“O Leblon de Manoel Carlos”: das camisetinhas ferradas e das bolsas de 10 mil euros, dos apartamentos mais bacanas ao famoso botequim, pelo olhar do Maneco (original) (raw)

Celso Rayol e Thatiana Rodrigues; Bety e Julia Almeida; Teresa Lampreia e Eduardo Matarazzo /Fotos: Bruno Ryfer

Bety Almeida e Julia Almeida /Foto: Bruno Ryfer

Helena Gastal e Daniela Lobão /Foto: Bruno Ryfer

Julia Almeida e Leonardo Miggiorin /Foto: Bruno Ryfer

Edgar Esch e Janjao Garcia /Foto: Bruno Ryfer

Celso Rayol e Thatiana Rodrigues /Foto: Bruno Ryfer

Fernanda Cortes e Duda Stern /Foto: Bruno Ryfer

Julia Almeida, Carol Troisgrois e Isabela Troisgrois /Foto: Bruno Ryfer

Monica Morel, Teresa Lampreia e Eduardo Matarazzo /Foto: Bruno Ryfer

Isa Rezende, João Magnanim e Camila Borowsky /Foto: Bruno Ryfer

Eduardo Fraga e Keila Milanez /Foto: Bruno Ryfer

Kiki Machado, Francisco Veras, Cecília Cabral, Márcio Franco e Laura Gasparian /Foto: Bruno Ryfer

Paula Bedran, Duda Andrade, Emily Matte e Mariana Andrade /Foto: Bruno Ryfer

Claudia e Pedro Miki com Julia Almeida /Foto: Bruno Ryfer

Raquel Fejgiel, Carla Frankovsky e Carina Freitas /Foto: Bruno Ryfer

André Vasconcelos e Rafael Bokor /Foto: Bruno Ryfer

Juliana Peres, Mariana Torres e Fausto Galvão /Foto: Bruno Ryfer

Julia Almeida, Julia Barreto e Felipe Bretas /Foto: Bruno Ryfer

Deborah Schvinger e Mariana Schvinger /Foto: Bruno Ryfer

Débora Ocampo e João Oliveira /Foto: Bruno Ryfer

Fabio Alencar e Julia Almeida /Foto: Bruno Ryfer

Ana Laura de Araújo Cunha, José Luís Ferreira Cunha e Maria Lúcia Pupo Ribeiro /Foto: Bruno Ryfer

Camilla Ribeiro e Leandro Dana /Foto: Bruno Ryfer

Daniela Lobão e Rita Araújo /Foto: Bruno Ryfer

Parte de “O Leblon de Manoel Carlos” foi mostrada nessa segunda (16/09), na Livraria Argumento, com o lançamento oficial do documentário criado pela produtora Boa Palavra, atualmente sob a organização de Júlia Almeida, filha do novelista.

O Leblon lembra Saint Germain, porque cariocas amam fazer comparações com o que está fora do Brasil, muitas vezes nem enxergando o meu, o seu, o nosso. O Leblon das camisetinhas ferradas e das bolsas de 10 mil euros (às vezes, tudo junto); o Leblon de vida a pé, porque uma paradinha para falar de quem está do outro lado da rua pode ser irresistível; o Leblon charmoso e humano, às vezes violento, o comportamento nos apartamentos mais caros e bacanas da cidade ou no mais famoso botequim, da vida noturna intensa, do mar azul e do céu de anil, e assim, abrangente, seguia o Leblon do Manoel Carlos e suas interpretações.

“O legado de meu pai permanece vivo não apenas nas ruas do Leblon, mas também nas histórias que ele eternizou”, diz Júlia, que estava com a mãe, Bety Almeida, recebendo os convidados.

O lugar escolhido fez parte da vida de Maneco, a Argumento, na Dias Ferreira, que serviu de inspiração para “Laços de Família”, quando o personagem do Tony Ramos era dono de livraria; as gravações foram lá. “O Leblon é um bairro sem mistério, de cotidiano simples e acolhedor. Isso me inspira. Conheço, pelo menos de vista, todos os moradores, que me param quando caminho, comentam as novelas, dão palpites, fazem sugestões, sem nenhuma cerimônia. Sinto-me numa aldeia. É para essas pessoas que eu escrevo minhas novelas, em primeiro lugar. Porque, além de dever-lhes muitas das histórias que conto, tiro delas, por empréstimo, quase todos os nomes dos meus personagens”, disse ele à época de “Em família” (2013).

São oito episódios com estreia a partir desta terça (17/09), no YouTube. Entre os personagens, estavam por lá o empresário Edgar Esch, que sempre teve negócios no Leblon, assim como Janjão Garcia (ex-Garcia & Rodrigues, entre outros) e o arquiteto Celso Rayol, que já assinou diversos projetos no bairro.

O lançamento do doc é o primeiro projeto do “Circuito Leblon”, criado para pessoas relacionadas ao bairro. “As ruas e moradores funcionavam como um laboratório de pesquisa e diálogo, o que fez do Leblon um cenário vivo, onde o real e o fictício se encontram. Então revisitamos esse acervo afetivo, entrando nas ruas e ouvindo as vozes das pessoas reais, os personagens locais que inspiraram suas obras”, diz Júlia.