Ringue carioca: por enquanto, só cadeiradas virtuais (original) (raw)
Ainda não tem cadeira voando no Rio, mas, desde o início da campanha, o prefeito Eduardo Paes, candidato à reeleição em primeiro lugar nas intenções de voto, tem trocado farpas com o governador Cláudio Castro, cujo candidato é Alexandre Ramagem, do PL. Nesta terça (17/09), Paes publicou um vídeo para se defender das acusações de Ramagem, citando mais Castro para falar sobre o concorrente.
Ramagem tem usado contra Paes a nomeação do deputado federal Chiquinho Brazão como secretário de Ação Comunitária em sua gestão (à época, o prefeito fez uma aliança para ter o apoio do Republicanos e o nomeou), preso pelo PF em março, sob suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018. Paes exonerou Chiquinho assim que surgiram as primeiras notícias sobre o envolvimento no caso.
“Estava demorando para o lado de lá começar a baixaria. O candidato oficial do governador Cláudio Castro, afilhado do governador Cláudio Castro, o deputado Ramagem, fez um vídeo tentando me associar de forma baixa e irresponsável ao brutal assassinato da vereadora Marielle Franco. Todos já sabem que ele foi demitido do cargo e coloquei o partido dele pra correr da minha aliança pra prefeito e o que fez o Ramagem? Votou para que o acusado fosse solto na Câmara dos Deputados e fechou aliança com o grupo político dos assassinos da Marielle. Tentar me associar a um crime bárbaro não vai funcionar. Conheço os pais da Marielle, a irmã, a família, e tenho muito respeito por eles e vice-versa. Fazer isso é ultrapassar os limites da política”.
Como já disse o psicanalista Arnaldo Chuster sobre o “embate” entre Datena e Pablo Marçal, mas que pode caber aqui: “Em primeiro lugar, fica nítido o discurso de ódio em todos os candidatos. Consequentemente, todos perderam o pensamento crítico e estão movidos por crenças perigosas. Nota-se o vale-tudo sem qualquer ética, a sede desenfreada pelo poder”.