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Papers by matilde brilhante
Busca-se, nesse texto, discutir as questoes relacionadas a linguagem do humor grafico (na vertent... more Busca-se, nesse texto, discutir as questoes relacionadas a linguagem do humor grafico (na vertente charge), num arcabouco teorico de uma historia cultura do humor e das praticas comicas, procurando pensar essa producao a partir de seus produtores e do seu lugar de producao. Ao destacar o carater social e politico da charge, visualiza-se a ideia do chargista enquanto sujeito que atua sobre a realidade, uma vez que ao se apropriarem de determinados acontecimentos, constroem e divulgam uma dada visao social de mundo. Sendo o riso uma manifestacao inerente ao ser humano, vivenciado por meio de praticas culturais, e pertinente que esse fenomeno seja pensado em termos historicos. Ele nao e uma expressao aleatoria. Apesar de ser um prazer natural, nao existe sem uma causa; e necessaria uma pratica, uma razao capaz de chama-lo a vida. Ninguem ri porque decidiu manifestar o riso, mas porque se sentiu compelido a externar uma sensacao que foi produzida mediante uma situacao humoristica. A cha...
albuquerque: revista de história, 2017
Segundo esta historiadora a Associação Brasileira de Imprensa (ABI); a Ordem dos Advogados do Bra... more Segundo esta historiadora a Associação Brasileira de Imprensa (ABI); a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a CNBB, ou alguns membros destas instituições, estiveram em colaboração com o regime ditatorial. No entanto, esse apoio não se deu de forma fixa até o final do regime, em outros momentos, mais
Antíteses, 2011
É objetivo deste texto desvelar os interesses no uso do humor gráfico (charge) para a construção ... more É objetivo deste texto desvelar os interesses no uso do humor gráfico (charge) para a construção dos fatos políticos divulgados na imprensa fortalezense. Percebendo que durante o mandato da prefeita Maria Luiza Fontenele (1986-1988) as charges dos dois principais jornais locais mantiveram, de forma sistemática, uma postura crítica a esta administração, buscamos analisar os interesses que motivaram essa produção. Nesse sentido a produção humorística não é neutra, nem tem como função apenas divertir o leitor, é, antes de tudo, uma linguagem produtora de sentidos que está interessada na defesa de uma dada visão de mundo e dos acontecimentos.
Tempos históricos, 2010
Resumo: Esta pesquisa estuda a prática do humor gráfico, na vertente charge, como expressão de re... more Resumo: Esta pesquisa estuda a prática do humor gráfico, na vertente charge, como expressão de representações sobre a política na capital cearense. Prática esta que organizou, comunicou e defendeu uma percepção dos acontecimentos políticos envolvendo a chamada Administração Popular de Fortaleza, num período em que o Brasil passava por uma transição de regime político. Assim, na primeira eleição municipal pós ditadura civil-militar, Maria Luiza Fontenele, candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), concorreu e venceu a eleição na capital cearense. Fortaleza tornava-se palco de disputas políticas, travadas por meio de representações, entre o grupo que assumira a administração municipal e grupos jornalísticos que compunha a grande imprensa local. A linguagem chárgica, inserida nesses periódicos, foi significativa desse momento, na medida em que contribuía para a construção de expectativas negativas sobre a nova administração.
Busca-se, nesse texto, discutir as questoes relacionadas a linguagem do humor grafico (na vertent... more Busca-se, nesse texto, discutir as questoes relacionadas a linguagem do humor grafico (na vertente charge), num arcabouco teorico de uma historia cultura do humor e das praticas comicas, procurando pensar essa producao a partir de seus produtores e do seu lugar de producao. Ao destacar o carater social e politico da charge, visualiza-se a ideia do chargista enquanto sujeito que atua sobre a realidade, uma vez que ao se apropriarem de determinados acontecimentos, constroem e divulgam uma dada visao social de mundo. Sendo o riso uma manifestacao inerente ao ser humano, vivenciado por meio de praticas culturais, e pertinente que esse fenomeno seja pensado em termos historicos. Ele nao e uma expressao aleatoria. Apesar de ser um prazer natural, nao existe sem uma causa; e necessaria uma pratica, uma razao capaz de chama-lo a vida. Ninguem ri porque decidiu manifestar o riso, mas porque se sentiu compelido a externar uma sensacao que foi produzida mediante uma situacao humoristica. A cha...
albuquerque: revista de história, 2017
Segundo esta historiadora a Associação Brasileira de Imprensa (ABI); a Ordem dos Advogados do Bra... more Segundo esta historiadora a Associação Brasileira de Imprensa (ABI); a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a CNBB, ou alguns membros destas instituições, estiveram em colaboração com o regime ditatorial. No entanto, esse apoio não se deu de forma fixa até o final do regime, em outros momentos, mais
Antíteses, 2011
É objetivo deste texto desvelar os interesses no uso do humor gráfico (charge) para a construção ... more É objetivo deste texto desvelar os interesses no uso do humor gráfico (charge) para a construção dos fatos políticos divulgados na imprensa fortalezense. Percebendo que durante o mandato da prefeita Maria Luiza Fontenele (1986-1988) as charges dos dois principais jornais locais mantiveram, de forma sistemática, uma postura crítica a esta administração, buscamos analisar os interesses que motivaram essa produção. Nesse sentido a produção humorística não é neutra, nem tem como função apenas divertir o leitor, é, antes de tudo, uma linguagem produtora de sentidos que está interessada na defesa de uma dada visão de mundo e dos acontecimentos.
Tempos históricos, 2010
Resumo: Esta pesquisa estuda a prática do humor gráfico, na vertente charge, como expressão de re... more Resumo: Esta pesquisa estuda a prática do humor gráfico, na vertente charge, como expressão de representações sobre a política na capital cearense. Prática esta que organizou, comunicou e defendeu uma percepção dos acontecimentos políticos envolvendo a chamada Administração Popular de Fortaleza, num período em que o Brasil passava por uma transição de regime político. Assim, na primeira eleição municipal pós ditadura civil-militar, Maria Luiza Fontenele, candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), concorreu e venceu a eleição na capital cearense. Fortaleza tornava-se palco de disputas políticas, travadas por meio de representações, entre o grupo que assumira a administração municipal e grupos jornalísticos que compunha a grande imprensa local. A linguagem chárgica, inserida nesses periódicos, foi significativa desse momento, na medida em que contribuía para a construção de expectativas negativas sobre a nova administração.