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Thesis Chapters by Elina Baptista

Research paper thumbnail of História do Teatro da Ilha da Madeira - APRENDER A MADEIRA

Em Portugal até ao séc. XV circunstâncias de ordem política e social fazem da poesia dramática um... more Em Portugal até ao séc. XV circunstâncias de ordem política e social fazem da poesia dramática uma forma acidental de arte e inibem a Cultura e os costumes tradicionais destinados ao povo. No séc. XVI a Igreja permite que o povo participe na liturgia, cujas formas são essencialmente dramáticas. Estas mantêm-se assim unidas aos costumes e festas populares, dando seguimento a uma corrente oposta à da erudição humanista da Renascença que valorizava as comédias clássicas. Com o surgimento de povoadores na ilha, como o moçárabe, a poesia de reminiscências medievais, une-se ao figurado e à melopeia das composições árabes, caracterizando os primeiros esboços de arte referidas pelos autores. No séc. XVII, o teatro assume um papel de diversão e de reflexão crítica e nos séculos seguintes são fluentes os nomes de autores naturais da ilha ou que por ela tenham passado. No séc. XIX as publicações dedicadas ao teatro multiplicam-se, dado o impacto que têm na sociedade.

Research paper thumbnail of O Teatro na Madeira e a República

Research paper thumbnail of A Alteridade do Demerarista no Teatro do Século XIX

Elina Batista, 2008

A trilogia ‘Emigração, Teatro e Alteridade’ apresenta-se como possibilidade de reflectir sobre o ... more A trilogia ‘Emigração, Teatro e Alteridade’ apresenta-se como possibilidade de reflectir sobre o fenómeno emigratório português, particularmente o madeirense, para Demerara – Guiana Inglesa, no século XIX. Dramaturgos da época como João de Nobrega Soares, Álvaro d’Azevedo e João de Andrade Corvo retratam os dramas dos emigrantes e levam-nos ao palco, criando, simultaneamente, o Teatro de Alteridade. O Teatro é transformado num elo de mediação entre o indivíduo e a sociedade ao revelar e retratar as experiências do ser humano, os seus valores e a sua cultura.
Palavras-chave: Alteridade; Demerara; Demerarista; Emigração; Teatro.

Research paper thumbnail of O emigrante em Eça de Queiroz, entre Portugal e o Brasil, de português a brasileiro, Elina Baptista

História dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa), na Universidade dos Açores; 1980. Licenciatur... more História dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa), na Universidade dos Açores; 1980. Licenciatura em História pela Universidade de Lisboa. ATIVIDADE CIENTÍFICA. Pertence a várias academias da especialidade e intervém com consultor científico em publicações periódicas especializadas. É Investigador-convidado do CLEPUL

Research paper thumbnail of Da emigração entre continentes em Eça de Queiroz: da correspondência consular à obra literária

Nas últimas três décadas do século XIX, dado o estado de abatimento sentido no país, Eça de Queir... more Nas últimas três décadas do século XIX, dado o estado de abatimento sentido no país, Eça de Queiroz, plenamente integrado no ambiente buliçoso e efervescente da sua geração, compara a situação de Portugal com a da Grécia, países que considera caóticos, dadas as políticas de rotina e sem imaginação que não conduzem o país ao desenvolvimento e ao progresso. De facto, Portugal não consegue acompanhar o ritmo dos outros países europeus e obriga os portugueses a emigrar. A principal característica da sua escrita é a ironia, aproximando-se da posição socrática, uma arma de intervenção intelectual, de cariz ético, vinculadora e libertadora, que lhe permite intervir e depurar problemas do seu tempo, procurando construir um Portugal como entendia que deveria ser. Durante o percurso de vida que permeia a publicação de As Farpas e de Uma Campanha Alegre, e na correspondência e a obra literária, Eça de Queiroz questiona o “sonho americano”, que muitos portugueses quiseram experimentar, e o brasileiro, no âmbito de uma vasta crítica à sociedade burguesa. A defesa da mudança do rumo da emigração portuguesa da América do Norte para o Brasil prende-se com a relação de ilusão/desilusão que marca a sua experiência consular em Havana e as viagens que faz. O pensamento do escritor e cônsul evolui para o entendimento da emigração, como a arte, é considerada uma das forças civilizadoras da humanidade. Muitas da suas personagens circulam entre o Velho e Novo Mundo, têm um pé dentro e outro fora do país, migram pelas mais variadas razões, fazendo retratos nas suas obras das suas movimentações, construindo uma estética sobre o país que se baseia na ética dos valores humanos que possui e na experiência que adquiriu.

