Florence Baillet | Université Paris 3 Sorbonne Nouvelle (original) (raw)
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Papers by Florence Baillet
Cahiers d’études germaniques
Revue d’Allemagne et des pays de langue allemande
Cahiers d’études germaniques
Urdimento
M eandros complexos e múltiplos, carregando materiais de todos os tipos, tal seria a partir de ag... more M eandros complexos e múltiplos, carregando materiais de todos os tipos, tal seria a partir de agora o rosto do diálogo dramático que não possui mais nada de um longo rio tranquilo. Aliás, ele já não seria tão oriundo da uma metáfora de Á uxo, sugerindo uma fusão homogênea de palavras e um encadeamento Á uido de réplicas, quanto da metáfora da colcha de retalhos, ligada a uma poética da heterogeneidade./ A própria matéria do diálogo, a linguagem, já é frequentemente uma tecelagem de termos de diversas origens, inserindo às vezes jargões, às vezes idiomas estrangeiros ou inventados, misturando a gíria com um nível de língua elevado. Ela pode igualmente ser perfurada por silêncios ou ruídos, por borborigmos; ou aceitar dentro da trama fórmulas prontas, citações literárias, canções e todo tipo de empréstimo (mais ou menos evidente) de outra obra, de outra arte, de outra realidade. A composição do diálogo permite também criar fenômenos de mestiçagem, misturando cores trágicas com tonalidades cômicas; alternando discursos de todo tamanho e quantidade, laconismo e logorreia, solilóquio e palavras córicas, e não hesitando em praticar a confusão de gêneros: narrações ou versos surgem no coração do diálogo dramático; o épico e o lírico fazem com que exploda a bela organização das réplicas. O autor de teatro realiza então um trabalho de montagem, para dar à luz diálogos que se apoiam em efeitos 1 Publicado sob o título "L'Héterogénéité", in: Ryngaert, Jean-Pierre et al. Nouveaux Territoires du Dialogue. Actes Sud Papiers/CNSAD 2005, p.26-30. Tradução: Stephan Baumgärtel e José Ronaldo Faleiro. 2 Florence Baillet é professora e pesquisadora de Universidade Paris 3 -Nova Sorbonne. Seu campo de pesquisa abrange o teatro de língua alemã; teatro e o político, e as relações entre teatro e artes visuais no que concerne os modos de condução do olhar.
Résistance, dissidence et opposition en RDA 1949-1990, 2000
Etudes Germaniques, Jul 15, 2013
Recherches Germaniques, 2000
Revue germanique internationale, 2015
Revue d’Allemagne et des pays de langue allemande
Cahiers d’études germaniques
Revue d’Allemagne et des pays de langue allemande
Cahiers d’études germaniques
Urdimento
M eandros complexos e múltiplos, carregando materiais de todos os tipos, tal seria a partir de ag... more M eandros complexos e múltiplos, carregando materiais de todos os tipos, tal seria a partir de agora o rosto do diálogo dramático que não possui mais nada de um longo rio tranquilo. Aliás, ele já não seria tão oriundo da uma metáfora de Á uxo, sugerindo uma fusão homogênea de palavras e um encadeamento Á uido de réplicas, quanto da metáfora da colcha de retalhos, ligada a uma poética da heterogeneidade./ A própria matéria do diálogo, a linguagem, já é frequentemente uma tecelagem de termos de diversas origens, inserindo às vezes jargões, às vezes idiomas estrangeiros ou inventados, misturando a gíria com um nível de língua elevado. Ela pode igualmente ser perfurada por silêncios ou ruídos, por borborigmos; ou aceitar dentro da trama fórmulas prontas, citações literárias, canções e todo tipo de empréstimo (mais ou menos evidente) de outra obra, de outra arte, de outra realidade. A composição do diálogo permite também criar fenômenos de mestiçagem, misturando cores trágicas com tonalidades cômicas; alternando discursos de todo tamanho e quantidade, laconismo e logorreia, solilóquio e palavras córicas, e não hesitando em praticar a confusão de gêneros: narrações ou versos surgem no coração do diálogo dramático; o épico e o lírico fazem com que exploda a bela organização das réplicas. O autor de teatro realiza então um trabalho de montagem, para dar à luz diálogos que se apoiam em efeitos 1 Publicado sob o título "L'Héterogénéité", in: Ryngaert, Jean-Pierre et al. Nouveaux Territoires du Dialogue. Actes Sud Papiers/CNSAD 2005, p.26-30. Tradução: Stephan Baumgärtel e José Ronaldo Faleiro. 2 Florence Baillet é professora e pesquisadora de Universidade Paris 3 -Nova Sorbonne. Seu campo de pesquisa abrange o teatro de língua alemã; teatro e o político, e as relações entre teatro e artes visuais no que concerne os modos de condução do olhar.
Résistance, dissidence et opposition en RDA 1949-1990, 2000
Etudes Germaniques, Jul 15, 2013
Recherches Germaniques, 2000
Revue germanique internationale, 2015
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