consequências do isolamento social e compreender as alterações na rotina e nos padrões de comportamento, no intuito de propor reflexões condizentes ao chamado "novo normal". Entre outubro e novembro de 2022, as famílias dos alunos atendidos pela Coordenação de Educação Inclusiva (CEI), foram convidadas a participar voluntariamente do preenchimento de um formulário virtual denominado "Efeitos Pós-Pandemia", composto de perguntas abertas e fechadas que sondavam assuntos acerca das modificações decorrentes do afastamento presencial da escola. Indagados sobre o quanto o isolamento impactou a rotina dos alunos, obteve-se as mais diversas respostas, como: "voltou a fazer estereotipias que já não fazia"; "ficou com mais dificuldades em fazer atividades escolares, e mais entusiasmado com aparelhos eletrônicos"; "ficou bem mais agitado, ansioso e aborrecido". Outras respostas referem falta de concentração, dificuldade de convívio social; regressão na aprendizagem, ansiedade e estresse. Quanto às dificuldades de adaptação no retorno à rotina escolar, a maioria das famílias destacou como principal desafio, a resistência às tarefas escolares, seguido da dificuldade de sair de casa. O início gradual das aulas foi destacado como positivo, favorecendo o processo de adaptação. Perguntados sobre comportamentos e hábitos de rotina que o aluno não possuía e após a pandemia passou a apresentar, fatos importantes foram mencionados, dentre os quais enfatiza-se: comportamento infantilizado, descompensação emocional, insônia, compulsão alimentar e desinteresse pelas coisas. Sobre comportamentos e hábitos de rotina que o aluno realizava e após a pandemia, deixou de realizar, pode-se evidenciar elementos pertinentes como alterações na interação
Revista Brasileira de Educação em Geografia
O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre o processo de realização de um circuito multi... more O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre o processo de realização de um circuito multissensorial interdisciplinar, desenvolvido a partir dos preceitos da inclusão escolar. Parte-se como proposta metodológica a didática multissensorial, que utiliza dos diversos sentidos do corpo humano para que os alunos possam aprender, não se restringindo somente ao caráter visual. O tema da atividade aplicada conforme as propensões metodológicas foi sobre o “Ciclo da Água” e, para isso, utilizou-se um circuito sensorial acerca da temática, contendo três etapas: 1) Os Estados Físicos da Água; 2) O Ciclo Direto e Indireto da Água e 3) Outras formas da Água no Ambiente. Após a realização das etapas propositivas no circuito observou-se em correlação com a atividade o surgimento de categorias analíticas do campo da Geografia permeando todo o trabalho. O referencial teórico utilizado embasou-se em Ross (2015), Balestrim (2015), dentre outros autores que fundamentaram a proposta. Para análise ...
Anais do XIV Fórum de Pesquisa e Extensão da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará
Anais do XIV Fórum de Pesquisa e Extensão da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará
Anais do XIV Fórum de Pesquisa e Extensão da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará
Revista Conexao UEPG, 2019
Revista Saberes Pedagógicos, 2019
A pesquisa teve como objetivo geral analisar como os alunos percebem a inclusão escolar do colega... more A pesquisa teve como objetivo geral analisar como os alunos percebem a inclusão escolar do colega diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), já os específicos foram examinar como os alunos descrevem este colega e avaliar a contribuição da escola no processo de inclusão sob a percepção dos alunos entrevistados. O TEA é um transtorno de neurodesenvolvimento que causa prejuízos em três áreas do desenvolvimento: linguagem, interação e comportamento. A partir de movimentos legais, os sujeitos com TEA passaram a ter o direito à inserção e inclusão de qualidade no contexto escolar, aumentando assim a motivação da família em matriculá-los na rede regular de ensino. Por isso, torna-se relevante pesquisar como os alunos compreendem a inclusão social do aluno com TEA dentro da sala de aula. Foram entrevistados 13 alunos com idades entre 7 e 11 anos, que estudavam com pelo menos um aluno com TEA. A pesquisa caracteriza-se como de campo, analisada por meio de categorias. Os resultad...
Anais do Congresso Brasileiro de Educação Especial, 2014
RESUMO As pessoas com deficiência, que, em um conceito bem amplo e genérico, podem ser definidas ... more RESUMO As pessoas com deficiência, que, em um conceito bem amplo e genérico, podem ser definidas como aquelas que apresentam diferentes níveis de limitações (físicas, sensoriais, cognitivas, entre outras), foram, ao longo da história, relegadas a uma posição segregada na estrutura social. Durante muito tempo, foram consideradas "inválidas" ou "incapazes", acreditando-se que eram merecedoras da caridade privada e/ou do assistencialismo por parte do Estado. Esse "status social" foi se alterando com o passar do tempo, advindo a percepção de que esses indivíduos devem ser incluídos na sociedade, necessitando de suportes e adaptações necessárias para terem plena capacidade de exercerem suas atividades e seus direitos de forma igualitária, nascendo a ideia de que a deficiência está diretamente ligada ao ambiente em que a pessoa está inserida, sendo que quanto menos obstáculos, menos a sua limitação será relevante e impeditiva.