Research paper thumbnail of A emigração portuguesa na obra de Eça de Queiroz. Do americano ao brasileiro

Na centúria de oitocentos, dadas as condições difíceis de vida em vários países do velho mundo, B... more Na centúria de oitocentos, dadas as condições difíceis de vida em vários países do velho mundo, Brasil e Estados Unidos atraíram grandes massas trabalhadores para as suas terras devido à necessidade de ampliar as suas economias, agrícola, comercial e industrial, através da propaganda e de promoção de concessões e de isenções. Efectivamente, a atracção, mas também a aspiração, o sonho de uma vida melhor, estão entre as principais causas da emigração ao longo da história, nomeadamente da portuguesa, aproximando-a da situação de outras nações. Na Grécia, país que atualmente se encontra encerrado numa crise conjuntural séria, tal como Portugal, a miséria forçou grandes deslocações da população, na idade antiga, de que é exemplo o povoamento da Ásia Menor, onde surgiram os conhecidos centros civilizados de Mileto, Samos e Éfeso, berços da cultura ocidental, por terem criado uma literatura de modelo universal, o museu humano da beleza e da arte.

Research paper thumbnail of Eça de Queiroz, o percurso D´As Farpas a Uma Campanha Alegre através da ironia

No século XIX, a escrita de Eça de Queiroz mostra a situação conjuntural portuguesa e a emigra... more No século XIX, a escrita de Eça de Queiroz mostra a situação conjuntural
portuguesa e a emigração, a ilusão que tantos portugueses forçou a sair da pátria, e a desilusão que não raramente obrigou muitos a regressar e a mudar de rumo, ao longo das últimas três décadas.
Entre 1871 e 72, dado o estado de abatimento sentido no país, e plenamente integrado
no ambiente buliçoso e efervescente da sua geração, o autor compara a situação de
Portugal com a da Grécia, países que considera caóticos, dadas as políticas de rotina e sem imaginação que não conduzem o país ao desenvolvimento e ao progresso. De facto, Portugal não consegue acompanhar o ritmo dos outros países europeus e força os portugueses a emigrar. Eça considera a situação e escreve sobre ela, usando a ironia, aproximando-se, assim, da posição socrática. Na verdade, a ironia é a principal característica da sua escrita, uma arma de intervenção intelectual, de cariz ético, vinculadora e libertadora, que lhe permite intervir e depurar problemas do seu tempo, procurando construir um Portugal como entendia que deveria
ser. Durante o percurso de vida que permeia a publicação de As Farpas e de Uma
Campanha Alegre, e na correspondência e a obra literária, o autor questiona o “sonho
americano”, que muitos portugueses quiseram experimentar, e o brasileiro, no âmbito de uma vasta crítica à sociedade burguesa. A defesa da mudança do rumo da emigração portuguesa da América do Norte para o Brasil prende-se com a relação de ilusão/desilusão que marca a sua experiência consular em Havana e as viagens que faz.

Papers by Elina Baptista

Research paper thumbnail of CulRoute - plataforma WebSIG3D gamificada para seleção de roteiros turísticos

Dos Algarves: A Multidisciplinary e-Journal, 2015

A importância da divulgação de informação turística em plataformas digitais é atualmente salienta... more A importância da divulgação de informação turística em plataformas digitais é atualmente salientada por entidades públicas nacionais como o Turismo de Portugal ou o Turismo do Algarve. A incorporação de estratégias e mecanismos que estimulem um maior interesse e envolvimento dos utilizadores são suscetíveis de contribuir para uma mais eficaz divulgação dos destinos turísticos e do seu património histórico e cultural enquanto elementos de valorização. O presente trabalho apresenta os conceitos, estratégias e tecnologias adotados na conceção e implementação da plataforma WebSIG3D gamificada CulRoute. Através desta plataforma, o utilizador é convidado a visualizar e navegar modelos virtuais tridimensionais de monumentos e, num ambiente de jogo, explorar os 'tesouros' de cada monumento, testando os conhecimentos adquiridos respondendo a questionários opcionais. A partir da lista de monumentos visitados e de outras informações disponíveis na plataforma, o utilizador poderá criar roteiros personalizados, guardá-los em ficheiros ou imprimir para posterior uso como mapas.

Research paper thumbnail of Da emigração entre continentes em Eça de Queiroz: da correspondência consular à obra literária

Research paper thumbnail of Eça entre o dolar americano e a pacatez brasileira Rumo a sudueste

Elina Batista, 2013

Na década de oitenta do séc. XIX, Eça de Queiroz, dividido entre o principal rumo da emigração po... more Na década de oitenta do séc. XIX, Eça de Queiroz, dividido entre o principal rumo da emigração portuguesa e influenciado pelo “sonho americano” que tantos quiseram experimentar, aconselha-os a procurar Charles Nhathan, o engajador que retrata em "Os Maias", e a expatriar-se, no âmbito de uma crítica à situação conjuntural do país, ao modo de funcionamento das instituições, à sociedade burguesa, ao burguês improdutivo, ao pacato brasileiro, que não é empreendedor como o inglês, que, regressado da América, expande a sua fortuna quando se restabelece no seu país de origem.

