marcos vinicius claro meireles - Academia.edu (original) (raw)

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Papers by marcos vinicius claro meireles

Research paper thumbnail of AS TEORIAS DA EDUCAÇÃO

De acordo com estimativas relativas a 1970, "cerca de 50% dos alunos das escolas primárias desert... more De acordo com estimativas relativas a 1970, "cerca de 50% dos alunos das escolas primárias desertavam em condições de semianalfabetíssimo ou de analfabetismo potencial na maioria dos países da América Latina" (Te desço, 1981, pág. 67). Isto sem se levar em conta o contingente de crianças em idade escolar que sequer têm acesso à escola e que, portanto, já se encontram "a priori" marginalizadas dela. Como interpretar esse dado? Como explicá-lo? Como as teorias da educa ção se posicionam diante dessa situação? Grosso modo, podemos dizer que, no que diz res peito à questão da marginalidade, as teorias educacionais podem ser classificadas em dois grupos. Num primeiro grupo, temos aquelas teorias que en tendem ser a educação um instrumento de equalização social, portanto, de superação da marginalidade. Num segundo grupo, estão as teorias que enten dem ser a educação um instrumento de discriminação social, logo, um fator de marginalização. Ora, percebe-se facilmente que ambos os grupos explicam a questão da marginalidade a partir de determi nada maneira de entender as relações entre educação e sociedade. Assim, para o primeiro grupo a sociedade é concebida como essencialmente harmoniosa, tendendo à integração de seus membros. A marginalidade é, pois, um fenômeno acidental que afeta individualmente a um nú mero maior ou menor de seus membros o que, no entan to, constitui um desvio, uma distorção que não só pode como deve ser corrigida.

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De acordo com estimativas relativas a 1970, "cerca de 50% dos alunos das escolas primárias desert... more De acordo com estimativas relativas a 1970, "cerca de 50% dos alunos das escolas primárias desertavam em condições de semianalfabetíssimo ou de analfabetismo potencial na maioria dos países da América Latina" (Te desço, 1981, pág. 67). Isto sem se levar em conta o contingente de crianças em idade escolar que sequer têm acesso à escola e que, portanto, já se encontram "a priori" marginalizadas dela. Como interpretar esse dado? Como explicá-lo? Como as teorias da educa ção se posicionam diante dessa situação? Grosso modo, podemos dizer que, no que diz res peito à questão da marginalidade, as teorias educacionais podem ser classificadas em dois grupos. Num primeiro grupo, temos aquelas teorias que en tendem ser a educação um instrumento de equalização social, portanto, de superação da marginalidade. Num segundo grupo, estão as teorias que enten dem ser a educação um instrumento de discriminação social, logo, um fator de marginalização. Ora, percebe-se facilmente que ambos os grupos explicam a questão da marginalidade a partir de determi nada maneira de entender as relações entre educação e sociedade. Assim, para o primeiro grupo a sociedade é concebida como essencialmente harmoniosa, tendendo à integração de seus membros. A marginalidade é, pois, um fenômeno acidental que afeta individualmente a um nú mero maior ou menor de seus membros o que, no entan to, constitui um desvio, uma distorção que não só pode como deve ser corrigida.