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Papers by helena silva
Nas duas últimas décadas do século XX veio se consolidando, no âmbito de estudos científicos inte... more Nas duas últimas décadas do século XX veio se consolidando, no âmbito de estudos científicos internacionais, propostas de ensaios de caracterização de argamassas visando manter as características semelhantes à argamassa original e assim subsidiar a formulação da argamassa a ser utilizada em recuperação ou restauro. Esta conduta está em consonância com o princípio da intervenção mínima, indicada para intervenções no revestimento das fachadas de edificação histórica, que limita a remoção e substituição do revestimento apenas aos trechos deteriorados, ou seja, sempre que possível, a argamassa original em boas condições deve ser mantida. O IPT-Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo tem aplicado nos últimos 10 anos em várias edificações históricas, tais como o prédio da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a Estação da Luz, no município de São Paulo, e o Castelo Mourisco da Fundação Oswaldo Cruz na cidade do Rio de Janeiro, um método de trabalho baseado nas seguintes técnicas: Análise mineralógica por difratometria de raios-X: focando identificar os minerais presentes, tanto na pasta como no agregado. É especialmente útil na caracterização de aglomerantes. Análise petrográfica: visando obter uma espécie de "retrato" da microestrutura da argamassa. São obtidos dados quanto: ao agregado (natureza, granulometria e interface com a pasta); aos vazios (distribuição, forma e tipo); e à pasta (presença, intensidade e distribuição da carbonatação, presença de minerais de cimento e/ou de cal). Permite também observar e caracterizar as microfissuras presentes. Reconstituição de traço a partir da análise química da argamassa: obtem-se a relação aglomerante(s)/agregado e a identificação do tipo de aglomerante, que é solubilizado em meio ácido. Ensaios químicos específicos podem ser executados para identificar a presença de sais solúveis e de aditivos modificadores de propriedades, incorporados na produção das argamassas.
Nas duas últimas décadas do século XX veio se consolidando, no âmbito de estudos científicos inte... more Nas duas últimas décadas do século XX veio se consolidando, no âmbito de estudos científicos internacionais, propostas de ensaios de caracterização de argamassas visando manter as características semelhantes à argamassa original e assim subsidiar a formulação da argamassa a ser utilizada em recuperação ou restauro. Esta conduta está em consonância com o princípio da intervenção mínima, indicada para intervenções no revestimento das fachadas de edificação histórica, que limita a remoção e substituição do revestimento apenas aos trechos deteriorados, ou seja, sempre que possível, a argamassa original em boas condições deve ser mantida. O IPT-Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo tem aplicado nos últimos 10 anos em várias edificações históricas, tais como o prédio da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a Estação da Luz, no município de São Paulo, e o Castelo Mourisco da Fundação Oswaldo Cruz na cidade do Rio de Janeiro, um método de trabalho baseado nas seguintes técnicas: Análise mineralógica por difratometria de raios-X: focando identificar os minerais presentes, tanto na pasta como no agregado. É especialmente útil na caracterização de aglomerantes. Análise petrográfica: visando obter uma espécie de "retrato" da microestrutura da argamassa. São obtidos dados quanto: ao agregado (natureza, granulometria e interface com a pasta); aos vazios (distribuição, forma e tipo); e à pasta (presença, intensidade e distribuição da carbonatação, presença de minerais de cimento e/ou de cal). Permite também observar e caracterizar as microfissuras presentes. Reconstituição de traço a partir da análise química da argamassa: obtem-se a relação aglomerante(s)/agregado e a identificação do tipo de aglomerante, que é solubilizado em meio ácido. Ensaios químicos específicos podem ser executados para identificar a presença de sais solúveis e de aditivos modificadores de propriedades, incorporados na produção das argamassas.