Research paper thumbnail of Emigração e teatro em Portugal no século XIX: retratos da Madeira e de madeirenses

Re et tr ra at to os s d da a M Ma ad de ei ir ra a e e d de e M Ma ad de ei ir re en ns se es s

Research paper thumbnail of O Teatro da Emigração em Portugal no Século XIX

Elina Batista, 2020

Dadas as condições sociais e económicas do século XIX, os portugueses, particularmente os madeire... more Dadas as condições sociais e económicas do século XIX, os portugueses, particularmente os madeirenses, procuram noutros países, mormente no Brasil, a solução para as dificuldades de subsistência na sua terra natal. Dramaturgos da época, conscientes dos dramas dos emigrantes retratam-nos no palco tentando também travar a emigração clandestina que as leis brandas não conseguem, já que se apresenta como um dos grandes problemas da época. Estes autores, exaltando os seus desígnios altruístas, reforçam o poder pedagógico, moral, persuasivo e dissuasor da acção dramática, criando o teatro da emigração.

Research paper thumbnail of EMIGRAÇÃO PORTUGUESA ENTRE O DETERMINISMO E LIVRE-ARBÍTRIO

Elina Baptista

Resumo: Ao longo do século XIX, os portugueses procuram em terras distantes, mormente nas América... more Resumo: Ao longo do século XIX, os portugueses procuram em terras distantes, mormente nas Américas, solução para as condições de vida, para problemas de ordem económica e social. A questão que se coloca é a de averiguar, através do teatro da época, se todo aquele que decide emigrar está a fazer uso do seu livre-arbítrio, já que se trata de uma decisão consciente e voluntária, ou se é uma escolha condicionada por fatores alheios à sua vontade. Dramaturgos da época, conhecedores dos dramas dos emigrantes retratam-nos no palco, tentam também travar a emigração clandestina, que as leis brandas não conseguem, já que se trata de um dos grandes problemas da época. Estes autores, ao exaltarem os seus desígnios altruístas, reforçam o poder pedagógico, moral, persuasivo e dissuasor da acção dramática, criando o teatro da emigração.

Research paper thumbnail of SIMPÓSIO PORTUGAL PRECISA DE FILOSOFIA

Elina Batista

Madeira, decorrido nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, no âmbito do Projeto Aprender a Madei... more Madeira, decorrido nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, no âmbito do Projeto Aprender a Madeira, procurou reunir os coordenadores das diferentes áreas científicas do Dicionário Enciclopédico da Madeira, o maior número possível de autores, e uma pequena comunidade de cientistas que, de alguma forma ajudassem a responder à questão "Que saber(es) para o século XXI?". no final do Simpósio. O professor Viriato Soromenho-Marques, na sua reflexão "Que saber enciclopédico para o século XXI ?" e ao abordar os problemas ambientais do mundo globalizado em que vivemos, referiu que Portugal precisa de Filosofia. Mas onde anda essa filosofia, essa disciplina tão in(útil), num país que outrora fez da língua portuguesa a língua oficial da humanidade, que fez história, que produziu inequivocamente filosofia e cultura? Refletindo sobre uma das entradas que nos foi atribuída, para o dito Dicionário Enciclopédico da Madeira, referimos que a resposta a esta questão é tão difícil quanto a de saber se existe uma Filosofia Portuguesa ou uma Filosofia em Portugal. Tal como o professor Viriato Soromenho-Marques, desde finais do século que muitos intelectuais sentem essa falta e esse dilema, tendo-a debatido em colóquios e em revistas, já que consideram a disciplina imanente ao logos português, para que o país não perca a identidade, a alma pátria, a alma lusitana. As universidades e, sobretudo, os publicistas e pensadores livres procuram na arte, na poesia e na literatura, o que há de mais português, considerando que a filosofia não está atada a uma expressão única. Um vasto conjunto de escritores, modernos e contemporâneos, que pela sua qualidade de autores trágicos e para quem a vida é uma interrogação existencial são dignos de assinalar, quando se fala de filosofia portuguesa. Sem coragem de obedecer a cânones rígidos de uma dialética transcendental ou a uma filosofia sistemática, a riqueza das suas intuições e dos seus filosofemas têm espalhado Portugal e o seu povo pelo resto do mundo. Na verdade, no nosso país pode não haver filósofos sistemáticos, mas possui pensadores que têm contribuído para que a "alma lusitana" seja um cânone na literatura, na poesia e no romance, e mesmo em pequenos tratados de índole filosófica que se têm feito por cá.

Research paper thumbnail of A emigração portuguesa na obra de Eça de Queiroz. Do americano ao brasileiro

Elina Baptista

Na centúria de oitocentos, dadas as condições difíceis de vida em vários países do velho mundo, B... more Na centúria de oitocentos, dadas as condições difíceis de vida em vários países do velho mundo, Brasil e Estados Unidos atraíram grandes massas trabalhadores para as suas terras devido à necessidade de ampliar as suas economias, agrícola, comercial e industrial, através da propaganda e de promoção de concessões e de isenções. Efectivamente, a atracção, mas também a aspiração, o sonho de uma vida melhor, estão entre as principais causas da emigração ao longo da história, nomeadamente da portuguesa, aproximando-a da situação de outras nações, nomeadamente da Grécia.
Na História e na Literatura aparecem tipos de emigrante que concentram características comuns dos que vão e que voltam de que são exemplo o americano e o brasileiro, que de resto Eça de Queiroz retrata na sua obra.

Research paper thumbnail of 500 anos da diocese do Funchal

Elina Baptista

A Diocese do Funchal tem um papel preponderante na expansão portuguesa, dada magnitude de levar o... more A Diocese do Funchal tem um papel preponderante na expansão portuguesa, dada magnitude de levar o mundo religioso ao mundo pagão. A relação entre o sagrado e o profano foi indiscutível nos primórdios da humanidade, mas não menos importante é na expansão da portugalidade. Os portugueses ao aportarem em novas terras, a que chamaram suas hasteiam a bandeira da cristandade e evangelizam os nativos. O Padre Antonio Vieira é uma personagem de charneira no papel humanitário e missionário, propondo a Igreja como um motor de conhecimento e de cultura, de que é exemplo a instalação do Colégio dos Jesuítas no Funchal, em 1599.

Research paper thumbnail of SÓCRATES entre a tragédia da morte e a saudosa memória

Elina Baptista, 2017

Sócrates é um homem desmoralizado que vive simultaneamente numa época de esplendor e de decadênci... more Sócrates é um homem desmoralizado que vive simultaneamente numa época de esplendor e de decadência, perturbado por lutas intestinas e expedições militares, ora vitoriosas, ora desastrosas, assim como a de Pimenta de Aguiar. Inconformados com os principais acontecimentos do seu tempo, propõem-se ultrapassá-los, um através da Filosofia e outro através da Arte. Sócrates fá-lo pelo diálogo e cai em tragédia e Pimenta de Aguiar fá-lo pela escrita, pela tragédia, pela arte. Ao propor Sócrates para protagonista da peça, o autor procura através da catarse uma explicação para a onda de execuções a que se assistia no país, medida adotada pelos governantes para por cobro à revolução, à luta pela liberdade, ideal muito procurado pelos portugueses.

Research paper thumbnail of Do americano ao brasileiro em Eça de Queiroz

Elina Baptista

Do americano ao brasileiro em Eça de Queiroz reflete sobre o percurso do emigrante português para... more Do americano ao brasileiro em Eça de Queiroz reflete sobre o percurso do emigrante português para a América do Norte, numa época em que o escritor aconselha esse destino aos portugueses, em As Farpas, e posteriormente para o Brasil, em Uma Campanha Alegre, dada a afinidade do escritor com aquela nação.

Drafts by Elina Baptista

Research paper thumbnail of PORTUGAL PRECISA DE FILOSOFIA

Madeira, decorrido nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, no âmbito do Projeto Aprender a Madei... more Madeira, decorrido nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, no âmbito do Projeto Aprender a Madeira, procurou reunir os coordenadores das diferentes áreas científicas do Dicionário Enciclopédico da Madeira, o maior número possível de autores, e uma pequena comunidade de cientistas que, de alguma forma ajudassem a responder à questão "Que saber(es) para o século XXI?". no final do Simpósio. O professor Viriato Soromenho-Marques, na sua reflexão "Que saber enciclopédico para o século XXI ?" e ao abordar os problemas ambientais do mundo globalizado em que vivemos, referiu que Portugal precisa de Filosofia. Mas onde anda essa filosofia, essa disciplina tão in(útil), num país que outrora fez da língua portuguesa a língua oficial da humanidade, que fez história, que produziu inequivocamente filosofia e cultura? Refletindo sobre uma das entradas que nos foi atribuída, para o dito Dicionário Enciclopédico da Madeira, referimos que a resposta a esta questão é tão difícil quanto a de saber se existe uma Filosofia Portuguesa ou uma Filosofia em Portugal. Tal como o professor Viriato Soromenho-Marques, desde finais do século que muitos intelectuais sentem essa falta e esse dilema, tendo-a debatido em colóquios e em revistas, já que consideram a disciplina imanente ao logos português, para que o país não perca a identidade, a alma pátria, a alma lusitana. As universidades e, sobretudo, os publicistas e pensadores livres procuram na arte, na poesia e na literatura, o que há de mais português, considerando que a filosofia não está atada a uma expressão única. Um vasto conjunto de escritores, modernos e contemporâneos, que pela sua qualidade de autores trágicos e para quem a vida é uma interrogação existencial são dignos de assinalar, quando se fala de filosofia portuguesa. Sem coragem de obedecer a cânones rígidos de uma dialética transcendental ou a uma filosofia sistemática, a riqueza das suas intuições e dos seus filosofemas têm espalhado Portugal e o seu povo pelo resto do mundo. Na verdade, no nosso país pode não haver filósofos sistemáticos, mas possui pensadores que têm contribuído para que a "alma lusitana" seja um cânone na literatura, na poesia e no romance, e mesmo em pequenos tratados de índole filosófica que se têm feito por cá. Elina Baptista AEOH-Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital Reflexão para obtenção de acreditação de quinze horas.

Conference Presentations by Elina Baptista

Research paper thumbnail of O Nosso Teatro

Tribuna da Madeira - O Nosso Teatro, 2017

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Em Portugal até ao séc. XV circunstâncias de ordem política e social fazem da poesia dramática um... more Em Portugal até ao séc. XV circunstâncias de ordem política e social fazem da poesia dramática uma forma acidental de arte e inibem a Cultura e os costumes tradicionais destinados ao povo. No séc. XVI a Igreja permite que o povo participe na liturgia, cujas formas são essencialmente dramáticas. Estas mantêm-se assim unidas aos costumes e festas populares, dando seguimento a uma corrente oposta à da erudição humanista da Renascença que valorizava as comédias clássicas. Com o surgimento de povoadores na ilha, como o moçárabe, a poesia de reminiscências medievais, une-se ao figurado e à melopeia das composições árabes, caracterizando os primeiros esboços de arte referidas pelos autores. No séc. XVII, o teatro assume um papel de diversão e de reflexão crítica e nos séculos seguintes são fluentes os nomes de autores naturais da ilha ou que por ela tenham passado. No séc. XIX as publicações dedicadas ao teatro multiplicam-se, dado o impacto que têm na sociedade.

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Research paper thumbnail of A Alteridade do Demerarista no Teatro do Século XIX

Elina Batista, 2008

A trilogia ‘Emigração, Teatro e Alteridade’ apresenta-se como possibilidade de reflectir sobre o ... more A trilogia ‘Emigração, Teatro e Alteridade’ apresenta-se como possibilidade de reflectir sobre o fenómeno emigratório português, particularmente o madeirense, para Demerara – Guiana Inglesa, no século XIX. Dramaturgos da época como João de Nobrega Soares, Álvaro d’Azevedo e João de Andrade Corvo retratam os dramas dos emigrantes e levam-nos ao palco, criando, simultaneamente, o Teatro de Alteridade. O Teatro é transformado num elo de mediação entre o indivíduo e a sociedade ao revelar e retratar as experiências do ser humano, os seus valores e a sua cultura.
Palavras-chave: Alteridade; Demerara; Demerarista; Emigração; Teatro.

Research paper thumbnail of O emigrante em Eça de Queiroz, entre Portugal e o Brasil, de português a brasileiro, Elina Baptista

História dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa), na Universidade dos Açores; 1980. Licenciatur... more História dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa), na Universidade dos Açores; 1980. Licenciatura em História pela Universidade de Lisboa. ATIVIDADE CIENTÍFICA. Pertence a várias academias da especialidade e intervém com consultor científico em publicações periódicas especializadas. É Investigador-convidado do CLEPUL

Research paper thumbnail of Da emigração entre continentes em Eça de Queiroz: da correspondência consular à obra literária

Nas últimas três décadas do século XIX, dado o estado de abatimento sentido no país, Eça de Queir... more Nas últimas três décadas do século XIX, dado o estado de abatimento sentido no país, Eça de Queiroz, plenamente integrado no ambiente buliçoso e efervescente da sua geração, compara a situação de Portugal com a da Grécia, países que considera caóticos, dadas as políticas de rotina e sem imaginação que não conduzem o país ao desenvolvimento e ao progresso. De facto, Portugal não consegue acompanhar o ritmo dos outros países europeus e obriga os portugueses a emigrar. A principal característica da sua escrita é a ironia, aproximando-se da posição socrática, uma arma de intervenção intelectual, de cariz ético, vinculadora e libertadora, que lhe permite intervir e depurar problemas do seu tempo, procurando construir um Portugal como entendia que deveria ser. Durante o percurso de vida que permeia a publicação de As Farpas e de Uma Campanha Alegre, e na correspondência e a obra literária, Eça de Queiroz questiona o “sonho americano”, que muitos portugueses quiseram experimentar, e o brasileiro, no âmbito de uma vasta crítica à sociedade burguesa. A defesa da mudança do rumo da emigração portuguesa da América do Norte para o Brasil prende-se com a relação de ilusão/desilusão que marca a sua experiência consular em Havana e as viagens que faz. O pensamento do escritor e cônsul evolui para o entendimento da emigração, como a arte, é considerada uma das forças civilizadoras da humanidade. Muitas da suas personagens circulam entre o Velho e Novo Mundo, têm um pé dentro e outro fora do país, migram pelas mais variadas razões, fazendo retratos nas suas obras das suas movimentações, construindo uma estética sobre o país que se baseia na ética dos valores humanos que possui e na experiência que adquiriu.

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Na centúria de oitocentos, dadas as condições difíceis de vida em vários países do velho mundo, B... more Na centúria de oitocentos, dadas as condições difíceis de vida em vários países do velho mundo, Brasil e Estados Unidos atraíram grandes massas trabalhadores para as suas terras devido à necessidade de ampliar as suas economias, agrícola, comercial e industrial, através da propaganda e de promoção de concessões e de isenções. Efectivamente, a atracção, mas também a aspiração, o sonho de uma vida melhor, estão entre as principais causas da emigração ao longo da história, nomeadamente da portuguesa, aproximando-a da situação de outras nações. Na Grécia, país que atualmente se encontra encerrado numa crise conjuntural séria, tal como Portugal, a miséria forçou grandes deslocações da população, na idade antiga, de que é exemplo o povoamento da Ásia Menor, onde surgiram os conhecidos centros civilizados de Mileto, Samos e Éfeso, berços da cultura ocidental, por terem criado uma literatura de modelo universal, o museu humano da beleza e da arte.

Research paper thumbnail of Eça de Queiroz, o percurso D´As Farpas a Uma Campanha Alegre através da ironia

No século XIX, a escrita de Eça de Queiroz mostra a situação conjuntural portuguesa e a emigra... more No século XIX, a escrita de Eça de Queiroz mostra a situação conjuntural
portuguesa e a emigração, a ilusão que tantos portugueses forçou a sair da pátria, e a desilusão que não raramente obrigou muitos a regressar e a mudar de rumo, ao longo das últimas três décadas.
Entre 1871 e 72, dado o estado de abatimento sentido no país, e plenamente integrado
no ambiente buliçoso e efervescente da sua geração, o autor compara a situação de
Portugal com a da Grécia, países que considera caóticos, dadas as políticas de rotina e sem imaginação que não conduzem o país ao desenvolvimento e ao progresso. De facto, Portugal não consegue acompanhar o ritmo dos outros países europeus e força os portugueses a emigrar. Eça considera a situação e escreve sobre ela, usando a ironia, aproximando-se, assim, da posição socrática. Na verdade, a ironia é a principal característica da sua escrita, uma arma de intervenção intelectual, de cariz ético, vinculadora e libertadora, que lhe permite intervir e depurar problemas do seu tempo, procurando construir um Portugal como entendia que deveria
ser. Durante o percurso de vida que permeia a publicação de As Farpas e de Uma
Campanha Alegre, e na correspondência e a obra literária, o autor questiona o “sonho
americano”, que muitos portugueses quiseram experimentar, e o brasileiro, no âmbito de uma vasta crítica à sociedade burguesa. A defesa da mudança do rumo da emigração portuguesa da América do Norte para o Brasil prende-se com a relação de ilusão/desilusão que marca a sua experiência consular em Havana e as viagens que faz.

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Dos Algarves: A Multidisciplinary e-Journal, 2015

A importância da divulgação de informação turística em plataformas digitais é atualmente salienta... more A importância da divulgação de informação turística em plataformas digitais é atualmente salientada por entidades públicas nacionais como o Turismo de Portugal ou o Turismo do Algarve. A incorporação de estratégias e mecanismos que estimulem um maior interesse e envolvimento dos utilizadores são suscetíveis de contribuir para uma mais eficaz divulgação dos destinos turísticos e do seu património histórico e cultural enquanto elementos de valorização. O presente trabalho apresenta os conceitos, estratégias e tecnologias adotados na conceção e implementação da plataforma WebSIG3D gamificada CulRoute. Através desta plataforma, o utilizador é convidado a visualizar e navegar modelos virtuais tridimensionais de monumentos e, num ambiente de jogo, explorar os 'tesouros' de cada monumento, testando os conhecimentos adquiridos respondendo a questionários opcionais. A partir da lista de monumentos visitados e de outras informações disponíveis na plataforma, o utilizador poderá criar roteiros personalizados, guardá-los em ficheiros ou imprimir para posterior uso como mapas.

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Research paper thumbnail of Eça entre o dolar americano e a pacatez brasileira Rumo a sudueste

Elina Batista, 2013

Na década de oitenta do séc. XIX, Eça de Queiroz, dividido entre o principal rumo da emigração po... more Na década de oitenta do séc. XIX, Eça de Queiroz, dividido entre o principal rumo da emigração portuguesa e influenciado pelo “sonho americano” que tantos quiseram experimentar, aconselha-os a procurar Charles Nhathan, o engajador que retrata em "Os Maias", e a expatriar-se, no âmbito de uma crítica à situação conjuntural do país, ao modo de funcionamento das instituições, à sociedade burguesa, ao burguês improdutivo, ao pacato brasileiro, que não é empreendedor como o inglês, que, regressado da América, expande a sua fortuna quando se restabelece no seu país de origem.

Research paper thumbnail of Emigração e teatro em Portugal no século XIX: retratos da Madeira e de madeirenses

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Research paper thumbnail of O Teatro da Emigração em Portugal no Século XIX

Elina Batista, 2020

Dadas as condições sociais e económicas do século XIX, os portugueses, particularmente os madeire... more Dadas as condições sociais e económicas do século XIX, os portugueses, particularmente os madeirenses, procuram noutros países, mormente no Brasil, a solução para as dificuldades de subsistência na sua terra natal. Dramaturgos da época, conscientes dos dramas dos emigrantes retratam-nos no palco tentando também travar a emigração clandestina que as leis brandas não conseguem, já que se apresenta como um dos grandes problemas da época. Estes autores, exaltando os seus desígnios altruístas, reforçam o poder pedagógico, moral, persuasivo e dissuasor da acção dramática, criando o teatro da emigração.

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Elina Baptista

Resumo: Ao longo do século XIX, os portugueses procuram em terras distantes, mormente nas América... more Resumo: Ao longo do século XIX, os portugueses procuram em terras distantes, mormente nas Américas, solução para as condições de vida, para problemas de ordem económica e social. A questão que se coloca é a de averiguar, através do teatro da época, se todo aquele que decide emigrar está a fazer uso do seu livre-arbítrio, já que se trata de uma decisão consciente e voluntária, ou se é uma escolha condicionada por fatores alheios à sua vontade. Dramaturgos da época, conhecedores dos dramas dos emigrantes retratam-nos no palco, tentam também travar a emigração clandestina, que as leis brandas não conseguem, já que se trata de um dos grandes problemas da época. Estes autores, ao exaltarem os seus desígnios altruístas, reforçam o poder pedagógico, moral, persuasivo e dissuasor da acção dramática, criando o teatro da emigração.

Research paper thumbnail of SIMPÓSIO PORTUGAL PRECISA DE FILOSOFIA

Elina Batista

Madeira, decorrido nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, no âmbito do Projeto Aprender a Madei... more Madeira, decorrido nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, no âmbito do Projeto Aprender a Madeira, procurou reunir os coordenadores das diferentes áreas científicas do Dicionário Enciclopédico da Madeira, o maior número possível de autores, e uma pequena comunidade de cientistas que, de alguma forma ajudassem a responder à questão "Que saber(es) para o século XXI?". no final do Simpósio. O professor Viriato Soromenho-Marques, na sua reflexão "Que saber enciclopédico para o século XXI ?" e ao abordar os problemas ambientais do mundo globalizado em que vivemos, referiu que Portugal precisa de Filosofia. Mas onde anda essa filosofia, essa disciplina tão in(útil), num país que outrora fez da língua portuguesa a língua oficial da humanidade, que fez história, que produziu inequivocamente filosofia e cultura? Refletindo sobre uma das entradas que nos foi atribuída, para o dito Dicionário Enciclopédico da Madeira, referimos que a resposta a esta questão é tão difícil quanto a de saber se existe uma Filosofia Portuguesa ou uma Filosofia em Portugal. Tal como o professor Viriato Soromenho-Marques, desde finais do século que muitos intelectuais sentem essa falta e esse dilema, tendo-a debatido em colóquios e em revistas, já que consideram a disciplina imanente ao logos português, para que o país não perca a identidade, a alma pátria, a alma lusitana. As universidades e, sobretudo, os publicistas e pensadores livres procuram na arte, na poesia e na literatura, o que há de mais português, considerando que a filosofia não está atada a uma expressão única. Um vasto conjunto de escritores, modernos e contemporâneos, que pela sua qualidade de autores trágicos e para quem a vida é uma interrogação existencial são dignos de assinalar, quando se fala de filosofia portuguesa. Sem coragem de obedecer a cânones rígidos de uma dialética transcendental ou a uma filosofia sistemática, a riqueza das suas intuições e dos seus filosofemas têm espalhado Portugal e o seu povo pelo resto do mundo. Na verdade, no nosso país pode não haver filósofos sistemáticos, mas possui pensadores que têm contribuído para que a "alma lusitana" seja um cânone na literatura, na poesia e no romance, e mesmo em pequenos tratados de índole filosófica que se têm feito por cá.

Research paper thumbnail of A emigração portuguesa na obra de Eça de Queiroz. Do americano ao brasileiro

Elina Baptista

Na centúria de oitocentos, dadas as condições difíceis de vida em vários países do velho mundo, B... more Na centúria de oitocentos, dadas as condições difíceis de vida em vários países do velho mundo, Brasil e Estados Unidos atraíram grandes massas trabalhadores para as suas terras devido à necessidade de ampliar as suas economias, agrícola, comercial e industrial, através da propaganda e de promoção de concessões e de isenções. Efectivamente, a atracção, mas também a aspiração, o sonho de uma vida melhor, estão entre as principais causas da emigração ao longo da história, nomeadamente da portuguesa, aproximando-a da situação de outras nações, nomeadamente da Grécia.
Na História e na Literatura aparecem tipos de emigrante que concentram características comuns dos que vão e que voltam de que são exemplo o americano e o brasileiro, que de resto Eça de Queiroz retrata na sua obra.

Research paper thumbnail of 500 anos da diocese do Funchal

Elina Baptista

A Diocese do Funchal tem um papel preponderante na expansão portuguesa, dada magnitude de levar o... more A Diocese do Funchal tem um papel preponderante na expansão portuguesa, dada magnitude de levar o mundo religioso ao mundo pagão. A relação entre o sagrado e o profano foi indiscutível nos primórdios da humanidade, mas não menos importante é na expansão da portugalidade. Os portugueses ao aportarem em novas terras, a que chamaram suas hasteiam a bandeira da cristandade e evangelizam os nativos. O Padre Antonio Vieira é uma personagem de charneira no papel humanitário e missionário, propondo a Igreja como um motor de conhecimento e de cultura, de que é exemplo a instalação do Colégio dos Jesuítas no Funchal, em 1599.

Research paper thumbnail of SÓCRATES entre a tragédia da morte e a saudosa memória

Elina Baptista, 2017

Sócrates é um homem desmoralizado que vive simultaneamente numa época de esplendor e de decadênci... more Sócrates é um homem desmoralizado que vive simultaneamente numa época de esplendor e de decadência, perturbado por lutas intestinas e expedições militares, ora vitoriosas, ora desastrosas, assim como a de Pimenta de Aguiar. Inconformados com os principais acontecimentos do seu tempo, propõem-se ultrapassá-los, um através da Filosofia e outro através da Arte. Sócrates fá-lo pelo diálogo e cai em tragédia e Pimenta de Aguiar fá-lo pela escrita, pela tragédia, pela arte. Ao propor Sócrates para protagonista da peça, o autor procura através da catarse uma explicação para a onda de execuções a que se assistia no país, medida adotada pelos governantes para por cobro à revolução, à luta pela liberdade, ideal muito procurado pelos portugueses.

Research paper thumbnail of Do americano ao brasileiro em Eça de Queiroz

Elina Baptista

Do americano ao brasileiro em Eça de Queiroz reflete sobre o percurso do emigrante português para... more Do americano ao brasileiro em Eça de Queiroz reflete sobre o percurso do emigrante português para a América do Norte, numa época em que o escritor aconselha esse destino aos portugueses, em As Farpas, e posteriormente para o Brasil, em Uma Campanha Alegre, dada a afinidade do escritor com aquela nação.

Research paper thumbnail of PORTUGAL PRECISA DE FILOSOFIA

Madeira, decorrido nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, no âmbito do Projeto Aprender a Madei... more Madeira, decorrido nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, no âmbito do Projeto Aprender a Madeira, procurou reunir os coordenadores das diferentes áreas científicas do Dicionário Enciclopédico da Madeira, o maior número possível de autores, e uma pequena comunidade de cientistas que, de alguma forma ajudassem a responder à questão "Que saber(es) para o século XXI?". no final do Simpósio. O professor Viriato Soromenho-Marques, na sua reflexão "Que saber enciclopédico para o século XXI ?" e ao abordar os problemas ambientais do mundo globalizado em que vivemos, referiu que Portugal precisa de Filosofia. Mas onde anda essa filosofia, essa disciplina tão in(útil), num país que outrora fez da língua portuguesa a língua oficial da humanidade, que fez história, que produziu inequivocamente filosofia e cultura? Refletindo sobre uma das entradas que nos foi atribuída, para o dito Dicionário Enciclopédico da Madeira, referimos que a resposta a esta questão é tão difícil quanto a de saber se existe uma Filosofia Portuguesa ou uma Filosofia em Portugal. Tal como o professor Viriato Soromenho-Marques, desde finais do século que muitos intelectuais sentem essa falta e esse dilema, tendo-a debatido em colóquios e em revistas, já que consideram a disciplina imanente ao logos português, para que o país não perca a identidade, a alma pátria, a alma lusitana. As universidades e, sobretudo, os publicistas e pensadores livres procuram na arte, na poesia e na literatura, o que há de mais português, considerando que a filosofia não está atada a uma expressão única. Um vasto conjunto de escritores, modernos e contemporâneos, que pela sua qualidade de autores trágicos e para quem a vida é uma interrogação existencial são dignos de assinalar, quando se fala de filosofia portuguesa. Sem coragem de obedecer a cânones rígidos de uma dialética transcendental ou a uma filosofia sistemática, a riqueza das suas intuições e dos seus filosofemas têm espalhado Portugal e o seu povo pelo resto do mundo. Na verdade, no nosso país pode não haver filósofos sistemáticos, mas possui pensadores que têm contribuído para que a "alma lusitana" seja um cânone na literatura, na poesia e no romance, e mesmo em pequenos tratados de índole filosófica que se têm feito por cá. Elina Baptista AEOH-Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital Reflexão para obtenção de acreditação de quinze horas.

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Tribuna da Madeira - O Nosso Teatro, 2017